No final da Ditadura Militar, no limiar da Nova República, aqui em Brasília reinava um movimento de rua, dito cultural, chamado Projeto Cabeças.
Era fruto de música (do Liga Tripa a Cássia Eller), de poesia (de Chico Alvim a Porretas), de circo (Ari Parraraios), de artes plásticas (de Hermuche a Paulinho).
Tinha Grande Circular ( ônibus e revista), Porretas (coletânea de poetas), Ministéricas e muito mais.
Trinta anos depois, as meninas estão avós, os tios se foram, e um telefone continua muito pouco para o Renato Matos.
Pois hoje, no Parque da Cidade, onde ele findou, acontece uma ressurreição, inda que passageira, do Projeto Cabeças.
Logo abaixo, pode-se ouvir o programa ET NA ATLÂNTIDA FM, 1986, com a participação do Liga Tripa, conjunto mambembe, com Ita Catapreta e Toninho.
Edição (a la Glauber Rocha) e apresentação minha (Eduardo MAMCASZ).
Participação de dois sobrinhos então com nove anos de idade: Thiago Turiba (professor de Física) e Felipe de Oliveira (fotógraf0).
São 30 minutos de maluquice pura de uma época (1986) em que a gente acreditava que a democracia tinha voltado para valer.
Neste programa, aparecem palavras típicas daquela época, hoje morta:
Pacotão, Tancredo Neves, Liga Tripa S.A, João Figueiredo, Granja do Torto, Tancredo Neves, Trem da Alegria, Sucuruji no Lago do Paranoá, Viva Maria de Godard, A gata da Brigite Bardot, Clementina de Jesus-85 anos, Ortega, Alfonsin, Sanguinetti, Grande Circular, Carlos Drumond de Andrade, Vinicius de Moraes, Batata, Nova República, Clube do Ócio, Greve no Vaticano, Tango do Tancredo.
Para ouvir clique abaixo:
http://podcast1.com.br/canal.php?codigo_canal=1618
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https://mamcasz.wordpress.com/2010/09/18/brasilia-30-anos-depois-%e2%80%93-cade-voce-hein/#respond
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