Minha última passagem pelo Egito foi a camelo.
Até porque eu sempre fui muito vigiado de perto.
Afinal, foi uma semana depois do atentado terrorista.
Tinha matado uma porção de gringos na sombra das pirâmides.
Mas deu para escapar, junto com uns primos, numa visita paralela.
Fui então conhecer a maior favela do Oriente Médio.
Fica num enorme cemitério num subúrbio do Cairo.
Isto mesmo. Um cemitério milenar. Aqueles túmulos suntuosos.
E o povão miserável passou a morar lá, tipo sem teto e sem terra.
Lógico que isto a imprensa capitalista não vê. Nem a sionista.
Muito menos a nossa tupiniquim. Não vê nem aqui …
Moral:
É justo esta turma da Rocinha do Cairo que ninguém está vendo nesta briga.
Fica parecendo que só tem os dois lados brigando.
Falta é o povo de verdade sair deste cemitério onde ele se esconde à noite.
وتذكرتي في مصر للسياحة.
كما يجري عن كثب. بعد كل ما كان بعد اسبوع من التفجير الذي قتل عددا من الاجانب في الأهرامات. وبالمثل، لم أستطع الهروب إلى زيارة موازية لأكبر الأحياء الفقيرة في منطقة الشرق الأوسط، في مقبرة ضخمة في احدى ضواحي القاهرة. هذا صحيح.
My ticket to Egypt was for tourism. Being watched so closely all the time.
After all it was a week after a bombing that had killed several foreigners in the pyramids.
Likewise, I could escape into a parallel visit to the Middle East’s largest slum, in a huge cemetery in a suburb of Cairo.
That’s right. A cemetery. The people becamed miserable go to live there, like homeless and landless.
Of course it does not see in the capitalist press. Neither in the zionist. Much less in the tupiniquim.
Your attention, please.
Just this class of poor people of the Rocinha Favela Egyptian.
This people I am not seeing in the fight from two sides by changing the dictator of the desert.
(Esta foto foi tirada ontem da janela do Hotel Hilton, no Cairo, Egito,
de onde a imprensa capitalista está sendo expulsa
pela malta de funcionários pagos do ditador apoiado por Israel e Estados Unidos)
* * *
Mas como eu comecei dizendo, fui ao Egito a camelo.
Pirâmides. Luxor. Navio pelo Rio Nilo, de Sul a Norte.
Aquela tempestade de areia, 44 graus e eu no déqui.
Deserto de verdade. Oásis de tâmaras. Mesquitas.
Viagem de trem. De camelo. A pé pelo Souk.
* * *
Bem diferente de quando fui a Bagdá, Iraque.
Primeiro, pela lide poética.
Festival Internacional de Poesia de Mirbad.
Fiz meus contatos.
* * *
Depois, a serviço jornalístico.
No meio da besta guerra contra o Irã.
O Iraque financiado pelos Estados Unidos da Morte.
Avião noturno com as janelas fechadas e pouca luz interna.
Os contatos preliminares com os primos.
Das embaixadas daqui e de lá.
A Irmandade (brasileira) árabe.
A conversa do câmbio paralelo.
Os presentinhos e tal.
As fotos escondidas dos canhões em cima dos prédios.
Enfim. Todos os cuidados ainda são poucos.
Não sei quais foram tomados no caso do meu amigo Corban Costa.
Foi apanhado entre o aeroporto de chegada e o hotel.
No táxi do primo policial na primeira barreira.
Ainda bem que a foto dele pode aparecer aqui sorridente.
Merece. Gente Boa. Diria ingênuo. Sem ofensa, tá.
Axé de volta,mano.
Mais ligado!!!
Repórteres da EBC são detidos e vendados no Egito e obrigados a voltar para o Brasil
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