O Wanderson era uma mistura de pai de santo com diretor de escola de samba.
Na verdade, o era, inda que em parte.
Gordo, moreno quase preto e boa praça.
Um fato que dele me resta na memória foi quando voltei de um giro pela África.
Ele me pediu uns sons de tambores e atabaques, surdos e repinicos.
Repliquei que eu os tinha, e os passei, mas todos de origem árabe-islâmico.
Ficou deslumbrado.
Disse que ia usar.
Não sei se no terreiro ou no ensaio da escola.
Agora, tenho uma certeza.
Desde este final de semana, o Wanderson, ex-chefe da técnica da Rádio Brazil está agora com todo o tempo do outro mundo, para onde ele foi, para escutar todos os tipos de som que ele adorava: do samba ao zoado das feiras livres.
Por isso o título acima:
Funcionário da Rádio Brazil (Wanderson) finalmente é promovido a um outro patamar de vida.
Mais além.
Ah … a photo é do Chico Mendes, dono do maior obituário vivo da Rádio Brazil.
Curta a paz, Wanderson.
Inté e a Axé!
Pena que não mereceste nem um EBC Informa da Rádio Brazil.
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