os pretos de paris 15- photo by mamcasz

Paris tem preto pra caramba. Nem sempre numa boa. Tem os degredados das ditaduras corruptas africanas. Mas pouca gente sabe que quando Napoleão, o imperador Bonaparte, que hoje dorme no palácio dos Invalides, vendeu o estado de Louisiana aos Estados Unidos, mais de 50 mil escravos, então libertos, vieram direto aqui para Paris, para escapar da horda branco-azeda que daria na Guerra Civil Americana.

os pretos de paris 0 - photo by mamcasz

Depois, foi a fase dos artistas negros do jazz  que quando em decadência fugiram para Paris, porque aqui eles teriam um bar, mesmo que sujo, para tocar, em troca de um quarto imundo mas com direito a algumas fileiras de cocaína regada a uma bebida forte qualquer, mesmo que o rum, menos o vinho que é bebida de branco, sem contar o adicional de uma loireba, que sempre aparecia para esquentar os ossos do preto cansado.

os pretos de paris 22 photo by mamcasz

Não a toa que todo dia, ici a Paris, eu sempre escuto a Rádio FM Saint Paul, que só toca jazz negro, dia e noite, sem parar, da melhor qualidade, meu.

Por isso, hoje, AOS PRETOS DE PARIS, a homenagem é aos artistas de fato. Em 1948, ano do meu nascimento, Baldwin se mudou para Paris, onde se juntou a um grupo de escritores e artistas negros, que incluiu Chester Himes, Richard Wright e Ollie Harrington. E principalmente a minha nega maior: Josephine Baker.