Madrugada de final de agosto para começo de setembro em Brasilha. Ladrão invade TV Brasil, em busca de notícias, pula a janela, acorda o guarda e leva chumbo. Na pressa, larga a caneta, quer dizer, a chave de fenda, avança para o guarda, vê a arma, joga o corpo contra o vidro, causa prejuízo à viúva (União) e se manda, olhando antes o buraco da bala descansando na viatura que agora dorme nua na rua, ao lado do lixão da EBC.
O fato aconteceu mesmo, não é mentira, as fotos estão vívidas, não são montagem, o quase crime aconteceu de madrugada, as fotos foram tiradas às 08h12m (01-set-2009) quando ainda não havia aparecido polícia nem perícia. A prova do crime, inclusive, que é a tal da chave de fenda, continua jazendo na mesa ao lado da janela, junto à pasta de arquivo do último especial da TV Brasil: PRACINHAS – CAMINHO FEB. E aqui entram Os Fantasmas da Rádio Nacional.
Ao tirar a foto, senti o sopro de meu pai. Leia o introito para rever que meu primeiro contato com a Rádio Nacional foi bem antes de ter nascido quando meu pai, pracinha polaco-brasileiro, lá na Itália, mandava recados, pela Rádio Nacional, para minha futura mãe, ambos agora fantasmas. E na volta, bom, vontade grande, dois polacos juntos, saiu este que vos escreve, em 1948.
Então, existem ou não existem Os Fantasmas da Rádio Nacional? Hein?
A marca da bala:
Mais sangue:
Ao fundo, o bar em que jantam Os Fantasmas da Rádio Nacional. Nome singelo: Assados e Grelhados.
A arma do crime:
Atenção. A Polícia chegou agora (10h11m07s). Isolou a área. Ninguém se aproxima. Tirar foto? nem pensar. Tá pensando o que? Cadê a chave de fenda? E o sangue? este, o gato comeu.
Deixe um comentário