Ao longo da vida passaram-se pessoas ex-estagiárias.
Elas acontecem para isto mesmo: ir em frente.
Para um, repassei todos os meus vinis.
Para outra, sempre um livro.
Não um qualquer.
Especial.
Uns dos trechos que foram assinalados pela Karina, onde andarás?
“Não tens mulher e, se a tens, vais com ela para a cama
só para provar que és “homem”.
Nem sabes o que é Amor.”
*
“Tu não queres ser Águia, Zé Ninguém
e é por isso que és comido pelos abutres.”
“Desejo apenas que não sejas mais
besta de carga como tens sido,
que cales de vez este teu
milenar cacarejar.”
(Wilhelm Reich-1945)
“Cada dia eu levo um tiro
Que sai pela culatra.
Eu não sou ministro,
Eu não sou magnata.
Eu sou do povo,
Eu sou um Zé Ninguém.
(Zé ninguém – Biquini Cavadão)
Clique.Olhe. Ouça:
http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/44611/
P.S.
N.B.
O escambau.
O penúltimo livro que cedi, temporariamente, a uma outra estagiária especial é do Charles Bukowski:
“Esta loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo.
Amém.”
E agora, sem ser o último, outra peça carmísticamente rara.
O Elogio ao Ócio. Bertrand Russell. 1935.
“Quero dizer que quatro horas diárias de trabalho deveriam ser suficientes
para dar às pessoas o direito de satisfazer suas necessidades básicas
e os confortos elementares da vida.”
janeiro 29, 2011 at 20:50
Hahaha! Adoro “O elogio ao ócio”! Grande sacada do Russell, entre outras…
E para mim não teve nenhum livro, mas boas “ligeiras conversas” e deliciosos “bombons alemães”…rs
Grande abraço!