Ficção



Seguinte. Hora de pagar a taxa de Licenciamento do Carro. Taxa Única: 97 reais. Tanto pode ser meu Fusquinha quanto seu Mercedão. Legal! Advirto. Legal o Kassete! Lembra  da fita que emitia sons? Detran-DF. Pois pelo IPVA (carro + ? + ?), pago R$1.036,13, aqui de casa, App/Wifi/Intranet (ô Vida Bandida, que saudades da fila no banco, que nem a do orelhão, pintou tanta mina, calado, polaco, quer uma ficha, só uma, tá?). Ponto. Pronto. E aí? Vamu?

Polaco! Volte para a Terra. E o Detran de Brasília com isso?

– Pois então. Levo dois dias para encontrar, via Internet, meu boleto de Licenciamento do Carro no Detran do DF. Não tem nem uma nem duas multas. Nada. Nada de que? De achar o boleto que não é mais mandado pelo correio.  Acho. Imprimo. Ocê, polaco, só pode pagar em três bancos mancos, nem vale Loto. Pô. Tá. Manda.

Qual o problema, Polaco Encrencão. Só por causa de 97 reais?

– Pois escute, brazuka!

– Seja rápido:

– Eu, sim; o banco, não. Escolho o BRB (Banco Regional de Brasília), a pé aqui de casa. Único banco estadual que continua vivo. Tanto que patrocina o Flamengo e seus jogos no Mané Garrincha. E otras cositas más.

– Polaco!!! Conclua!

– Com a tua? Oxe. Eu tenho a minha.

– Saco…

– Saco digo eu. Fui, eu + madame, ela não me larga, até a agência do BRB, na Asa(?) Sul(?) de Brasília (?). Onze da manhã e mais uns minutos de manha. A fila dos velhos e velhas já tinha adentrado. Cada qual com os boletos dos netos, bisnetos, vizinhos e antipatiquinhos. Pelo sim, Madame, mais inteligente do que eu, na maquininha de acesso, diz-me:

– Você, meu velho polaquinho,  pegue a Senha de Prioritário; deixe que eu pego a Normal, que eu mereço.

Pois entramos na agência do BRB, área boa de Brasília, Asa Sul, para pagar a merda de 97 reais ao Detran, caso contrário, em blitz, sem o licenciamento do carro, numa blitz, a gente paga multa de R$397,45 + o registro de Infração Muito Grave na Carteira + o carro levado para ser depenado no depósito do Detran + a ficha suja no Gov de Merda. Entendeu?

– Saco, Polaco. E daí, pagou?

– Sim. Depois de 45 minutos. Lógico que a Senha Normal saiu antes da Senha Prioritária. No caixa do BRB da Asa Sul de Brasília, ainda tento ter agradável com o tipo Japa de meia idade:

– Está cheio hoje, né?

– Hora do almoço.

Qual o problema, aqui parece um banco.

– Polaco. Que nem no restaurante ali no meio da Quadra (aqui em Brasília não tem Esquina).

E daí?

– Pois aqui é que nem restaurante na hora do almoço. Sempre lotado.

PS (Post Scriptum) ou NB (Nota Bene) e Recuso-me a Ponto (PT):

Ainda tem o IPVA+IPTU+LIXO. Nestes casos, pago aqui no meu App, enchendo a cara de Vodka e perguntando-vos, nesta manhã de segunda-feira:

– Tás me lendo aqui e agora por causa do quê? Não tens trabalho/filho/filha – nativa ou não/ marido/mulher/cachorro para cuidar não? Avia. Xô. Fora daqui!!!

– Pô, Polaco,  Vou te Bloquear!

– Inté e Axé!


11/01/24

Parabéns!

Continuamos hoje  pelo Poeta-Polaco-Baiano,  nascido na Capital Cívica do Paraná, talhado num Seminário Capuchinho, escapado para o Rio de Janeiro, onde é abrigado no Quartel do Exército, depois pula para a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vira jornalista pelos próximos 50 anos, mas antes se envolve com os Poetas da Nuvem Cigana, do Sonho Pirata, do Clube do Ócio e tais. Sim. Poeta Marginal. Mais os dois anos de Hippie largado em Itaparica, na Bahia. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou de Mim, só pelas costas, né? Eduardo Mamcasz Primeiro, porque tem outro, com o mesmo nome, mas Segundo. Pois então.  Viu só? Eu não sou Ele. Eu sou Eu!

“ Eu Trovão

Estou afundado

Na cachaça

Evaporado

Na fumaça

Tombado no carro trombado”

(Do primeiro livro (Eu Trovão),  no mimeógrafo da Luta Desarmada da Poesia Marginal.   Meu último,  perto do fim, leva o nome na capa: DO EU POETA):

“boca mordida boca vendida boca sofrida boca torcida boca cuspida

boca mentida boca partida boca sentida boca dentada boca chorada

boca traída boca partida boca privada boca lacrada boca pequena

 boca do povo”.

(Extraído da Segunda Parte: DO EU MALUCO SÃO).

sentado num vaso

enquanto eu vazo

sinto um pesadelo pesado:

eu vivoooooooooooooooooooooooooooooo

– Poeta Louco o K…

– Polaco!!!

– Ok.

– O que?

– Hoje é o Meu Fim. Estou fazendo 75 anos de Maldade. Chega!

– Então se despeça:

– Eu não sou Louco.

– Eu sei. É pouco.

D  I E S     IS    ME IN     EN D E


Série Poeta Brazuka Maldito

10/01/24

Continuamos hoje   pelo Poeta-Polaco-Mulato nascido no Portão-Curitiba-Paraná, talhado num Seminário, que nem eu,   enfim, Poeta Marginal, que nem eu (Chega D’Eu!).   Aposto que Você nunca Ouviu-Falou de Nós. Pois então. Desate-Nos. Paulo Leminski. Viu?

“ meu coração de polaco voltou

coração que meu avô

trouxe de longe para mim

um coração esmagado

um coração de poeta ”

– Punk Parnasiano o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

Esta vai para a professora-tia Maria Mam Casz, do Rio Azul que nos acompanha:

“Se dona Maria soubesse

Que o filho pecava tão lindo

Pegava o pecado e jogava de lado.”

Mais uma. Em frente.  Paulo Leminski. Falando comigo?

“Você pode ficar louco

ou para todos os efeitos

suspeito

de ser verbo sem sujeito.”

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito.

– Eduardo Mamcasz Primeiro !!!

– Falando comigo?

– Polaco-Baiano !!!

– É que tem o Eduardo Mamcasz Segundo. Quié ???

– Amanhã, 11/01/24, é o teu dia. Tá?

– Tô.

– Q +?

– Eu não sou Louco.

– Eu sei. É pouco!!!  

– Vai ser o meu Fim.


Era uma vez o menino cordeiro 

Filho da ovelha bendita Maria

Adotado pelo marceneiro  José.

There was once a boy lamb

Sheep son of Mary Blessed

Adopted by cabinetmaker Joseph.

Tenho pena desse Menino, dito Jesus, que está para nascer.

– Pena por causa do quê, Polaco?

Simples, uai.

Primo:

Para nascer, a Mãe dele, a Maria, junto com o Pai Adotivo, o José, tiveram os três que fugir da Palestina, no lombo de um Jegue, correndo para o Egito, onde, refugiados, encontraram apenas uma Estrebaria no Meio do Caminho.

Secundo:

Bem que os Profetas advertiram Maria e o Messias…

– Avisaram o quê, Polaco Ateu?

Sou não, sô. O Menino, dito Jesus, se não sabia, foi avisado que, se nascido, a Vida dele seria …

– O quê, Polaco?

– Uma merda!!!

– Polaco Apóstata!!!

Sim. Então, anote aí o que o Menino que nasce neste dia 25 de Dezembro vai levar nos Córnos:

1 – Por ser primogênito, vai ficar Fugido-Fudido-Foragido-Refugiado da Palestina, via Faixa de Gaza, porque Herodes, de Israel, estava a fim de acabar com ELE, criança, por cagaço das Profecias que o apontavam  futuro Messias.

2 – Aos dez anos de idade, por causa da briga dele com os rabinos judeus, no Templo de Jerusalém, ELE foi mandado para um Reformatório na Faixa de Gaza, de onde só conseguiu escapar quando fez 30 anos de idade.

3 – Daí é que Eu Polaco, Nunca Ateu, acho que esse Menino, dito Jesus, metido a Hippie, nunca devia ter nascido, mesmo que agora ao lado de Outra Maria, a Madalena. Acho eu. Uai?

4 – Depois de muito vinho, peixe e viagens interiores e banhos pelados no Rio Jordão, finalmente acontece o Final, Dito Divinamente Previsto:

5 – Reunidos  no Matinho de Getsêmani, eis que aparece o Exército de Israel, aliado ao de Roma (USA). Avisado por quem?

6 – Primeiro, o então Apóstolo Judas, o Iscariotes, não o outro Judas, o Queridinho do não mais Menino Jesus, que, por mim, nem devia ter nascido, enfim…

7 – Em troca de 30 Dinheiros, Judas entrega a turma toda. Mãos na cabeça!!! Todo mundo!!!

8 – Quem é você?

9 – Eu sou o Pedro, um Reles Pescador. Aceita unzinho?

10 – Ponha as mãos na cabeça!!!

11 – Qual?

12 – Cê tá doido, Pedro?

13 – Tô. Mas nunca na minha vida eu vi  ELE!!!  Nunca!!!

14 – Repete!

15 – Nunca vi este tal de Cristo.

16 –Pela terceira vez. Repete!

17 – Nunca vi este Cara dito Jesus. Sei lá quem é ELE!!!

18 – Neste Ínterim (bonita esta palavra, né?), enquanto Judas recebe o trocado e Pedro lasca o Coitado, a Turma Toda se escafede do pedaço. Menos a Maria Madalena, chamada de Quenga pela Turma toda. Ela é apaixonada por Jesus, ele nos 30 anos depois de nascido. Grande Mina.

Do então cordeiro não mais bebê

 Na toalha se vê o rapaz tão bonito

Na cabeleira a coroa de espinhos.

From then Lamb, no more baby,

in the towel one sees

The handsome boy

On the hair the crown of thorns.

Eu queria tanto uma Madalena assim para mim quando chegada a hora, ora.

19 – De volta ao Princípio Natalino. O dito Menino Jesus, que por mim não devia ter nascido, mesmo que em Berço de Ouro, muito menos no Desdouro da Estrebaria no Egito, fugidio da  Faixa de Gaza, perseguido pelo Exército de Israel, enfim, por causa do Quê? Simples:

20 – A Turma do Barato no Bosque do Getesêmani, em Jerusalém, se mandou, na maior, sem deixar vacilo. Judas com os trocados, Pedro com a Tri-Traição Verbal. Só fica Madalena. Minha Cara. Não se esqueça de Mim.

21 – Pelo que se sabe, pela Polícia Mossad de Israel, acontece o seguinte com o Menino Jesus, dito Cristo, por  mim nem devia ter nascido, soube pela Polícia do Mossad:

22- Passa a noite toda sendo torturado de verdade.

23 – Vai a julgamento no Tribunal dos Judeus.

24 – É entregue ao Invasor Romano onde, julgado, o Pôncio Pilatos, de saco cheio dos judeus, lava as mãos, devolve o Cristo mas antes pergunta ao Zé Povinho:

25 – O que eu faço com ELE?

26 – CRUCIFICA-O!!!

27 – Eu não. Vocês, judeus, é que o matem, do jeito que quiserem.

Pois a partir daí acontece o seguinte com o Menino Jesus Palestino (por mim, ELE nem devia ter nascido.):

28 – O daqui a pouco Menino Jesus, depois o Cristo, entregue por Roma(USA) é arrastado pela ruas de Jerusalém, arrastando ele mesmo uma puta Cruz de madeira pesada nas costas, debaixo dos cuspes do Zé Povinho, até o local de execução. Sumária? Que nada, antes fosse.

29 – Primeiro, o hoje Menino Jesus é dependurado na Cruz. Vivo. Para não cair, tascam pregos enormes nas duas mãos e nos dois pés e nos dois joelhos. Isso. Ele,  Vivo. Tem mais:

30 – Volta e meia, o soldado de Israel, não mais de Roma (USA), com a ponta da lança, lança algodão com vinagre forte no nariz DELE, dito CRISTO, achando-se DEUS, antigo JESUS.

31 – Ainda está vivo !!!

32 – Mata de vez, Preolino !!!

33 – Então, o soldado do Exército de Israel AVANÇA com a LANÇA, dizem que com Veneno, e perfura o Coração DELE, o daqui a pouco Menino Jesus, porque hoje é Natal. Pronto. Acaba de nascer o Menino Jesus. Ao pé da cruz, apenas a Maria Madalena. Uma Santa.   É a Vida, por isso que eu repito, sem remorso, olha que estudei em Seminário e quase, quase, chego a ser Padre. Frei Hélio Maria de Ponta Grossa – Ofmcap.

– Repete o que, Polaco? Chega!!!

– Seguinte.

– O quê?

– Por mim, este Menino Jesus, de hoje, Natal, nunca devia ter nascido.  

Então, por este ser MEU ÚLTIMO INSIDE, motivo-o porque neste Ano de 2024 estarei indo desta RE-VIDA, numa boa, gente, muito a agradecer, muito a xingar, por suposto, enfim, C´est La Vie, meu, então, segue agora tudo o que eu BOSTEI nestes tantos ANOS neste DIA DE NATAL. Certo? Duvido que alguém vá CLICAR. Só sei de um coisa. Fui. Quer dizer, neste ano de 2024, EU IREI. Numa boa, tá? Não agora, por suposto, quer dizer, quem sabe. De qualquer forma, fui, quer dizer, estou indo. Qual EU? Sei não. Quer dizer. EU sou TANTOS EUS. Escolha:

1

2

Sempre fui gigolô das palavras: Feliz, Natal, Infeliz! (mamcasz.blogspot.com)

3

Feliz Natal. Ou não, Infeliz. | (mamcasz.com)

4

Feliz Nova Era, Pessoa! | (mamcasz.com)

5

https://soundcloud.com/#mamcasz/feliz-nova-era-by-mamcasz

6

Trocando em Miúdo: Um Auto de Natal de presente aos ouvintes (ebc.com.br)

7

Bora caminhar, gente! | (mamcasz.com)

8

9

Se você é alguém que acredita que Krysto se materializa na forma de um menino animal chamado Jesus, Deus deixa o ventre humano de Nossa Senhora, para lavar os pecados deste mundo imundo. Nascido no lixo, J.C. é traído, preso, torturado e pregado vivo na cruz, ao lado  de dois ladrões,  um bom e outro, bem, muito do corrupto,  que nem o povo a gritar:

CRUCIFICA LOGO ELE !!!

THIS IS THE END, NÉ MESMO?

Pergunta Natalina:

– Se Você fosse o Menino Jesus, Você teria nascido?

Nem Eu.

Amém.


o mal lero do eu mau

evil will read from the evil self

preso ao vento no ventre

me incomoda de repente

o reles caroço de pitanga

caught in the wind in the belly

suddenly bothers me

 the paltry pitanga seed

tudo por conta duma vaca

qual liberta numa gaiola

só sorri só para mim

all because of a cow

which releases in a cage

just smile for me

no fundo eu me afundo

toda vaca é inofensiva

deep down I sink

all cows are harmless

descubro todo imundo

preso dentro da gaiola

I discover everything filthy

 trapped inside the cage

pós nota bene:

  post note bene:

eu já fui assim

hoje estou pior

do que a vaca

solta na gaiola

I was once like that

today I’m worse

than the cow

released in the cage

enfim

anyway

fim

end

huh

inté axé e

fuck 2023

polaco mamcasz

 polack mamcasz

Em tempo de vaca louca, mano, é cada um por si | (mamcasz.com)

Poema de pena para a figura inimiga | (mamcasz.com)


eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos noves fora der quase nada

mesmo que sucumbamos nas praças do embora

enfrentemos juntos todos os anônimos inoperantes

i  may be or may not have

one new year or also a new life

but if in the nines out give almost nothing

even though we succumbs in the squares of though

let’s face together all thath anonymous inoperatings

eu posso ter ou não ser

ano novo também vida nova

mas se nos noves fora der quase nada

mesmo que desapareçamos nos becos sem fim

estaremos juntos nas penumbras dos esperantes

ich kann sein oder auch nicht

neues jahr auch neues leben

aber wenn in den neunen aus geben fast nichts

auch wenn ich in den endlosen gassen verschwinde

wir sind zusammen in der dunkelheit des esperantes

eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos noves fora der quase nada

mesmo que viremos poeira cósmica do infinito

ressuscitemos juntos no saudoso estilo triunfante

puedo ser o no tener

año nuevo también nueva vida

pero si en los nueves no dan casi nada

incluso si vuelvo polvo cósmico del infinito

levantémonos juntos en el estilo triunfante tardío

eu posso ter ou não ser

ano novo também vida nova

mas se nos noves fora der quase nada

mesmo que ascendamos degraus amortecidos

abracemos juntos os vocês do eu incandescente

nowy rok także nowe życie

mogłem, ale nie musiałem być

obejmijmy razem ciebie żarzącego się I

ale jeśli w dziewiątkach nie dają prawie nic

nawet jeśli wchodzę po kołyszących się stopniach

eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos noves fora der quase nada

mesmo que eu pise no solo da marciana lua

juremos juntos absorver o mesmo gosto triunfante

potrei o non potrei avere

anno nuovo anche nuova vita

ma se nei nove fuori non dare quasi nulla

anche se passo sul suolo della luna marziana

giuriamo insieme di assorbire lo gusto trionfante

eu posso ter ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos noves fora der quase nada

mesmo que tenhamos menos do que o preciso

dividamos juntos muito mais do que os sobretudos

multiplicados do impreciso adicionado ao improviso

je peux ou non avoir

nouvelle année aussi nouvelle vie

mais si dans les neuf ne donnez presque rien

si nous avons moins que ce nous avons besoin

divisons ensemble beaucoup plus que le pardessu

multiplié de l’inexact mais ajouté à l’improvisation

bem lá na frente

em dezembro

deste 2023

vamo-nos

rever

inté

axé

e.mamcasz

zen & poet

+ ma dame

big  cleide

Áudio da Mensagem:

Todas as 28 faixas:


Pois então. Finados. Nome mais feio, sô. Passados. Enterrados. Retornados ao Pó Nosso de Cada Dia. Prefiro COMEMORAR à moda polaco-baiano-mexicano. DIA DE LOS MUERTOS. Bora festejar? O que? Ora. Hoje, eles estão melhor do que nós.

Resumo desta prosa polaco-baiano-mexicano. Dia de Comemorar os Mortos. Justifico. Há meio século que não tenha mais mãe. Foi. Há 30 anos, Pai. Foi. Irmão querido. Foi. Tias, avós, porrada de amigos e amigas. Foram. Ou estão por aí? Deixa eu dar uma olhada:

– Fala logo, polaco!!!

Pois falo. Prefiro a lembrança, neste Dia dos Mortos, jamais Finados, dos velórios de que “tive a honra de ter participado”, na condição de vivo.

Primeiro, lembro os velórios na Bahia, Nordeste, onde “bebíamos o morto”. Isto. Cachaça pura. De noite. Não demais para não dormir e acordar dentro do caixão. Uma vez até aconteceu. COM MIGO!!!

Segundo, os velórios familiares no Sul Maravilha, na comunidade polaca que, diziam os brazukas, “não tem bandera” ao que a gente respondia: “mas tem pau pra brasilêro”. E que mastro!

Ah. No velório de polaco, muita vodka, lógico, pode até dormir que o morto não reclama, o costume, lá pelo final da madrugada, era somente um e mais nada e pronto e escuta só:

– Está na hora, genta, do sorteio de quem vai ser o próximo a morrer. Ganha, quer dizer, perde, quem tirar o número maior deste chapéu da tia Zefa, que tá morta ali.

Terceiro, o melhor Dia de Los Muertos mesmo é o do México, com muita tequila (mais forte do que a cachaça nordestina e da vodka polaca). Muita música. Muita festa na rua. Muita comida. Nove meses depois, a Vida continua, né mesmo?

Então, gente, hoje, dois de novembro, todos cantando junto:

Um Bom Dia dos Mortos. Para Você. Para mim não vai ser tão cedo. Quer dizer.

Inté e Axé

2010 – Alcaguetes finados:

Alcagüetes matam este blog mas morrem junto | (mamcasz.com)

2013 – Argentinos finados:

Adiós mi Buenos Aires Finado | (mamcasz.com)


Exatos “quase” nove meses eis que me renasce hoje ao vento no meu másculo ventre mais ou menos isto ou a quilo. Seguinte. Siga-me ou caia logo fora da calha ora e ora nesta hora de reza minha quenga e santa senhora valha-me nos noves fora sem riso nem ciso ou cisco no lixo o risco do que fui-sou-serei-sereia largada na areia. Só. Sou. Quer dizer, ontem fui. Hoje não amanhã serei?


Moro na capital dum país tropical nunca abençoado pelos deuses minúsculos e diversificados. Adonde? Na parte plana do lado Sul da Asa fora do sovaco fedido da esplanada misteriosa onde abundam abundantes imigrantes eleitos pela brava gente brasileira tal qual igual saca? Ô saco. Acho que estou tão claro quanto as águas enlameadas que escorrem pelos córregos dos agora chamados subagrupamentos sociais
.

  • Toma aqui a tua denta. Dura de quatro anos no teu ânus. Mais. Toma, brava gente brasileira forte no ser vil. Ou ficar na Pátria Livre ou ir para a Puta que Pariu. Perdão pela Palavrinha tão abaixo quanto a do Parlatão no Parlatório.
  • DOCUMENTO, POLACO DA ESCRIBA !!!
  • Êpa, gentia gente. Sou da escrita, não da dita. Pega aqui na minha dura seu guarda um dia no futuro tu vais mendigar no pedaço da sobra dada pela politicalha adiantada que está nem aí para esta babaquice de “ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo meu Bom Brill.” Sabes com quem estás falando ora nem sei quem eu sou quanto mais tu não falo mais nada claro.
  • FALA LOGO POLACO OU TE ENCHO DE PORRADA !!!
  • NÃO FALHO ABAIXO DA CINTA MILICO SINTA !!!
  • NÃO TÔ SENTINDO NADICA DE NADA FICA A DICA.

Pois então tem exatos nove meses que estou aqui preso neste bom apê último no andar da vista para o aeroporto JK e para a ponte JK e para o céu azul de anil do meu Brasil na vontade de mandar tudo para puta que pariu.

  • DESEN – RÔLA, POLACO !!!
  • Pois não meu general de plantão sinta meu RÔLO!!!
  • Fala meu polaquinho corajoso mas sem tanta falha.

Pois não, meu general de plantão e sinta de novo meu velho RÔLO!!! Falo no meu sério sinta logo abaixo da minha cinta estou acá preso hoje faz nove meses de obra no prédio o tapume tapando tudo pó para todo lado pena que não daquele enfim uma merda só soa o que sei lá repito esta merda de espera pelo que virá pós nove meses mais o convívio com o covida que alcançou os peões em volta e finalmente hoje agora já atenção nas fotos que dizem melhor do que o quase dito por mim ora por meus fitos que me vou embora engulo toda vírgula sem pausa não fico por aqui agora a lua nua entra pela sala pelo quarto pelo sei lá o que estou me sentido penetrado por inteiro tal o feto feito vida depois de nove meses fechado aprisionado com vista do nada mother open your pernas gente finalmente tiraram o tapume de dentro aqui da minha casa alma apertamento nobre depois de nove meses de nós fechados e olha só o que enfim de novo nova na mente agora acerto o alvo navamente falo e revejo que nem toda esperança morre sim cada qual tal na mesma lua do ano passado luta que sobrevive nesta pandemia idiota agora bate um papo aqui comigo entendeu ou quer que eu repita TUDO?

  • NÃO !!!
  • Só tem um troço.
  • O QUE?
  • Não uso vírgula nunca mais.
  • ; ?
  • Oi lua.
  • ! ! !
  • Té que enfim.
  • ???
  • Lua nua crua sua …
  • Ide polaco que a vida te espera procure pelas criaturas com vida conviva convida reviva nunca revida viva polaco da zunha reacenda e chama a gentalha que dizia que te adorava que amigava que amancebava e o dedéu escambou?
  • Eu hein Lua Nua.
  • Que foi?
  • Ninguém mais se lembra de mim.
    Ah esta Manha de Manhã com saudades do Amanhã né mesmo polaquinho por que depois não te calas?


– Florzinha! Tô indo no mercado para comprar umas coisinhas porque quero preparar um final de semana bem gostoso para o meu Polaquinho.

– Deixa que eu vou. Faço este sacrifício. Descanse um pouco, Madame.

Em um minuto eu já estou com a senha do cartão na cabeça, o mesmo no bolso, três sacolas a tiracolo…

– Três por causa do quê? Olha a listinha aqui. Dá para trazer na mão. Leva uma só, meu polaquinho mascarado mais lindo do final da Asa Sul.

Vou. Primeira desobediência. É para ir no mercado classe B, mais perto de casa. Evito o classe A, aceita até cartão corporativo. Não tenho mesmo. Desembarco sorrindo no mercado classe C, operado por gente da classe D, nas 400, quem conhece a História de Brasília entende do que estou falando. É que nem o entorno da banca de jornal quando eu moro em Bonsucesso, no Rio. Sabe a fita dorex para impedir que a gente folheie as páginas além da primeira colocada na parede para fins de discussão, essa sim bem da democrática. Conforme o assunto, é precciso fazer uma vaquinha para comprar o jornal e tirar a dúvida principal, que nunca vem na manchete, cambada de imprensa maliciosa. Só para vender.

De volta ao mercado classe C das 400 de Brasília:

– Bom dia seu Polaco. Quanto tempo. Cadê Madame? Deixa antes medir a quentura do seu corpo.

(Pausa).

– Como estou?

– Você já esteve bem mais quente, seu Polaco.

Explico um adiantamento a respeito deste mercado classe C das 400. Todo mundo se conhece, cliente e empregado. Quando a gente volta de viagem, Madame sempre tem uma lembrancinha para os mais chegados. Nesta época de sumiço, todos se vigiam. Cada reencontro é um alento na esperança mútua. Tudo nos trinques – máscara, medidor de temperatura, faixas no chão, álcool à vontade, daí a primeira reclamação:

– Quando é que vão servir aquela cachacinha, hein?

Lista de Madame à mão, alembro-me da ordem de, além do distanciamento, não ficar batendo papo e voltar mais logo ainda para “meus” braços. Primeiro, o espaço dos legumes:

– Oi seu polaco.

– Oi neguinha.

Outra explicação antes que me envolvam na onda racista. Nada disso. Na primeira vez, peço licença para a linda pessoinha, sorriso largo, sempre disposta, amiga de todos.

– Posso te chamar de neguinha?

– Mas é lógico, seu Polaco. Mas vou logo avisando.

– O que?

– Se me chamar de loirinha, faço o maior auê. Quer ver?

– Não, ne-gui-nha.

– Cadê minha Amiga?

– Está descansando.

A resposta é uma gargalhada de verdade, ela, baixinha, no empurro do carrinho superlotado de frutos para reposição na bancada porque o dia do sacolão foi ontem, hoje não. E ela:

– E por acaso Madame tem o que fazer além de cuidar de você, seu Polaco?

– … (gargalhada mútua).

– Mas deixa minha amiga descansar quanto quiser. Ela merece.

Dos legumes (uma abobrinha só, dois tomates no ponto, três pimentões verdes, um par de limão siciliano, aquele amarelo). No previsto meu íntimo pensar desde as primeiras horas deste dia, acrescento meia dúzia de limão verde, sabe aquele próprio para caipirinha? E vou indo entre outros como vai seu polaco e madame não veio por causa de que como ela te deixa solto etécetera e tal.

Antes de dobrar à direita, na última fileira de prateleiras, em direção ao biscoito e o bolo só serve se for de maracujá ou então o de limão porque a gente sente o gosto quase na hora de engolir está me ouvindo meu polaquinho?

– Bem nítido, Madame.

– Está onde?

– Parado aqui na prateleira das…

– Diga logo.

– Bebidas.

– Sabia. Tua oferta para ir sozinho e ligeiro estava estranha mesmo.

– Qual bebida? Já sei, não precisa nem falar.

– Vodka.

– Nem pensar.

– Mas é da marca boa e está escrito “super-oferta”. Só 22 reais cada litro.

– Está bom. Mas uma só, tá? E volta logo. Estou com saudades.

– De que, Madame mais impetuosa de todo o Plano Piloto? Saudades de que?

– Saudades do bolo de limão é que não é.

Para que. Confesso que fico desestruturado no ato. Pego dois litros de vodka, já com a desculpa na ponta da língua molhada. Uma para mim e a outra para meu irmão agemeado. E vou direto para o caixa sem pegar mais nada.

– Oi seu Polaco. Quanto tempo. E Madame?

– Bom dia, tchau, se cuidem, fui.

– Tá com pressa hoje, hein seu Polaco.

Antes de finalizar, se é que ainda tem gente na cola, no ouvido, duvido, mesmo assim adendo dois fatos dignos deste relato de outra escapadela anciã no meio deste pico doido:

1) – Junto aos caixas, tem os empacotadores. Na mesma laia, ou seja, na mesma intimidade respeitosa mútua com os clientes conhecidos. Noto um deles mais afastado. Pergunto:

– Tudo bem, rapaz?

– Comigo, tudo ótimo.

– E por que está afastado dos outros?

– Eles hoje não querem papo comigo e dizem que tenho que manter distância.

– Mas deve ter um motivo para tanto.

– Tem sim.

– Qual?

– É que eu nasci Flamengo e vou ser Flamengo até morrer. Sou campeão. Como se diz mesmo, seu Polaco, você que é estudado, pela vez 38?

Diante da gargalhada campeã mesmo que no isolamento, reajo à altura:

– Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem pergunta.

– Que é isso, seu Polaco. O senhor é sempre tão educado. Por que isso?

– É que eu nasci Botafogo-Botafogo-Botafogo campeão desde quando mesmo?

Daí foi uma risada só e lá vou eu de volta para os braços de Madame. Ato 2:

– Polaquinho, que saudades.

Ela vai logo abrindo os embrulhos para desinfetar e, o principal, inspecionar.

– Cadê o meu bolo de limão?

Diante do rosto pseudo de choro latente de Madame, eu Polaco no ato confesso que me alembro que com as duas vodkas no saco esqueço-me do restante da lista. Por isso, faço o possível para não transparecer tamanha indignidade.

– Pois então, Florzinha. O bolo estava tão feio, tão seco, tão sem graça…

– Trouxesse assim mesmo. Você sabe que estou com desejos.

– Espera aí. Não comprei no classe B (na verdade, foi no C) porque Madame Florzinha merece o bolo de limão do mercado classe A. Tô indo e já volto. Jazinho mesmo.

The End.

Na verdade, vou até o mercado classe B (e não o A) e compro o bolo de limão. Volto correndo, porque não é indicado ficar na rua, tendo casa, nestes tempos pandemônicos, ainda mais para quem tem reservados os braços de Madame, quer dizer, agora não porque ela está às voltas com o bolo limonoso e um cafezinho depois vem o cigarrinho depois o livro que está lendo. Só me resta, ao canto, que nem cachorro com sede, de que mesmo, finalizar lastimoso:

– Homem sofre, vou te contar.

Inté e Axé.


       Deixe de ser idiota! Coronavirus. Corona. Virus. Terceira Guerra Mundial. Economia. Pare de pensar que todo chinês está contaminando. Só porque ele está usando a ridícula máscara que não protege porra nenhuma.

           Falar nisso… e os brasileiros na China que não podem voltar para o Brasil, hein? Onde está a nossa FABinha? Coronavirus. Cuspida para cima. Caiu de volta, mané. Fui. Beber uma Corona. Até porque a Belzontina…

CORONAVIRUSOK

     別當白痴了 冠狀病毒。 第三次世界大戰已經開始。 不要以為每個中國人都會污染。 只是因為您戴著的是可笑的面具,卻沒有保護您。

     談到哪個……以及在中國的巴西人誰不能回去,是吧? 我們的FABinha在哪裡? 冠狀病毒。 吐 ell回去,bit子。 我進去了。喝電暈。 即使因為貝爾佐蒂納(Belzontina)…

            Stop being an idiot. Coronavirus. World War III has begun. Stop thinking that every Chinese is contaminating. Just because you’re wearing the ridiculous mask that doesn’t fucking protect you.

          Speaking of which … and the Brazilians in China who can’t go back, huh? Where’s our FABinha? Coronavirus. Spit up. Fell back, bitch. I went in. Drinking a Corona. Even because Belzontina …

         Biédāng báichīle guānzhuàng bìngdú. Dì sān cì shìjiè dàzhàn yǐjīng kāishǐ. Bùyào yǐwéi měi gè zhōngguó rén dūhuì wūrǎn. Zhǐshì yīnwèi nín dàizhe de shì kěxiào de miànjù, què méiyǒu bǎohù nín.

       Tán dào nǎge……yǐjí zài zhōngguó de bāxī rén shuí bùnéng huíqù, shì ba? Wǒmen de FABinha zài nǎlǐ? Guānzhuàng bìngdú. Tǔ ell huíqù,bit zi. Wǒ jìnqùle. Hē diàn yūn. Jíshǐ yīnwèi bèi’ěr zuǒ dì nà (Belzontina)…

CORONAVIRUSOK


      In diesem Beitrag geht es um das Durcheinander, das aufgrund der internen, aber wohlverdienten Sabotage des brasilianischen Kulturministers geschehen ist, die am Vortag vom Präsidenten des Yankee-Trumpisten Tupiniquim gelobt wurde. Der Angeklagte verwendete einen Satz des großen Sauerkraut-Vermarkters José Goebbels zum Klang des Dramatikers, Schriftstellers, Komponisten und ewigen Richard Wagner, der von der dekadenten brasilianischen Presse als Nazi verwechselt wurde. Ergebnis: Der besagte brasilianische Kulturminister wurde auf Ersuchen von Juden, Kommunisten, Rechten und dem deutschen Botschafter in Brasilien vom Feld gewiesen. Vamu lá.

goebles 1

         Este post diz respeito do imbroglio acontecido a partir de sabotagem interna, mas merecida, do ministro da Cultura do Brasil, elogiado um dia antes pelo ianque trumpista presidente tupiniquim. O defenestrado usou uma frase do grande marqueteiro chucrute José Goebbels, ao som do dramaturgo-escritor-compositor-eterno Richard Wagner, confundido como nazista pela decadente inprensa brasileira. Resultado: o dito ministro da Cultura do Brasil foi expulso de campo a pedido de judeus, comunistas, direitistas and, ora vejam só, do embaixador alemão em Brasília. Vamu lá.

     This post is about the imbroglio that happened due to the internal but well-deserved sabotage of the Minister of Culture of Brazil, praised the day before by the Yankee Trumpist Tupiniquim president. The defendant used a phrase from the great sauerkraut marketer José Goebbels, to the sound of the playwright-writer-composer-eternal Richard Wagner, mistaken as a Nazi by the decadent Brazilian press. Result: the said Minister of Culture of Brazil was expelled from the field at the request of Jews, communists, right-wingers and, you see, the German ambassador in Brasilia. Vamu there (?).

goebles 2

         1 – Ich lese hier noch einmal, um zu versuchen, diese Katastrophe zu verstehen, die von der Zeitung Bolha de São Paulo zitierte Biographie, geschrieben vom Gringo Peter Longerich, 801 Seiten, alles über den großen Vermarkter, der hier von portugiesischen oder militaristischen Betrügern imitiert wurde. Damit lasse ich für den Moment die Shakespeare-Biografie, 505 Seiten, geschrieben von Park Honan, rechts auf Seite 26, von dem, was bei einem katholischen Brand in Coventry berichtet wurde, wo Prostituierte, nicht Juden, verbrannt wurden gut in Brasilien, nicht nur mit Juden aus Recife. Und die Tatsache, Bericht, Juni 1553:

     “Ein am christlichen Lagerfeuer geborenes Baby wurde in das harte, brennende Holz zurückgeworfen.”

     1 – Estou relendo cá, para tentar entender este cataclismo, a biografia citada pelo jornal Bolha de São Paulo, escrita pelo gringo Peter Longerich, 801 páginas, tudo sobre on grande marqueteiro, imitado cá por golpistas lulistas ou militaristas. Com isso, deixo de lado, no momentâneo, a biografia do Shakespeare, 505 páginas, escrita por Park Honan, justo na página 26, do relatado numa fogueira católica em Coventry onde prostestantes, não judeus, estavam sendo queimados, aliás, isto aconteceu tão bem no Brasil, não só com judeus do Recife. E o fato, relato, junho de 1553:

       “Um bebê nascido na fogueira cristã foi lançado de volta no meio da lenha dura e ardente.”

      2 – Pergunto-te: pelo fato de eu cá, polaco tupínico, estar lendo, no momento atual, a biografia do marqueteiro Goebbels, ao som do socialista Wagner, também me arrisco, por denúncia de alguém de ti leitor, ser jogado de volta, pois já o fui por vezes diversas (hallo EBC), repito e repilo: corro risco de ser jogado na fogueira, mané socialista de merda? Hein?

     3 – Destaco na biografia do marqueteiro Goebbels, mesmo que no arrisco, o escrito no diário pessoal dele quando Hitler e Stalin fizeram o acordo de irmãos de sangue do qual, no dia seguinte, resultou a invasão, pelos dois sacanas, da minha Polônia, polaco que sou no sangue. O Goebbles, tipo o marqueteiro baiano do Lula, apenas escreveu:

      – A cavalo dado não se olha os dentes!!!

       No arriscando minha pele, cito mais capítulos do diário secreto do Goebbles que, aliás, foi o único fiel ao chefe, o sacana Adolfo. Só ele, mais nenhum, matou-se no Dia Final. Ele, a mulher, e os cinco filhos. Já o restante dos companheiros, deu no pé. Alguns capítulos, para uso diverso, de acordo com o teu pendor, colega cá do Face:

        20 – “Só existe um pecado – a covardia” – página 414.

       23 – “Educação do povo para a firmeza política” – página 466.

       26 – “Certo ceticismo se apoderou das massas” – página 530:

     “Devemos conversar com qualquer um que queira conversar conosco. Mas em breve estaremos numa encruzilhada. Dias depois, Hitler disse que desejava muito entrar em contato como Papa que, por sua vez, já havia sinalizado disposição neste sentido, pois temia a expansão do comunismo por todo a Europa” . (págin 563).

      E quanto ao Wagner, preso junto com Marx, antes do nascer do Nazismo, ambos socialistas, citado pelo agonizante sistema Globo como “ao som da música nazista”, agora não falo, pois estou morrendo de medo de ser jogado na fogueira pelos aqui colegas esquerditas. Apenas, cito que neste exato momento a ópera toca na Marcha Nupcial no trecho abrasileirado para:

   – Com quem será, com quem será, com quem será que o Lula vai ….

goebles 3

Foi?

Eu fui.

Inté e Axé!


 

(The mild prose of this Polish sympathetic to the solitary dove at 18 minutes this Friday at Gleisdreick station waiting for the U 9 subway line Krume Lanke here in Berlin).

(Prosa amena deste polaco solidário com a pomba solitária aos 18 minutos desta sexta-feira na estação Gleisdreick na espera do metrô linha U 9 direção Krume Lanke aqui em Berlim).

(Die milde Prosa dieses Polens, die mit der einsamen Taube sympathisiert, wartet an diesem Freitag um 18 Minuten am Bahnhof Gleisdreick auf die U-Bahnlinie 9, Krume Lanke, hier in Berlin).

pomba berlim 01

a pomba

rôla rôta

gira …

róla na róta reta

e acoxa na cocha

arreta …

se achega no metro

da linha do metrô

segura …

vem cá pombinha

meto o medo e ela

cochila …

minha cocha se amarra

na tua coxa

a corda!!!

gôsto de colcha nova

no cinto da noiva

assinta …

gósto da iminente

cochia assoprada

no cio …

fio!!!

polaco homófono!!!

giro!!!

fia!!!

pomba rôla

gira!!!

pomba berlim 02

– this is the end mein beautiful pombinha …

– heil, polaco baiano!

– já fui!

– volte !

– Que foi?

– cê mesqueceu?

– se me alembre.

– antes abata estas abelhas que no agora nos perscrutam.

– ah … tô me lembrando …

– do que?

– minha pombinha intelecta cheia do cio.

– quer que eu gire?

– ok.

pomba berlim 03

(e você aí, pessoa abelhuda, está esperando o que para desligar?)


Mão Cheia: Miro no Muro e Murro o Burro

Mão Vazia: 30 Ânus de Revolução Pacífica

Mão Boba: Muro Persiste na Cabeça, Mano.

Mão Vazia: Muro é Coisa de:

(a) Comunista – em Berlim;

(b) Nazista – enfim;

(c)Israel – na Palestina;

(d) USA – no México;

(e) África de Mandela – no Moçambique;

(f) Você – no seu Vizinho:

(g) Você – na sua Cabeça.

miro no muro e murro no burro by mamcasz

Für diesen Montag (19.11.04) beginnen die mehr als 200 Partys für die 30 Jahre des Mauerfalls. 160 km kommunistische Dummheit. Gemeinsam gewonnen vom heutigen Heiligen, dem polnischen Papst Woityla, und dem kapitalistischen Künstler Reagan. In der CIA gedeckt. Die Peth Smith Show in der Getsemani Lutheran Church lässt es sich nicht entgehen. Ich bin als Polin registriert. Ich habe auf den bahianischen Ursprung verzichtet. Knochen im Weg. Ich erinnere mich, dass ich 1989, im Herbst, hier durchging. Im Anschluss, glücklicher Hund, Madame. Ich kann immer noch in der Dose.

Pois nesta segunda (04/nov/19) começam as mais de 200 festas pelos 30 anos da Queda do Murro-Muro de Berlim. 160 Km de imbecilidade comunista. Vencida em conjunto pelo hoje santo, o papa polaco Woityla, e o capitalista artista Reagan. Acasalados na CIA. O show da Peth Smith, na igreja luterana do Getsemani, não perco mesmo. Estou resgistrado como polaco. Abdiquei da origem baiana. Ossos no caminho. Lembrando que em 1989, na queda, eu estava de passagem por aqui. Seguindo, cachorro feliz, a Madame. Ainda lato na lata.

For this Monday (04 / Nov / 19) the more than 200 parties begin for the 30 years of the Fall of the Berlin Wall. 160 km of communist imbecility. Jointly won by today’s saint, Polish Pope Woityla, and capitalist artist Reagan. Mated in the CIA. The Peth Smith show at the Getsemani Lutheran Church doesn’t miss it. I am registered as a Polish. I abdicated the Bahian origin. Bones in the way. Remembering that in 1989, in the fall, I was passing through here. Following, happy dog, Madame. I still can in the can.

miro 2

The parties take place here in Berlin from 4 to 9 of this bluish November. I will report, pure, I swear. From 10 am to 10 pm, all free-mouthed, in seven of the main atriums of what was once a socialist horror theater. Another chapter of my rising book, the Berlin Stund Null (Year Zero). Title of this cuticle-liked entertainer:

BERLIN WALL STILL PERSISTS ON THE GERMAN HEAD.

As festas acontecem, aqui em Berlim, de 4 a 9 deste novembro azulado. Darei relato,puro, juro. Das 10 da manhã às 10 da noite, tudo free-boca livre, em sete dos principais átrios daquele que foi um teatro de horror socialista. Mais um capítulo do meu livro em ascenção, o Berlin Stund Null (Ano Zero). Título deste entretítulo curtido na cutícula:

O MURO DE BERLIM AINDA PERSISTE NA CABEÇA DOS ALEMÃES.

Die Partys finden vom 4. bis 9. November in Berlin statt. Ich werde berichten, rein, ich schwöre. Von 10 bis 22 Uhr, alle mit freiem Mund, in sieben der Hauptatrien des ehemals sozialistischen Horror-Theaters. Ein weiteres Kapitel meines aufstrebenden Buches, der Berliner Stund Null. Titel dieses nagelneuen Entertainers:

BERLINER MAUER LEIDET NOCH AUF DEUTSCHEM KOPF.

murro burro by mamcasz

Fui.

Então, tá.

Inté e Axé.

Tschuss.

 

https://mauerfall30.berlin/

 

 

 


Ele separa o Brasil dos privilegiados dos despossuídos.

Coluna de rádio “Trocando em Miúdo”.

Eduardo Mamcasz.

Chamada:

Este paraibano-pernambucano, que morreu na semana passada, em seus 16 livros de poesia, romances e peças de teatro, mostra a importância da luta do sertanejo nordestino pela dura sobrevivência na parte do Brasil mais pobre.

suassuna samba

Para ouvir, clique:

http://radioagencianacional.ebc.com.br/cultura/audio/2014-07/obra-de-ariano-suassuna-mostra-desigualdade-social-do-pais

Script:

Vinheta de Abertura

Muito se falou e escreveu sobre o grande escritor brasileiro, Ariano Suassuna, que morreu semana passada. Separo na prosa de hoje alguns pontos econômicos das peças mamulengas e repentistas que ele escreveu ao longo da vida. No livro mais famoso, o Auto da Compadecida, ele lembra que o Brasil, na verdade, é dois países distintos de fato. O país dos privilegiados e o país dos despossuídos.

BG voz Suassuna: “Hoje está melhor, mas quando eu era jovem, o povo brasileiro tinha uma opinião muito ruim de si próprio.”

Já no livro o Rico Avarento, ele conta a história do coronel que emprega Tirateima, um rapaz humilde que o vê negar até comida aos pobres e mendigos. Até que um dia o coronel avarento recebe a visita do chefe do inferno que informa. Todo mendigo a quem o coronel negou comida na verdade era Cristo testando a bondade, quer dizer, sua maldade. O pior é que o coronel nordestino conseguiu domar os cães do inferno, e tentou comprar a entrada no céu, e ficou no meio do caminho, o purgatório.

BG voz Suassuna: “Eu vim aqui hoje dizer um bocado de coisas pro senhor que não vai gostar. Então eu disse: não diga. Você mesmo sabe que eu não vou gostar.”

O melhor da parte social de Ariano Suassuna, acho que está mesmo no discurso feito por ele na posse na Academia Brasileira de Letras. Sertanejo nascido no interior da Paraíba, mas tendo vivido a maior parte da vida no Recife, ele lembra que a maneira de se vestir, meio do sertão, indica ser ele um escritor pertencente a um país pobre e convocado por uma sociedade injusta. É a tal da diferença de classes. Tanto que ele homenageia o que chama de Brasil real, o dos arraiais do sertão e as favelas das cidades. E arremata:

Quase tudo o que possuímos é trabalho da nossa gente rude e boa, forte e sadia, que vive no vasto e desafogado ambiente saneado pelo sopro ardente das secas.

BG voz Suassuna: “Havia um desprezo generalizado pelo Brasil. Os próprios brasileiros tinham um complexo de inferioridade.”

Ele aproveita então para atacar os parasitas das cidades que vivem de bolso vazio, tristes e enfezados, “vencidos da vida”, porque temem o sol e desamam a terra quente e fecunda, onde dormem tesouros perenes, reservados aos que mourejam com brio e coragem.

BG voz Suassuna: “Eu tenho uma admiração enorme pelo nosso país e pelo nosso povo.”

Antes de morrer, Ariano Suassuna, e aqui fica esta pequena homenagem, ainda declama:

suassuna velorio

BG voz Suassuna: “Eu não pretendo morrer não. É uma coisa que não está na minha pretensão. Agora, eu não sei se a morte aceita a minha teoria.”

É muito difícil vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.

Então, tá.

Inté e Axé.

Vinheta de Encerramento


1 –  Acesso, com senha, New York Times. Recebo uma oferta. Pesquisa ampla nos arquivos, por um mês, de graça. No Credit Card.

nyt

2 – Ao mesmo tempo, atendo o celular. Uma voz malemolente de carioca desperto com o fim da Copa tenta me convencer a ter acesso aos arquivos do Globo Online. E joga conversa fora da bacia.         

       nyt glogo                                                                                                       

E eu:

– Tô sabendo aonde o mano quer chegar.

E ele:

– Nada disso, deixa eu terminar que você vai entender. Só para conferir. Seu endereço é mesmo …

E eu:

– VTNC, Asa Oeste, Brasília.

E ele:

– Aí não tem nome de rua, né? Sua data de nascimento é mesmo…

E eu:

– 12 de junho de 1984.

E ele:

– Bem novo… Pois então, por apenas R$1,90, no primeiro mês, acesso ilimitado “grátis”.

E eu:

– De graça por 1 e 90, cara?

E ele:

– A partir daí, por seis meses, 14 e 90 no lugar de 19 e 90.

E eu:

– Só assim vou poder acessar minhas reportagens dos tempos em que trabalhei em O Globo, no Rio, de onde saí, puto da vida, para ser hippie em Cacha-Pregos.

E o fdp:

– Não falei? Olha o lucro.

Moral: se fora esperto, diria:

– Pois me mande as datas que a gente manda o link desses arquivos de cortesia.

Depois de uns dez minutos, dei trela, sempre avisando, ele cria coragem:

– Se tiver duvidando, vamos acessar juntos a internet em

http://www.oglobodigital.com.br

Depois de uns dez minutos, dei trela, sempre avisando, ele cria coragem:

– Se tiver duvidando, vamos acessar juntos a internet em

– Agora, não dá porque a internet está caindo a toda hora desde que a Copa acabou.

– Então, vamos fazer o seguinte. Preciso apenas de um número, da sua conta no banco, ou do cartão de crédito, tudo seguro, apenasmente para…

Interrompo o carioca do Globo Online e retruco, peremptório:

– Apenas, digo eu. VTNC!!!

E desliguei, suavemente, para não quebrar meus aparelhos.

Mais um detalhe: ao mesmo tempo, um hacker estava me zapeando e fez um TED pelo BB, no valor de R$3.400,00, que consegui reverter a tempo. Com nome, CPF, número da conta, banco e tudo. Jones Paraiso Ribeiro, Cidade Ocidental, Goiás, CPF 135.702.376-64. Conferiu na pesquisa que fiz na Receita Federal.

É… a Copa se foi.

Bom findi.

A novela continua no próximo capítulo com as providências tomadas para bloquear a conta no Banco do Brasil (por telefone, fechado das 23 às 7 horas). Bloquiei o que pude pela internet. E né que o FDP do hacker tentou, por telefone, desbloquear, às quatro horas da madrugada.

E eu:

– Esta p… não fica fechada para atendimento das 23 às 7 horas da manhã?

Depois eu conto. Agora, estou curtindo os arquivos do New York Times:

http://www.nytimes.com/interactive/2014/07/15/world/middleeast/toll-israel-gaza-conflict.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&version=HpHeadline&module=a-lede-package-region&region=lede-package&WT.nav=lede-package&_r=0

 

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