Seguinte. Hora de pagar a taxa de Licenciamento do Carro. Taxa Única: 97 reais. Tanto pode ser meu Fusquinha quanto seu Mercedão. Legal! Advirto. Legal o Kassete! Lembra  da fita que emitia sons? Detran-DF. Pois pelo IPVA (carro + ? + ?), pago R$1.036,13, aqui de casa, App/Wifi/Intranet (ô Vida Bandida, que saudades da fila no banco, que nem a do orelhão, pintou tanta mina, calado, polaco, quer uma ficha, só uma, tá?). Ponto. Pronto. E aí? Vamu?

Polaco! Volte para a Terra. E o Detran de Brasília com isso?

– Pois então. Levo dois dias para encontrar, via Internet, meu boleto de Licenciamento do Carro no Detran do DF. Não tem nem uma nem duas multas. Nada. Nada de que? De achar o boleto que não é mais mandado pelo correio.  Acho. Imprimo. Ocê, polaco, só pode pagar em três bancos mancos, nem vale Loto. Pô. Tá. Manda.

Qual o problema, Polaco Encrencão. Só por causa de 97 reais?

– Pois escute, brazuka!

– Seja rápido:

– Eu, sim; o banco, não. Escolho o BRB (Banco Regional de Brasília), a pé aqui de casa. Único banco estadual que continua vivo. Tanto que patrocina o Flamengo e seus jogos no Mané Garrincha. E otras cositas más.

– Polaco!!! Conclua!

– Com a tua? Oxe. Eu tenho a minha.

– Saco…

– Saco digo eu. Fui, eu + madame, ela não me larga, até a agência do BRB, na Asa(?) Sul(?) de Brasília (?). Onze da manhã e mais uns minutos de manha. A fila dos velhos e velhas já tinha adentrado. Cada qual com os boletos dos netos, bisnetos, vizinhos e antipatiquinhos. Pelo sim, Madame, mais inteligente do que eu, na maquininha de acesso, diz-me:

– Você, meu velho polaquinho,  pegue a Senha de Prioritário; deixe que eu pego a Normal, que eu mereço.

Pois entramos na agência do BRB, área boa de Brasília, Asa Sul, para pagar a merda de 97 reais ao Detran, caso contrário, em blitz, sem o licenciamento do carro, numa blitz, a gente paga multa de R$397,45 + o registro de Infração Muito Grave na Carteira + o carro levado para ser depenado no depósito do Detran + a ficha suja no Gov de Merda. Entendeu?

– Saco, Polaco. E daí, pagou?

– Sim. Depois de 45 minutos. Lógico que a Senha Normal saiu antes da Senha Prioritária. No caixa do BRB da Asa Sul de Brasília, ainda tento ter agradável com o tipo Japa de meia idade:

– Está cheio hoje, né?

– Hora do almoço.

Qual o problema, aqui parece um banco.

– Polaco. Que nem no restaurante ali no meio da Quadra (aqui em Brasília não tem Esquina).

E daí?

– Pois aqui é que nem restaurante na hora do almoço. Sempre lotado.

PS (Post Scriptum) ou NB (Nota Bene) e Recuso-me a Ponto (PT):

Ainda tem o IPVA+IPTU+LIXO. Nestes casos, pago aqui no meu App, enchendo a cara de Vodka e perguntando-vos, nesta manhã de segunda-feira:

– Tás me lendo aqui e agora por causa do quê? Não tens trabalho/filho/filha – nativa ou não/ marido/mulher/cachorro para cuidar não? Avia. Xô. Fora daqui!!!

– Pô, Polaco,  Vou te Bloquear!

– Inté e Axé!


Minha Doce Batata Doce Mais Doce do Mundo

Papo Sério. Não Sou Doido Não. Quase Nunca. Seguinte:

Ernstes Gespräch. Nein, ich bin nie verrückt. Weiter:

– Sempre pego um pedaço da batata (nunca da perna mas sempre da doce), corto o pedaço da ponta, coloco num pires com água e ali, ela e eu, vivemos em União Estável pelo menos por Uns Dois Meses, ou Mais, ou Menos, depende, está me Seguindo, ou Você Nunca Se Separou Do Antes Tudo Depois Nada? Pois então?

– I always take a piece of the potato (never the leg but always the sweet one), cut the piece from the point, put it in a saucer with water and there, she and I, we live in a Stable Union, at least for a couple of months, or more, or Less, it depends, are you following me, or have you never separated yourself from Before Everything After Nothing? So?

– Volta para a Batata, Polaco!

– Doce!!!

– Parece que agora Amarga, não é mesmo?

– Sim! Tempo de Vida Passada, agora no Presente, sem Futuro, a Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo. Ela chega ao Quase Fim do Mim. Suspira. Mal Respira. Sem coragem de Dizer Adeus. Nem Eu e Nem Ela, por tanto, e por menos, Nem Nós Dois. Da Minha Parte, Apenas Ouço o Susurro, Dela:

– Polaquinho!

– Quié, minha Docinha?

– Estou indo.

– Poxa! Não tem como Ficar?

– Não!!!

– Sim!!!

– A Gente se Revê, Meu Polaquinho Mais Doce do Mundo!

– Sem pressa, Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo!

P.S. (Post Scriptum) ou N.B (Nota Bene):

In der letzten Abschreckung flüstert ihre Oberlippe ruhig und ohne Schmerzen in mein Unterohr:

No derradeiro destertor, na boa, sem dor, O Lábio Superior Dela Sussurra No Meu Ouvido Inferior:

W ostatnim odstraszającym, spokojnie, bez bólu, Jej górna warga szepcze do mojego dolnego ucha:

In the last deterrent, calmly, without pain, Her Upper Lip Whispers In My Lower Ear:

– Obrigado, Polaquinho!

– Uai?

– Graças a Você, Eu Não Fui Comida!!! Adeus!

– Então, tá. Inté e Axé.


02/01/24

Continuamos hoje pelo Grande-Poeta-Paranaense, que nem eu, que se manda a tempo para o Rio, que nem eu.  Aposto que Você nunca Ouviu-Falar Dele. Emílio de Menezes. Viu?

“ Parece peta. A Peppa aporta à praça

E pede ao Puppo que lhe passe o apito…”

– Parnasiano o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

“ Que Peppa apupe o Pupo e à popa ponha
Papas, pipas, pepinos, papagaios!”

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito.

– Gregório de Matos !!!

– Quié ???

– Até Amanhã. Tá?

– Tô!


Not only is the Brandenburg Gate, stolen and taken by Napoleon to Paris, and, after it humiliated, the Bonaparte, bien sur, brought back, triumphantly, to Berlin, the promised Nazi capital of the Arabian Years’ Empire, where it would later serve, for a quarter of a century, as a gatekeeper in the middle of the infamous Wall, a punch in the face of the former all-glorious Roman-German Empire, successor of Constantinople, Catholic and Roman, at last, thrown back into Hell by Martin, the mighty Luther.

Não é só o Portão, de Brandenburg, roubado e levado pelo Napoleão para Paris, e, depois dele humilhado, o Bonaparte, bien sur, trazido de volta, triunfalmente, para Berlim, a prometida capital nazista do Império dos Mil e Um Anos, onde, mais tarde, serviria, por um quarto de século, de porteira no meio do infame Muro, um Murro na cara do ex-todo-glorioso Império Romano-Germano, sucessor de Constantinopla, Católico e Romano, enfim, jogado de volta ao Inferno pelo Martinho, o poderoso Lutero.

– Péra, lá, Polaco. Ficou doido, foi? Pára tudo.

Mówię już o zamkniętych już drzwiach Berlina. Przedtem otwarte. Można było wejść do budynku, zajrzeć do środka, przejść do sąsiada, potem przez kolejne drzwi, obejść dookoła, a następnie powędrować do innej części miasta.

Acontece que, agora, as portas, antes abertas, lindas, estão fechadas, ou seja, trancadas 24/24 horas por dia e noite, sem parar. Tudo através de cadeados, eletrônicos ou manuais ou mesmo com senhas mutáveis mutandi. Estou latindo. E daí? Eu posso. Portanto, por tanto ou por muito menos, começo de verdade a contar sobre

THE CLOSED DOORS OF BERLIN

AS PORTAS FECHADAS DE BERLIM

DIE VERSCHLOSSENEN TÜREN BERLINS

Cada porta de cada prédio tem sua história, o design, a origem da madeira trabalhada, a tintura, o desenho singular, enfim, o traçado transado. Afinal, cada porta é uma ponte, um ponto para o pronto acesso ao lar, ao bar, ao sei lá o que, inclusive ao Nada.

O mesmo acontece, neste caso para se exibir ao antagonista passante, com o parapeito da varanda. Antes, de ferro moldado, trabalhado, torcido, enviesado. Uma lágrima escorre pelo lado de dentro da janela com vidro triplamente reforçada. Ouço que isto se deve ao fato de proteger o morador para que ele, preso e isolado, não possa ser ouvido pelo mundo lá fora.

Na divisória dos prédios, no solo, antes aberto a qualquer ente, que nem acontece na minha Brasília, no Plano Piloto, aqui em Berlim era possível sentir as plantas no jardim, sentar. Agora, ele serve para as lixeiras específicas para cada resto do passado e, pior, estacionamento privado. Uma privada. Lástima.

– Polaco! E as portas? Esqueceu?

– Portos?

– Polaco doido!

– Doído, sim, Mano. Mas eu estava falando de que mesmo, Sô?

– Das Portas de Berlim!!!

– Pois se você tiver olhos, veja. Ouvidos, não, porque não falo mais nada.

– Paro. Olho. Ouço. Passo. Calo.

Já … nela.

Porta. Porto. Ponto.

Pronto.

– Fui.

– Vamos?

– Para onde?

Escolha o teu lugar:

Inté e Axé.


Perto de casa, aqui mesmo na quadra, tem três mercados. Um, mais caro, muito usado no cartão corporativo nos tempos de Lula-Dilma. Outro, tão caro, mas com produtos bons.  E, enfim, o mercado mais pobre, da turma das 400 – quem é de Brasília, sabe o que é isso. Bem no estilo carioca do subúrbio. Para mim, que já morei em Bonsucesso e na Tijuca, é o melhor dos três. É onde estamos agora.

Ao final das compras, na verdade quase nada, é mais pelo encontro, não tem mais sacola de plástico, cada qual com a sua bolsa debaixo do braço, na fila do caixa dos acima dos se senta – não, obrigado, senta você – chega o velho empregado que ajuda a embalar. Chega cantando, todo alegre. Cantando o que? Pois aqui começa a nossa prosa:

 

– Conheço esta música, meu amigo.

– É Cartola.

– Não.

Depois de várias jogadas, a fila da velhice, no mercado estilo subúrbio do Rio, afinal, os prédios de três andares, sem elevadores, nas 400, foram destinados aos empregados tipo ascensorista, faxineiro, contínuo e outros nobres obreiros que fizeram Brasília, mas sem direito a morar nos prédios das 100, 200 e 300 – todos com seis andares e oito elevadores, cada um.

– Bom, polaco, volte à prosa na fila dos velhos.

– Seguinte, gente. Ele está cantando uma música da Maria Bethânia.

Para que. Foi uma farra danada por parte dos velhos, senhoras e até duas senhoritas na fila porque são arrimo das avós presentes, alquebradas mas coerentes.

– Polaco sem vergonha. Conta outra.

– Posso falar?

– Um minuto!

– Nosso amigo aqui, auxiliar do mercado, gente fina, está cantando a música Loucura, do mestre gaúcho Lupicínio Rodrigues. A mesma música que eu estava ouvindo em casa, antes de escapar de Madame só para me encontrar com vocês aqui, e depois ali no botequim, pois então, a mesma música estava sendo cantada pela baiana Maria Bethânia.

Pronto. Recebo no ato o abraço da velhinha mais próxima, o sorriso da neta, e o reconhecimento do resto. A gerente, novinha, moreninha, a gracinha de nós velhos, só olhando, sorrindo, ela tem duas filhas pequenas, todos demos lembranças:

– Os tios não acham que está na hora de andar um pouco por aí?

– Sim, senhora!!!

 

No lado de fora, a conversa sobre Lupicínio Rodrigues continua, com a participação até do auxiliar do mercado, conhecido de todos, ajuda no carrinho até o apartamento das mais necessitadas e tudo. Pois todos trocamos informações, tais como:

1 – Discos completos só com músicas do mestre Lupicínio. Tem um da Adriana Calcanhoto, com 17 músicas. Outro com o Noite Ilustrada. Com Ayrton Montarroyos. Com o Roberto Menescal. A peça de teatro Vingança – o Musical, só com músicas do mestre dos pampas. Sem contar o disco Grandes Compositores – Lupicínio – Soft Orchestra.

– Chega, gente. Preciso ir.

– Ih. É mesmo.

– Tá com medo da Madame, Polaco? Volta …

– Ih. Esta música eu adoro na voz da Gal. Maior “Felicidade”, esta na voz do Caetano.

– Eu gosto da música do Lupicínio “Se acaso você chegasse”, na voz da Elza.

– Nervos de aço!

– Êpa, meu. Esta é do Paulinho da Viola.

– É o que você pensa, carioca vice de São Januário. Pois Nervos de Aço é do Lupicínio.

Foi assim. Até que cada velho, ou jovem senhora – somos educados – foi saindo, devagar, por suposto, mas todos cantando, cada qual a sua música predileta do grande Lupicínio.

Chego em casa, desta vez sem parar no boteco, mais do que atrasado, sabe como é…

– Estava onde, polaquinho?

– Agora não posso falar.

– Por causa de que?

– Alexia!!!

– Sim, meu polaco.

– Toque tudo do Lupicínio Rodrigues.

“Se acaso você chegasse no meu chateaux


Encontrasse aquela mulher que você gostou.


Será que tinha coragem de trocar nossa amizade


Por ela, que já lhe abandonou?”

– Alexia!!!

– Quié?

– Muda!!!

E Madame:

– Acho bom!

Em Brasília, 08h54m desde 01/02/23. Ah. Este post vai para meu amigo de Alegrete, o gaúcho escritor e viajante, o Marçal Alves Leite. Com o adendo, velho gremista:

– A penúltima faixa do disco “Loucura”, da Adriana Calcanhoto, só com músicas do Lupi, pois então, a penúltima é justamente o Hino do Grêmio, escrito justo pelo Lupicínio Rodrigues.

Até a pé nós iremos

Para o que der e vier

Mas o certo é que estaremos com o Grêmio

Onde ele estiver.”

Então tá, né.

Inté e Axé!!!


Aqui Berlim. Direto da Alemanha, o grande vitorioso derrotado em Guerra Mundial da qual o Brasil sempre participa mas a prosa é sobre as 25 Forças Armadas consideradas as mais “fortes” hoje no Planeta Terra.

O estudo foi divulgado pelo site fribbla.de em que detalha o que é levado em conta, aqui devidamente traduzido para o nosso linguajar tupínico:

A tecnologia utilizada , os gastos com armamento e, por último mas não menos importante, as táticas de combate interno podem ser uma característica decisiva.”

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A listona

Surpreendem a Alemanha, com o considerado oitavo exército do mundo, junto com o Japão, no sétimo lugar, por isso chamados de os “grandes derrotados vencedores”.

Na ponta de cima da destruição, com cada um ainda tendo mais de 7 mil armas nucleares, lógico que estão a Rússia, em segundo, e os Estados Unidos, em primeiro lugar isolado.

Indecoroso é o índice militárico ianque, os Estados Unidos da America da Morte, com gastos indescritíveis de U$581 bilhões por ano em armas (a Rússia gasta U$94 bilhões e o nosso Brasil, U$27 bilhões anuais).

Outros números da Morte Ianque: 7,300 ogivas nucleares, 13 mil aviões de guerra, 9 mil tanques, 500 navios etc e tal.

emfa5bandeira

Os latrinos

Na lista dos 25 exércitos considerados mais “fortes” do mundo estão Peru (25), Argentina (20), México (19) and nosso Brazil, é, no lugar de número 12.

No nosso caso, o estudo aponta os 335 mil militares da ativa , 50 aviões de caça, apenas um porta-aviões, cinco submarinos além dos 600 tanques de batalha. Sobre isso, o estudo divulgado pela Fribbla ultrapassa a ironia pesada ao comentar que a maioria desses tanques do Exército Brasileiro são “obsoletos”.

Sobre o gasto do Brasil com as Forças Armadas, na base dos 27 mill milhões de dólares por ano, a sentença é terrível:

– SERIA MELHOR GASTAR ISTO TUDO COM CAIPIRINHA!!

emfa88

(Manchete na primeira página do Jornal do Brasil em 1988. Ministro-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, brigadeiro Paulo Camarinha, dá entrevista ao presidente interino da Empresa Brasileira de Notícias – EBN – Eduardo Mamcasz. Photo by Sergio Marques).

Para ler a matéria completa clique no abaixo:

https://fribbla.de/insiders/diese-25-laender-haben-die-staerksten-armeen-der-welt/

Então, tá.

Inté e Axé.


#berlin #berlim #brasilia #brazil #brasil #corrupção #futebol

Papo 02 – Eu esqueço minha “grana” em Brasília. Em Berlim, pego de volta?

Part 02 – I forget my “money” in Brasilia. If I’m in Berlin, will I get it back?

FOTO 1 A

Em Brasília, 19 horas. E assim começa o mais antigo programa de rádio do “Brasil Maravilha”. De chegada, sofro um golpe cibernético. Zeram meu Cartão Alimentação. E aí?

Em Berlim, 4 horas da madrugada. Largo a chave dentro do apartamento do Airbnb. Já no elevador, aterrorizo-me. Lá dentro, meu colete com 3 cartões de crédito e os euros. E aqui?

Pois vamos assim para este primo papo reto entre o pensar germânico e o antagônico brazuka-portuga-latino, este famoso pela corrupção que vai do mendigo ao presidente.

In Brasilia, 19 hours. And so begins the oldest radio program of “Brazil Maravilha”. On arrival from Berlin, I suffer a cybernetic blow, here in Brasília. Anybody stoled all my Food Card. What’s up?

In Berlin, 4 o’clock in the morning. Key inside the Airbnb apartment. Already in the elevator, I terrify myself. Inside the flat, now without the keys, my vest with 3 credit cards and two thousand euros. And now?

Well, let’s go to this first, straight talk between the Germanic thinking and the antagonistic zuca-tuga-latino-ladino, this one famous for the corruption that goes from the beggar to the president.

FOTO 2 SUICIDA

Começo pelo relato de Berlim. Minha acompanhante nos últimos 40 anos esquece o colete com três cartões de crédito e débito internacionais, mais 2 mil euros em espécie (legalmente declarados, no conjunto, na saída em Brasília e na entrada na quase Europa, em Lisboa, a caminho de Berlim). A gente, a caminho do aeroporto de Tegel, madrugada, sem tempo de chamar a host do Airbnb, de origem russo-polônica. Desespero? Não. Realidade. Vamos em frente para ver no que vai dar. As chaves tinha sido deixadas dentro do flat, conforme o combinado, em cima da mesa e ao lado de um bilhete carinhoso e um presente tupiniquim ligado à caipirinha.

Continuo pelo relato em Brasília, depois eu volto para Berlim. Uma semana depois, em casa, capital do Brasil, famoso pelo maior caso de corrupção de todo o mundo, não podia dar outra. Vou ao supermercado para as recompras. Ao caixa, a surpresa. Meu Cartão de Alimentação, Green Card, com saldo acima dos R$1.500,00, economizados, estava simplesmente zerado. Desespero? Não. Realidade brasileira. Registro na política online, nas nuvens, e nos sites da Cielo e do Grupogreencard e na puta que pariu. Sorry. Continuo pretensamente calmo. Afinal, estou de volta ao meu Brasil-Brasileiro-Inzoneiro, onde até o troco ínfimo tem que ser conferido no ato.

FOTO 3 BULOW 01

De volta a Berlim. Quer dizer, Lisboa. Por conta da corrida na confusa baldeação da TAP para Brasília, que exige dez minutos em ônibus lotado, dentro do aeroporto, filas alfandeguísticas, longa caminhada por entre as lojas ditas free e, enfim, dez horas depois deste segundo ato, em casa, Brasília, reabrindo o Whatsapp com a seguinte resposta da por mim chamada “máfia russa”, dona do apartamento alugado na capital do Império Germânico, mais luterano que católico e muito menos ladino, ops, latino, vamos à mensagem, literalmente, sobre o acontecido:

“Hallo Eduardo. Ok. No problem. I will take care of it. Don’t worry!”

Algumas horas depois, chega outro Messanger direto ab Berlin to Brasília:

“Hallo, Eduardo. Everything was there: 3 Credit Card, Passcard, a Key and 2000Euros.”

FOTO 4 BULLOW 02

Pois relato então o lado ladino do meu Cartão Alimentação zerado por obra de quem será, tenho os locais das três compras efetuadas, sem a minha senha, sem o meu cartão, apenas com o natural sem-vergonhice que assolada esta Pátria Que me Pariu, vulgo P.Q.P. Por enquanto, a robótica resposta ao fato apresentado:

“O Grupo Green Card agradece pelo seu contato. Faremos o possível para responder o mais rápido possível.” Pois aguardemos. Oremos. O futuro do nosso Brasil, a quem pertence? Sei lá, porra. Enquanto isso, retroco todas as senhas possíveis e impossíveis. De fato, dois dias passados, apenas, depois de uma série de documentos assinados e mandados, a quantia volta para a conta.

Ao caminhar para manter a saúde física, a mental me alerta a cada curva. São trombadinhas, ladrões, hackers, de todos e em todos os níveis. Do pedinte ao mandante judiciário federal, passando pelo Pai de Todos, quem mesmo, onde está Ele?

– Ele está preso, babaca.

FOTO 4 BULLOW 03

Apesar deste lero que se alonga, adendo dois fatos correlatos. O primeiro, na então comunista República Tcheco-Eslováquia, hoje simplesmente Chéquia. Cidade de Kutna Hora. Minha namorada, atual companheira, esquece debaixo do colchão o colete com 2 mil dólares e os cartões de crédito. Já na Áustria, Viena, casa de um ainda amigo, morando agora em Brasília, pois ele telefona para lá e:

– Hallo. Meus amigos esqueceram umas coisas neste hotel.

– Número do quarto, dia da hospedagem, local exato onde foi deixado.

– Room número 38, debaixo do colchão, lado esquerdo de quem estiver deitado.

– Um momento, vamos verificar.

Hallo?

– Pois sim.

– Encontramos. São dois cartões em nome de … e dois mil dólares vivos. Vamos guardar no cofre do hotel. Quando vão vir buscar?

– Primeiro eles vão ter que tirar novos vistos na Embaixada.

– Tschuss.

FOTO 6 B

Segundo, acontecido há alguns meses, numa das voltas a Brasília. Atendo o telefone, uma pessoa me chama de tio, fala o nome do meu sobrinho, que mora nos Estados Unidos, fala igualzinho, não fale para ninguém, estou chegando de surpresa, mas o carro alugado em Belo Horizonte está enguiçado aqui perto de Cristalina e preciso de dinheiro para o mecânico e pode mandar a ordem na conta, espera um pouco, vou passar para o dono da oficina, a bença, tio. Resultado. Caí de pato.

Na sequência, estilo ladino-latino-tupinico-brasílico, embora morador na Capital do Brasília, com profissão respeitada, faço registro na Polícia Civil do DF, online, internet, coisa de Primeiro Mundo. Tudo escrito: nome, cpf, número da conta e banco e agência e cidade onde foi depositada a grana roubada-ludibriada. Depois, pelo telefone do banco Itaú, registro o fato, para pelo menos alertar sobre o grupo que dá golpe a partir da cadeia, usando conta de laranja. Vamos às soluções:

1 – Email da Polícia Civil Online. Lamentamos não dar sequência ao registro porque o depósito foi feito numa agência fora do Distrito Federal (Brasília). Favor comparecer pessoalmente à delegacia mais próxima da sua residência.

Resultado. Fui à primeira delegacia de Brasília, capital do Brasil, no bairro de classe média aprimorada e me acontece o seguinte, em lá chegando. Desculpe, estamos sem Internet. Mas eu quero apenas registrar uma ocorrência. Nada feito. Volte amanhã. Voltei. A Polícia tinha entrado em greve. Foi coisa de uns três anos. Dancei. Pronto.

2 – No pronto atendimento do banco comercial, o maior do Brasil. O senhor aceitou? Lógico que sim, mas fui enganado. Então, nada podemos fazer. Eu sei disso. Estou telefonando apenas para que vocês fiquem de olho nesta conta tal, do fulano de tal, na agência tal, que pertence a uma quadrilha que age de dentro da cadeia. Apenas para que vocês prestem atenção.

– Infelizmente, meu senhor, nada podemos fazer.

FOTO 7 C

Então, encerro. E aí? Berlim ou Brasília? Pode comentar. Sei que em Portugal está tendo golpe por demais com os brazucas exilados pelo aperto econômico. Mas aí não sei porque só passo correndo. Já chega o pau brasil e a cana de açúcar e o ouro e o dinheiro dos escravos que os portugas levaram do nosso Pindorama. Fico hoje por aqui mas depois eu volto com mais Alemanha, 7 – Brasil, 1.

Heil! Tschuss. Inté! Axé!

Não perca o próximo episódio:

03 – Quantas “tias” cuidam de “uma” criança em Berlim? Em Brasília…

03 – How many “aunts” care for “one” child in Berlin? In Brasilia…

FOTO 8 CRIANCA


Chove lá fora. Cá dentro, qual cabana na montanha nevada. Mais nada? Tudo! Relato:

1- No lendo Balzac. Primo arraso do jornalístico affair.

2 – No tevendo Canal Space, filme de guerra na Georgia-Chechenia-Ucrânia.

3 – Busco no ato e comparo no fato no reler de A Prima Vítima, numa guerra, é a Verdade.

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No filme, a equipe de jornalistas de guerra fora do gabinete.

A- Repórter tipo neutro + cinegrafista de fato repórter .

B – Chove lá fora, cá na Ilha: Georgia=Chechenia=Ucrania=URSS.

Pois no ato me atenho, chove lá fora, Brasília, a dois fatos de vero:

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A – Tempos de meus primórdios de repórter no Rio:

Morte dita comum na Rocinha. Favela no Rio. Nem se imaginava nesta tal de Internet. Em O Globo, o rádio-escuta da Polícia. Ligado no da reportagem na Rural Willys. E a gente chegava no fato, no ato, antes da cana dura. Repórter de um lado, fotógrafo do outro e o motorista nos arredores. Cada qual focado no principal. A manchete. Imagina o ato.

B – Chego em Brasília. Repórter de Gabinete. Palácio do Planalto. Dois minutos para os fotógrafos registrarem a cena secreta do encontro do até hoje falso aberto. Corro pro fotógrafo da Folha, minha nova casa e … nem pensar, cara, aqui tudo é secreto, se eu te falar o que ouvi, tô fodido.

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De volta pro filme, sei lá o nome, tô nem aí, tinha o Andy Garcia e o Val Kimer, sub-aproveitados. Cena do repórter, genocídio filmado, a editora em Atlanta, Georgia, Estados Unidos:

– Nem pensar, cara, tamos transmitindo ao vivo as Olimpíadas. E o Putin acabou de falar. Que a tropa só está se defendendo.

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Moral Final:

Nesta segunda, tenho que me explicar o por causa de que não ouvi a “outra parte” no comparar o nascedouro, o áureo e o terminal estado da Petrobras.

Resposta minha:

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– Chove lá fora, aqui em Brasília, está tudo tão frio.


Minha homenagem  aos 460 anos da cidade de São Paulo e a todas as pessoas amigas que estão dentro dela.

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Eu chegado, via Congonhas, Brasília no bilhete, quinta feriado, converso na janelica do pré-acertado, tem cartão de crédito, bandeira dois, destino Vila Madalena, 39 reais.

– Por onde o senhor deseja ir ?

No invisível, escuto o samba paulista “somos quase vizinhos , fazemos o mesmo caminho, vem me dê sua mão”, de Fica mais um pouco  amor, do italiano Adoniran Barbosa. Por mim, senhor chofer de vampiresca classe, desde Dom Cristóvão, (1) que cobra acima do ético do menino que, virá a saber no meio do rio, quase se afogando, devido ao peso da tarifa, ser o próprio Deus.

– Vamos por onde, meu senhor polaco, orra,  mas o cara fala, meu!

Traio minha condição sisuda de ser. Pela casa do Carvalho, chegue à Vila Madalena, Heitor Penteado com Pompéia, no Fran’s Café. Aliás, senhor matador da minha noiva Iracema (2), na hora da conta, preste atenção ao lado esquerdo, pouco abaixo do seu adormecido arremedo, onde tem dois livros de Buckowsky (3). Aconselho-os para suas horas de folga, no coçar do físico, de volta ao Morro do Piolho (4), ao rememorar a exploração deste portador de visual da Vila do Progréssio (5).

Belo começo de semana enclausurado no Anhembi numa tal de XI Unctad (6) ( um o que?) dois, cara, quer dizer, muito mais, seis mil burocras, includo presicas e ongueiros . Encontro uma comitiva de dois, do Reino do Lesotho. Converso de quando passei naquela negra montanha, incruada em território branco e africano. Lembro do tropeçar à beira do despenhadeiro por conta dos acenos que me fazem, não as mariposas de Jaçanã (7), mas dezoito inocentes pés de maconha, já do óleo liberados e nem tão secos para serem desprezados.

– Mas onde é que estamos mesmo, meu senhor?

– Sei lá, seu “Mânforo” (8). Eu vivo de passagem, pago na vida sempre adiantado, o tempo está bom, a capital melhor sem o paulistano, lá embaixo na praia, domingo a revoada do milhão e meio no maior orgulho gay do mundo (9). É. São Paulo não consegue parar. Vila Madalena. No buraco tem o beco estreito e as muralhitas de azuleijo que espantam os grafiti . Que pena Adoniran , no lugar do composto, tivesse pichado os vazios das malocas. Ao observar os tatus (10), ele teria no certo, no samba do Arnesto, inserto o “domingo nóis fumu no azur” (11). E obrado na torcida excluída de pardos paulistanos que adentram a estação da Sé (12). Tomo coragem e parlo:

– Meu nome é Rubinato (13).

– Carma, Iracema, o chofé não tem curpa. Paciência! Paciência! (14)

Olha o breque !

Abstenho-me de personagens nesse paulistano passar, até do anfitrião. Relatos factuais ameaçam futura permanência nas retas escadarias por onde escorregam ratos disformes e ladrõezinhos alimentadores da boca a meio caminho do Sumarezinho à grande Madalena. Pena sejam tão céleres. São ratos que dividem com tatus de credos e cores disformes o mesmo quedar ao metrô que, cá para nós, funciona de maneira mais limpa do que a forma com que foi construído.

De volta ao relato de minha passeada paulistana. Paraíso (15) , bate a vontade de desviar de linha para uma visita à amiga minha da Santa Cecília (16). Não a santa rainha dos músicos. A padroeira dos gays. Qual nada. Deságuo no Tietê, o maior terminal … que mania … o bandeirante não viu o dos mexicanos. Tento o guichê para Valinhos, onde mora o amigo Charutinho (17). Penso em subir a Bragança e visitar tia Aline em Atibaia. Ou passar na Casa da Sogra (18). Vence a sina : o suor danado no desarvorado Parque do Anhembi.

Cena terminal no Tietê :

– NÃO dê esmola !

– NÃO seja camelô pós linha branca !

– NÃO coma pizza requentada!

– NÃO pegue táxi fora do ponto !

Em protesto à retidão paulistana, promovo o curvilíneo :

SIM !

Dou um real à caiçara invalidada pelo herói bandeirante.

SIM !

Compro cadarço à porta do elevador que desce para a Cruzeiro do Sul e nele dependuro meu crachá da ONU (19).

SIM !

No Shopping Estação, como pizza fria com café preto.

SIM !

Aceno ao táxi acabado de ser passageiro. Entro correndo. Tem recibo. Um pulo até o Anhembi, pela Olavo Fontoura, hoje menos policiada. Faça a ronda no balão e quebre no farol perto das biroscas.  Pronto, cheguemo, diria mestre Adoniran. No retorno da noite, pelas dez, a carona no ônibus da TV Nacional. Passada a ponte para Bom Retiro, apeio no intento de rever Armênia(20). De gravata e roupa de gringo , ultrapasso a passarela sobreterrânrea. Dobro à direita na rampa. Visualizo personagens do Abrigo dos Vagabundos (21). De costas, não me sentem. Falta-me a iluminação. Acelero pela lateral. Passo. Enxergam-me na quebrada à esquerda.

– Ô doutor !

Respiro em terra firme, pequena praça, o corredor obscuro formado pelas bancas de camelôs completamente arriadas. A distância se agrava. É relativa em momentos tensos. Ao longe reluz a claridade do acesso à estação que me seduz.

– Um real pra gente !

De soslaio, mais dois passos em frente, sem sacolejar:

– Tá mal. Tô sem nenhum !

– Se o doutor não tem um real, então quem vai ter neste País.

Embarafustado pela roleta-catraca do metrô, enfio o bilhete de 10, pisca-me de volta o cinco, subo a escada rolante e aguardo o trem Jabaquara-Paraíso-Madalena. Penso. Vou convidar para o mesmo trajeto as personas reunidas no Anhembi. Imagino o trio real da passarela numa task-force de commodities, comércio justo, dumping, progresso auto-sustentável, fair-trade e até o Gil (22)na defesa da necessidade da retomada do caminho da possibilidade de uma utopia.

– Não recrama, João, a chuva só levou a tua cama (23).

Cuido do retorno a Brasília servido de típicas lembranças paulistanas: famosos potes do alto da Moóca (24), marmita do tradicional arroz com feijão e um torresmo à milaneza (25) e outra cadeira lá na Praça da Bandeira (26). Arrumo tempo e passo na casa do Nicola, no Bixiga, na rua Majó (27). Converso com o Joca na Saudosa Maloca na Rua Aurora (28). Sinto que lindo , Eugênia, é o viaduto de Santa Ifigênia (29) e rebeijo a mariposa na Rua dos Gusmões (30). Sim. Não posso ficar nem mais um minuto com você(31). Na pressa da hora acertada retorno ao começo deste relato no espaço clamado Congonhas. A última rodada no metrô, do Tietê a São Judas, o mais perto do aeroporto. Só alguns quarteirões. Nem sete reais. Pois vou. Estou apeado na rua diante do único táxi do ponto. A felinesca chofer garante que emagreceu 37 quilos. Tem codinome. Pafunça (32). Pede tempo para botar o cadeado no telefone. Abre o porta-bagagem. Não entra mais nada. A cara dela.

– Deixa eu pagar antes o corte do cabelo do meu filho. É no caminho.

Ele tem 16 anos. Dez reais. Onde já se viu. O pai dele é taxista. Ganha bem. A gente é separado. O juiz mandou ele pagar 600 reais

de pensão. Até hoje não pagou. Alô, meu filho. Já estou voltando. A gente divide um comercial. Arranjei advogada conhecida . Vai cobrar 900. Acontece que ainda gosto dele. Encontrei outro.Um amor de pessoa.Quer filhos. Alô, amor, hoje não vai dar. Já operei. Penso até operar de novo. Dá uma pena dele. Mas não vai dar certo. Gostomesmo é do pai do menino. Tô com uma pena de cobrar a pensão na justiça. Não é para mim. É para o filho. Gosto dos dois. Quer dizer. Dos três…

Chegamos. Dezenove reais e trinta centavos. Deve ter cobrado por palavra. Dou vinte. A história valeu. Sincera. De gorjeta canto

para ela o trecho final do samba Maria Rosa, do Adoniran Barbosa. Ouçamos juntos. Alô, meu marido. Não. Que cobrar coisa nenhuma. Injustiça é eu estar longe de você. Eu é que te devo. Um beijo, meu moreno! Taxímetro desligado, revira-se para o meu lado, estou no banco da frente, muito l-e-n-t-a-m-e-n-t-e, e proclama: Canta, meu branco !

O carnaval passou.

Levou minha rosa.

Levou minha esperança.

Levou o amor criança.

Levou minha alegria.

Levou a fantasia.

Só deixou uma lembrança.

Constato, no ato de me livrar dos sobejos da saliva – em troca da pena fica a serena sensação do lábio mordido – que ainda me sobram três horas pro vagar antes do embarque imprevisto. Traço meu pedaço na área do estresosso Congonhas. Confiro que, no perímetro interno do terminal, cerveja em lata sai a quatro reais. Ultrapasso a avenida pela passarela. Lá vem outro causo. Dobro à direita. Disputo a calçada esburacada, estreita e conturbada. Paulistas me insistem que Brasília não presta porque não tem calçada. Prossigamos. Após a passada pelo pardieiro, dormida a 15 reais, três horas, é só subir a escada a la penumbresca, estaco diante uns cocos verdes fincados numa estaca na esquina em frente ao posto de gasolina. Um real e meio, guardanapo, pastéis de bauru na hora, includo a massa. O sonar contínuo dos motores. Suportável seria não fora a gripe e os bilionésimos de miligranas de fuligem a perturbar minhas narinas, pois as tenho ao par. Sento-me ao banquinho de plástico branco e limpo. Faço justiça no acréscimo do informar.

Sorvo vagarosamente, no opósito do ritmo intenso do trânsito tão ao gosto do paulistanesco folclore de pisar nos freios para aumentar os quilômetros do engarrafamento. Aspiro a segunda tragada do líquido ao gosto de beira -mar. Preparo-me para a terceira. Aproxima-se um típico ancião, bonezinho xadrez, cabelos branquíssimos nas laterais, o próprio italianinho que me parece, no ato, chamar-se Arnesto (33).

Muito íntimo :

– Hy mister, can you give to me your beautiful hair?

Vero…

– Fôra eu gringo, meu siciliano, não estaria aqui tomando água de coco pós uma rápida esprimidinha ali na esquina. Está premo na questão de traduzir agora mermo. Esprimidinha é um copo de cachaça barata com meio limão esprimido em cima. Custa setenta centavos. Tomei duas.

– Sou polaco!

– Polish o catzo. O senhor é suiço. Não adianta negar. E eu quero o seu cabelo de presente. Now!

Vero…

Não apresso o passo, pois não debando, e nem exagero o devagar. Longe de mim o escalpo na quarta maior cidade do mundo. Atravesso de volta a passarela. À procura da compostura. Reassumo minha dita personalidade gringa. Subo à francesa a escada encaracolada do saguão central de Congonhas. E me dirijo à Sala Vip do Cartão de Crédito. Opto pelo chá misto Momento de Acordar.

Ingredientes : folha de chá-mate, casca de laranja doce, casca de limão, casca de canela e funcho.

Acesso-me à Internet. Uso os quinze minutos a que tenho direito de fama para fazer este relato do fato. Com permisso, vou ficando por aqui. O tempo expira. Nada me inspira. Por fim, expirro. É a gripe.

– Nunca vi gringo suiço escrever deste jeito.

– Nem eu.

Saio, calmamente, direção portão 3. Finalmente, o quase embarque de volta à minha ilha.

– Polish!

– Ih! lá vem o italiano.

– See you latter, friend!

– Me too, Arnesto.

Ao fundo, no falante paulistano, Adoniran me debocha:

– No ortro dia , encontremo co Arnesto, que pediu descurpa, mas nóis num aceitemo.

Sem pisar nos breques, acrescentei pra Matilde (34) :

– Nóis vai mais vorta!

RODAMÃO (é que nem rodapé)

(1)- São Cristóvão.

Diz a lenda que São Cristóvão fez promessa de carregar pessoas de uma margem à outra de um rio, porque não tinha ponte nem barco. Um dia, uma criança pede que a atravesse. Seu Cristóvão coloca- a nos ombros e entra na correnteza. A certo ponto, estranha o peso fora do comum da criança .”Você parece estar carregando o mundo!” A criança lhe responde: “Erraste de pouco. Carregas aquele que fez o mundo.” Por isso, é invocado padroeiro dos motoristas que transportam pessoas pela cidade.

(2)- Iracema.

Nasce de uma notícia de jornal, em 1956. Mulher atropelada na Avenida São João. De fato, foi na Consolação. Letra e música de

Adoniran Barbosa :

“ Você travessou na contramão a São João / vem um carro e te pega / e te pincha no chão/ Você foi pra assistença….”

(3) – Charles Bukowsky.

Autor da beat generation. Dois livros presentes na Livraria do Frans’s Café da Vila Madalena. 1 -Tales of Ordinary Madness (Erections,Ejaculations, Exibitions and General Tales of Ordinary Madness).

2-Play the Piano Drunk / Like a Percussion Instrument / Until the Fingers / Begin to Bleed a Bit.

(4) – Morro do Piolho.

Bairro da Liberdade, Rua Tamandaré. Tudo fictício. Aparece em Histórias das Malocas,1955. Radiocontos de Oswaldo Molles. Adoniran é o desocupado malandro, morador do Morro do Piolho, pronto para mais uma viagem pelo mundo dos humildes.Certa vez, decide fazer uma eleição . A urna é roubada. Noutra, os moradores procuram emprego. Todos de uma vez. Só encontram um. Para ocupar essa vaga, escolhem Charutinho, o mais preguiçoso e vadio da turma.

(5) – Vila Progréssio.

“Progréssio/ Progréssio/ Eu sempre escuitei falá “ – dizia uma das músicas do Adoniran. Era a vila chique dos brancos, a Vila Progréssio. O edifício arto é o encurvado Copan. O café da manhã é no TIB.

(6) – XI Unctad –

Décima-Primeira Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, de 11 a 18 de Junho de 2004, no Anhembi, São Paulo, junto com o Forum da Sociedade Civil.

(7) – As Mariposas.

Música composta em 1955 por Adoniran Barbosa em que o autor faz um jogo de palavras entre as voltas das mariposas-mulheres da vida em torno das lâmpadas-homens:

“ Eu sou a lâmpida / E as mulher são as mariposa/ Que fica dando vorta em vorta de mim.”

Jaçanã, presente na música Trem das Onze, antiga Guapira, aberta em 1913, para ir ao Asilo dos Inválidos, ramal de Guarulhos, Estrada de Ferro da Cantareira.

(8)- Mânforo.

Jogo de palavras com Cristófaro que, em greco-latino, quer dizer aquele que transporta o Cristo, ou seja, Cristóvão. No caso, aquele que leva o Mam, apelido do autor, ou melhor , aquele que transporta o relato do fato.

(9)- Parada Gay.

São Paulo, Brazil, Jun. 13 (UPI) — More than 1 million people marched in Sao Paulo s gay pride parade Sunday, breaking the world record for such an event. Acording to police estimates 1.1 million people flowed through the city s main thoroughfare — Paulista Avenue — waving rainbow flags and signs celebrating the 8th edition of the parade.

(10)-Tatus.

Os que vivem, trabalham ou usam o metrô.

(11)- Azur.

A linha 1- azul do metrô de São Paulo, a Norte-Sul, ligando Tucuruvi a Jabaquara. Adoniram compôs Uma simples margarida (samba do metrô). E no Samba do Arnesto, ele canta “nós num semo tatu”.

(12)- Sé.

Centro histórico da capital paulista, a praça e a catedral. É o centro nervoso , único ponto de cruzamento das linhas Norte-Sul e Leste- Oeste do metrô. Por ela passam vertentes e tendências do urbano e do suburbano.

(13) – João Rubinato é o nome de batismo de Adoniran Barbosa.

(14)- Iracema.

Parte final da música Iracema, quando a letra é declamada.

(15) – Paraíso.

Estação do metrô conde cruzam a linha 2- verde, Ana Rosa-Vila Madalena, com a 1.

(16) – Santa Cecília.

Outra estação de metro, na linha 3- vermelha que cruza, na estação da Sé, com a linha azul.

(17) – Charutinho.

Valinhos, no interior paulista, porque foi onde nasceu Adoniran. No programa escrito por Osvaldo Moles, História das Malocas. Adoniran faz um personagem . Chama-se Charutinho,nome do presidente do Corintians, na época.Um trecho, de 1955:

“Maloca onde a riqueza é um pedaço de fome/ é um pacote de gemido/ Maloca…/ onde eu cresci de teimoso que sô/ Mais esburacada que tamborim de escola de samba em Quarta-feira de Cinzas/ Onde a gente enfia a mão no armário e encontra o céu/ Onde o chuveiro é o buraco da goteira.”

(18) – Casa da Sogra.

Rádio Record, 1941, Osvaldo Molles fazia o programa Casa da Sogra. Ele foi o parceiro da vida toda do Adoniran Barbosa. Em 1964, desgostoso, preferiu se matar. Foi mulher…

19) – Crachá da ONU.

Para poder entrar no Anhembi, só com o crachá fornecido pela ONU que, por desorganização, estava sem o dependurador, daí a

necessidade do cadarço. No caso, cor abórbora, o par custou um real.

(20)- Armênia.

Estação do Metrô, linha 1 , entre Tiradentes e Tietê. Junto à igreja ortodoxa da comunidade dos armênios.

(21)- Abrigo dos Vagabundos.

Numa das músicas Adoniran oferece sua maloca aos “vagabundos, que não têm onde dormir”. E coloca o título Abrigo de Vagabundos. Foi em 1959, no começo de uma nova maloca (favela, invasão) na Mooca.

(22)- Gil.

Ministro da Cultura, Gilberto Gil. Na reunião da Unctad, foi eleito pelos jornalistas presidente do MSL – Movimento dos sem Lead.

Significa que não se aproveita nada do que ele fala, na hora de escrever a reportagem. Não existe um começo. Meu compadre Turiba é o assessor dele.

(23) – Não recrama…

Outro trecho do personagem no programa de rádio História das Malocas. Foi depois de uma enchente que levou toda a maloca-favela embora. No caso do João, ele havia perdido só a cama. Este João, na verdade, seria ele mesmo, nascido João Rubinato.

(24)- Potes da Mooca.

Na música Abrigo de Vagabundos tem o trecho“Eu arranjei o meu dinheiro/ trabalhando o ano inteiro/ numa cerâmica/ fabricando potes/ no alto da Mooca”. Meu anfitrião foi criado no pedaço e ainda se lembra.

(25)- Torresmo à milaneza.

Nome da música composta por Adoniran, em 1979, em parceria com Carlinhos Vergueiro, onde diz:

“E você, Beleza,/ o que é que você troxe?/ Arroz com feijão / E um torresmo à milanesa / Da minha Tereza”.

(26) -Praça da Bandeira.

Letra do samba de Adoniran, composto em 1974, Vide verso meu endereço, quando diz que “ O dinheiro que você me deu,/ comprei cadeira / lá na Praça da Bandeira.”

(27)- Nicola e Rua Majó.

Aparecem no Samba do Bixiga, composto junto com Nicola Caporrino:

“Domingo nóis fumo  num samba no Bixiga

Na Rua Majó, na casa do Nicola.

Mezza notte o’clock, saiu uma baita duma briga

Era só pizza que avoava, junto com as brajola.”

(28)- Saudosa Maloca.

“Se o sinhô não tá lembrado/dá licença de contá/que aqui onde agora está/esse edirfiço arto /era uma casa véia /um palacete assobradado” A casa fica na Rua Aurora. Cine Áurea, O Joca, na verdade, se chama Mário, mas afinal, Mário não rima com maloca.

(29)- Santa Ifigênia.

O Viaduto, inaugurado em 1913, liga o Mosteiro de São Bento à Basílica de Nossa Senhora da Conceição, a “igreja dos sinos quebrados”, porque nunca toca na hora certa. No samba do Adorinaran:”Venha ver, Eugênia/como ficou bonito/ o viaduto de Santa Ifigênia. Está tão lindo que eu acho, ninguém vai morar embaixo”.

(30)- Rua dos Gusmões.

Um dos sambas mais escondidos de Adoniran:

“Por ela sou capaz, de atravessar, a Rua dos Gusmões, lendo Ali Babá, e os 40 ladrões…”.

(31)- Trem das Onze.

Famoso trem que, na verdade, não existe. O último sai às 20h30m.

(32)- Pafunça.

Uma das desconhecidas musas de Adoniran. Resta na letra :

“O teu coração sem amor se esfriou,/ se desligou,/até parece, Pafunça,/ aqueles elevador,/que está escrito/ “num fununcia /e a gente sobe a pé! /é pra me judiar, Pafunça, / nem meu nome tu pronunça.”

(33)-Arnesto.

Virou nome de samba de Adoniran. “O Arnesto nus convidô / prum samba ele mora no Brás/ nóis fumo não encuntremo ninguém.”

(34)-Matilde.

A mulher de Adoniran. Mathilde de Lutiis. Casou em 1942 e com ela viveu 40 anos. O primeiro casamento foi com Olga Rodrigues, com quem teve a única filha, Maria Helena, criada pelos tios.Matilde aguentava tudo. Mas brigava quando ele chegava de madrugada. Daí surgiu o samba: “Joga a chave, meu bem/ aqui fora tá muito ruim”.

“AGORA NÓIS VAI MERMO E NÓIS NUM VORTA MAIS”.

Eduardo Mamcasz

São Paulo – SP – Brasil – 25/Jan/2014

Original em:

http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=10632&cat=Contos&vinda=S


                First, the facts. Seven thousand Cuban doctors are coming to Brazil. Direct agreement with the Cuban government. Who gets the money. 200 million dollars per year. A year ago, all settled. The scheme: buying the media to stop the Health care in Brazil, Brazilian doctors call for the interior and, finally, that may Cubans. Nothing against doctors coming into the Northeast explored. Much less in favor of the Cuban doctors being booed. No way they seem maid. Never. Now, resign Brazilian doctors for ten years in the same inner battle left to give vague to Cuban doctors, then, the measure passes.

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          Primeiro, os fatos.

Sete mil médicos cubanos estão vindo para o Brasil. Acordo direto com o governo de Cuba.

Que recebe o dinheiro. 200 milhões de dólares por ano. Há um ano, tudo acertado.

O esquema:

Comprar a mídia para acabar com o atendimento da Saúde no Brasil.

Convocar médicos brasileiros para o interior

Enfim, que venham os cubanos.

Nada contra a vinda de médicos para o interior do Nordeste explorado.

Muito menos a favor dos médicos cubanos sendo vaiados.

Nem pensar que eles parecem empregada doméstica. Jamais.

Agora, demitir médicos brasileiros que há dez anos batalham no mesmo interior abandonado, para dar vaga aos médicos cubanos, aí, passa da medida.

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Mente abucheado cubana: no va a ir a donde los médicos

       Mi pueblo. Estoy abichornad

       

¿Por qué hoy en día es el sábado? Nadica de nada, hombre. Es el nigga siguiente:

    Médicos de Familia, hasta diez años en los pueblos de mierda raspando el nordeste de Brasil, están ahora mesmo siendo despedidos, por teléfono, para dar paso a los médicos cubanos, por el cual el gobierno de Brasil paga 10 mil dólares al mes, la casa, la comida y más hogares de la zona.

    Ya médicos brasileños están siendo despedidos sumariamente, de la hoja, en septiembre, a pesar de que sus salarios han sido siempre muy por debajo de los diez kilómetros.

     Y ahora, cumpanheiros y cumpanheiras bolivarianas-petralhas-analfabetas-histéricas que abundan acá en Face? Es por esta razón? Y no me vengas con liberación oficialesco-enviado-pagada de papel de uso oficial para enviar en otro agujero porque en mi papel higiénico es amentolado. Ih … por poco.

      Sólo para desmitificar esta sanha cubana. Casi a dañar este mi sábado. Afortunadamente, el surubím horno interpuesto por un indio amigo suyo que da pena Xingu, como una sauna con vapores de romero, mejorana y otras delicias.

       ¿Lo ves?

    Mi fin de semana continúa el bien. En mierda médicos brasileños son generalistas de la familia de mierda en persona, en el noreste, que acaba de perder su trabajo que abrazó por vocación, lejos de la capital, donde, ahora, los gobernantes saciar dudar de la frontera sirio-libanesa.

       Yo estaba! Ou mejor. Fui, né, mané de mierda!!!

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                Gente. Estou abichornado. Por que hoje é sabado? Nadica de nada, meu. É pelo seguinte, mano: Médicos da Família, até há dez anos ralando nos lugarejos de mierda do Nordeste brasileiro, estão sendo demitidos, por telefone, para dar lugar aos médicos cubanos, pelos quais o governo de Brasil paga 10 mil reais por mês, mais a casa, comida e mais o trato domésticos. Já os médicos brasileiros estão sendo demitidos sumariamente, fora da folha de setembro, mesmo que o salário deles sempre tenha sido muito abaixo das dez milhas.

      E agora, cumpanheiros e cumpanheiras bolivarianas-petralhas-iletradas-histérica que abundam aqui no Face? Fica por isso mesmo? E não me venham com release oficialesco-mandado-pago-oficializado que mando usar o papel noutro orifício porque no meu é papel higiênico amentolado. Ih… acabei mal.

      É só para desmistificar essa Sanha Cubana. Quase estrago meu sábado. Ainda bem que no forno o surubim trazido por um índio amigo do Xingu. Ele, o peixe,  sua que dá pena, parece uma sauna com vapores de alecrim, manjerona e outros acepipes.

       Tá vendo? Meu final de semana continua na boa. Na mierda estão os médicos brasileiros-generalistas-de família-da pessoa na mierda, no interior do Nordeste, que acabam de perder o emprego que abraçaram por vocação, longe da capital onde, agora, os governantes saciam a dúvida no Sírio-Libanês. Fui!!!


Cuba granny

Cuba granny (Photo credit: @Doug88888)

Saludo,  burguezinho de mierda.

Assine este abaixo-assinado a favor do médico cubano mandado ao Brasil.

1)-Que ele receba o salário integral pago pelo governo brasileiro;

2)-Que ele possa ir e vir onde lhe der na telha;

3)-Que ele possa pedir asilo político, se quiser;

4)-Que ele possa trazer a família dele, refém lá na Ilha de Cuba.

Enfim, burguezinho de mierda.

Que o médico cubano  seja aplaudido pelo povo que  morre no  SUS.

Para terminar, burguezinho de mierda.

Só acredito neste teu falso lero quando um, apenas um,  levar o filho, que não foge à luta, na hora da doença pior, direto para o médico cubano.

Enquanto isto não acontecer, burguezinho de mierda, vou deletar cada um de você.  

A não ser que me traga, antes, um atestado médico de atendimento da tua criança, na pior, assinado por um médico cubano que, aliás, merece toda a nossa força, neste dia 7 de setembro.

Liberdade já, ainda que tardia, para o médico  cubano, escravo aqui no Brasil.

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Hey folks, the devil August is here now!!!

August, the month of the mad dog. 

Because the spear by Julio emperor.

 Jealous of another emperor, the Augustus.

In Brazil, popping, august chills any  in the Boca of the Povo.

Until the memory opaque or mad.

homem-by-mamcasz

Olha agosto aqui gente!!!

Agosto, mês do cachorro louco, praga lançada pelo imperador Julio, enciumado doutro imperador, o Augusto.

No Brasil, de estalo, agosto arrepia qualquer mandante na Boca do Povo.

Até pela lembrança opaca ou louca.

22 de Agosto:

Presidente Juscelino Jubitscheck, o nosso JK, morre num atentado na Via Dutra, de carro, SP em direção ao Rio.

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24 de Agosto:

Presidente Getúlio se mata, com um tiro na cabeça, no Palácio do Catete, no Rio.

Deixa a carta-testamento.

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25 de Agosto:

Presidente Jânio Quadros renuncia .

Sete meses depois de derrotar, nas urnas, o grande JK. 

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Mas agosto, com certeza, pega alguém, pela mão da Morte, de surpresa, sempre:

Dia 2  de agosto:

Morre Hinderburgue e Hitler assume o Poder no lugar dele.

Dia 6 de agosto:

Estados Unidos jogam bomba atômica em Hiroshima, no Japão,

e genocidam 200 mil pessoas, civis.

Dia 8 de agosto:

Presidente dos Estados Unidos, Nixon, renuncia depois de várias cagadas.

Dia 16 de agosto:

Morre o Rei Elvis Presley.

Dia 16 de agosto:

Morre Robert Johnson, rei do Blues, após o pacto com o Diabo.

Dia 18 de agosto:

Morre Gengis Khan, mongol, por onde passava nem a grama nascia mais.

Dia 21 de agosto:

Morre Leon Trotsky, com um golpe de picareta na cabeça, no México, a mando do genocida Stalin, da Rússia.

Dia 31 de agosto:

Morre, num acidente de carro, em Paris, perseguida pela imprensa,

Lady Diana, no carro do amante árabe, a avó do atual bebê real da Inglaterra.

Pergunta final:

Quem mais vai se finar neste mês de agosto, hein?


A Voz do Povo na História das Ruas  

Egito. Brazil. Tunísia. França. Espanha. Catalunha. É sempre o mesmo povo querendo pegar o Touro à Unha. Poder protegido pelos meganhas armados. Amados, não. Tão antigo quanto Deus é Deus. Mandou Miguel, o Arcanjo dono das Forças Armadas, expulsar o povo – Adão e Eva – do Paraíso.

Brazil 08 by MamI want Everything I am Nothing.

Egypt. Brazil. Tunisia. France. Spain. Catalonia. It’s always the same people wanting to take the bull by the horns. Power meganhas protected by armed. Beloved, do not. As old as God is God. Sent Michael the Archangel the Chief of the Armed Forces, to expel the people – Adam and Eve –  from the Paradise.

Fora do alcance do Reino, o Povo descontente, fora do coro dos amestrados, passa a ser chamado, pelo Poder (Estado-Igreja-Imprensa), de Vândalo, Desordeiro, Baderneiro, Bandoleiro, Bandido e Arruaceiro. Se estiver certo, um dia vira letra do Hino Nacional: Allons enfants de la Patrie. Deixa de ser Bandido.

Brazil 01 by Mam

Vandals cut the Queen’s head of Guillotine. Allons Enfants de la Patrie.

Beyond the reach of the Kingdom, the People unhappy, out of the choir housebroken, shall be called by the Power (Church-State Press), the Vandals, Hellion, Hooligan, Bandit, Bandit and Rogue. If you’re right, the day turns lyrics of the National Anthem: Allons enfants de la Patrie. Quit being Bandit.

Brazil 00 by Mam

The people united will never be sold.

For in homenagem to continued Voices in the Streets of my Brazil, and also the rallies of the French Revolution and the Russian Communist earliest times, even more the enormous headlines, content, Folha da Tarde and now Correio Braziliense because then do your these my sign.

Pois em homenagem às Vozes que Continuam nas Ruas do meu Brasil, e também às passeatas da Revolução Francesa e da Russa Comunista dos primeiros tempos, mais ainda às enormes manchetes, no conteúdo, da Folha da Tarde e, agora, do Correio Braziliense, pois então, faço teus estes meus cartazes:

Brazil 09 by Mam

I want everything that everyone wants.

I do not want Spain or Brazil. I want the people to go fight in the streets of Rio. This has to do with the final of the Confederations Cup in 2014, which was in Brazil, in the middle of the street demonstrations. It was at the famous Maracanã stadium, restored at a cost of millions of dollars missing from the Health-Education-Transportation. Inside, the bourgeoisie around the Power that was not afraid of the boos. Or was hidden. Worse. Grace, on the wings of the aircraft FAB – Brazilian Air Force. From the outside, the game of the people, taking the Armed Forces at the behest of FIFA. Hence the next poster. In Tetra Tetra. This, champion Brazil in the Confederations Cup for the fourth time. And Treta? Good Word and Rio. Mistake. Theft, Corruption. Thievery.

Brazil 06 by Mam

Tem a ver com a final da Copa das Confederações 2014, que foi no Brasil, no meio das manifestações de rua. Foi no famoso estádio do Maracanã, restaurado ao custo de milhões de dólares que faltam na Saúde-Transportes-Educação. Do lado de dentro, a burguesia em volta do Poder que não foi com medo das vaias. Ou foi escondido. Pior. De graça, nas asas dos aviòes da FAB – Força Aérea Brasileira. Do lado de fora, o jogo do Povo, apanhando das Forças Armadas a mando da FIFA. Daí o cartaz seguinte. Tetra no Tetra. Este, Brasil campeão da Copa das Confederações pela quarta vez. E Treta? Bom. Palavra bem carioca. Engano. Roubo, Corrupção. Gatunagem.

Brazil 05 by Mam

Pois estes meus cartazes manchetes em cima das vozes que continuam nas ruas do meu Brasil varonil acabam, que nem as marchinhas de Carnaval, no que está junto, por perto,  mesmo que do outro lado do mundo. Por exemplo. Egito.

Brazil 03 by Mam

People. I’m going to Egypt to do some courses.

Brazil 02 by Mam

Who I send to Egypt?

Brazil 07 by Mam

At the end of the nation Maracanã.

She (the President of Brazil, which led the premiere boo) will not because it can not.

I will not because I don`t whant.

Brazil 04 by Mam

Polaco não dá bandeira. Descendente de família vinda da Polônia para o Sul do Brasil, onde os polacos-polônios-poloneses são discriminados. A frase Polaco não dá bandeira tem dois significados. Um. Esperteza. Não deixa ser prego-preso em flagrante. Dois. Escanteio. Polaco gosta de comer. Na Grande Guerra, para desprezar, diziam que o Polaco trocava a Bandeira Nacional por um prato de comida. Quando criança, provocado na escola dos brancos (diziam que polaco é o negro do sul do Brasil), quando gritavam para a gente: POLACO NÃO TEM BANDERA!  Nossa resposta continua sendo igual, mas tem que ser gritada com a mão no pau-pinto-saco-escroto-caralho:

– MAS TEM PAU PRÁ DÁ PRÁ BRASILÊRO, PÔRA!!!

– What???

Português: Fachada do Estádio do Maracanã.

Português: Fachada do Estádio do Maracanã. (Photo credit: Wikipedia)

Polish flag does not. Descending family from Poland to the south of Brazil, where the Polish-polônios-Poles are broken. The phrase does not Polish flag has two meanings. Cunning One. Do not let it be nail-caught red-handed. Two. Corner. Polish like to eat. In the Great War, to despise, said that the National Flag Polish exchanged for a plate of food. As a child, teased at school whites (saying that Polish is the black southern Brazil), when shouted at us: POLISH HAS BANDERA! Our answer remains the same, but it has to be shouted with his hand on dick-dick-dick-bag scrotum:

– BUT HAS BIG DICK TO GIVE TO THE BRASILIAN PEOPLE. FUCK YOU!!!   

Maracanã stadium

Maracanã stadium (Photo credit: Wikipedia)

 


              The first question has to do with invoice. The listener citizen, if you prefer no invoice, the consultation, the dentist, purchase, service, rent, finally, will be cheaper. What is your answer, huh? Depending on can be two box training, tax evasion, escape from tax, and even conspiracy. Same thing when buying a product.

Faça o teste para ver se você é corrupto ou não

                Se depender das vozes nas ruas e dos pronunciamentos oficiais, existe o entendimento comum de que é preciso combater as diversas formas de corrupção existentes no Brasil. Uma delas é começar em casa. Saiba mais.

              Ouça bem. Onde está o maior número de corruptos? No Executivo, no Legislativo ou no Judiciário? Em qualquer um deles, é fácil fazer a acusação, por se tratar de um ser distante da gente, apesar de uma prisão ou outra. Mas não é distante coisa nenhuma. São escolhidos, no caso do Congresso, ou pessoas chaves do Executivo, pelo voto direto do povo, ou seja, cada um de nós. Pela lógica, então, nossos representantes são o espelho dos que os escolheram,  ou seja, a maioria. Daí a importância do teste, neste Trocando em Miúdo de hoje, muito válido para os dias que continuamos vivendo nas ruas e que forçam votações mais apressadas, como considerar corrupção dolosa um crime hediondo. Que tal então a gente começar o teste? Lápis e papel na mão. Quer não tiver nenhum sim de resposta que atire a primeira pedra. Vamos nessa?

              Pois então. A primeira pergunta tem a ver com nota fiscal. O ouvinte cidadão, se preferir sem nota fiscal, a consulta, o dentista, a compra, o serviço, o aluguel, enfim, vai sair mais barato. Qual a tua resposta, hein? Dependendo, pode ser formação de caixa dois, evasão de divisas, fugir do pagamento de imposto, e até formação de quadrilha. A mesma coisa quando se compra um produto pirata, seja ele o que for, pode ser até remédio. Vamos em frente com o teste?

Pergunta 1

             Alguma vez a pessoa ouvinte cidadã já passou do limite de velocidade na rua, dirigindo um carro ou, pior ainda, já atravessou um sinal vermelho mesmo sabendo que isto poderia provocar um grave acidente? E na hora da multa no ato, alguém já inventou alguma desculpa esfarrapada para o seu guarda e, pior ainda, ofereceu um agrado, propina, ou seja, tentou corromper um agente público? Vale também para qualquer situação quando, na demora para pegar um documento, alguém aí fala o seguinte: Será que não dá para dar um jeitinho, meu? Hein?

Pergunta 2

           O preço pela dose uma bebida, no bar, é fixo. Alguém aí já pediu um chorinho, por fora, para o garçom?

Pergunta 3

          Fazer um puxadinho na loja, na casa, ocupando espaço de uso coletivo, é crime, inclusive financeiro.

Pergunta 4

         E gambiarra, luz sem pagar nada?

Pergunta 5

E a declaração do Imposto de Renda, tudo em cima?

Pergunta 5

E na hora do troco

Para ouvir a coluna de uso livre para as rádios do Brasil, clique abaixo:

http://radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2013-07-02/fa%C3%A7-o-teste-para-saber-se-voc%C3%AA-%C3%A9-corrupto

Congresso Nacional do Brasil

Congresso Nacional do Brasil (Photo credit: Wikipedia)


Very charged in street protests, opening the spreadsheet cost of public transport system, it actually mixing the political and financial costs of a formula that involves, on the one hand, revenues, on the other, and, ultimately, profits dealers. Sounds easy but is not.

 

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Povo nas ruas do Brasil mata lucro dos donos dos ônibus

 

Muito cobrada nas manifestações de ruas, a abertura da planilha de custos do sistema de transportes públicos, na verdade ela mistura aspectos políticos e financeiros numa fórmula que envolve custos, de um lado, receitas, do outro, e, no final, os lucros das concessionárias.

 

Parece fácil mas não é.

 

 

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Para me ouvir, clique abaixo

 

 

http://radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2013-06-27/aprenda-como-se-calcula-o-pre%C3%A7o-da-passagem-dos-%C3%B4nibus

 

 

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Script da coluna para rádio, uso livre, “ Trocando em Miúdo ” , dia 27-06-13

 

Ouça bem. É mais complicado do que parece. Primeiro, o serviço de ônibus, metrô, lotação regular, barcas, é tudo público, mesmo que tenha alguma empresa particular operando. Ela recebe a concessão da prefeitura, através de concorrência pública, para, em troca da tarifa, dar conta do recado. Tudo por escrito. Custos e receitas. O resto é lucro. Tudo nesta tal de planilha de custos que estão querendo abrir. E só para complicar. Quando tem Passe Livre para idosos e deficientes, ou meia para estudante, ou vale para trabalhador. Quem paga a conta? Até porque, pela Constituição federal, de graça só se alguém pagar. Tem que ter a famosa fonte custeio. Uma delas é aumentar o preço da passagem, na planilha, para que alguns paguem pelos que viajam de graça.

 

Que mais?Image

 

Pois então.

 

De volta à tão exigida voz nas ruas. Abertura da planilha de custos. A partir do total dos gastos é feito o cálculo do preço da passagem. Quer dizer, dos que usam e pagam por todos. Neste cálculo, na parte da empresa, entra até a depreciação do valor do ônibus, um bem patrimonial, pelo tempo de uso. Entram os reajustes do motoristas e cobradores. Entra a quilometragem rodada, o número de passageiros, o combustível. Se tiver corte de imposto no óleo diesel, isto teria que ser diminuído, ou abatido nos custos. Teria… Com o custo total, passa-se ao outro lado da planilha. As receitas. No caso dos transportes, é o recebido pela venda da passagem. Mais as propagandas nos vidros e tal. Cabe ao prefeito, então, definir o preço, o tempo para o próximo reajuste e tal. Mas daí tem os desvios.

 

Quais?

 

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Fechando a prosa porque é ela comprida por demais. Os donos das empresas de ônibus, com tudo acertado, contratos de 15 anos, que é o tempo útil de uma frota coletiva, pois mal, aí os empresários começam, a fazer de tudo para diminuir as despesas e aumentar os … lucros. Por exemplo. Transporte integrado é pior para eles. Linha pouco usada, nem pensar. Ônibus superloto é lucro certo. Se a linha for curta, tarifa igual, tiver muita gente pagando e pouco Passe Livre, aí é lucro certo. Para o dono da empresa, lógico. Pronto, acabei.

 

Alguma dúvida? Mande um e-mail.

 

emconta@ebc.com.br

 

 Inté e Axé!

 

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Português: Pichação Passe Livre em parede de e...

Português: Pichação Passe Livre em parede de edificação dentro da UEFS, em Feira de Santana, Bahia, Brasil. (Photo credit: Wikipedia)