junho 2011



 Somos dois sofredores, me joga na cara  o mendigo.

 Chego com  meu carrão na quadra interna da Asa  Sul.

Maloqueiras adolescentes me conhecem na intimidade.

Escapam da escola pública onde estudam.

À espera das domésticas, suas mães.

Moram todas nos subúrbios de Brasília.

Um carrinho do lixeiro atrapalha meu entrar na vaga.

Solícito, o mendigo afasta-o para o aqui doutor.

No Big Mercado do BNDES compro bacalhau, alcaparra,

cerveja holandesa, quitutes inúteis mil.

Na volta, separo a moeda de um real.

Chego pro solícito mendigo e a trespasso.

A camisa rubronegra, Flamengo

adornada do símbolo da Petrossal,

ressalta a miserabilidade do brasileiro. 

Nos rasgos, a pele escura abundante de cascos.

Feridas, cicatrizado sangue e lanhos roxos de pauladas recentes.

O fétido fedido mendigo a exalar em considerável distância.

Tanto que jogo a única moeda tipo coisa de dois metros.

Para realçar meu lado ongueiro, fuqueiro, sustentável, o cacete, replico para o bem explorado público:

– Apesar do amigo ser flamenguista.

E o solícito mendigo pergunta na hora:

– O doutor por acaso é Botafogo

E me arrasa de vez:

– Então, somos dois sofredores.

Ipso facto,  concluimos que Eu, o doutor das letras,

e Ele,  o mendigo, sofremos por igual.

Deposito o bacalhau, a alcaparra, o queijo roqueford,

a cerveja holandesa, os quitutes inúteis

e a minha funda vergonha,

tudo no branco banco do meu carrão.

Ao sair, o solícito mendigo me encara suavemente e finaliza:

– O doutor sofredor não se lembra de mim?

Pois não é que se trata do mesmo mendigo

adotado por sob a marquise da TV Brasil?

Ele levou  uma porrada de porradas, de madrugada.

 Deixou as  poças de sangue de lembrança

antes de ser levado ao quase necrotério.

Nenhuma nota na Grande Imprensa

+ entretida no aloprado caso Palocci.

Siga-o, o fedido mendigo, no post, linko abaixo,

cabisbaixo, arrasado.

https://mamcasz.wordpress.com/2011/06/15/brazil2-se-puder-nao-volte/

Moral do lero:

Quase que o mendigo estraga o meu bacalhau.

 Evito o dito ligando o ar

corretamente condicionado do meu caro carro.

Sustentável.  

Ecologicamente correto.

Eticamente roubado.

E me distancio do Zé Povinho.

Fuga que custa apenas um real.

 


No vai e vem do cais da Praça Quinze ao muito mais

Ela me troca pelo amigo roquinról

E se engravida, senhora de si, dona da Esperança.

Diz que me ama, doce caipirinha

Mas tem uns  poréns.

Noutra sexta, nem dita santa, sinto no ventre,

De onde  me brota o anunciado Verbo:

Minha amiga da UFF se contrai no dito parto.

Na mente, minha, minto, redijo, reafirmo,

Só no pós-ato, agora, confirmo o fato,

Enquanto me brotam as palavras,

E delas  exprole  um  anjo dito Gabriel.

Libertemo-lo pro bom dito fogo amigo. 

                                                                           

Eis o Verbo que surge, de fato,repito, 

 nas dores do pré-ato, parto, tô longe:

*

Estava um dia, Maria, toda embaraçada, que nada

Eis que lhe surge um anjo, esbelto, corado, e lhe dita:

Ave,Maria, mas que barriga cheia de graça, revejo

Bendito fruto entre as mulheres, futuras madalenas.

*

A esperante mãe quase desmaia no riso do arcanjo

Dito Gabriel, divino comunicante e muito altaneiro.

Ela sente no ato o fato das tão anunciadas palavras,

Enquanto vibra no útero a íntima brisa da verdade.

*

 Primo de Davi, que gera Salomão,das mil mulheres,

Gabriel conversa com a mãe, Maria, José por perto,

  São boas as novas que  fazem parte da Anunciação,

Trazida à Terra pelo enviado de acima das nuvens.

*

O queres da vida, meu filho, pergunta a mãe, Maria,

Ao que Gabriel, muito do arcanjo, exclama o famoso

Que bendito seja o fruto que repousa em teu ventre,

Merecedor, mesmo,  de nascer sem o pecado  original.

*

Pois então que se cumpra o dito pelo profeta Daniel:

 Que Gabriel se torne desejo das Saras e das Raquéis,

Protegido pelas leoas, que apascente  mil ovelhas,

Que lhe seja intenso o rebanho, rebento, na vida .

E que assim se cumpra a profecia.

 

Moral

Noemi, ó mãe também de  Raquel, geraste um anjo na barca de Cantareira, na travessia noturna Rio-Niteroy?

 


Quatro dias de feriadaço sem internet em casa; no fundo, um exercício mental.

Mostra o quanto a gente é dependente da bicha. Nada a ver com a maior parada de gays do mundo, a de São Paulo.

Uma perguntinha só:

TEM GAY MULHER?

Mas de volta ao Brazilzão, quer dizer, à falta de internet em casa.

 1 – Brasileiros roubam os fios de telefone da quadra onde eu moro.

2 – Dois dias para a troca.

3 – Ninguém preso; imagina, isto é Brazil.

4 – Troco a senha no Terra, por segurança; pronto, dá merda no modem e no roteator.

5 – Ligo pra OI, banda larga 10 megas; será?  Tecle 2 se quiser, tecle 3 se mandar, tecle …

Obs. Hoje eu estou absusando no uso do ponto e vírgula.

6 – Ligo pro Terra, provedor; para que?

7 – Moral do lero. É com o Terra, aqui na OI tá tudo ok.Oi? É com a Vivo, aqui tá funcionando. Mas aqui em casa tá tudo uma merda só. Então tecla 10.1.1.1; tô de saco cheio, umas dez vezes e nada. Manda o técnico. Não costumamos mandar – O que? Para onde?

8 – Morro na grana para fazer o conserto no particular.

 FINAL:

 Falando em morro, não os das favelas, mas em morrer, tem concurso público, na cidade paulista de EMBU, para SEPULTADOR – nome poiticamente correto para COVEIRO. Mando a pergunta na inscrição:

– Eu posso enterrar quem eu quiser, por exemplo, um conhecido corrupto?

 Veja mais em:

 http://www.entregabrazil.com.br

 


Martin Luther King. Budha. Mahtama Gandhi.  Maomé!

Krysto, sem as frescuras das ínfimas carolas.

Já o Martin Luther King, prum país KKK ( cruz, cruz, clã), branquelo, USA,  é super.

Inda que um nego, Harvard, esteja na Presí.

Falso negro, sorry Mr Ozama.

Mas eis aí abaixo foto da primeira igreja onde o pastorzinho MLK pregava.

Birminghan, Alabama, USA pobre de marré.

Donde começou a marcha contra negrinho usar lugar no ônibus separado do branquelo.

Nem podia mijar no mesmo penico, meu. Phode?

Mas a negona dar o  peitinho (hummmm…) pro branquelinho mamar, tudo OK.

Translate, Google, vai, Mané!!!

Ah… a photo abaixo é uma produção conjunta.

Eu, Eduardo Mamcasz, e Cleide de Oliveira.

Uma neguinha que encontrei nos USA e trouxe cá prá minha  casa grande.

Ela lava, passa, enxágua, bochecha e muito mais.

Vero!!!

 E aí, meu, num tá demais?

 Confessa, ou te levo prá Guantanamo, Kuba, maior acerto entre USA e Fidel Castro.

El Comandante Fidel tá em Miami tratando da próstata dele.

Seria prostrata?

Junto de Fidel, o Chavez, vulgo Hugo, no mesmo local prostrado. Ou seria bostado?

Vai, gúgui, translate this sheet. É assim mesmo que se escreve MERDA?

TORTURA UNIDA, JAMAIS VENCIDA.

 PORRA!!!!

Me desculpe, extrapolei…

Sorry, viste?

Go to Google to translate this crazy words, manezinho!

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Vadias e maconha no forró de Brasília City

Marcha das Vadias.

De mãos dadas com a Marcha da Maconha.

Visto assim, só pode dar a maior gozação.

A mensagem sai desfocada.

Maconha e vadia, um prato cheio.

Igual à velhaMarcha dos Veados.

Vira do Orgulho Gay. Aí, sim.

Hoje, mostra até  gay mulher.

De volta às Vadias de Brasília.

Acusam, de modo torto, seguinte:

Desde janeiro, na Grande Brasília,

DUZENTOS E OITENTA E TRÊS ESTUPROS.

Mais trocadilhos.

Ainda em cima das vadias.

Meu ouvido vira penico, moro ao lado da Escola.

Asa Sul de Brasília.

É creche classe média, depositário diurno de crianças.

Faz-se, então, a festa junina.

Forró no volume distorcido.

Caixas de som rachadas ( desculpe-me, cara vadia).

Nada contra a canarinho fazer forró junino.

Mas pega mal  pré-escola infantil apologizar

ENTRE   TAPAS   E   BEIJOS.

Ao coro de alegres mães funcionárias, algumas, vadias.

Ou pais assessores maconheiros.

Todos marchando unidos, neste sábado.

Em protesto, tasco no meu som, altíssimo volume:

– Meus heróis morreram de overdose!

– Raspas e restos é o que me interessam!

Brazil, mostra tua cara!

Cazuza

Image via Wikipedia

Para arrematar o forró brega da pré-escola infantil,

lasco + Cazuza:

– Só não é feliz quem não comeu a sua mãe!!!

De quem? A minha ou a sua?

A resposta vem rápida no conjunto ao vivo da pré-escola:

-Eu quero ovo de codorna pra te comer!

Aceito a derrota.

 Telefono pruma amiga vadia.

E vou com ela “dormir” noutro lado da cidade. 

Uma pena que seja crime fazer apologia.

De que mesmo?

Boquete infantil a um real?

Dezoito milhões de miseráveis na merda?

Portanto,

Pense!

Ainda não está proibido.


The piss and blood from the beggar in Brasilia, Brazil

O mijo e o sangue do mendigo de Brasília

Olha que obra mais linda, que cheia de arte.

Passo por ela, por cima; recrio-a por baixo.

Tudo ao meu alcance,   aqui no trabalho.

De volta à Pátria Amada e Idolatrada.

Capital do Império Latrino.

Brasília City. 

Capital: Brazil !!!

As fotos de hoje fazem parte do que restou, nesta madrugada, do mendigo sem eira nem beira.

Ele   sempre dormia sob a  marquize ao lado de onde trabalho.

Durante o dia, ele enchia o nosso saco, no fumódromo em frente ao prédio.

A gente se livrava do pedido dele – me dá um cigarro aí –  com um rapidissimo chega para lá.

Até porque ele sempre fedia pra burro, coitado, lavar as coisas adonde?

 Mijar?

 

 No chão, jaz o mijo misturado ao sangue do mendigo.

O pior é que não ganhou uma nota na imprensa.

A perita polícia do sequestro de ontem, onde?

Junto com a imprensa nos gabinetes de Brasília.

Poliça: vamos ter mais quatro mil meganhas.

Imprensa: poliça diz que vamos ter mais.

E o mendigo que apanhou a noite toda?

Alguém pelo menos sabe o nome dele?

Moral do lero.

Estou cá a ouvir a seguinte frase no meu penico:

– Hum! mas que cheiro bom de bife acebolado.

Vem do lado oposto, da birosca da grelhada.

O cheiro, não do sangue do mendigo; do bife.

– Descanse em Paz!

  Amém!

Agora me dá licença que vou vomitar no saco.

Está na entrada da produtora onde trabalho:

2 – Este post saiu no jornal de Portugal. Blogs do Sapo.

Se puder não volte

http://noticias.sapo.pt/local/mafra/

Aproveite, veja e oiça também

Setenta por cento dos mendigos são negros

http://podcast1.com.br/programas.phpcodigo_canal=1618&numero_programa=49

BRASÍLIA, CAPITAL DA ESPERANÇA.


Tô de volta na Amada Pátria Idolatrada.

Capital do Império Latrino.

Primeiro Ato.

Trato da volta da sogra, 87 anos, mora sozinha e tal.

Da volta dela para a mesma quadra em Brasília.

Justo onde hoje acontece o sequestro nacional.

Re-volte, sogra!

 

Mais um ato.

Este cara aí, o coronel Roriz, continua solto.

E acabo de saber dele o seguinte.

Foi um dos fundadores do PT em Luziânia.

Aqui perto, na Baixada de Goyaz.

Vou ver isto de perto.


 

Fico na dívida com relação ao Delta Blues, no Vale do Mississipi, Crossroads, casa do B.B.King e tais.

Daqui a alguns dias eu posto.

É que embarco de noite, em Atlanta, Geórgia, chego de manhã em Brasília.

Logo em seguida estou no plantão na Rádio.

De chegada, a tropa na rua.

Pronto, estão de volta, penso, enquanto procuro, rápido, pelo Plano B.

Mas era a tropa do bem.

Filmando, no estúdio da Rádio Nacional de Brasília.

Nome do filme:

SOMOS TÃO JOVENS.

Direção e Produção: cineasta Antônio Carlos Da Fontoura.

Que então arrasto, manu suave, para o estúdio ao lado da Radio Nacional FM, onde estavam as cenas do filme, o ator tal qual  o próprio Renato Russo, no começo, sem barba, bancário, classe média.

E sobre isso conversamos.

Pergunta ainda não respondida:

QUE PAÍS É ESSE, PORRA!

 Para ouvir a conversa, é só clicar. De graça, que nem injeção. Coisa Pública: 

http://snd.sc/j9MMpx


Baixaria!

Tô cá no Mississipi, no meio dos negos que recebem Bolsa Family.

Pobres de marré.

Mas tão pobres e sem buraco na rua.

Com Wifi, banda larga, tudo free, na boa.

Por isso, amargando a volta pro meu Varonil País, acesso o Estadão:

 

Vai daí que tô aqui numa boa junto dos negos jalofo, tonga, edo ou andongo, sei lá, meu.

E num lugarejo pior do que Caetés, chamado Lula.

Ide ao google: lula, mississipi, usa.

E então, fato posto, os negos gargalham e me ensinam isso aqui, ó, mana:

E aí, meu?

Volto pra este imenso parque de diversão named BRAZIL?

Ou continuo ilegal por aqui mesmo?

Hein?????

Pras manas mensaleiras:

Fuck you!!!


Incrível como os gringos, e não parlo de Hollywood, presersam os cenários dos fimes.

Fico assim pensando se a gente tivesse guardado os cenários do Glauber Rocha.

Deus e o Diabo na Terra do Sol.

Não falo de Brasília.

Isto posto, estou passando, pela segunda vez, num lugarejo entre Atlanta e Macon, na Georgia on My Mind, USA.

Lugar da filmagem de Tomates Verdes Fritos.

Pois Juliette é o nome do lugarejo onde foi filmado

TOMATES VERDES FRITOS.

O cenário está tal e qual.

Aliás, isto me lembra que está na hora de voltar para Brasília a tempo, ou seria há tempo, de ver

A MARCHA DAS VADIAS.

Vai ser no dia 18 de junho, tem a ver com o Canadá.

Meio que parecido com a

MARCHA DAS MARGARIDAS.

Tem a ver com Maria da Penha.


Pois é justamente neste Twistle Stop Cafe que acontece tudo no filme

TOMATES VERDES FRITOS.

Tem o maluco, o xerife local apaixonado pela menina forte que tem como amiga a falsa fraca, que ali chega cansada de apanhar do marido que acaba seguindo-a até lá e aí acontece o melhor do filme.

O machão é justamente morto, não fica claro por quem, a menina forte assume, mas não foi ela, tanto que até o pastor local jura sobre a Bíblia, ainda que tipo santo do pau oco, isto é de Minas, uai.

Resumindo.

Neste local, foi no filme, mas parece real, tanto que fiquei cismando fazer o mesmo com uma pessoa inimiga.

Brincadeirinha…

O negão acaba servindo o famoso B.B.Q. (churrasco) justo pro xerife da cidade do machão.

Mas os dois babacas nem imaginam que um está comendo o outro.

Pois o machão morto foi cortado em pedaços.

Com isso, some-se a prova da evidência.

Até porque o poliça o come.

E até elogia o churrasco, ops, a tenra carne do amigo.

Triste fim de todo machão.

T H E    E N D


Estou cá no Mississipi, USA, e para matar a saudade de Caetés, Brazil, invado um
canavial onde, no meio, descubro um alambique.

Sorvo uns baitas goles e ainda levo um galão no gibão de couro.

Me lembra, e chego a jurar que se trata da velha 51.

Pois chega a trote o resultado:

1 – Eu que bebo

e são os outros que soltam um terrorista condenado na Itália por crimes de sangue.

2 – Eu que bebo

e me vem o ex-Lula e me diz que, realmente, ao contrário do que havia lido na imprensa oficial, o

PALOCCI FOI DEMITIDO.

Uai.

 É o que dá beber.

Só falta me aparecer a polícia companheira e me expulsar daqui.

Mulher é que não me falta.

Por isso, vou dar no pé, rapidinho.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/927312-lula-diz-que-palocci-foi-demitido-no-momento-http://www1.folha.uol.com.br/poder/927312-lula-diz-que-palocci-foi-demitido-no-momento-certo.shtmlcerto.shtml


Estive nos túmulos de Mahatma Gandhi, em Nova Delhi, e no de Martin Luther King, em Atlanta, Georgia.

Os dois são enormes na teoria do derrubar pelo não-agir, pela não-violência e tal.

Os dois lugares são cheios de magia amortecida.

Mas sentimento mesmo sinto agora em Birmigham, Alabama.

Na mesma praça onde começou a famosa March Route.

Os negros a pé, do Alabama até Washington.

Contra a segregação racial nos ônibus, bares e bebedouros.

A polícia branca começou matando negros logo ali, na praça.

Em frente à Sixteenth Street Baptist Church.

Justo onde pulpitava um jovem pastor.

Martin Luther King.

Que depois acabou sendo morto.

As fotos falam: