Minha Doce Batata Doce Mais Doce do Mundo

Papo Sério. Não Sou Doido Não. Quase Nunca. Seguinte:

Ernstes Gespräch. Nein, ich bin nie verrückt. Weiter:

– Sempre pego um pedaço da batata (nunca da perna mas sempre da doce), corto o pedaço da ponta, coloco num pires com água e ali, ela e eu, vivemos em União Estável pelo menos por Uns Dois Meses, ou Mais, ou Menos, depende, está me Seguindo, ou Você Nunca Se Separou Do Antes Tudo Depois Nada? Pois então?

– I always take a piece of the potato (never the leg but always the sweet one), cut the piece from the point, put it in a saucer with water and there, she and I, we live in a Stable Union, at least for a couple of months, or more, or Less, it depends, are you following me, or have you never separated yourself from Before Everything After Nothing? So?

– Volta para a Batata, Polaco!

– Doce!!!

– Parece que agora Amarga, não é mesmo?

– Sim! Tempo de Vida Passada, agora no Presente, sem Futuro, a Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo. Ela chega ao Quase Fim do Mim. Suspira. Mal Respira. Sem coragem de Dizer Adeus. Nem Eu e Nem Ela, por tanto, e por menos, Nem Nós Dois. Da Minha Parte, Apenas Ouço o Susurro, Dela:

– Polaquinho!

– Quié, minha Docinha?

– Estou indo.

– Poxa! Não tem como Ficar?

– Não!!!

– Sim!!!

– A Gente se Revê, Meu Polaquinho Mais Doce do Mundo!

– Sem pressa, Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo!

P.S. (Post Scriptum) ou N.B (Nota Bene):

In der letzten Abschreckung flüstert ihre Oberlippe ruhig und ohne Schmerzen in mein Unterohr:

No derradeiro destertor, na boa, sem dor, O Lábio Superior Dela Sussurra No Meu Ouvido Inferior:

W ostatnim odstraszającym, spokojnie, bez bólu, Jej górna warga szepcze do mojego dolnego ucha:

In the last deterrent, calmly, without pain, Her Upper Lip Whispers In My Lower Ear:

– Obrigado, Polaquinho!

– Uai?

– Graças a Você, Eu Não Fui Comida!!! Adeus!

– Então, tá. Inté e Axé.


Not only is the Brandenburg Gate, stolen and taken by Napoleon to Paris, and, after it humiliated, the Bonaparte, bien sur, brought back, triumphantly, to Berlin, the promised Nazi capital of the Arabian Years’ Empire, where it would later serve, for a quarter of a century, as a gatekeeper in the middle of the infamous Wall, a punch in the face of the former all-glorious Roman-German Empire, successor of Constantinople, Catholic and Roman, at last, thrown back into Hell by Martin, the mighty Luther.

Não é só o Portão, de Brandenburg, roubado e levado pelo Napoleão para Paris, e, depois dele humilhado, o Bonaparte, bien sur, trazido de volta, triunfalmente, para Berlim, a prometida capital nazista do Império dos Mil e Um Anos, onde, mais tarde, serviria, por um quarto de século, de porteira no meio do infame Muro, um Murro na cara do ex-todo-glorioso Império Romano-Germano, sucessor de Constantinopla, Católico e Romano, enfim, jogado de volta ao Inferno pelo Martinho, o poderoso Lutero.

– Péra, lá, Polaco. Ficou doido, foi? Pára tudo.

Mówię już o zamkniętych już drzwiach Berlina. Przedtem otwarte. Można było wejść do budynku, zajrzeć do środka, przejść do sąsiada, potem przez kolejne drzwi, obejść dookoła, a następnie powędrować do innej części miasta.

Acontece que, agora, as portas, antes abertas, lindas, estão fechadas, ou seja, trancadas 24/24 horas por dia e noite, sem parar. Tudo através de cadeados, eletrônicos ou manuais ou mesmo com senhas mutáveis mutandi. Estou latindo. E daí? Eu posso. Portanto, por tanto ou por muito menos, começo de verdade a contar sobre

THE CLOSED DOORS OF BERLIN

AS PORTAS FECHADAS DE BERLIM

DIE VERSCHLOSSENEN TÜREN BERLINS

Cada porta de cada prédio tem sua história, o design, a origem da madeira trabalhada, a tintura, o desenho singular, enfim, o traçado transado. Afinal, cada porta é uma ponte, um ponto para o pronto acesso ao lar, ao bar, ao sei lá o que, inclusive ao Nada.

O mesmo acontece, neste caso para se exibir ao antagonista passante, com o parapeito da varanda. Antes, de ferro moldado, trabalhado, torcido, enviesado. Uma lágrima escorre pelo lado de dentro da janela com vidro triplamente reforçada. Ouço que isto se deve ao fato de proteger o morador para que ele, preso e isolado, não possa ser ouvido pelo mundo lá fora.

Na divisória dos prédios, no solo, antes aberto a qualquer ente, que nem acontece na minha Brasília, no Plano Piloto, aqui em Berlim era possível sentir as plantas no jardim, sentar. Agora, ele serve para as lixeiras específicas para cada resto do passado e, pior, estacionamento privado. Uma privada. Lástima.

– Polaco! E as portas? Esqueceu?

– Portos?

– Polaco doido!

– Doído, sim, Mano. Mas eu estava falando de que mesmo, Sô?

– Das Portas de Berlim!!!

– Pois se você tiver olhos, veja. Ouvidos, não, porque não falo mais nada.

– Paro. Olho. Ouço. Passo. Calo.

Já … nela.

Porta. Porto. Ponto.

Pronto.

– Fui.

– Vamos?

– Para onde?

Escolha o teu lugar:

Inté e Axé.


This is my favorite tree in the capital of the Reich. She inhabits a corner of Gerhart Hauptmann Square. Nobel Prize in Literature in 1912.

Esta é a minha árvore preferida na capital do Reich. Ela habita um canto da Praça Gerhart Hauptmann. Prêmio Nobel de Literatura de 1912.

Das ist mein Lieblingsbaum in der Reichshauptstadt. Sie wohnt in einer Ecke des Gerhart-Hauptmann-Platzes. Nobelpreis für Literatur 1912.

I’ve been watching her for a long time from the balcony of the russian’s apartment on the Bundsallee.

Ich beobachte sie schon lange vom Balkon der Wohnung des Russen an der Bundsallee aus.

Eu a revejo há tempos, da sacada da varanda do apartamento do russo na Bundsallee.

Minha Berlim no Outono. Vem assim. Verão. Vejamos:

Ela é sempre a mesma, seja verão, ou tono, ou inferno, ou na casa da prima Vera.

Im Sommer ist es entweder Tono, oder die Hölle, oder bei Cousine Vera.(Frühling, Herbst, Winter).

She is the same In the summer, it’s either tono, or hell (Autumn or Winter) or at Cousin Vera’s house (Spring).

Well then. Let’s go for a walk in the woods, my cute little yellow-green riding hood? Give me your hands. Two. And listen to me smiling and singing, okay?

Pois então. Vamos passear na floresta, minha fofa Chapeuzinho Verde-Amarelo? Dê-me as mãos. A duas. E me escute sorrindo e cantando, tá?

Na dann. Lass uns im Wald spazieren gehen, mein süßes kleines gelb-grünes Reitkäppchen? Gebt mir Eure Hände. Zwei. Und hör mir zu, wie ich lächle und singe, okay?

Photo by Madame Cleide de Oliveira Mamcasz

Cabeça. Tronco. Membro. Folha (cabelo-pelo). Tudo Raiz.

Ai. Ái. Aí.

Primo, há Vida. Aqui, Ali, Alá! E ali?

Ei. Oi. Ui.

Vivi, vi,vô.

– Translate, Polack from Brazil!

Primo, imprimo um Hino:

Bolhas no Inferno (Inverno-Winter-Frühling).

Rolhas na Prima Vera. Vero!

Folhas no Outono. Mudo o tom. Amarelo.

Daí, calo um Som na Dor do Calor. Verão.

No vero, caio de quatro Estações do Ano:

Agora, just now, fora todas as bolhas. Só fiquem as folhas do Outono. Eu quero o ouro amarelo. Pós o verde e pré o preto Golden. Ops. Gold. Espalhado pelo chão. Aqui, em Berlim, está bem assim.

Temos 430 mil árvores que derramam numa semana 36 mil toneladas de folhas as mais diversas. Filhas de tílias, plátanos, castanheiras e carvalhos, estes, nas moedas de centavos de euro.

We have 430,000 trees that shed 36,000 tons of diverse leaves in a week. Daughters of lime trees, plane trees, chestnut trees and oak trees, the latter in euro cents.

They are leaves in the wind, in the open, in the cheeky survival of beauty, even if in consensus they become dung in the siege of next spring. Just like me. I try so hard that I end up dizzy. For the time being.

São folhas ao vento, ao relento, na sobrevida atrevida de bonita, mesmo que no consenso virem esterco no cerco da próxima Primavera. Que nem eu. Tento, tanto, que acabo tonto. Por enquanto.

Temos o Inverno inteiro para, ainda que descamados, simplesmente dormir. E depois acordar de novo. Verão. Veremos. Viu?

Wir haben den ganzen Winter Zeit, um einfach zu schlafen, auch wenn wir nackt sind. Und dann wieder aufwachen. Sommer. Siehe. Säge?

Acontece que um dia a gente acorda, desperta, ressuscita, certo? Por enquanto, adeus folha doce na mente e suave no pouso do repouso. Ouso acreditar que tudo se renova. Verão. Quer dizer. Vejo bem agora, aqui, no pré-verão passado, da varanda de outra casa, de olho no Kleitzpark fronteiro.

It happens that one day we wake up, wake up, resurrect, right? For now, goodbye sweet leaf in the mind and soft in the landing of home. I dare to believe that everything is renewed. Summer. That is. I see it right now, here, in the pre-summer past, from the balcony of another house, with an eye on the Kleitzpark opposite.

Enfrente o tempo, dizem-me as árvores mutantes. Tudo a seu tempo. Eu tento. Mais de uma vez eu caio, que nem as folhas. Depois, viramos uma beleza da Natureza toda florida, uma mais exibida do que a outra.

Bem assim, mire só. Ou acompanhado:

Just like that, aim for it. Alone. Or accompanied:

Einfach so, strebe es an. Allein. Oder in Begleitung

Agora, Chapeuzinho Verde-Amarelo-Preto-Vermelho, repete comigo este mantra real:

Em frente.Ommm.

Enfrente. Ummm.

Tento tanto e caio.

No canto. Levanto.

Õm. Ãm. Tá bom.

Wir sind wie die Blätter

Vom Baum des Lebens

Wir sind auferstanden

Schlafen

Leben

Säge?

Somos que nem as folhas

Da árvore da Vida

Ressuscitamos

Dormimos

Vivemos

Viu?

We’re like the leaves

From the Tree of Life

We are resurrected

Sleeped

Live

Ye?

Sou que nem a folha

Não estou morta não

Apenas repouso, fofa.

Aceito até ser pisada

Pisoteada e amassada

Depois de tão amada.

Afinal, este é o fim de todos os nós:

Il y a tellement de mots stupides et tordus

Mort dans un atome de l’atino

Dans cet automne de l’ancien moi.”

São tantas as tontas palavras tortas

Mortas num átomo do átino

Neste Outono do ex-Eu.”

Es gibt so viele dumme, krumme Worte

Tot in einem Atom des Atino

In diesem Herbst des früheren Selbst.”

Do meu livro de poemas chamado “Do Eu”

(PDF) Do Eu Poeta | Saraiva Conteúdo (saraivaconteudo.com.br)

Or então neste:

[Download] “Do Eu Poeta” by Eduardo Mamcasz # eBook PDF Kindle ePub Free – Books Free PDF, ePub, Mobi Download (bookhlyfb.blogspot.com)

Obrigado, Chapeuzinho.

Inté e Axé.

Tschuss


De Vagar à Noite em Berlim

Berlim é uma cidade acordada. Bares funcionam 24 horas por dia. Clubes abertos direto de sexta a segunda. Sempre tem gente na rua. Parece o Rio, Brasil, de antes. Hora de trabalho, menos para os que vivem na praia, no Rio, ou num bar, em Berlim. E o principal: músicos em ação por todos os lados-tipos-ritmos. Insisto. Berlim soa um som, não importa o tom. Seja no bar, no clube ou até mesmo no parque, sempre tem um. Então, vaguemos juntos, de noite, pela nossa Berlim que nós -“Madame & Polaco”- conhecemos desde antes da queda do Muro.

Berlin is an awake city. Bars are open 24 hours a day. There are always people on the street. It looks like Rio, Brazil, from before. Working hours, except for those who live on the beach in Rio or in a bar in Berlin.

Antes, a homenagem remota, porque ainda nos tempos do Muro de Berlim, a lembrança do David Bowie na cidade, em 1976, onde criou o álbum “Heroes”, a partir da visão de duas pessoas se beijando amorosamente encostados no Muro. Junto dele, nos dois anos e meio, o Iggy Pop. Esse, criou a melhor música dele, “The Passenger”, inspirada nas viagens, agora sem as drogas, que os dois faziam, quase anônimos, nos metrôs e trens da então Berlim Ocidental. Pronto. De volta aos músicos destes dias de Guerra, 2023, neste “De Vagar à Noite em Berlim”:

Before, the remote tribute, because still in the times of the Berlin Wall, the memory of David Bowie in the city, in 1976, where he created the album “Heroes”, from the vision of two people kissing lovingly leaning against the Wall. Together with him, for two and a half years, Iggy Pop:

Antes que Berlim escureça, quando fica melhor do que no claro do dia, vale a pena duas citações de músicos de rua, na forma do fotografado, enquanto vivido, nas ruas do bairro de Schonenberg, onde o Bowie viveu e o Kennedy falou que era um Berliner, sem saber que isto é a salsicha local. Bom. Primeiro, na festa na rua Akazien. No palco, no rock pesado, devidamente fardada, a banda da Polícia. Na platéia, primeiro plano, os dois tipo Skinhead. Depois, o músico que toda todo sábado, na Winterfeldplatz, na feira semanal.

Justin McConville

E o papo pro ar no vagar de noite em Berlim? E os bares? E os músicos que com o tempo se tornaram amigos desta dupla “Madame & Polaco”? Levou tempo até a gente saber os nomes verdadeiros, dar aquele abraço, principalmente no primeiro reencontro depois da Pandemia, esta relatada no nosso livro “A Berlim do Pandemônio”. Para efeito de complemento, segue o site, sempre com as primeiras 30 páginas grátis, lógico que no linguajar “portuga-brasílico-tupiniquim”

People. And the chatter in the air at night in Berlin? What about bars? And what about the musicians who over time became friends with this duo “Madame&Polaco”? It took time for us to know the real names, to give that hug, especially in the first reunion after the Pandemic, which is reported in our book “The Berlin of Pandemonium”.

A BERLIM DO PANDEMÔNIO, por EDUARDO MAMCASZ & CLEIDE DE OLIVEIRA – Clube de Autores

Ih. Cadê a pausa para a colocação do interrogativo? Vamos em frente. São muitas paradas, começando por um dos bares que ficam abertos 24 horas por dia, onde toda quinta-feira tem o encontro do pessoal do Blues & Rock, sempre até o último segundo da meia-noite. Estamos destacando, inclusive pelo direito à Reserviet, do nosso Bierhaus Urbaneck, na rua Urban com a Graefe:

There are many stops, starting with one of the bars that are open 24 hours a day, where every Thursday there is a meeting of the Blues & Rock people, always until the last second of midnight:

https://bierhausurban.de

Pois aí está na foto nossa primeira amizade musical criada aqui em Berlim, depois de muitos encontros por inúmeros locais cantados pela banda dele, a Happy Dog Brown. Estamos falando do #TimKutschfreund a quem seguimos onde quer que ele se apresente, seja na Kultur, em Lichetenfeld, ou nos seguintes bares noturno-musicais que valem a pena aqui logo serem citados.

https://sandmann-berlim.de

Outra parada muito especial é no velho Sandmann, perto do U Rathaus Neukolln, principalmente nas noitadas de blues de segunda-feira, uma novidade a cada vez, jamais premeditada pelo eterno Helmut, ele merece a foto ao cantar, todo mundo junto, a música Welcome, no encerramento obrigatório, por causa dos moradores vizinhos, sempre segundos antes do meio da noite.

Back to Wandering in the Berlin Night. We met another bar, this one on the side of Pankow, an audience still today of the working-class type of the late DDR – communist Germany. Com ele, passamos a conhecer muitos bons músicos que se apresentaram ao longo das últimas quatro décadas, sempre presente esta dupla “Madame&Polaco”. Estamos falando do “Speiches Rock & Blueskneipe”, na rua Raumer. Na foto, Carlos, from Moçambique-Berlim.

Carlos Delanane

Outro bar, este pelos lados de Steglitz, também aberto 24 horas por dia, com música ao vivo de vez em quando, é o Otto Schruppke, na rua Feurig, com gente bem diferente dos outros, mais locais. It’s the kind of the days of the Yankees who ruled this part of Berlin for more than 40 years. Our well-known musicians perform there from time to time.

Lógico que há muito mais bares com blues e rocks e jazz por esta Berlim sempre acordada. Tipo ainda por conhecer, como Yorchschloesschen, Terzo Mundo, Alt Stalker e tantos quantos. Os mais antigos, tipo Celtic Cottag, Acud, Soul Cat, Zosh e Zum Hecht. Outros meio escondidos, tipo o “Zum bohmischen Dor”, na rua Sander, onde é melhor chegar depois das dez da noite, principalmente nas noitadas musicais de quarta-feira. As fotos confirmam a presença do nosso amigo músico búlgaro, o Anto, ou Tonkata, ou sei lá o nome mesmo dele:

Anton Tonkata

Não podemos ainda esquecer do bar de música mais antigo, dos tempos dos americanos, na Bundesallee, desde os tempos dos norte-americanos, com música ao vivo todas as noites, sem cobrar ingresso, na maior. Quer dizer. Depois da Pandemia, acabou, fechou, finito. Ainda temos algumas fotos das antigas, agora que o Rickenbacker’s Music Inn virou um CD de lembranças:

Em compensação, temos descobertas novas, de outros tipos, mais locais, comportados, músicas de vez em quando, sem perder o espírito berlinense, tipo o “Rote Beete” (beterraba vermelha), na rua com uma decoração especial e cerveja checa de primeira no bem barato.

https://rotebeete.com

E os músicos que se tornaram amigos desta dupla “Madame & Polaco”? Before the first handshake – hug, in the Germanic style, takes even longer – Wir nannten sie beide, natürlich nur unter uns, mit Spitznamen wie Iuri, Ciganinho, Bráulio, Bonitona und so weiter. Na verdade, segue a lista, com a devida foto, dos mais próximos, hoje em dia, todos músicos amantes do blues, de forma amadora ou sonhadora do profissional do ramo, quem sabe uma noite dessas isto aconteça, tomada, vale o esforço deles e delas. São tantos e tantas. Entre eles e elas, Iuri, Angela, Carlos, Tom, Tim, Eva&Ed, Anto, Dimitri, Heinz, Andres, Lucas, Salah, Helmut, Leo, Kat, Julian, Kyria ..

Tob Chuey

Angela Cory

Ziska

Julian

Tom

Maria Eva & Ed Badelt

Kyra

Heinz Glass

Leo

Tim – Happy Dog Brown

Dimitry

Então, licença, tá. Continuemos, devagar, neste vagar pela noite de Berlim.

Tchau. Do widzenia. Bye. Auf Wiedersehen. Au revoir.

ATENÇÃO!

Todas as fotos são de minha autoria e podem ser usadas livremente.

All photos are for free use. If you want, put this:

Se for da sua vontade, pode citar assim:

Photo by Mamcasz


Perto de casa, aqui mesmo na quadra, tem três mercados. Um, mais caro, muito usado no cartão corporativo nos tempos de Lula-Dilma. Outro, tão caro, mas com produtos bons.  E, enfim, o mercado mais pobre, da turma das 400 – quem é de Brasília, sabe o que é isso. Bem no estilo carioca do subúrbio. Para mim, que já morei em Bonsucesso e na Tijuca, é o melhor dos três. É onde estamos agora.

Ao final das compras, na verdade quase nada, é mais pelo encontro, não tem mais sacola de plástico, cada qual com a sua bolsa debaixo do braço, na fila do caixa dos acima dos se senta – não, obrigado, senta você – chega o velho empregado que ajuda a embalar. Chega cantando, todo alegre. Cantando o que? Pois aqui começa a nossa prosa:

 

– Conheço esta música, meu amigo.

– É Cartola.

– Não.

Depois de várias jogadas, a fila da velhice, no mercado estilo subúrbio do Rio, afinal, os prédios de três andares, sem elevadores, nas 400, foram destinados aos empregados tipo ascensorista, faxineiro, contínuo e outros nobres obreiros que fizeram Brasília, mas sem direito a morar nos prédios das 100, 200 e 300 – todos com seis andares e oito elevadores, cada um.

– Bom, polaco, volte à prosa na fila dos velhos.

– Seguinte, gente. Ele está cantando uma música da Maria Bethânia.

Para que. Foi uma farra danada por parte dos velhos, senhoras e até duas senhoritas na fila porque são arrimo das avós presentes, alquebradas mas coerentes.

– Polaco sem vergonha. Conta outra.

– Posso falar?

– Um minuto!

– Nosso amigo aqui, auxiliar do mercado, gente fina, está cantando a música Loucura, do mestre gaúcho Lupicínio Rodrigues. A mesma música que eu estava ouvindo em casa, antes de escapar de Madame só para me encontrar com vocês aqui, e depois ali no botequim, pois então, a mesma música estava sendo cantada pela baiana Maria Bethânia.

Pronto. Recebo no ato o abraço da velhinha mais próxima, o sorriso da neta, e o reconhecimento do resto. A gerente, novinha, moreninha, a gracinha de nós velhos, só olhando, sorrindo, ela tem duas filhas pequenas, todos demos lembranças:

– Os tios não acham que está na hora de andar um pouco por aí?

– Sim, senhora!!!

 

No lado de fora, a conversa sobre Lupicínio Rodrigues continua, com a participação até do auxiliar do mercado, conhecido de todos, ajuda no carrinho até o apartamento das mais necessitadas e tudo. Pois todos trocamos informações, tais como:

1 – Discos completos só com músicas do mestre Lupicínio. Tem um da Adriana Calcanhoto, com 17 músicas. Outro com o Noite Ilustrada. Com Ayrton Montarroyos. Com o Roberto Menescal. A peça de teatro Vingança – o Musical, só com músicas do mestre dos pampas. Sem contar o disco Grandes Compositores – Lupicínio – Soft Orchestra.

– Chega, gente. Preciso ir.

– Ih. É mesmo.

– Tá com medo da Madame, Polaco? Volta …

– Ih. Esta música eu adoro na voz da Gal. Maior “Felicidade”, esta na voz do Caetano.

– Eu gosto da música do Lupicínio “Se acaso você chegasse”, na voz da Elza.

– Nervos de aço!

– Êpa, meu. Esta é do Paulinho da Viola.

– É o que você pensa, carioca vice de São Januário. Pois Nervos de Aço é do Lupicínio.

Foi assim. Até que cada velho, ou jovem senhora – somos educados – foi saindo, devagar, por suposto, mas todos cantando, cada qual a sua música predileta do grande Lupicínio.

Chego em casa, desta vez sem parar no boteco, mais do que atrasado, sabe como é…

– Estava onde, polaquinho?

– Agora não posso falar.

– Por causa de que?

– Alexia!!!

– Sim, meu polaco.

– Toque tudo do Lupicínio Rodrigues.

“Se acaso você chegasse no meu chateaux


Encontrasse aquela mulher que você gostou.


Será que tinha coragem de trocar nossa amizade


Por ela, que já lhe abandonou?”

– Alexia!!!

– Quié?

– Muda!!!

E Madame:

– Acho bom!

Em Brasília, 08h54m desde 01/02/23. Ah. Este post vai para meu amigo de Alegrete, o gaúcho escritor e viajante, o Marçal Alves Leite. Com o adendo, velho gremista:

– A penúltima faixa do disco “Loucura”, da Adriana Calcanhoto, só com músicas do Lupi, pois então, a penúltima é justamente o Hino do Grêmio, escrito justo pelo Lupicínio Rodrigues.

Até a pé nós iremos

Para o que der e vier

Mas o certo é que estaremos com o Grêmio

Onde ele estiver.”

Então tá, né.

Inté e Axé!!!


1

Título

A pomba do polaco gira,

vira, vira, vira.

Girou, viu?

Virou.

Vivi.

Vi.

Uma Pandemia Só.

Eduardo Mamcasz

Poeta Quase – Zen

This is a mild prose of this sympathetic polish with one einsamen taube dove solitary, repito, com uma solitária pombinha, ela, nos 18 do primeiro tempo, eu, muito do plus sexagenário, at this sunday em que acordo com tudo virado, embora não seja avesso a coisas e tais, contudo, reabro a solitária janela para a tela de uma longa obra inacabada da minha vida devida

Primeiro ato de fato neste dia não infausto, portanto, fausto. Ela me molha, a cândida pombinha, neste cerrado tempo em prisão domiciliar, mais de ano sem ânus nasal, ainda bem que ausente da distante tornozeleira alta, estilo salto eletrônico, digna de ser usada nos domingos ainda pandemônicos, mesmo que morrendo de vontade de surfar na terceira onda a caminho do inferno de vez

Valha-me Lili, primeira mulhar deste mundo, derrubada por Eva, as duas saturadas do chato Adão que não topava uma balada, ora, vamos em frente. Afinal, uma pulga polaca incomoda meus pensamentos eslavos incorretos. Vamos nesta até o quase fim, ele está bem próximo, desunidos, qual rebanho na luta pelo bom beijo na boca da piranha na travessia da vida. E por que? Ora, porque …

A minha pomba,

Rôla ou até rôta,

É mina assumida.

Você rola na rota reta e

Acoxa na minha colcha.

-Arretada!

Me achego no meio

Da língua estendida.

Você pomba segura

No que ora do meu?

-Vem cá minha pombinha!

Meto medo mas

Cochila na coxia.

Nela se amarra e

A coxa me acorda.

– A corda!

Sinto gosto de colcha nova

– Gosto

Do cinto da noiva.

Pressinto o gosto eminente

De uma outra boa aloprada.

No cio.

Por um fio, eu me viro

Filho polaco homófono

De uma nua puta luta

.-Vai, filha, gira, Pomba rôla!

-Giro!

– This is the end, my beautiful,

Positivo baiano e man polaco.

– Eu já fui, pomba.

-Volte, mamzinho!

– Que foi?

– Cê mesqueceu!

– Só me alembre.

– Me alembrando.

– No que do eu?

– Pombinha no cio!

– Quer que eu gire?

– No que?

– Bomba!

– Ok.

E você aí, ó pessoa abelhuda na ida,

Na espera do que para me desligar?

Pranto

Pronto

Ponto

Final.

– Tem liga, polaco.

– Eu que te ligo.

– Liga. Sim.

Negativo homo,

Positivo, moça.

– Tem mais.

– O que?

– Vô voar, vó.

– Não vá, vô.

– Vou só, sô.

– Ide!

– Fui!

– O K !


O “Diário da Pandemia em Berlim” pretende neste ensolarado domingo ser menos down e levar em conta as amizades ao redor deste mundo hoje imundo. And so, sem ser pretensioso, muito menos pernicioso, não repasso today meus pensamentos eslávicos que não levam ao up os que estejam mais precisados do que este escriba, agradeço, ainda beneficiado pelas deusas de outrora.

Difícil ser otimista, mas vamos lá, polaco, faça um esforço, largue este copo de vodka e deixe que um pouco do seu vire muito do outro. Pois vamos lá. São vários os motivos para este meu jeito instável de estar neste quarentena que deixa de ser o brinco da quinzena e de fato se encaminha para os 40 dias. Quiçá a prisão se dilate e faça com isto que eu sinta deleite por continuar …vivo.

 

Vamos aos fatos. Nos Zaps de ontem, primeiro a cunhada em Brasília preocupada com a madrasta, no Rio, da filha, em Carolina do Norte – USA. A segunda mãe, médica, internada com o Corona. A primeira mãe, amiga, preocupada. A filha das duas, prefiro reproduzir as palavras: “A Bela está chateada mas ela está confiante de que tudo sairá bem”. E completa a prima mãe cunhada:

“Ela fica me acalmando, sempre positiva em tudo!!!”

urso 1 ok

Pois continuemos a prosa solidária porque no final tem liga. Outro Zap de ontem foi com o amigo Soter, Brasília, editor do meu primeiro livro, Eu Trovão, nos tempos do mimeógrafo. Hein? Fazia tempo que a gente não se conversava. Sei lá o do porquê. Por que? Antes, a fala dele:

-Olá, polaco. Não fala mais com os amigos?

Bem no estilo eslavo, respondo:

– Só escuto.

Resultado. O amigo antigo me convida para participar, mais onze, do sarau online “A Poesia Liberta” para posterior postagem, via You Tube, nas redes sociais, no que ele é bom. Contínuo, continúo, desculpe-me os assentos, ora, acentos fora da hora. Ora, ora. Eu não sou louco. É pouco. Tem ainda tantos amigos e amigas ao redor deste mundo e, inclusive, aqui em Berlim. Todos longe. E perto. Juntos?

Na sequência do pensamento, neste sábado, hoje é domingo, a dupla Polaco & Madame passa de manhã na feira semanal de rua, no distanciamento legal, para comprar os primeiros aspargos da estação, leve caminhada, lenço à boca, parada para um café to go na praça e, às sete da noite, outra saída legal na rua bem perto de casa para três manifestações musicais rápidas da vizinhança.

Na continuidade do raciocínio inicial, de que tenho tantas amizades ao redor deste mundo e, que nem eu, quem sabe não tem alguém neste momento precisando ouvir uma palavra amena, apesar do brinco deste conhecido mode de ser deste polaco. De noite, ligamos os apetechos técnicos da sala e juntos, agarrados, sim, acompanhanos o show online Um Mundo Só, da OMS. Saúde!

Das quatro horas de convívio íntimo globalizado destaco do show, para este pseudo finalizamento do diário neste domingo quase indo para a segunda, o cantado pelo Stevie Wonder. Nome da música: Lean on Me. Ou seja: Conte comigo. A música é do gringo negro Bill Withers. História de vida incrível. Família miserável das minas de carvão de West Virginia – USA. Morreu agora em março.

Para terminar a prosa de hoje começo pelo final da música, tudo a ver com o minha concessão de que temos que mudar o espírito decadente diante do virótico momento. À luta. Eia. Sus. Cantemos juntos:

Please, swallow your pride

If I have things

You need to borrow

For no one can fill

Those of your needs

That you needs

That you wont let show.

Por favor, engula seu orgulho.

Se eu tiver algo

De que você precise

Lean on me

Conte comigo.

Ninguém pode ajudar

Se você não me contar

Que está precisando, tá?”

– Escutou?

– Sim.

– O que?

– Isso aí.

– Então me liga.

– Tá.

– Inté e Axé.

– Tschuss.

urso 2 ok

Foto do “ursinho” colocado no meio dos entulhos da construção, aqui perto de casa, em Berlim, de um novo prédio no lugar do que era a da Frei Universitat. Não consegui pergar para mim. Você quer para si? Se sim, volto lá e peço. Sim ou Não? This is the question.

https://www.letras.mus.br/bill-withers/43066/traducao.html


 

(The mild prose of this Polish sympathetic to the solitary dove at 18 minutes this Friday at Gleisdreick station waiting for the U 9 subway line Krume Lanke here in Berlin).

(Prosa amena deste polaco solidário com a pomba solitária aos 18 minutos desta sexta-feira na estação Gleisdreick na espera do metrô linha U 9 direção Krume Lanke aqui em Berlim).

(Die milde Prosa dieses Polens, die mit der einsamen Taube sympathisiert, wartet an diesem Freitag um 18 Minuten am Bahnhof Gleisdreick auf die U-Bahnlinie 9, Krume Lanke, hier in Berlin).

pomba berlim 01

a pomba

rôla rôta

gira …

róla na róta reta

e acoxa na cocha

arreta …

se achega no metro

da linha do metrô

segura …

vem cá pombinha

meto o medo e ela

cochila …

minha cocha se amarra

na tua coxa

a corda!!!

gôsto de colcha nova

no cinto da noiva

assinta …

gósto da iminente

cochia assoprada

no cio …

fio!!!

polaco homófono!!!

giro!!!

fia!!!

pomba rôla

gira!!!

pomba berlim 02

– this is the end mein beautiful pombinha …

– heil, polaco baiano!

– já fui!

– volte !

– Que foi?

– cê mesqueceu?

– se me alembre.

– antes abata estas abelhas que no agora nos perscrutam.

– ah … tô me lembrando …

– do que?

– minha pombinha intelecta cheia do cio.

– quer que eu gire?

– ok.

pomba berlim 03

(e você aí, pessoa abelhuda, está esperando o que para desligar?)


Die alten Kirchen im neuen Deutschland

( Com fotos da igreja católica na Leopoldplatz, no distrito de Wedding, em Berlim, alugada a peso de ouro para uso da brasileira Igreja Universal do Reino de Deus ).

(Mit Fotos der katholischen Kirche am Leopoldplatz im Berliner Stadtteil Wedding, die mit Gold für die brasilianische Universalkirche des Reiches Gottes gepachtet wurde).

iurd 1 mamcasz

Berlin, Hauptstadt des Königreichs Germanien. Es würde tausend und ein Jahr dauern. Er hielt am 13. Ich spreche vom Nazi-Traum, einem Regime, das übrigens von den beiden größten Kirchen unterstützt wurde – der lutherischen und der römisch-katholischen.

Kein Wunder, dass die Zahl seiner Anhänger seit 1967 um fast 75% gesunken ist. Bei den Katholiken stieg der Rückgang von 10 auf 2 Millionen. Obwohl es in Deutschland zum ersten Mal mehr Katholiken als Lutheraner gibt. Aber alles ist relativ in dieser Welt.

Berlim, capital do Reino da Germânia. Iria durar Mil e Um Anos. Aguentou 13. Falo do sonho nazista, regime que, aliás, foi apoiado pelas duas maiores igrejas – a Luterana e a Católica Romana.

Não a toa que o número de seus seguidores caiu, desde 1967, quase 75%. De católicos, a queda foi de 10 para 2 milhões. Ainda que, pela primeira vez, na Alemanha, haja mais católicos do que luteranos. Mas tudo é relativo nesse mundo.

iurd 2 mamcasz

Antes que “ex-comunguem” este atéico polaco, adentro no culto dominical. Berlim, uma Babel Faraônica, ocupada por todas as raças, cores e credos, hoje abriga 250 comunidades de fé religiosa. 

Tem um detalhe que arrepia os germânicos derrotados pelos “aliados” de outrora: 170 destas igrejas fazem seus cultos dominicais nos mais diversos idiomas, menos no alemão. Com destaque para os cristãos africanos, coreanos e … brasileiros.

Pois falando em brazukas, o último escândado é a ex-igreja católica que tinha sido dedicada a um tal de Jesus de Nazaré e há dois anos está ocupada pela Igreja Universal do Reino de Deus, que paga aluguel caro e, agora, diz que tem direito à compra do conjunto histórico, construído em 1893. Acontece que …

O seguinte. A Igreja Católica, em Berlim, já vendeu diversas igrejas, por exemplo, a de São Judas Tadeu, que rendeu 2,5 milhões de euros (10 milhões de reais). Ela foi dinamitada pelos novos donos para a construção de algo mais, digamos, do interesse social.

E assim continua acontecendo com várias outras igrejas católicas desativadas aqui em Berlim. O que estaria  para acontecer com essa, usada pelos brasileiros da bilionária Igreja Universal do Reino de Deus, do não bem falado “bispo” Edir Macedo.

O motivo é que a burocracia do distrito de Wedding, bairro operário de Berlim, está se recusando a permitir a venda da ex-igreja porque, dizem, a UCKG (IURD) quer arrecadar o dinheiro através de um grande financiamento alimentado por “doações” dos fiéis, nenhum deles, com certeza, rico aqui na Alemanha, pelo contrário. A não ser que entre, legalmente, muito difícil de acontecer, a grana do “bilionário” Edir Macedo, “defensor de Bolsonaro”. Dizem…

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Bom. Teria muito mais a  falar da Velha Igreja na Nova Alemanha, até porque as duas, Luterana e Católica, continuam recebendo dos cofres públicos. Em cada contrato de trabalho, a pessoa diz o credo religioso. No salário, então, cada final do mês, tem o desconto de 10%, repassados para as Igrejas. Nem todas. Só para as que apoiaram o Nazismo e combateram o Comunismo. Pronto, pode me chamar de herege e tal. Tô nem aí. Pecado é mentir. Acima de Tudo.

iurd 4 mamcasz

Para saber mais sobre a IURD em Berlim acesse, se quiser:

http://www.hilfszentrum.de


Ainda no ritmo do brilhante Berlin Festival of Lights. Em princípio, pela Liberdade dita conseguida com a Queda do Muro, que se foi há 30 anos.

Pois a prosa agora, ora, tem com o tão vergonhosa para o orgulho alemão, que foi o sonho dos Mil e Um Anos, que duraram 13, do maluco Hitler.

No meio do Festival de Luzes, superinteressante e altamente criativo, passou desapercebido um monumento parcamente iluminado, no lado oposto da rua e do buraco onde o Nazista Mor, dizem, deu-se o tiro final e exigiu, antes, que fosse queimado. Ele e a Eva.

georg elzer2

Falo do homenageado esquecido neste Festival de Luzes. Veja nas fotos o dito momumento para o Georg Elzer. E que foi mesmo que este cara fez?

Detalho. Em 1939, no começo do pesadelo nazista, numa cervejaria em Munique, numa October Festa, o Georg simplesmente explodiu uma bomba para matar o Hitler.

Acrescento. Matou. Não o maluco Hitler, mas outros bêbados, porque o rei nazista saiu um pouco antes, como sempre costumou fazer e, com isso, escapou de vários.

E o Georg Elzer do monumento porcamente iluminado em Berlim no meio da Festa toda? Foi preso, tentando entrar na neutra Suiça, levado para uma cadeia, torturado e tal.

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Finalizo. O azarado Georg Elzer foi torturado por anos para que dissesse quem mais tinha participado do atentado e, se houve, ele nunca falou nada.

Até que em abril de 1945, a guerra já perdida de vez, sem saída, o Georg Elzer foi simplesmente degolado na cadeia. Uma queima de arquivo, como aconteceu com outros.

Pois olhe então o parco monumento ao cara que primeiro tentou matar o Hitler.

Fui. Antes que el , o rei nazista, volte. Tem súditos, por sinal, ressuscitando.

Tschuss.

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#berlin #berlim #brasilia #brazil #brasil #corrupção #futebol

Papo 02 – Eu esqueço minha “grana” em Brasília. Em Berlim, pego de volta?

Part 02 – I forget my “money” in Brasilia. If I’m in Berlin, will I get it back?

FOTO 1 A

Em Brasília, 19 horas. E assim começa o mais antigo programa de rádio do “Brasil Maravilha”. De chegada, sofro um golpe cibernético. Zeram meu Cartão Alimentação. E aí?

Em Berlim, 4 horas da madrugada. Largo a chave dentro do apartamento do Airbnb. Já no elevador, aterrorizo-me. Lá dentro, meu colete com 3 cartões de crédito e os euros. E aqui?

Pois vamos assim para este primo papo reto entre o pensar germânico e o antagônico brazuka-portuga-latino, este famoso pela corrupção que vai do mendigo ao presidente.

In Brasilia, 19 hours. And so begins the oldest radio program of “Brazil Maravilha”. On arrival from Berlin, I suffer a cybernetic blow, here in Brasília. Anybody stoled all my Food Card. What’s up?

In Berlin, 4 o’clock in the morning. Key inside the Airbnb apartment. Already in the elevator, I terrify myself. Inside the flat, now without the keys, my vest with 3 credit cards and two thousand euros. And now?

Well, let’s go to this first, straight talk between the Germanic thinking and the antagonistic zuca-tuga-latino-ladino, this one famous for the corruption that goes from the beggar to the president.

FOTO 2 SUICIDA

Começo pelo relato de Berlim. Minha acompanhante nos últimos 40 anos esquece o colete com três cartões de crédito e débito internacionais, mais 2 mil euros em espécie (legalmente declarados, no conjunto, na saída em Brasília e na entrada na quase Europa, em Lisboa, a caminho de Berlim). A gente, a caminho do aeroporto de Tegel, madrugada, sem tempo de chamar a host do Airbnb, de origem russo-polônica. Desespero? Não. Realidade. Vamos em frente para ver no que vai dar. As chaves tinha sido deixadas dentro do flat, conforme o combinado, em cima da mesa e ao lado de um bilhete carinhoso e um presente tupiniquim ligado à caipirinha.

Continuo pelo relato em Brasília, depois eu volto para Berlim. Uma semana depois, em casa, capital do Brasil, famoso pelo maior caso de corrupção de todo o mundo, não podia dar outra. Vou ao supermercado para as recompras. Ao caixa, a surpresa. Meu Cartão de Alimentação, Green Card, com saldo acima dos R$1.500,00, economizados, estava simplesmente zerado. Desespero? Não. Realidade brasileira. Registro na política online, nas nuvens, e nos sites da Cielo e do Grupogreencard e na puta que pariu. Sorry. Continuo pretensamente calmo. Afinal, estou de volta ao meu Brasil-Brasileiro-Inzoneiro, onde até o troco ínfimo tem que ser conferido no ato.

FOTO 3 BULOW 01

De volta a Berlim. Quer dizer, Lisboa. Por conta da corrida na confusa baldeação da TAP para Brasília, que exige dez minutos em ônibus lotado, dentro do aeroporto, filas alfandeguísticas, longa caminhada por entre as lojas ditas free e, enfim, dez horas depois deste segundo ato, em casa, Brasília, reabrindo o Whatsapp com a seguinte resposta da por mim chamada “máfia russa”, dona do apartamento alugado na capital do Império Germânico, mais luterano que católico e muito menos ladino, ops, latino, vamos à mensagem, literalmente, sobre o acontecido:

“Hallo Eduardo. Ok. No problem. I will take care of it. Don’t worry!”

Algumas horas depois, chega outro Messanger direto ab Berlin to Brasília:

“Hallo, Eduardo. Everything was there: 3 Credit Card, Passcard, a Key and 2000Euros.”

FOTO 4 BULLOW 02

Pois relato então o lado ladino do meu Cartão Alimentação zerado por obra de quem será, tenho os locais das três compras efetuadas, sem a minha senha, sem o meu cartão, apenas com o natural sem-vergonhice que assolada esta Pátria Que me Pariu, vulgo P.Q.P. Por enquanto, a robótica resposta ao fato apresentado:

“O Grupo Green Card agradece pelo seu contato. Faremos o possível para responder o mais rápido possível.” Pois aguardemos. Oremos. O futuro do nosso Brasil, a quem pertence? Sei lá, porra. Enquanto isso, retroco todas as senhas possíveis e impossíveis. De fato, dois dias passados, apenas, depois de uma série de documentos assinados e mandados, a quantia volta para a conta.

Ao caminhar para manter a saúde física, a mental me alerta a cada curva. São trombadinhas, ladrões, hackers, de todos e em todos os níveis. Do pedinte ao mandante judiciário federal, passando pelo Pai de Todos, quem mesmo, onde está Ele?

– Ele está preso, babaca.

FOTO 4 BULLOW 03

Apesar deste lero que se alonga, adendo dois fatos correlatos. O primeiro, na então comunista República Tcheco-Eslováquia, hoje simplesmente Chéquia. Cidade de Kutna Hora. Minha namorada, atual companheira, esquece debaixo do colchão o colete com 2 mil dólares e os cartões de crédito. Já na Áustria, Viena, casa de um ainda amigo, morando agora em Brasília, pois ele telefona para lá e:

– Hallo. Meus amigos esqueceram umas coisas neste hotel.

– Número do quarto, dia da hospedagem, local exato onde foi deixado.

– Room número 38, debaixo do colchão, lado esquerdo de quem estiver deitado.

– Um momento, vamos verificar.

Hallo?

– Pois sim.

– Encontramos. São dois cartões em nome de … e dois mil dólares vivos. Vamos guardar no cofre do hotel. Quando vão vir buscar?

– Primeiro eles vão ter que tirar novos vistos na Embaixada.

– Tschuss.

FOTO 6 B

Segundo, acontecido há alguns meses, numa das voltas a Brasília. Atendo o telefone, uma pessoa me chama de tio, fala o nome do meu sobrinho, que mora nos Estados Unidos, fala igualzinho, não fale para ninguém, estou chegando de surpresa, mas o carro alugado em Belo Horizonte está enguiçado aqui perto de Cristalina e preciso de dinheiro para o mecânico e pode mandar a ordem na conta, espera um pouco, vou passar para o dono da oficina, a bença, tio. Resultado. Caí de pato.

Na sequência, estilo ladino-latino-tupinico-brasílico, embora morador na Capital do Brasília, com profissão respeitada, faço registro na Polícia Civil do DF, online, internet, coisa de Primeiro Mundo. Tudo escrito: nome, cpf, número da conta e banco e agência e cidade onde foi depositada a grana roubada-ludibriada. Depois, pelo telefone do banco Itaú, registro o fato, para pelo menos alertar sobre o grupo que dá golpe a partir da cadeia, usando conta de laranja. Vamos às soluções:

1 – Email da Polícia Civil Online. Lamentamos não dar sequência ao registro porque o depósito foi feito numa agência fora do Distrito Federal (Brasília). Favor comparecer pessoalmente à delegacia mais próxima da sua residência.

Resultado. Fui à primeira delegacia de Brasília, capital do Brasil, no bairro de classe média aprimorada e me acontece o seguinte, em lá chegando. Desculpe, estamos sem Internet. Mas eu quero apenas registrar uma ocorrência. Nada feito. Volte amanhã. Voltei. A Polícia tinha entrado em greve. Foi coisa de uns três anos. Dancei. Pronto.

2 – No pronto atendimento do banco comercial, o maior do Brasil. O senhor aceitou? Lógico que sim, mas fui enganado. Então, nada podemos fazer. Eu sei disso. Estou telefonando apenas para que vocês fiquem de olho nesta conta tal, do fulano de tal, na agência tal, que pertence a uma quadrilha que age de dentro da cadeia. Apenas para que vocês prestem atenção.

– Infelizmente, meu senhor, nada podemos fazer.

FOTO 7 C

Então, encerro. E aí? Berlim ou Brasília? Pode comentar. Sei que em Portugal está tendo golpe por demais com os brazucas exilados pelo aperto econômico. Mas aí não sei porque só passo correndo. Já chega o pau brasil e a cana de açúcar e o ouro e o dinheiro dos escravos que os portugas levaram do nosso Pindorama. Fico hoje por aqui mas depois eu volto com mais Alemanha, 7 – Brasil, 1.

Heil! Tschuss. Inté! Axé!

Não perca o próximo episódio:

03 – Quantas “tias” cuidam de “uma” criança em Berlim? Em Brasília…

03 – How many “aunts” care for “one” child in Berlin? In Brasilia…

FOTO 8 CRIANCA


Cap 00

cap00 berlinphoto

Berlim – antes e depois do tal do Cristo

Hello.

From today, you will see here, with my eyes, connected with those of History, since when there was this Berlin that, long before the pretended jump to the capital of Greater Germany, moreover, completely destroyed than in many other times, in these two and so many millennia, for then, we shall see this city that was born Slavic, turned Sorbian, Roman, Austrian, and, finally Germanic-German-Deutch.

Olá.

A partir de hoje, verás aqui, com meus olhos, ligados nos da História, desde quando existe esta tal de Berlim que, muito antes de pretenso salto para a capital da Grande Germânia, aliás, soterrada que nem em muitas outras vezes, nestes dois e tanto milênios, pois então, veremos-leremos-teremos-seremos esta cidade que nasceu eslava, virou sorábia, romana, austríaca e, finalmente, germânica-alemã-deutch.

The idea of this series, which will be part of the ebook “With my eyes you will see Berlin”, is to point out two apparently opposing links that trace the destiny of this imperious capital: on the one hand, the primitive Celtic curse of the Berlin Schulusstrich – Final Point, and , on the other side, the “Berlin Stundnull – Year Zero” to which she is always bound to recommence, over the centuries of victories and defeats, both of them overlords.

A idéia desta série, que será parte do ebook “Com meus olhos verás Berlim”, é apontar dois laços aparentemente opostos que traçam o destino desta capital imperiosa: de um lado a maldição quiçá céltica primitiva do “Berlin Schulusstrich – Ponto Final”, e, do outro oposto, a “Berlin Stundnull – Ano Zero” a que ela é fadada sempre a recomeçar, ao longo dos séculos de vitórias e derrotas, ambas acachapantes.

So, let’s follow together the next chapters of this Great Berlin that once was small, in another huge, and, more than once, reduced to wreckage then heaped together in what can be called today false hills swinging upon of the marshy land cut by rivers, lakes and canals, to the delight of the 60,000 inhabitants in the sixth century, or over 3 million, in this twenty-first century. Let’s move on?

Então, sigamos juntos os próximos capítulos desta Grande Berlim que um dia já foi pequena, noutro enorme, e, mais de uma vez, reduzida a destroços em seguida amontoados no que se pode chamar hoje de falsas colinas balançando em cima do terreno pantanoso cortado por rios, lagos e canais, para deleite dos 60 mil habitantes, no século VI, ou acima dos 3 milhões, neste século XXI. Vamos em frente?

Próximo Cap 01: Berlin – the first Stund Null

Próximo Cap 02: Berlim – megalópole com 60 mil habitantes

#berlin #berlim #mamcasz #stundnull #berlimanozero

https://www.youtube.com/watch?v=X279madStHQ


Hier in Berlin, Sonntag, 10 bis 16 Stunden, hat einen heiligen Brauch: Brunch.
Wenn all you can eat. Im Allgemeinen rund 10 Euro.
Setzen Sie sich, nehmen, wiederholen, erhalten eine Zigarette, Kaffee,, bekommen, essen und trinken.
Ein wenig ausruhen und … fort, talk, süß, salzig, heiß, kalt.
Es verfügt über Türkisch, Deutsch, Griechisch, Vietnamesisch, Palästinensischen, Russisch und escambau.

Aqui em Berlim, domingo, das 10 às 16 horas, tem um sagrado costume: brunch.

Sempre all you can eat.  Geralmente, em torno dos 10 euros.

Senta, pega, repete, um cigarrinho, café, levanta, pega, come, bebe.

Descansa um pouco e … continua, conversa, doce, salgado, quente, frio.

Tem turco, alemão, grego, vietnamita, palestino, russo e o escambau.

Here in Berlin, Sunday, from 10 to 16 hours, has a sacred custom: brunch.
When all you can eat. Generally, around 10 euros.
Sit down, take, repeat, a cigarette, coffee, get, get, eat and drink.
Rest a little and … continues, talk, sweet, salty, hot, cold.
It has Turkish, German, Greek, Vietnamese, Palestinian, Russian and escambau.

Portanto, a cada domingo, conheço um. Nos bons, lóico que eu repito.

No alternativo, tenho meu preferido, que é o 100 Wasser, no quase acabando bairro riporonga Friedrichshain.

E agora um restaurante grego, bem familiar, de subúrbio desconhecido de 99,9 por cento dos turistas.  Restaurant & Cafe Bei Jorgo. Fica num bairro desconhecido, chamado Baunschulenweg, na verdade, Shöneweide, fora do ring que envolve Berlim.

Mas vamos logo ao brunch que a conversa se alonga.

Primeiro, a tradução do título do post deste domingao de sol aqui em Berlim.

Langes leben für mich, bruder. Prost!

LONGA VIDA A MIM MESMO. SAÚDE!!!!

Ajunto uns goles de ouzo, a pinguinha grega, e outros de Lübzer, a cerveja.

Ein klein beer von fass, bite. Aprendi…

E a dona repete, me imitando:

Ein klein beer von fass, bite. Já Más. Ou seja.Saúde, polaco!

Então, vamos por etapas. É brunch mas não é para bando de faminto.

Primeiro, o antes da refeição. Tipo serviço.

Mas Atchung.

Este blogo não está a serviço e nem é pago por ninguém.

Quer dizer…

Ninguém é uma ilha. Nem Brasília. Ainda existe?

Tem um BUS 166, de Shöneweide até Treptow que para na porta.

Tem qualquer S que vá para Schöneweide, fica uma estação antes.

Quem vem pelo Norte sair pela direita.

Se errar, vai pra outro lado, mais vazio.

Depois, uma leve caminhada, coisa à toa.

É caminho para Schönefeld, o aeroporto que ia ser novo agora no dia 3 de junho.

Mas ficou para o ano que vem, 2013. Ainda bem.Sou mais o Tegel.

 

E a refeição, o brunch, a comida, a bebida, a música grega ao fundo?

Calma, mané.

Brunch com brasuka é danado.

Tudo apressado, parecendo na lage.

Camelô com medo do rapa vem aí gente…

Tem ainda a questão da mesa.

Dentro do restaurante ou fora, no jardim?

Quase trinta graus, ventinho bom, jardim florido, na sombra, pode fumar.

Me decido pela mesa do garten, lado de fora, não só por questões metereológicas.

Sempre me acontece isto aqui em Berlim.

Olhe de novo para a foto acima.

No lado esquerdo, quem está me chamando:

– Mein lieben polaquinho!!!!

Acertou. Lili Marlene.

Já chego com este prato, só para impressionar.

Depois, no outro, é a luta, companheiro.

Ufa…

É que nem naquilo. Só um cigarrinho. Mais nada.

Ah. Quase ia esquecendo da Lili Marlene. 

Mein polaquinho…

Não sabia que ela é socialista. Que estava ali por acaso. A sede fica do outro lado da rua. Acredito … e o fogo alemão?

Daí … a minha frauleinzinha Lili querida, mesmo com o brunch de arrepiar umbigo de polaco, insiste… se é que está me entendendo.

Me leva para conhecer a biblioteca infantil, ao lado.

Também é uma bücher. Livraria infantil.

Uma graça, veja bem.

– Lili, mein lieben fraulein.

– Quié, mein polaquim?

– O que quer dizer NEUERÖFXNUNG?

– Nada. Nada. Nada.

– Então o que a mão dessa mulher está fazendo numa libraria infantil?

Prá que … Lili, minha amiga preferida de Berlim, me pega pela mão. Vamos lá para casa. Sempre andando. Quase 400 metros rasos. Até a estação do S. Isto depois de uns cinco ousos, pinguinhas gregas, mais entradas, meias, saídas, voltas, doces, salgados, frios, quentes, mais ou menos, menos ou mais.

– Vamos, vamos, polaquim.

– Pra donde, Lili?

–  Lá prá casa.

– Fazer o que? Café?

– Nein, nein, polaquim. Fazer mais beicim. Sobe?

– Não. Esta escada toda? Nem pensar.

– Polaquim, você é tão engraçado. Não vê que é escada rolante?

Moral do lero.

Fui, né.

Inté e Axé.

http://www.bei-jorgo.de

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 Today’s post goes to an Angel named Archangel. Archangel Tim Lopes do Nascimento. He’s here with me, at this carnival of Berlin, May 2012. He, I and more than a million people. We are celebrating together the ten years that he, on June 2, 2002, was roasted alive on a tire in a slum in Rio de Janeiro, Brazil. Killed after a series of stories for TV Globo.

* * * 

Der heutige Beitrag geht an einen Engel namens Erzengel. Erzengel Tim Lopes do Nascimento.Er ist hier mit mir, das Karneval der Kultures von Berlin im Mai 2012. Er, ich und mehr als eine Million Menschen. Wir feiern zusammen die zehn Jahre, die er am 2. Juni 2002, geröstet wurde an einem Reifen in einem Slum in Rio de Janeiro, Brasilien lebt. Getötet nach einer Reihe von Geschichten für TV Globo.

 * * *

O post de hoje vai para um Anjo chamado Arcanjo. Tim Lopes Arcanjo do Nascimento. Ele está  aqui comigo,  neste Carnaval de Berlim, maio de 2012.  Ele, eu e mais de um milhão de pessoas. Estamos comemorando juntos os dez anos em que ele,    no dia 2 de junho de 2002 ,  foi assado vivo num pneu numa favela do Rio de Janeiro, Brasil.  Assassinado depois de uma série de reportagens para a TV Globo.

 

 Conto a seguir o nosso reencontro, aqui em Berlim,    cheio de gírias, magias e orgias, estas só para brincar com as palavras,  para saber que graça elas têm. Elas e o meio milhão de loirinhas. Bem ao gosto do mano neguinho gaúcho da Mangueira.  Por mim, prefiro as caipirinhas. Que nem no antigamente nas ladeiras de Santa Teresa. Então, siga eu eo Tim Lopes  chamando as loirinhas vestidas para tirar a roupa delas no matinho e ensinar a elas a dar com o samba nos pés. Com gentileza, polaco. Então tá, Tim. Chame as três primeiras:

Para tanto, contamos com o apoio de um músico, homem,sim, garante o Tim, eu fico na dúvida, que afina o instrumento, atrás do palco Eurasia, Karneval der Kultures de Berlim, 2012, para se apresentar no Delta Blues und Gangsterlieder aus Odessa, sai dessa,meu.  Para a gente não se perder das loirinhas, o Tim escreveu PINTO no poste, que nem cachorro (não sacaneia, polaco).  Preste atenção nas roupas das três primeiras: Cláudia, Lili e Marlene.

Daí, eu e Tim fomos à luta, companheiro, porque loirinha pelada sem nada é uma gelada, quente tem quem aguente, eu, polaco. Acontece que falta ação, som, bateria, que aparece. Repare só nas costas da menina na esquerda da foto abaixo, olha só o gaito de olho na mina do Tim (não sacaneia, polaco, a gente nem dividiu ainda, pega leve). No lombo da loira, o aviso escrito em brasileiro, aqui em Berlim. EXPLOSÃO. E o x num X bem grandão. É que X em alemão se pronuncia SEX. Chega fundo, polaco!

Delicadeza, polaco, me dizia o Tim nos velhos tempos do O Globo no Rio, quando ele era o dançarino oficial das minhas namoradas. (Quem mandou ser duro no tranco, polaco?). Mulher tem que jogar conversa. Depois, lavar a roupa limpa. Passar e enrolar. E eu: Tim, bandeira pouca é bobagem. E ele, aqui comigo no Carnaval de Berlim: Polaco. Maior bandeira verde no amarelo. Te liga. Esta eu já vida noutras vidas. Olho aberto que caolho só dá coalhada. Maior bandeira.

 Polaco. Quié? Que negócio mais enrolado este Carnaval de Berlim.Por que? Repara só se não foi enrolado errado na palha, na moita, no matinho das loirinhas. Ih… repara só que rolo: bandeira brasileira, capirinha, vodka, pinha colada, Cuba livre (o comandante já morreu?), tudo sambando numa nota só. Que doideira, meu. Larga o microfone. Dê linha à pipa. Besteira pouca é bobagem.

Polaco. Quié? Que negócio mais enrolado este Carnaval de Berlim.Por que? Repara só se não foi enrolado errado na palha, na moita, no matinho das loirinhas. Ih… repara só que rolo: bandeira brasileira, capirinha, vodka, pinha colada, Cuba livre (o comandante já morreu?), tudo sambando numa nota só. Que doideira, meu. Larga o microfone. Dê linha à pipa. Besteira pouca é bobagem.

Mano Tim. Quié, polaco, tu fala, heim, larga o microfone.  Tu presta atenção na fala porque os amigos e amigas todas estão ligados na gente, através de um treco chamado Facebook. Que papo é esse de Face, mermão? Quer dizer que acabou a velha prosa de olho no olho, boca na boca, isso naquilo? Vocês não querem que eu volte? Mas vamos à luta, companheiro, que estas meninas precisam ser salvas, aprender a sambar, assobiar na vara curta. Tim. Quié, polaco.Segura a palavra. Palavra presa quem tem é gago. Cadê as loiras? Ah é, vamos à luta que a vida é curta. Desculpa, tá, mas saiu assim, sem pensar. Manda ver, polaco, que boca vazia é penico de otário.  Ih. Dê linha à pipa que esta já está voando. E veio correndo pro matinho.Juro!!! (três vezes). Tá com roupa dê +. E olha só o olho de salsicha do Fritz aí na tua loirinha, mano.

Polaco. Quié, gaúcho. Olha só esta aí. Esta não. Por que? Por acaso ela já sambou, é? Segredo entre a gente? Não, Tim, é que esta não gosto de matinho. Sei. Ela é mais do aconchego, do sossego, do arrego. Me passa o microfone negro que a vez agora é do branco e vamos dar linha a pipa. Nein, nein, polaco. Primeiro a foto da fraulein. Não é assim que se fala com as loiras daqui? E eu que achava que loira era cerveja no Lamas, sempre quente. A foto, polaco, da fraulein do coração, solta a franga, libera o fruto parido escondido. Tá legal. Lá vai. Direto de Kreuzberg, Berlin, 27-05-2012, Karneval der Kultures:

Então, tá, polaco, vou chamar o cumpadi porque senti que tu tá preso na bexiga. Nein, neim, mano Tim, que é isso, companheiro, logo aqui em Berlim, não faz isso ne mim. Vou te arrumar mais uma loirinha pro matinho. Que tal esta? Faz teu tipo, se é que ainda… Qualé, polaco, sou fantasma mas não sofro de asma. Qualé? Qualé o que? Qual é a loirinha? Ah… mas antes tem que levar pro matim porque tá com roupa por dê +.

E aí, polaco, tem pipa dê + e linha dê -. Saca só aí no chão. O que,  a gente está dando bandeira? Nein, nein. Ah, já saquei. É a bacana de biquini. Porra,polaco, tu tá paradão por dê +. Não é bacana, Tim. Não, polaco. É a BAGANA!!!

Larga o microfone, vamos a luta, etecétera e tal, Karneval der Kultures de Berlim, mas eu quero saber é de uma loira gelada.  Pois, eu, gaúcho da mangueiro, quero quente, mesmo neste frio. E me passe o microfone, coisa boa, vindo lá da Costa Rica, presta atenção. Falando nisto, as loiras ainda estão lá no matinho? Empurra nesta e a gente vai lá logo depois .

Polaco. Quié, Tim. Esta de Costa Rica é boa dê +. Larga o microfone. Dê linha a pipa. Mas me responda uma coisa. Quié? Tá  querendo saber como vão os amigos, é? Também, mas repara uma coisa neste Carnaval de Berlim. Não  tá faltando pé? Por isso que as loirinhas lá no matinho não sambam no pé, né.

Polaco. Quié, Tim. As loirinhas no matinho cansaram de esperar pela gente. Também, né, só no microfone, a pipa parada, o vento ventando. Então vamos à luta, companheiro, passando logo para o Plano B, direto para as sem roupa. Qué isso, polaco, gentileza antes de tudo. E muita fé que este Karneval der Kulture aqui de Berlim tá parado mas a gente agita em meio tempo sem preciar bater nem 1 pênalti. Olha esta aí. Eu fico com a loirinha vestida, tá? Tá… ate porque, por mim, ela está meio torta.

Então, vamos à luta, nada de ficar sentado até meia-noite, mesmo que não acabe. Mas agora é simples, é sentar e escolher. Senta você, Tim, que o leão é manso. Qualé, polaco, não sacaneia. Vai lá e escolhe  uma. Mas na gentileza, tá?  Ah… a loirinha é minha.

 Pô, Tim, a gente já está com loira dê + amarrada ali no matinho doida para tirar a roupa e aprender a dar no pé. Eu quero + é uma neguinha, uma mulata, uma preta, porque Carnaval, mesmo em Berlim, tem que ser Coisa Fina, parafina em cima, nada deste papo gelatina, fica tu com as loirinhas  que eu vou à luta, companheiro, para cima das minhas caipirinhas, tá. Péra aí, polaco, que vou também. Oi leva eu, eu também quero ir…

– Tim Lopes!

– Tô dando linha à pipa que o vento tá a favor. Inté.

– Qualé, polaco?

– Qualé o que?

– E as loirinhas?

– Tão lá no matinho. São todas tuas. Fico com as caipirinhas.

– Não sacaneia.

– Não sacaneia o que, Tim?

– Elas fugiram.

– Problema teu, mané, Vai à luta que a vida é curta. Axé. Te cuida. E tão cedo não espero te ver.

Moral do lero de hoje:

A última vez que vi o mano Tim Lopes hoje neste Karneval der Kultures, aqui em Berlim, foi ele no palco dançando ao som dos tambores dos mestres yorubas.

Saravá!!!

Só tem um porém.

As loirinhas voltaram, estão perguntando por ele.

Acontece que eu só sei remexer com as caipirinhas.

Se alguém souber como fazer com as loirinhas, me escreva.

Inté, Axé e Tchuss, tá,Mané?


 

“The day when an enemy bomb fell in Germany, my name will not be more Goering. You can call me Meier. “- Signed: Marshal Herman Goring. Heil Mané!!!

 

“O dia em que uma bomba inimiga cair na Alemanha, meu nome não vai ser mais Goering. Pode me chamar de Meier.”

***

“Der Tag, als ein Feind Bombe in Deutschland fiel, wird mein Name nicht mehr Göring sein. Sie können mich anrufen Meier “- Unterschrift:. Marshal Hermann Göring. Heil!

***

Parte do discurso feito pelo nazistão todo poderoso, chefão da temida Gestapo e da Luftwaffen, Força Aérea da Alemanha, Herman Göring, em setembro de 1939, na academia da Lufwffen, no aeroporto de Berlin-Gatow, hoje Museu ao Ar Livre.

Vamos à tradução. Na verdade, ele falou Ruhr, que é o rio Reno, espécie de fronteira eterna da Alemanha. E por que “Mein Name ist Meier” virou piada tão logo as primeiras bombas aliadas começaram a cair sobre Berlim?

 

Meyer, ou Meier, em alemão, é que nem da Silva, em brasileiro, nome mais do que comum, gente do povo, Zé Ninguém. Daí, com as bombas caindo, o pessoal corfria para os abrigos, tinha que dar o nome na entrada, e todo mundo falava, puto:

– Mein Name ist Meyer!!!

O final, todo mundo sabe, deu no que deu, e estas fotos estão no Luftwaffenmuseum, visitado ontem por mim, num subúrbio de Berlim, justo onde era o aeroporto militar nazista, e onde o marechalzão disse de boca cheia de salsicha:

Meu nome é Zé Ninguém!!!

(Ler Escuta, Zé Ninguém, do William Reich)

Então, tá, Mané.

Acontece que o Göring, ao contrário do Goebels e do Hitler, não deu veneno para a mulher e as filhas e depois um tiro na cabeça.

Ele se entregou, foi a julgamento em Nuremberg.