Ainda no ritmo do brilhante Berlin Festival of Lights. Em princípio, pela Liberdade dita conseguida com a Queda do Muro, que se foi há 30 anos.

Pois a prosa agora, ora, tem com o tão vergonhosa para o orgulho alemão, que foi o sonho dos Mil e Um Anos, que duraram 13, do maluco Hitler.

No meio do Festival de Luzes, superinteressante e altamente criativo, passou desapercebido um monumento parcamente iluminado, no lado oposto da rua e do buraco onde o Nazista Mor, dizem, deu-se o tiro final e exigiu, antes, que fosse queimado. Ele e a Eva.

georg elzer2

Falo do homenageado esquecido neste Festival de Luzes. Veja nas fotos o dito momumento para o Georg Elzer. E que foi mesmo que este cara fez?

Detalho. Em 1939, no começo do pesadelo nazista, numa cervejaria em Munique, numa October Festa, o Georg simplesmente explodiu uma bomba para matar o Hitler.

Acrescento. Matou. Não o maluco Hitler, mas outros bêbados, porque o rei nazista saiu um pouco antes, como sempre costumou fazer e, com isso, escapou de vários.

E o Georg Elzer do monumento porcamente iluminado em Berlim no meio da Festa toda? Foi preso, tentando entrar na neutra Suiça, levado para uma cadeia, torturado e tal.

georg elzer3

Finalizo. O azarado Georg Elzer foi torturado por anos para que dissesse quem mais tinha participado do atentado e, se houve, ele nunca falou nada.

Até que em abril de 1945, a guerra já perdida de vez, sem saída, o Georg Elzer foi simplesmente degolado na cadeia. Uma queima de arquivo, como aconteceu com outros.

Pois olhe então o parco monumento ao cara que primeiro tentou matar o Hitler.

Fui. Antes que el , o rei nazista, volte. Tem súditos, por sinal, ressuscitando.

Tschuss.

georg elzer1


Este post, conforme o prometido, vai para a amiga Gaby Einstoss 

***

      There are things that impressed by the simplicity that touches deep inside. The Deserted Room. Kopenplatz. Mitte.  Jewish Berlin. Bronze monument of Karl Biedermann. Recalls the night of 9 to 10 November 1938. The Nazi Youth hunting out the People Wandering Jew. People who had managed to run to survive. In haste without bags, furnishings in the room remain motionless. A table and two chairs – one fallen.

     Tem coisas que impressionam pela simplicidade que toca lá no fundo. O Cômodo Vazio.Der Verlassene Raum.  Kopenplatz.  Mitte. Berlim Judáica.  Monumento em bronze, de Karl Biedermann. Relembra a noite de 9 para 10 de novembro de 1938. A Juventude Nazista sai à caça do Povo Errante Judeu. Teve gente que conseguiu correr para não morrer. Na pressa sem malas, os móveis da sala restam imóveis. Uma mesa e duas cadeiras – uma delas caída.

      Mas tem o prólogo, na forma da moldura emoldurada na calçada fria da praça. É um poema que cerca a mesa e as duas cadeiras, impossibilitadas do salto além do muro do Eterno Pogrom-Gentrification-Extermínio. São palavras duras extraídos do poema de Nelly Sachs, Prêmio Nobel de 1947:

“O dedo da Morte aponta para os donos das Casas  outrora  Convidados. Ultrapassado o Limite entre a Vida e a Sorte. Restam as fileiras de Chaminés. Onde o Corpo de Israel vira Fumaça.”

Tradução livre a partir de:

     “…O die Wohnungen des Todes, (Oh the houses of death) / Einladend hergerichtet (invitingly appointed) / Für den Wirt des Hauses, der sonst Gast war – (for the landlord of the house who was once a guest) / O ihr Finger (Oh you fingers,) / Die Eingangsschwelle legend (Laying the threshold) / Wie ein Messer zwischen Leben und Tod – (like a knife between life and death) // O ihr Schornsteine, (Oh, you chimney stacks,) / O ihr Finger, (Oh you fingers,) / Und Israels Leib im Rauch durch die Luft! (And the body of Israel going up in smoke!)

     No meio desta ida, paro para  escutar uma senhora judia,  duas netas,  sete e   cinco anos, a quem falava, em francês, o significado daquela mesa e duas cadeiras, uma caída, dos tempos do Holocausto nos Campos de Extermínio. Foi quando ouço isto:

– Todos morreram?

– Não, eu não, responde a avó.

Trêmulo me apresento. Ela me diz que a Verdade  não tem Idade.  Ela não morre nunca.

Shalom, madame.


After the wall came down in Berlin was only a lark, invasion of buildings, graffiti crazy, false sense of regained freedom. Over the period of partying, is ahead of the process of gentrification. The capital, say judio, is back to drive the alternative, the migrant, Turkish, Arab, Muslim, African poor. All in the name of a cleaning at the time of Hitler, it was said ethnic, against Jews, gays, blacks and Gypsies. Now, instead of building pixado enter the color. The old brand type star, announcing the end of the freedom to create, hack, pixar, live. End of story.

 Depois da queda do muro em Berlim foi uma farra só,  invasão de prédios, pixação maluca, falsa sensação de liberdade recuperada. Acabado o período de farra, está  adiantado o  processo de gentrificação. O capital, dizem que judio, está de volta para expulsar o alternativo, o migrante, o turco, o árabe, o muçulmano,o africano, o pobre. Tudo em nome de uma limpeza que, no tempo do Hitler, dizia-se étnica, contra os judeus, gays, pretos e ciganos. Agora, no lugar do prédio pixado entra o colorido. A velha marca tipo estrela, anunciando o fim da liberdade do criar,  invadir,  pixar,  viver. Fim de papo.

Nach dem Fall der Mauer in Berlin war nur eine Lerche, Invasion von Gebäuden, Graffiti verrückt, falsches Gefühl der wiedergewonnenen Freiheit. Über den Zeitraum der Party, ist vor dem Prozess der Gentrifizierung. Die Hauptstadt, sagen Judio, ist zurück, um die Alternative, der Migrant, türkischen, arabischen, muslimischen, afrikanischen Armen zu fahren. Alles im Namen einer Reinigung zur Zeit der Hitler, hieß es ethnische, gegen Juden, Homosexuell, Schwarze, Sinti und Roma. Statt nun den Bau pixado geben Sie die Farbe. Die alte Marke Typ Stern, kündigt das Ende der Freiheit zu schaffen, hack, Pixar, zu leben. Ende der Geschichte.

 

Après la chute du mur de Berlin n’était qu’une alouette, l’invasion des bâtiments, des graffitis fou, faux sentiment de liberté retrouvée. Au cours de la période de fête, est en avance sur le processus de gentrification. Le capital, par exemple Judio, est de retour pour conduire l’alternative, le migrant, turc, arabe, musulmane, africaine pauvres. Tout cela au nom d’un nettoyage à l’époque d’Hitler, il a été dit ethnique, contre les Juifs, les homosexuels, les Noirs et les Tsiganes. Maintenant, au lieu de construire pixado entrer la couleur. L’étoile de type ancienne marque, annonçant la fin de la liberté de créer, hack, pixar, vivre. Fin de l’histoire.

Después de la caída del muro de Berlín era sólo una broma, la invasión de los edificios, el graffiti loco, falsa sensación de libertad recuperada. Durante el período de fiesta, está por delante del proceso de gentrificación. La capital, por ejemplo judio, ha vuelto a impulsar la alternativa, el migrante, turco, árabe, musulmán, pobre de África. Todo en nombre de una limpieza a la hora de Hitler, se dijo étnica, en contra de Judios, los gays, los negros y los gitanos. Ahora, en lugar de la construcción de pixado introducir el color. La antigua marca estrella de tipo, anuncia el fin de la libertad de crear, hack, Pixar, en vivo. Fin de la historia.

אָך די וואַנט געקומען אַראָפּ אין בערלין איז געווען בלויז אַ לאַרך, ינוואַזיע פון בנינים, גראַפיטי משוגע, פאַלש זינען פון ריגיינד פֿרייַהייט. איבער די צייַט פון פּאַרטיינג, איז פאָרויס פון דעם פּראָצעס פון דזשענטריפיקיישאַן. די קאפיטאל, זאָגן דזשודיאָ, איז צוריק צו פירן די אנדער ברירה, דער נאַווענאַדניק, טערקיש, אַראַבער, מוסלים, אפריקאנער נעבעך. אַלע אין די נאָמען פון אַ רייניקונג אין דער צייַט פון היטלער, עס איז געווען האט עטניק, קעגן יהודים, געיס, בלאַקס און גיפּסיעס. איצט, אַנשטאָט פון בנין פּיקסאַדאָ אַרייַן די קאָלירן. די אַלט סאָרט טיפּ שטערן, אַנאַונסינג די סוף פון די פֿרייַהייט צו מאַכן, כאַק, פּיקסאַר, לעבן. סוף פון

 

Berlin duvarı aşağı geldikten sonra sadece bir şaka, binaların işgali, grafiti çılgın kazanmış özgürlük yanlış duygusuydu. Parti yapan aşkın süre öncesinde soylulaştırma sürecinin olduğunu.Sermaye, judio söylüyorlar, göçmen, Türk, Arap, Müslüman, Afrika yoksul alternatif sürmek için geri döndü. Tüm Hitler’in anda bir temizlik adına, bu Yahudiler, eşcinseller, siyahlar ve Çingenelere karşı, etnik denildi. Şimdi, yerine bina pixado rengi girin. Oluşturmak, hack, pixar, yaşama özgürlüğüne sonuna duyuran eski bir marka türü yıldızı. Hikayenin sonu.

Atenção. Atchung, mané.

 Se hoje os Judeus são aliados na gentrificação de Berlim, na época do Nazismo os Turcos eram aliados dos Alemães contra os Judeus.

Já dizia o Chacrinha:

Roda, roda e avisa…

*

Tradução –  duvidosa –  do Google

Definição de Gentrification by Wikipedia:

O enobrecimento urbano, ou gentrification, diz respeito à uma intervenção em espaços urbanos (com ou sem auxílio governamental), que provocam sua melhoria e consequente valorização imobiliária, com retirada de moradores tradicionais, que geralmente pertencem a classes sociais menos favorecidas, dos espaços urbanos. Acontece que o resultado, visualmente, é outro. Os bicho-grilos, riporongas sairam fácil. Agora, achar que a turcaiada vai dar mole, não vai, não, chucrute. Mas olha só a diferença.

“Os processos de gentrificação são criticados por alguns estudiosos do urbanismo e de planejamento urbano devido ao seu suposto caráter excludente e privatizador. Outros estudiosos, como o sociólogo Richard Sennett da Universidade Harvard, consideram demagógico o caráter das críticas, argumentando que problemas urbanos não se resolvem com benevolência para com as camadas mais pobres da população e, na sua opinião, só se resolvem com alternativas que reativem e recuperam a economia do local degradado.”

 

Moral do Lero de hoje aqui de Berlim.

Nem Cachoeira nem Lula. Em alemão, não é NEIN!!!

Nem Gilmar (só se for o goleiro campeão).

Nem Jobim (só se for o compositor).

Tchuss, Zé Ninguém.

Já não falei Tchuss?

Então?

Avie, menino!!!


My day, today, here in Berlin, was only to follow my   madame around the gay piece, since the days of Uncle Adolf, Hitler, at Shönemberg. And this post goes to the major of now Berlin, Klaus Wowereit, assumed gay. He says that this city is poor but very sexy. This is true. And very beautiful.

 O dia hoje cá em Berlim foi de apenas acompanhar madame no pedaço gay, desde os tempos do tio Adolfo, o Hitler, em Shönemberg. Este post é oferecido ao prefeito de Berlim de hoje, Klaus Wowereit, um gay assumido. Ele diz que esta cidade é pobre mas muito sexy. É verdade. E muito bonita.

 Mein Tag, heute, hier in Berlin, war nur zu meiner Frau um den Homosexuell Stück folgen, seit den Tagen von Onkel Adolf, Hitler, an Shönemberg. Und dieser Beitrag geht an den Bürgermeister von Berlin nun, Klaus Wowereit, angenommen Homosexuell. Er sagt, dass diese Stadt sehr arm, aber sexy ist. Dies ist wahr. Aber so schön.

Na condição de um mero simpatizante, segui dona Cleide, mudo, só olhando, primeiro o bar que o casal David-Igor frequentava nos anos 70, então bibas pobres (só tô repetindo). Quem? David Bowie e Iggy Pop, meu.

Depois, madame me conduz pela mão até a casa onde nasceu a diva deles todos deles e delas, porque o pedaço é de gays e lésbicas, muito bonitos por sinal (ih…). Ah. Falo da diva Marlene Dietrich. Que pernas … um anjo, inda que azul.

Marlene Dietrich está enterrrada aqui perto, túmulo florido, simples, mas a coisa mais liiinnnndaaaaa do Universo todo, neste pedaço dos gays em Berlim, quem já viu Cabaret? – coitados, foram quase exterminados, que nem os judeus e os ciganos, pelos nazistas. Sobreviveram. Os bandidos, não. Quer dizer, tem skinheads e neonazistas voltando lá das bandas de Pancow.

 Mas, continuando que acaba de passar por mim um casal germânico musculoso, madame que me aponta, e o que mais me chama atenção são, realmente, os bicipes da dupla, que, anoto, não combinam com a minúscula e chique bolsinha de presente comprado na butique ao lado. Mas, enfim, tudo bem, eles é que estão carregando. E o peso deve estar enoooooorme que resolvem parar para mais um cafezinho. E eu também…

Ah… só para fechar.

Madame me leva de novo pela mão até um bar, vamos lá que é o máximo, diz ela, e se chama Sorgenfrei, tudo dos anos 50, mobília, som ambiente, mesas de fórmica, caixas de som…

Peço de cara  um pedaço de torta daquelas quadriculadas, chocolate e marzipan, ein stuck nugatmarzipan, e engato uma conversa com o musculoso atendente, simpático, sim, bonito, adianta madame, e pergunto para ele, em inglês, o que significa, em alemão, o nome do bar, Sorgen, porque frei eu sei que é de graça, livre, à vontade, só falta então o tal de Sorgen. E a biba, bem sério, me olhando nos olhos:

– Polaco, sorgen é a mesma coisa que salame, salsicha, tá sabendo?

– Num tô não, corto o papo, como a torta, mais gostosa do muuuunnnnddooooooo, numa mesa muito da chiquerrézima, saca só as fotos, mané, e sem qualquer  comentário, tá?

 

And now, minha  madame, a dita florzinha, que me levou pela mão por este pedaço gay chique de Berlim,  dizendo tchuss=beijinhos (mas fazendo beicinho, em alemão).

–  Eu não! Nein!

– Florzinha!!!

Mais detalhes deste incrível bar em:

http://www.sorgenfrei-in-berlin.de/

 

Mais detalhes deste incrível bar em:

http://www.sorgenfrei-in-berlin.de/


Paris sempre abriu as pernas (parte dois)

 

O Samba de Orly de hoje vai para

Luiz Coutinho e Yara Selva.

Ontem, ici a Paris, eu falei dos belos
nazistas que encantaram as parisienses.

Usei o termo forte, mas real, de Paris
sempre abrindo as pernas.

Mas isto é verdade, há dois mil e tantos anos de história.

E a turma da moda, na frente …

Nunca foi queimada na fogueira que nem Joana, a Virgem.

 Ao contrário da minha musa, Marlene Dietrich.

Ela era alemã.  Encantou  as tropas.

A música Lili Marlene embalou todos os lados.

Mas quem não cantou Marylin Monroe?

Já o Wagner foi patrulhado porque  preferido do  Hitler.

E a madame Coco Chanel?

Tudo bem que a história é diferente.

 Ela se apaixonou por um belo oficial germânico.

 Segundo a minha madame Cleide,

 belo tanto com e, principalmente, sem uniforme.

Portanto,  repito aqui, porque lindo, o escrito

 pelo amigo Luiz Coutinho, no Facebook.

“Entre outras qualidades veramente admiráveis, meu amigo Eduardo Mamcasz é um iconoclasta que não tem meias palavras – ou vai ou racha. Ele está em Paris, de onde envia para seu blog não as amenidades turísticas que se poderia esperar, mas um olhar deliciosamente crítico sobre tudo e todos. Assim, sem pudor, Mamcasz informa que Paris sempre abriu as pernas para seus inimigos. Não poderia ser diferente com os nazistas. O curioso é que leio uma biografia de Madame Coco Chanel (“Dormindo com o Inimigo”, Hal Vaughan, Companhia das Letras) que informa, entre outros detalhes fascinantes, o caso dela com Hans Günther von Dincklage, espião nazista que foi enviado a Paris durante a Segunda Guerra Mundial. E mais, diz a biografia: Chanel odiava judeus e tornou-se colaboracionista de Hitler desde que resolveu comer o bonitão Dincklage (ele é o jovem no meio da foto, tirada em 1917). Tema: este momento tortuoso da vida de Madame Chanel pode ser perdoado tendo em vista a estelar profissional da moda em que se transformou? O talento vence a indignidade às vezes cometida pelas pessoas? É possível julgar alguém pelo que fez no seu passado, esquecendo-se do que deixou para o futuro? Acho que Yara Selva – que adora Chanel – poderia dar sua opinião. E Mamcasz poderia aproveitar a estadia em Paris para fotografar a Maison Chanel – pelo menos a fachada. Pode ser, Mamcasz?”

Mon ami L.A. Só teve um lero.

Estava eu na calçada oposta da loja da madame Coco Chanel.

31, Rue Cambon.

Entre o Jardin des Tulleries e a Place de Vendôme.

Passando pela Rue Saint Honoré.

Mais chique do que isso só o que me aconteceu, deveras.

Estava eu, como dito, na calçada oposta.

Eis que sai da loja uma das manequins
mais queridas de madame Chanel.

Faço o sinal típico de brasileiro encantado.

E não é que funcionou?

 Pelo menos, nesta primeira noite.

 Merci, monsieur Luiz Coutinho.

Neste samedi, na  Cité de la Mode e Design,

na beira do Sena, abaixo de Austerlitz, acontece o Salon Tmode.

Vou dar um pulo lá.

Quero voltar para casa com umas seis manequins.

Para casa em Brasília, uma Ilha, ainda?

Uma para cada dia da semana.

E a sétima?

Bom. Vou me sentir um Deus.

No sétimo dia, eu descanso.

Moral

Mil desculpas, caras  feministas.

Perco a amiga,  mas não perco a piada.