abril 2010



Bom, pessoas, tô voando rumo ao vulcão de Islândia, para o mês e pouco de férias em Berlim.

Com 51 euros compro o passe que me permite, dia e noite, andar de ônibus, bonde, metrô, barco e trem, o mês inteiro.

No ponto, mesmo isolado, tem lá o painel com o horário exato da próxima chegada.

Ao devolver a garrafa no mercado, ganho um vale que uso na hora, no caixa.

A bicicleta eu coloco num vagão adequado ou na frente do ônibus.

No passeio, não terei medo de ser assaltado e me misturarei a gente jovem e bonita.

Muitos parques onde, se quiser ficar pelado, pegarei meu sol de maio e, se alguém ficar me olhando, ele será acusado de estar invadindo minha privacidade, o que não acontece.

Mandarei meus posts de lá através do meu laptop conectado através dos muitos Wifi free que existem nas praças.

Auviederzen que irei ver o seguinte:

 


  50 anos de BSB. O skate faz parte dessa história.

 Saiu o número cinco do zine Dois Tempo, com tudo do skate no DF.

Editado pela ex-estagiária com olhos de camelo (defeito:flamenguista; sou fogo).

Este número continua lindo:

Capa: Rota 060 (Route 66).

Alguns enclaves:

  • A arte como caminho
  • Sarau radical
  • Pedras que batem
  • Fala Fubá!
  • Abastecendo de Picos
  • Meu rap é minha história

Por aí e muito mais.

Vale o acesso:

http://www.doistempomag.com/


Para ouvir clique aqui: http://www.podcast1.com.br/canal.php?codigo_canal=1618


EBC lança hotsite para comemorar aniversário de Brasília

A EBC – Empresa Brasil de Comunicação – lançou o hotsite Brasília 50 anos com uma programação especial para comemorar o aniversário da capital do país. Na página em destaque, o internauta tem acesso a todo o conteúdo produzido pelas Rádios Nacional, TV Brasil e Agência Brasil, que inclui áudios, vídeos, textos e fotos históricas, além de reportagens, matérias especiais, radiodocumentários, e a radionovela “Brasília no coração do Brasil”.

Confira a programação no endereço : www.ebc.com.br/brasília50anos

P.S.

From EBC Informa – Desculpe, pegou mal…


From PAULO JOSÉ CUNHA:

Clarice Lispector espantou-se com o visual que encontrou quando veio a Brasília pela primeira vez. E falou de uma Brasília artificial, por ter sido construída na linha do horizonte. Tão artificial como o homem quando foi criado. E acrescentava: “Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo”. Ela previa a chegada do homem de Brasília, um ser especial que habitaria a cidade especial. Clarice amava o que ela chamava de “a paz do nunca”, espalhada pela paisagem de Brasília. E o grande silêncio visual que se podia respirar na cidade.

 ” Aos 50 anos, já existe, sim, o homem de Brasília, previsto por Clarice, o homo cerratensis, de que falava o historiador Paulo Bertran. O homo brasiliensis, espécime nascido e criado nas superquadras, ou morador das satélites que circundam o Plano Piloto, traduz com facilidade os espaços e o cipoal de signos e siglas da cidade, que ainda confundem os mais antigos. Os nativos traduzem Brasília com a mesma facilidade com que um adolescente mexe num computador, para espanto dos que ainda não se conformam com a aposentadoria das máquinas de escrever.

 O brasiliense nascido aqui, que brincou debaixo do bloco, que subiu no foguete do Parque Ana Lídia, que atravessou o eixão, que escorregou na grama do Congresso, integrou-se à geometria da cidade planejada. Sente-se deslocado e estrangeiro é quando tem de enfrentar o caos das cidades tradicionais.

 Clarice espantou-se com o artificialismo e a exatidão. Já os nativos estranham que alguém não consiga traduzir os signos e as siglas. Para eles, espantoso é não circular com desenvoltura por dentro do vídeo-game gigante, da fazenda iluminada, do autorama em tamanho real, da arquitetura de possibilidades infinitas, com a mesma desenvoltura com que navegam por entre os sites, links, blogs, spams e pop-ups da internet. Cada vez mais, o espanto com a radicalidade estética da cidade vai ficando distante de quem vive aqui.

 Sim, já nasceu o homem de Brasília. O alegre filho de uma cidade tão exata e precisa que uma certa Clarice Lispector chegou a dizer um dia que ela tinha espaço calculado até… para as nuvens. ”

https://mamcasz.wordpress.com/2010/04/04/faltam-cavalos-em-brasilia-sobram-burros/


 

Autor: Eduardo Mamcasz

Vinheta Abertura Trocando em Miúdo

BSB BG 1

Brasília, 21 de abril de 2010. 50 anos de idade. Mas quem é esta senhora?

Patrimônio mundial. Capital de todos nós, brasileiras e brasileiros.

BSB BG 2

(Música: primeira terra virgem desbravada, a mais esplendorosa alvorada).

Que mais?

Brasília tem a maior renda por cabeça do Brasil. Média de 37 mil reais por mês. Palavra do novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso:

BG ROSSO 2

(Bastante superior à média nacional pelo perfil do seu morador, pelo perfil do servidor público, pelo perfil do profissional liberal que aqui vive).

Brasília tem ainda o maior IDH do país. Calculado pela ONU, vai de zero a um. Quanto maior, melhor a qualidade de vida. O nosso é zero virgula 87.

 BG ROSSO 3

(Em função de tudo o que foi construído desde a época de Juscelino, transformando Brasília realmente numa referência nacional).

Não é a toa que na pequena Brasília, mais de mil barcos passeiam pelo Lago do Paranoá e as pessoas têm 19 mil lojas onde gastar. Brasília é uma ilha, uma maravilha, certo? Mais ou menos.

 BG 5

(Música Alceu Valença:qual é o seu nome, me chamo Brasília …)

Contra o bom IDH, Brasília tem o mau Índice de Gini, que mede a distância que existe entre pobres e ricos. Distância que, nos últimos dez anos, só fez expulsar muita gente aqui de Brasília.

 BG ROSSO 4

(Mais de 40 por cento da população que aqui vivia estão morando aonde? Exatamente nesses municípios do entorno do Distrito Federal, tanto do estado de Goiás quanto do estado de Minas Gerais)

 BSB BG 6

 (Música: se teu amor foi de hipocrisia, adeus Brasília vou morrer de saudades).

 Então, para completar esta festa dos 50 anos de Brasília, está faltando o que? Simples. Dividir melhor a renda, que chega aos 40 salários por mês, no Lago Sul, com a massa que trabalha aqui, durante o dia, e que de noite pega o caminho de volta para casa.

 BSB BG 1

Ainda assim, que viva Brasília. 50 anos de idade.

Uma senhora cidade.

 BSB BG FINAL

 (Música-Hino: Brasília capital da esperança).

 VINHETA ENCERRAMENTO (É da sua conta!)

Para ouvir bunitinho clique abaixo:

 http://www.podcast1.com.br/canal.php?codigo_canal=1618


A Rádio Nacional de Brasília recebe no dia 21 de abril, no Museu da República, a Insígnia da Ordem do Mérito Brasília.

 A homenagem foi proposta pelo Conselho da Ordem ao Governo do Distrito Federal.

Na cerimônia, 50 insígnias serão entregues para marcar o cinquentenário da cidade.

 A Rádio Nacional é a única instituição homenageada por Brasília, em particular.

 

 

Enquanto isto, no dia 24 de abril, sábado, o estúdio da Rádio Nacional de Brasília estará montado em praça pública, na Ceilândia, outra vez, para a transmissão da final da Liga de Basquete de Rua – bem como as apresentações e show de Hip Hop  …  Distância entre as duas: 50 km. Ou mais. Depende do ponto de vista:

 




                         Hoje, é o Dia Mundial da Voz.

                        E voz é uma coisa que fica guardada para sempre, mesmo que entalada na garganta. Ou libertada no ar que nem a do negro Luther King clamando que teve um sonho. Ou a do astronauta chegando à lua. Ou a do Getúlio Vargas pensando em se matar.

                     Não importa se a voz foi solta em 1908 ou em 2036. Mesmo que de fantasma, voz  é voz. Posso ouvir, por exemplo,  bem clara, até hoje, a voz do presidente bossa-nova, o Juscelino Kubitschek de Oliveira, o nosso JK, inaugurando Brasília no dia 21 de abril de 1960.

                     Duvidas?

                     Clique abaixo no esquete preparado pela turma do Radiojornalismo da EBC, Lucio Haeser à frente, (sonoplastia de Messias Melo e locução de José Carlos Andrade) no História Hoje, e escute as vozes do além e do aquém:

<iframe style=”margin: 0px;” src=”http://www.podcast1.com.br/ePlayer.php?arquivo=http://www.podcast1.com.br/canais/canal1618/16-04-10_-_Historia_Hoje_-_Dia_Mundial_da_Voz.mp3” frameborder=”0″ width=”450px” height=”60px” scrolling=”no”></iframe>

 

 


                      

Programação à altura dos 50 anos de Brasília está na  TV Brasil-EBC:

http://www.tvbrasil.org.br/saladeimprensa/noticia_489.asp


A Rádio Nacional e os 50 anos com Brasília (15)

CONVITE:

A Rádio Nacional convida a todos para mais uma comemoração pelos 50 anos de Brasília, ainda que neste clima fúnebre.

Neste domingo, das 10  às 12 horas, no Jardim Zoológico, será apresentado ao vivo o programa:

OS RADIONAUTAS – RADIALISTAS DO FUTURO.

O programa é uma parceira da EBC com uma humilde ONG de Samambaia (cidade-satélite do Distrito Federal na divisa com o  Goiás).

O Zoológico e a Rádio Nacional já fizeram várias apresentações conjuntas, noutras fases, em datas festivas mais animadas.

Os dois acima, na foto de estúdio, são os apresentadores originais de Os Radionautas, onde estão desde o começo até o fim.

Isto mesmo, porque, infelizmente, ao contrário da outra ONG, mais potente nos contatos, este vai ser o último programa Os Radionautas na Rádio Nacional.

Isto embora, nos planos da EBN, determinados pelo Conselho Curador, esteja a abertura de programas de rádio na área juvenil desprotegida.

De qualquer forma, fica o registro dos dois vencedores acima:

Naiana Martins, à direita, está no terceiro semestre de Jornalismo na Faculdade JK.

Lennon Noleto, à esquerda,  foi um dos 19 estudantes que passaram no vestibular de Filosofia na UNB.

Mesmo assim, eles estão fazendo, aqui na Rádio Nacional, o mesmo que o JK, na foto,  ou seja, dando adeus e se mudando de Brasília.

Para saber mais dos “saídos” Radionautas do Futuro, clique abaixo:

https://mamcasz.wordpress.com/2010/03/30/os-radionautas-do-passado-no-pais-sem-futuro/


                      Antes de postar sobre o porquê da CUFA-DF, que tem sede num endereço chique no   Plano Piloto, e um bom convênio com a EBC, estar comemorando agora, junto com a Rádio Nacional, os 50 anos de Brasília na distante Cidade Satélite da Ceilândia …

                       Permita-me repassar a carta de demissão da EBC de uma pessoa por quem sempre tive um xodó, apesar dela ser daquelas concursadas há coisa de uns cinco anos mas que não agia como se cá estivessem há cinqüenta anos …

                         Bom. A Danielle Pereira criou coragem, alçou vôo, botou no áudio o CD de   Janis Joplin (apesar da tenra idade, não falei?) e foi à luta para não  virar mais um dos muitos fantasmas que por cá vicejam:

Prezados chefes,

Venho por meio desta solicitar o meu desligamento da empresa.

Tal pedido não é fácil para mim.  Acreditava em sua missão e em seu ideal de jornalismo público e cidadão. Queria e consegui, por algum tempo e a duras penas, desempenhar minha função social, primando pela democratização da informação de forma ética, consciente e plena.

Com muito pesar, vi todo este potencial de jornalismo público e cidadão (que sempre permeou a empresa) ser gradativamente menosprezado pelas gestões das quais fiz parte, ainda que de maneira maquiada.”

A íntegra:

http://danielleapereira.wordpress.com/2010/03/23/bye-bye-baby-e-os-motivos-pelos-quais-pedi-demissao-da-ebc/


Hoje, mas em 1930, dia 14 de abril, portanto, 80 anos passados, comemoro um cara que se matou com um tiro  no peito.

Além de poeta das massas proletárias, eu o prezo porque no meu sobrenome materno por pouco dele não nasço irmão.

 Culpa de um “i” a mais, para ele, (Maiakowsky), ou a menos para mim, (Makowsky).

 Justo o grande  “ i ” que me atrai porque dele, abstraído o ponto acima e depois esticadas as pontas, consigo a linha do horizonte.

 Já pensaste neste milagre da natureza das letras?

Tem mais.

Sempre admirei nele a decisão de se matar pois este é um direito que da gente, por arbítrio, nem Deus tem o direito de nos negar.

Acontece o seguinte.

Noutro dia, soube que o Maiakowsky pode não ter se matado mas simplesmente ter sido morto pelos companheiros da KGB russa.

Uma decepção, né?

Pois em homenagem à morte de Maiakowsky segue um verso dele no grande poema “A Nuvem de Calças”:

Vosso pensamento

Sonhado por cérebros amolecidos

Obesos como lacaios

Estirados em divãs sebosos

Vou fustigar

Com os farrapos sangrentos do meu coração

Mordaz e atrevido

Até fartar-me …


Convite:

 Sábado, dia 17, às 21horas, Show da Rádio Nacional em comemoração aos 50 anos de Brasília.   O show será um encontro de gerações. Uma festa reunindo artistas pioneiros e da nova geração da música de Brasília e as equipes de comunicadores das rádios Nacional AM e Nacional FM.  

Algumas presenças confirmadas: Clodo, Sheilami, Myrlla Muniz, Toque de Salto, Salomão di Pádua, Carlinhos Piauí, Viera, Nilson Lima, Fernando Lopes, Renata Jambeiro, Reggae a Semente, Renato Mattos ( um telefone é muito pouco pra quem ama como um louco e mora no Plano Piloto) e Nicolas Behr (SQS ou SOS? eis a questão).

Adress:

Teatro Newton Rossi do SESC –  Ceilânda – Cidade Satélite – Distrito Federal (situada a 50 Km de Brasília).

Mais:

 No último sábado deste mês, 24 de abril, acontece na Ceilândia o final da Liga de Basquete de Rua, promoção da Central Única de Favelas do Distrito Federal (CUFA-DF):

 http://www.cufadf.org/

A cidade de Ceilândia, que não é município,  foi inaugurada em 27 de março de 1971, e hoje tem quase meio milhão de habitantes.

Segundo a página da administração da cidade,  o nome Ceilândia foi  inspirado na sigla CEI (Companhia da Erradicação de Invasões) e na palavra de origem norte-americana “landia”, que significa cidade (o sufixo inglês estava na moda).

Para conhecer mais sobre Ceilândia, que não é Brasília, acesse:

http://www.ceilandia.df.gov.br/

Por que Ceilândia e não Brasília?

Nome do Projeto: Programa de Rádio Ação Periferia (Nacional AM)
Site: http://www.stickam.com/acaoperiferia

Produzido pela CUFA DF em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação, é o primeiro programa de música black e mobilização social veiculado em rede nacional.
 O Ação Periferia divulga os talentos das comunidades. É um espaço para mostra de misturas musicais, diversidade cultural dos estados e novos talentos.

Ouça ao vivo pela Rádio Nacional Brasília na frequência 980KHZ AM aos sábados das 12hs às 13hs ou no site  http://www.radiobras.gov.br  

No www.stickam.com/acaoperiferia é possível escutar todas as edições já veiculadas.

Moçada boa.

Central Única das Favelas do Distrito Federal (FUCA-DF).
 Você tem interesse em divulgar algo então envie email acaoperiferia@gmail.com .
 
Parceiro: EBC – Empresa Brasileira de Comunicação.

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