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 Foi só eu pensar neste Natal (Joyeux Noël) em Paris, por conta da premente necessidade de recuperação das horas paradas na frente do pensamento, eis que recomeço a receber mensagens do além oceano Atlântico:

 –  Bonjour monsieur Mamcasz.

–  Bom dia!

– Je suis Alexandre, votre chauffeur a Paris, qui remplace Jean-Paul. Enchanté de faire votre connaissance.

 Se não fora pelos camembert,  beaujolais e baguetes, tem ainda o jeito carismático do falar. Eu estou encantado de poder vos conhecer. De faire votre connaissance. Eis um dos muitos motivos que me levam a passar  outro Noël de novo em Paris, mon amour. E a forma como se despedem no escrito:

 – A très bientôt. Bien cordialement, viste, meu rei?

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 Pelo citado, referência merecida ao Monsieur Jean-Paul. Nosso chauffeur antigo em Paris. Na primeira vez, levei a ele o Cd Duplo 100 anos de Frevo no Brésil. Noutra vez, um CD do Borguetinho.  E chega a resposta, depois da apresentação do novo motorista porque ele, Jean-Paul agora está aposentando: “Une autre vie commence pour moi et mon épouse… maintenant cést le repos, les voyages, la détente.” E me devolve o amigo parisiense anos já passados:

 Je ne vous oublie pas, j’ai beaucoup aimé votre gentillesse, votre contact humain, j’écoute souvent les CDs de musique traditionelle brésiliene que vous mávez offert. Je vous remercie pour votre grande amabilité.

 – Qué isso, mon cheri amigo Jean Paul. Se estiver em Paris, vamos tomar aquele vinho juntos. Eu, vous, votre épouse e, bien sûr, notre Madame.

 – Bien cordialement mesmo…

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Onde ficarei, pardon, ficaremos, moi e Madame, neste Natal, em Paris? Uma única exigência. Perto da Rue Daguerre por conta da passage de pedestres, da loja de vinhos, do ponto dos frutos do mar, da bagueterie na porta de casa, do pequeno mercado, do fromage. Ah. Em cima de uma estação de metrô, aliás, uma das 380 que existem a partir de 1.900. A casa de sempre não está mais à disposição alheia. Portanto, a mais próxima aparece pelo Airbnb. Um dia antes da ida:

– Vous arrivez demain, mon petit Manzinho! J’imagine que vous avez deja l’adresse et ma….

E Madame France, a dona, com minha ficha em Praga e Buenos Aires, também replica:

 – Bonjour.

– Bom dia, madame. Na saída, posso ficar até seis da tarde, por causa do avião?

– Monsieur Mamcasz.

– Sou eu.

– Je vous fais confiance et pas de check out. Vous n’ aurez qu’à laisser les clefs dans l’appartement et claquer la porte em partant. Je ne serai em France à partir du 27.

– Pour moi, tudo bem, Madames.

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Pois então. Tem vários lados esta moeda. Primo pela confiança. Mútua. Depois, pela dó que dá em fechar a porta em despedida. Um bilhetinho e uma lembrança, do Brasil, em cima da mesa. A casa mais limpa de quando chegamos. Foi isto que escreveu depois a menina hospedeira em Praga.

E, finalmente, a saudades que dá, a caminho do Charles de Gaule, com o mesmo chauffeur. A lembrança dos códigos que abrem a porta da rua, do jardim e do prédio. O número do telefone. O código de acesso à Internet. Banda larga de verdade. Ah. E o de antes, quer dizer, de agora, porque estou no quase saindo daqui para Paris. 

 – Alguma coisa aqui do Brasil, fique à vontade.

 A resposta de Madame France, um bijous:

 – Je veux bien que vous nous apportiez du soleil et un peu de chaleur!

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 Por sinal, no áudio agora me encanta Monsieur Rufus Wainwright, em Complainte de la Butte, cantando isso:

– Petite mendigotte… Je sens ta menotte… Qui cherche ma main

Só falta o discípulo de Leonard Cohen me dizer:

– Bon voyage, Monsieur Mamcasz et Madame aussi.

http://musica.com.br/artistas/rufus-wainwright/m/complainte-de-la-butte-2/letra.html

https://clubedeautores.com.br/book/156311–BIOGRAFIA_DE_UMA_GREVE#.UrRCx_RDtuo

 

 


With the arrival of harsh winter in Paris, the French government put into effect a law that prevents eviction until March 15. It is not to increase the population sleeping on the streets, which today can reach 150 thousand. This is the most cruel face of the Euro Crisis. Learn more.

Governo proíbe despejo em Paris até 15 de março

Com a chegada do inverno rigoroso em Paris, o governo francês põe em vigor a lei que impede despejo até 15 de março. É para não aumentar a população que dorme nas ruas, que hoje pode chegar a 150 mil. Esta é a face mais cruel da Crise do Euro. Saiba mais.

Le gouvernement interdit l’expulsion à Paris jusqu’au 15 Mars

Avec l’arrivée du rude hiver à Paris, le gouvernement français a mis en vigueur une loi qui empêche l’expulsion jusqu’à ce que Mars 15. Il ne s’agit pas d’augmenter la population de dormir dans les rues, qui, aujourd’hui, peuvent atteindre 150 000. C’est le visage le plus cruel de la crise de l’euro. En savoir plus.

Para ouvir, clique abaixo:

http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/galeria/audios/2012/11/governo-frances-proibe-despejo-ate-15-de-marco

 

 Script Completo

Quem não paga aluguel em dia não pode ser despejado até o dia 15 de março do ano que vem. É o que manda a nova lei e vale desde o dia primeiro deste mês de novembro. Tudo por causa da crise financeira que atinge principalmente as camadas mais pobres da população. Mas atenção. Isto vale só para quem mora na chique Paris. Não é aqui para nosso pobre Brasil. Então, vamos nessa?

 …

 Pois esta é a primeira notícia que eu trago dos quinze dias que acabo de passar em Paris, a cidade mais cara da Europa. É a crise do euro. A gente está acostumado a receber as notícias da macroeconomia, das medidas tomadas pelo Banco Central Europeu, da recompra de títulos públicos desvalorizados, da queda dos índices das Bolsas de Valores e tal. Mas ninguém é da verdade do povo, do aumento das famílias, principalmente monoparentais, ou seja, formadas apenas pela mãe e filhos, que dormem nas ruas em Paris. E agora começa o inverno, com madrugadas chuvosas e a temperatura abaixo de zero. E como é que fica este pessoal que vive nas ruas?

 …

 A lei que impede, desde o dia primeiro, o despejo de famílias que não estão conseguindo pagar o aluguel em dia, em Paris, é chamada de Trêve Hivernale, ou seja, Inverno das Trevas. É uma das maneiras achadas pelo governo francês para evitar que aumente o número de famílias dormindo nas ruas. Até porque 118 mil famílias, desde o começo do ano, em Paris, foram despejadas. A maioria faz parte da população de 150 mil pessoas que dormem nas ruas da capital francesa. Acontece que, numa operação de emergência, por causa do inverno rigoroso que está começando, o governo de Paris arrumou 19 mil novas vagas, pagas por ele, em hotéis baratos da perifieria ou em albergues, alguns improvisados. Com estas novas vagas, o total chega hoje a 83.000. Só tem o seguinte. A necessidade é de 150 mil. Dois mais dois, 67 mil pessoas continuam dormindo nas ruas em Paris. Palavra do Samu francês e também da Federação Nacional das Associações de Recolhimento e Reinserção Social da França.

E só para terminar a prosa indigesta de hoje porque amanhã tem mais, trazida diretamente de Paris. E por que isto acontece na cidade mais chique do mundo? Simples. A crise do euro. O desemprego. A queda da renda. Principalmente dos emigrantes dos países em pior situação, como a Grécia, Espanha e Portugal, que imigraram em Paris, que está na fase de contenção de despesas públicas.

Então, tá

 

Inté e Axé.


Crisis of the Euro devalues ​​alms in Paris

It is common here in Paris any beggar come to us and ask “piéces deux”, ie two euros, which is more than five Reias. The normal is you give the two pieces of euro or move on. Ça va. You well. But now the crisis of the Euro is getting ugly. And winter is coming mad. Rain and temperatures below freezing. For those sleeping on the street, called SDF, has ever seen, right? It has to appeal to the discount. This same. It’s true. The beggar sleeping on the street so pretty, beautiful, magnificent Paris, is now putting the photo. SOLDES. Scratching puts 2 and 1 Euro. Discount Alms. It is the strongest manifestation of Capitalism Wild. Vale headline in free newspaper distributed on buses and subways: LES DE DF CHANGENT visage. The Homeless They change the landscape of Paris.

 Crise do Euro desvaloriza esmola em Paris

É comum aqui em Paris qualquer mendigo chegar para a gente e pedir “deux piéces”, ou seja, dois euros, que dá mais do que cinco reias. O normal é você dar as duas peças de euro ou seguir em frente. Ça va. Tu bem. Mas agora a Crise do Euro está pegando feio. E tem o inverno chegando brabo. Chuva e temperatura abaixo de zero. Para quem dorme na rua, o chamado SDF, já viu, né? Tem que apelar para o desconto. Isto mesmo. É verdade. O mendigo que dorme na rua da tão linda, bela, magnfíca Paris, agora está colocando na foto. SOLDES. Risca o 2 e coloca 1 Euro. Desconto na Esmola. É a mais forte manifestação do Capitalismo Selvagem. Vale manchete no jornal gratuito distribuído nos ônibus e metrô: LES DF CHANGENT DE VISAGEM. Os Sem-Teto Mudam a Paisagem de Paris.

Crise de l’euro dévalue l’aumône à Paris

Il est commun ici à Paris un mendiant venu à nous et demander “Deux Pieces”, soit deux euros, soit plus de cinq Reias. La normale est de vous donner les deux pièces de l’euro ou de progresser. Ça va. Vous aussi. Mais aujourd’hui, la crise de l’Euro devient laid. Et l’hiver est à venir fou. La pluie et les températures en dessous de zéro. Pour ceux qui dorment dans la rue, appelée SDF, n’a jamais vu, non? Il doit faire appel à l’escompte. Ce même. C’est vrai. Le mendiant dormait dans la rue si joli, beau, magnifique Paris, est en train de mettre la photo. SOLDES. Gratter met 2 et 1 Euro. L’aumône d’actualisation. Il s’agit de la plus forte manifestation du capitalisme sauvage. Vale titre dans le journal gratuit distribué dans les bus et les métros: LES DE DF visage Changent. Les sans-abri Ils changent le paysage de Paris.

Mais uma para os mendigos Sem-Teto da Crise do Euro aqui em Paris. A partir deste 01 novembro e até 15 de março está proibido a retirada de qualquer pessoa que esteja com o aluguel em atraso. O despejo. É a lei do Trêve Hivernale. O Inverno do Cão. A ministra da Habitação da França já garantiu que 19 mil novos lugares serão garantidos para os Sem-Teto. Hotéis baratos na periferia, albergues e tal. Com os outros já existentes, serão 82.890, só em Paris. Beleza. Que nada. A necessidade atual é de 150 mil lugares para os Sem-Teto.

Então, ao lado do Liberté-Fraternité-Equalité, está de volta a camiseta socialista com “Un toit c’est un droit”, ou seja, uma teto é um direito de qualquer um, seja ele presidente socialista ou mendigo capitalista. Ou então, partir logo para uma Revolução Francesa para espantar este Trêve Hivernale que está começando em Paris. Mas pelo que se vê nas ruas, o povo aqui é igual ao daí, mendigo sossegado, e até me faz lembrar a música cantada pelo Zé Ramalho:

– Ê, ê, vida de gado, povo marcado … povo feliz!!!

 Levantamento do SAMU social de Paris garante que o número de Sem-Teto neste Inverno do Cão em Paris aumentou muito por causa da Crise do Euro mais forte em países como a Grécia, Espanha, Portugal e outros que migraram para o sonho de Paris, onde a taxa de desemprego subiu para 11,7 por cento. Pelo levantamento, muitos dos mendigos-desempregados-desalojados-SDF de Paris são famílias monoparentais, ou seja, mulheres e filhos dormindo na rua. Como diria o poeta filósofo polaco, está na hora de chamar a Madame Guilhotina de volta.

http://www.directmatin.fr/france/2012-11-01/treve-hivernale-suspension-des-expulsions-199069


The Crisis of the Euro is in the Eye of the Poor

       First sign of the Euro Crisis here in Paris. Increased the number of beggars. Beggars. Les Misérables by Victor Hugo are back. The whole. And now ask for the most expensive of nerve, deux pièces, monsieur, or two euros, gives five dollars. I answer that this is what they live for day, 17 million Brazilians miserable, sorry, those living in miserable condition, below the extreme poverty line, it is best to read it?

 La crise de l’euro est dans l’oeil du pauvre

      Premier signe de la crise de l’euro, ici à Paris. Augmentation du nombre de mendiants. Mendiants. Les Misérables de Victor Hugo sont de retour. L’ensemble. Et maintenant demander le plus cher de nerf, Deux pièces, monsieur, ou de deux euros, donne cinq dollars. Je réponds que c’est ce qu’ils vivent pour le jour, 17 millions de Brésiliens misérable, désolé, ceux qui vivent dans des conditions misérables, en dessous du seuil d’extrême pauvreté, il est préférable de le lire?

     Primeiro sinal da Crise do Euro aqui em Paris. Aumentou o número de mendigos. Pedintes. Os miseráveis de Vitor Hugo estão de volta. A toda. E agora pedem, na maior cara-de-pau, deux pièces, monsieur, ou seja, dois euros, dá cinco reais. Respondo que é com isso que vivem, por dia, os 17 milhões de miseráveis brasileiros, desculpe, os que vivem na condição de miserabilidade, abaixo da linha da pobreza extrema, fica melhor ler assim?

     Mas cadê a Crise do Euro se os restaurantes estão cheios? Pois é, mané, é tudo igual no mundo todo. Inclusive a reação. O jornal satírico francês Sinemensuel (o jornal que faz mal mas tudo bem) traz a seguinte charge. Três milhões de desempregados. E o porco capitalista aconselhando: Tem mais é que esterelizar todo mundo. Senão, isto não acaba nunca. Bem nazista.

      Tem mais Crise do Euro que não aparece no noticiário internacional copiado da CNN ou das oficialescas TV France, BBC ou DeutchWelle. É o seguinte. É só pegar os anúncios dos jornais distribuídos de graça nos pontos de ônibus e de metrô. Entre eles o Metro, Direct Matin, Connexions e outros. Dê um pulo nos anúncios. Em várias páginas, tem este sintoma mais forte da Crise do Euro no olho do Zé Ninguém, o  Zé Povinho, que só fede e não cheira.

     Pois preste atenção a quantas anda o termômetro da atual crise dita financeira na grande Europa. Anúncios e mais anúncios de compra de ouro nas mais diversas formas: bijoux, lingotes, ou até mesmo, sinta só a crise, DENTES, isto mesmo, meu, pièces dentaires. Ainda avisam que a retirada do dente é de graça. Juro!!!

Ici photo crise ouro

    Outro ponto grave da Crise do Euro que a gente sente mais  ardido no olho do povo aqui em Paris. Virou comum se encontrar nos bares um novo cartaz avisando o famoso Fiado nem para Viado, quer dizer, esta casa não aceita mais qualquer tipo de cheque. Isto porque estamos de saco cheio de tanto cheque borrachudo, ou seja, nombreux impayéis. Merci pela compreensão, etecétera e tal, mas vá comer noutro quintal. Mais ou menos isso.

Zé Povinho, caricature of a Portuguese working...

Zé Povinho, caricature of a Portuguese working class man of the 19th century (Photo credit: Wikipedia)

    Mais uma e fecho este post da Crise do Euro, diferente da Crise do Braziu, onde os pobres estao um cadinho melhor, mesmo que à custa da esmola oficial. Aqui em Paris, está diferente. Os ricos, bom, continuam iguais. Já os pobres, estão indo para as ruas, não para protestar, mas para dormir debaixo das marquizes , pedir esmola, não fazer nada, deixar a vida se esvair numa região dita de países muito desenvolvidos.

   Outro detalhe inmportante nos classificados dos jornalecos que os pobres costumam ler, porque de graça. O que tem de anúncio de pretos-negros-africanos se dizendo de marabous, ou seja, mágicos, feiticeiros, adivinhadores, enroladores, prometendo mudar a tua vida já no segundo encontro, está por demais. Tipo: Monsieur Karamba Grand Marabou. Consiga de volta a riqueza perdida, o emprego, o trabalho sumido, qualquer problema financeiro, mesmo que grave, eu resolvo. Monsieur Ibrahim Medium: résultats suprenants em 3 jours. E por aí vai a Crise do Euro.

     Mais uma Crise do Euro no Olho do Povo. Nunca antes havia visto isto neste país. Hoje é comum nos cartazes de video nos ônibus e nos metrôs o aviso mandando a gente, e não a polícia, que mania mais feia de nós latrinos, ops, ladinos, ops, LATINOS. Atention aux pickpocket. Se parle. Pique-Poquê. Trombadinha. No alto auto-falante, a autoridade manda a gente ficar de olho no bolso e na bolsa. E nas estações tipo Copacabana, cheia de turistas, o aviso é multilingual. Até português e japonês e outras que parece a minha, polaco.


Gente. Compartilhe urgente isso.

 Estou comemorando meus 30 anos de casamento com minha Flor do Agreste e a AIR FRANCE me apronta essa. Coloca a gente viajando separado. Depois de tudo acertado, desde janeiro. Sacanagem. Salvem a viagem do polaco. 

People. Share this urgently.
I’m celebrating my 30 years of marriage with my flower. And  AIR FRANCE puts we couple traveling separately. After all settled since January. Slutty. Save our lovely trip.  

Personne. Partager cette urgence.
Je célèbre mes 30 ans de mariage avec ma fleur e l’Air France   met nous amoureuses personnes en voyagent séparément. Après tout réglé depuis Janvier. Salope. Sauve notre voyage. Ah. Merci, tá ?

Personne.
Je meurs d’envie de prendre une pause ce pays qui est le nôtre Brèsil Tupiniquim. Latino comme l’Air France de le sicilienne Sarkozy. Je utilise  l’Air France depuis dans des siècles. J’ai fait jusqu’à la fin de la Concorde, Sénégal-Rio. La plus belle andouilette de le ciel.

Je utilise l’Air France quand elle, madame,  a eu une menace de bombe,  Septembre 11, New York.
Je utilise  l’Air France quand elle a eu une grève générale. Beaucoup de fois, bien sur, né mané ?

Dans l’autre occasion, l’attention, dans um petit  peu de temps après cette goutte d’étrange, il y a   de  l’avion d’Air France, plein de brésiliens, de le ciel au fond de l’ocean Atlantique, question non résolue jusque  aujourd’hui.

Eh bien, maintenant, enfin, 2012, May, dans ma voyage de 30 ans de mariage, l’ Air France prêt à moi-même pour une entreprise, par exemple, de Tiers-Monde.

J’ai acheté tous sur l’Internet, comme le font plus de dix ans. J’ai paié religieusement. Dans les jours. Sièges acceptée. Les demandes spéciales, non pas créé, mais a offert.

Et maintenant, la déception à peu près certain d’un voyage qui est sur le point de commencer: Brasilia-Sao PauloParis-Berlin.
Laissons les faits, messieurs du jury.

Un moment, si vous plait parce quoi je vaudrai parlez un peu de bresilien, tá bem ?

Gente.

Tô doido para dar um tempo deste país nosso Brasil tupiniquim. Latino que nem a Air France do siciliano Sarkozy.

 Uso a Air France faz um tempão. Já fiz até o falecido Concorde, Senegal-Rio. Usei quando teve ameaça de bomba, pós 11 Setembro, New York.

 Usei quando teve greve quase que geral.

 Usei, preste atenção, logo depois daquela queda estranha, no fundo do oceano, do avião da Air France, Rio-Paris, cheio de brasileiros, assunto não resolvido até hoje.

Usei desde os tempos da falecida Varig quando a Air France também usava talheres de verdade.

 Pois agora, finalmente, na viagem de 30 anos de casamento, bodas de que mesmo, a Air France me apronta uma de empresa,digamos, Terceiro Mundo.

Comprei tudo pela Internet, como faço há mais de dez anos. Pago religiosamente. Em dia. Assentos aceitos. Pedidos especiais, não feitos, mas oferecidos. E agora, a quase certa decepção de uma viagem que está para começar: Brasília-São Paulo-Paris-Berlim.

Vamos aos fatos, senhores jurados.

1 – Comment a été réglé tout:
1 – Como estava tudo acertado:

2 – Agora, como chegou no email final confirmando a viagem:

2 – Au maintenant, comment le dernier courriel de confirmation de votre voyage:

3- Au maintenant sur Facebook, la réponse. Je veux dire, mon premier stage.

3 -Agora, no Facebook, a resposta. Quer dizer, primeiro a minha colocação .

04 – Au maintenant, oui, ufa, l’équipe d’intervention d’Air France sur Facebook.        

04 – Agora, sim, merde, com direito a muxoxo, bem francês, a resposta do time Air France do Facebook.

Moral.

Est-ce que la confusion sur le plan de masse sur le terrain, toujours avec lui, je veux dire, ma femme et moi là-haut, de 11 heures de voyage, seul le tronçon SP-Paris?
Priez pour nous. Et aussi par Air France

Será que esta confusão em terra, avião no solo, continua com ele, quer dizer, eu e minha mulher, lá em cima, 11 horas de viagem, só no trecho SP-Paris?

Orai por nós. E também pela Air France.

Amem.

A bem da verdade e pela justiça do fato acabo de conseguir, nesta manhã de terça, 17-04-12, pelo fone final 9955, da Air France, voltar ao assento original. Já a volta, que estava OK, mudou um e ficou o outro, que passou a ser restrito. Nem o atendende resolve. Mas primeiro vamos embarcar. Aliás, o atendente LEONARDO foi muito competente no atendimento. Au revoir, então.

 

Verdade seja dita.

Paris sempre abriu as pernas.

Desde os tempos da virgem santa rainha Genevieve.

Aliás, a padroeira da cidade.

Confirmo o que a turma do general Vichy fez.

À primeira entrada das tropas nazistas, pronto.

Os cabarés todos abertos, as belas damas de prontidão.

E Paris se tornou alemã.

Mas antes de cá  vir, pela undécima vez, li este livro.

É de March Bloch: A Estranha Derrota.

Fala disso mesmo.

Paris sempre abre as pernas para o inimigo.

Por isso fui conferir a foto acima, na Place Blache.

Fica na parte baixa de Montmartre.

Lá ainda chama a atenção  a zona do Moulin Rouge.

E a do Museu do Erotismo.

Onde  santas mineiras brasileiras são pegas falando cada coisa…

Mas o resultado da praça nazista aí está, hoje:

Mas vou fazer justiça.

Enquanto Paris abria a perna para os nazistas,

aliás, nos reluzentes uniformes, criados por Hugo Boss,

havia os partizans, verdadeiros guerrilheiros.

E os 70 mil judeus franceses entregues de bandeja.

Foram direto para os fornos crematórios na Polônia.

Mas  havia um general, chamado De Gaulle.

Narigudo, altão, disse que o Brasil não é um país sério.

Na verdade, ele lutou contra os nazistas.

Voltou triunfante, virou presidente, e morreu lascado.

Perdeu a vez para os políticos profissionais.

Entre eles, François Mitterand.

 No final da vida, com câncer, Mitterand confessou:

– Eu (ele) também abri as pernas para os nazistas.

Hoje, só resta a  placa, na Place Vendôme.

Onde fica o Ministério da Justiça.

E as grifes mais caras de todo o mundo.

Falando nisso, a placa do De Gaulle está escondida.

Tem um vaso de planta, colocado na frete

Por quem?

Pelo pessoal da loja do mesmo Hugo Boss.

Juro!!!!

 


E não é que a internet cá no apartamento em Paris pifou?

 Parece terra de índio, sô.

Chamo o técnico, demora.

Chega reclamando. É tudo merde…

 Para mim, aussi, monsieur.

 Mexe, fuma um cigarrinho mexe, merde!

Mexe mais um pouquinho, merde, mexe mais.

Depois de um monte de merde, não aguentei mais.

Escuta aqui, ô monsieur de merda.

 Merde por merde, deixa eu mexer também.

 – Mais je suis l`especialiste!!!

Especialista o cacete, merde monsieur.

Daí ofereci um cigarrinho brasileiro tipo paraguaio.

Mais um copo de Beaujaulais tinto.

Daí começamos a mexer juntos, merde para cá, merde para lá.

 E não é que a coisa  de repente funcionou? Era apenas um fio, juro pela virgem Santa Joana D`Arc.

– Moi aussi, diz aí pros teus amigos índios.

 – Cala a boca, monsieur de merde!

Era o fio do cabo (TV, telefone e modem) que estava quebrado.

Mas só no furinho do modem.

Daí enrolamos mais uns quatro, matamos mais umas duas garrafas,

 falamos umas mil merdas a mais e …

 – Adieu Monsieur Braziu.

Manda um alô aí pros teus amigos botocudos!

E se foi, ainda bem, que tô atrasado.

 Tenho umas fotos para mandar pros meus amigos tupiniquins.

 – Ô monsieur, volta aqui, cacete, não é botocudo, é tupiniquim, merde.

 E lá vão algumas fotos que eu chamos aqui de

PARIS EM CIMA DO MURO.

 Inté e Axé!!!


Em Paris, ulalá,
chego nesta sexta, 20-10-11, pela undécima vez.

E tem um bar onde o lero é este.

Digo um poema, ganho uma taça de vinho.

L’Atelier du Plateau

Il va falloir payer de votre personne si vous voulez
bénéficier d’un verre gratuit lors de la soirée mensuelle

 Slam de l’Atelier du Plateau,

 « Centre Dramatique National de Quartier »,

en montant sur scène et en
disant un poème ou un texte.

Et pourtant, lá vou eu,
pelo Clube do Ócio,  Nuvem Cigana,  Poetas Marginais,

em nome do povo brasileiro,

 ler meu seguinte poema, em Paris,

ele vale um trago,

longe de mim o aspirar o título de doutor honoris causa.

Mesdames et Messieurs

Pardonnez mois pour mon français

Je suis un  poet zen plus un brèsilien

Pourtant, j`ai le pouvoir de penser:

Au demain, il y a une neuve lutte

Mais aussi la même image

Une neuve lutte perdue

La même image defete

Une neuve lutte perdue dans ma vie

La même image defete dans ma morte

Une neuve lutte perdue dans ma vie periclitante

La même image defete dans ma morte persistante

Une neuve lutte perdue dans ma vie periclitante par l’office

La même image defete dans ma morte persitante par l`orifice

Une neuve lutte perdue dans ma vie periclitante par l`office oral

La même image defete dans ma morte persistante par l`orifice anal

Oui, Mesdames et Messieurs

Au demain

Neuve lutte

Même image

Neuve lutte

Même image

Neuve lutte

Même image

Neuve lutte

Même image

Neuve lutte

Même image

Même merde, mon Dieu

De la vie et de la mort

De la vie perdue

De la morte defete

De la vie perdue dans la fête

De la mort defete dans la bête

De la vie perdue dans la fête de la mort

De la mort defete dans la bête de la vie

Morte, merde, mon Dieu de la vie!

Então, a tout allors, cambada de índio. Tô indo, agora para valer, para minha Paris. Adieu!!!


A Vitória Suprema do Coração.

La Victoire Suprême du Coeur.

           E isto lá é nome que se dê a um restaurante, pardon, a um bistrozinho simpático que fica perto do metrô Chatelet, em Paris sempre tem que ter o M. Tudo acompanhado de um chá com pimenta.

            O nome que se dá a um bistrot em Paris é muito importante e faz parte da história.

            Tem o Patati-Patatá, M – Bastille.

           Tem o Mon Viel Ami, com a velha torta de chocolate.

           E o Ave Maria, M-Belleville, noutro canto da cidade, com o peixe da Amazônia.

            E Le Café que parle?

            La Favela Chic.

          Ou coisa mais solta,  Le Zéro de Conduite, seria Vale Tudo?

     Falar de comer em Paris não é esnobe porque tem para todos os alcances.

      Desde o plat de jour, do meio dia às duas e meia.

     Até o que eu faço, com cinco euros, no As du Falafel, no Marais.  Compro o sanduichão árabe-israelense, na mercearia em frente pego uma meia garrafe de vin rouge, na minha mochila já tem os dois copos, porque Paris nunca se deve fazer sozinho, e vamos a pé, logo ali, na praça mais linda da cidade, a Place de Vosges, num banco junto à fonte, em frente à casa do Vitor Hugo, tudo ainda parece o palácio dos reis, e foi, antes do Louvre e de Versailles, e, bom, deixa a vida me levar, bien sûr, né?

      Que mais?

     Descer no metrô Courvisar, uma estação antes da Place de Italie, subir umas escadinhas morro acima, quer dizer, butte, e justo no Aux Cailles, na segunda quebrada, eis o bistrô catalão Chez Gladinez e a enorme travessa de metal, individual, com um saladão, meu, por menos de 10 euros.

     Se for o caso de algo mais encorpado, um vinho tinto e um filet au montagnard, quente, o molho de queijo borbulhando em cima, mais a cesta de pão crocante, a conversa com os vizinhos, porque é tudo num mesão sempre cheio de gente local, nada de turistas, quiçá, um casal de viajantes, que nem a gente, no más.

    Agora, esta é para fechar o trânsito.

    Em Paris, tem a Grande Mesquite. Estive lá de madrugada, na última Nuite Blanche, quando toda a cidade se abre, noite inteira. Mas estou falando, cá, de uma ida a esta mesquita para desenvolver o seguinte cardápio, tudo bem que esta saiu por 58 euros, veja se não vale a pena:

– Sauna, dez minutos de massagem, ducha, banho turco, descanso na esteira, música árabe, chá de hortelã, sauna, ducha, roupa, restaurante, formule orientale (fileira de mezés), chá de hortelã, doces mil folhas, rendados, melados em Mil e Uma Noites.

       Que mais? Só falta ir. Estas são de outras. Mas a undécima vez está chegando. Afinal, ir a Paris não é que nem ir a Miami, correndo. Tem que ser tudo doucement, doucement ma chérie, certo?


Francês só pensa “naquilo”: comer demorado demorado.

       “Na cozinha francesa, os pratos são feitos para saciar a alma e não a fome”.

       Não sei mais quem escreveu mas que eu li, lá isto eu li, antes da primeira ida à Paris.

       Sou dos tempos da Carta Orange. Agora é Navigo Decouverte, depois explico.

       É que agora estou que nem o francês. Só consigo pensar “naquilo”.

      Ou melhor, nisto, no Chez Papa, o mesmo de sempre, o da 14.

      Da janela, mesma mesinha no canto, olha a rua e, do outro lado, os seguintes:

      Charles Baudelaire e a Dama das Camélias.

     Guy de Maupassant, Samuel Beckett, Man Ray, capitão Richard Dreyfus.

    Numa tumba singela, deitados, mãos dadas, Sartre e Simone.

    Serge Gainsbourg me oferece um ticket do metrô.

   As fãs deixam milhares por causa da canção:

    Le Poinçonneur de Lilas.

    – Madame e monsieur, atenção,  ici votre Salade Boyarde.  Bon Apetit:

http://www.chezpapa.com/index.html

         Mas como estava falando, francês só pensa “naquilo”:

         Comer bem devagar. Divagar. Demorado. Sem pressa,

         Mas tem que ser lento, gradual, sem medo do ápice.

        Até chegar à sobremesa, ao queijo, ao beijo.

       Hora de espraiar um pouco, largar a conversa, olhar.

           Agora, sim, um cigarro e um cafezinho, bien sur.  É de lei.

           Au revoir,meu, que esta vida  é très fragile.

           E vamos que vamos.

          Afinal, ainda nem chegamos a Paris, pela undécima vez.

 Ao fundo, para alongamento deste momento de relax, ouça a música, de 1958,  que ainda leva gente a deixar o ticket do metrô no túmulo do Serge Grinsbourg, no outro lado da rua, no cemitério de Montparnasse.

http://www.youtube.com/watch?v=HsX4M-by5OY


Me namore que eu te levo para Paris

             Namore moi qu’un jour je vais vous emmener à Paris. Qui n’aime pas se laisser séduire par de telles promesses et beaucoup de rêves taille complète: Promenades sans fin à travers les boulevards de la capitale. Des milliers de baisers devant les petites tables a les petits cafés. Rafraîchir les bords de la Seine les tenant par la main.Demandez au incognito qui nous reflète, côte à côte, le fond dans les objectifs du paysage. En retour, prolonger un goût d’invitation qui est très agréable.

           “Fica comigo que um dia eu te levo a Paris” – quem não gosta de ser seduzida com tais múltiplas promessas e do se completar tamanho sonho: infindos passeios pelos boulevares da capital, trocar beijos vagarosos junto às minúsculas mesas dos repousantes cafés, mãos dadas pelas beiradas refrescantes do Rio Sena, pedir ao incógnito que reflita, lado a lado, aquela paisagem ao fundo nas lentes que, ao regresso, eternizam o sabor de tão prazeiroso convite.

       Après avoir tenu les mains dans les jardins de Monet – restent les mêmes que les peintures, et regarder les détails dans la cuisine avec des tons jaune, ensemble nous irons monter les escaliers en bois que sont usés-faires, et à l”egtage, à côté de la fenêtre de la chambre, en tirant le perfurm des fleurs, lá-bas, je vais t’attirer l’attention sur un détail, que est toujours le même au lit où Monet ressenti l’amour et est tombé endormi rêvant des images qu’un jour il y aura la peinture. C’est alors seulement que j’aurais le courage de te demander:

      – Veux-tu m’épopuser?

      Et allor?

      Depois de passearmos de mãos dadas pelos jardins de Monet – continuam tão iguais às pinturas, e de olharmos os detalhes na cozinha com tons amarelos, subamos juntos as escadas de madeira- quão gastas estão, e no andar de cima, junto à janela do quarto, atraindo o perfume das flores lá embaixo, vou Te chamar a atenção para um detalhe -ainda é a mesma cama onde Monet sentia os amores e adormecia sonhando com os quadros que um dia haveria de pintar. Só então eu teria a coragem de  perguntar :

    –  Você quer casar comigo?

    E aí?


              Parte Um

              É tão bom ver uma cabeça coroada rolar na guilhotina…

             Uma ida, pena que tenha volta, como tem acontecido por uma dezena de vezes, a Paris, exige três partes de um mesmo corpo: antes, durante e após.

             Antes, tem a preparação, nos livros ou nas  traiçoeiras páginas internéticas, mesmo que o local de pouso seja o mesmo, pela terceira vez.
         Durante, bem, tem a restauração do que tem que ser repetido em Paris, a Place de Voges, par exemple, o sorbet da Ilha São Luís, o sorver no Chez Papa.

             E o depois, bom, é a revolta da volta de uns tempos na Lutécia nascida junto com o Jota Cristo, bem que os dois podiam ter-se casado e dado filhos.
 

                Primeiro, vamos  começar pelo recém-lido livro do do jovem filósofo inzoneiro chamado Lorànt Deutsch

 

                 

         A idéia central deste livro, de uma viagem  pelas estações do metrô, desde o primeiro século até às excrecências arquitetônicas do século XX, não foi cumprida.

         Mas todo livro, mesmo que pior, sempre deixa um gosto de mel, este me deixa na boca as toneladas de sangue que correm pelas ruelas de Paris, ao longo da sua história, na forma de tremendas carnificinas:

         Judeus em 1200, protestantes em 1700, pobres de Paris jogados aos milhares no Rio Sena pela peste, fome ou simplesmente pelos machados afiados das turbas.

        Agora, deste livro, levo duas coisas nesta viagem a Paris.

        Uma, é a tremenda história de a heroína, dizem que santa e virgem,  Joana D’Arc, ser fruto indevido da rainha Isabel da Baviera, casada com o maluquésimo Rei Carlos VI, mas apaixonada pelo irmão dele, o cunhado, o duque Luís de Orleans, simplesmente por ele ser o seguinte:

      “Um belo garanhão pronto a relinchar diante de qualquer mulher”.

      O outro detalhe deste livro de 343 páginas, que acabo de sorver, está na página 332, e vou conferir in loco, na atual place de La Concorde:

      “Em 1789, chamou-se praça da Revolução e aqui erguia-se a sinistra guilhotina (Liberdade, Igualdade e Fraternidade).  A conta foi feita: 1.119 cabeças rolaram nesse lugar e entre elas as de Luís XVI e de Maria Antonieta”.

       Aur revoir.

      Amanhã, volto com mais uma pré-saudação à minha Paris.

      Antes, uma foto doutras idas, com voltas, infelizmente:

 

       O Pensador, no Jardim de Rodin, que sacaneava Camile Claudel mas amava o gordo Balzac, e, debaixo da torre dourada dos Invalides, o túmulo do grande Bonaparte, que se ajoelhava diante de Josephine, não a Baker.


 Si vous êtes celui qui croit Krysto matérialisé sous la forme d’un jeune animal nommé Jésus, Dieu a quitté le ventre de l’homme de la Madone, même si pour laver les péchés du monde né après la corbeille a dû être trahi, arrêté, torturé et pendaison vivre une croix éclairée par des siècles vindantes, avec deux voleurs, mais une bonne et une, eh bien, très corrompu, donc dans ce cas, je veux le plus c’est que vous pouvez avoir un bon Noël tous les autres jours de votre vie.
Donc, nous sommes bien, pas vrai?
Sur votre attention voulue – elle est réciproque.
Bon Noël, aujourd’hui et éternellement.
Inté et d’une hache et une bonne traversée:
 Dan ce pont, qui s’appelle la vie, qui traverse sur une base quotidienne

Bonne Noel au long des jours de l’année 2010