fevereiro 2011



 Who gets the Oscar this year, Brazil or England?

Answer in the bush: the English, of course.

 Vick Muniz or Banksy?

 Neither competes.

The films are about them and not “theirs”.

* * *

Quem leva o Óscar deste ano, o brasileiro ou o inglês?

Respondo na bucha: o inglês, lógico.

Vick Muniz ou Banksy?

Nenhum dos dois concorre  a chongas.

O filme é sobre eles e não “deles”.

Primeiro,  o filme Through The Gift Shop, da Inglaterra.

Fala do grafiteiro anônimo, o  Banksy. Um artistão.

 

 

Do outro lado, tem o  brasileiro Vic Muniz.

O filme que fala dele,  e que concorre ao Oscar, é:

Waste Land, de Lucy Walker, da Inglaterra.

Faz sucesso em Nova Iorque e tal.

Saiu do lixão da baixada carioca.

Ainda bem que não parou no Presídio de Bangu. 

 

 

Última palavra:

Waste Land está sendo traduzido como Lixo Extraordinário.

Vá ser otimista assim no Reino do Carvalho.

Waste Land quer dizer

 TERRA   DESTRUÍDA.


1)      –  O  deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP -CE ), é   indicado pela liderança do partido ( Republicano?)  para integrar a comissão de EDUCAÇÃO e Cultura da Câmara dos Deputados Federais.

A clown who won a seat in Brazil’s Congress by a landslide has stayed true to his former profession by messing up his first vote. Francisco Everardo Oliveira Silva, better known by his clown name Tiririca, had pledged to back the government’s austerity proposal for a new national minimum wage in a crucial vote on Wednesday night 

 

2)      –  No final de  2010, a Líbia é eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU.  

Em 2008, o país é aceito no Conselho de Segurança da dita cuja.

 

 

3)      –  Enquanto isto, em São Paulo, o mesmo PT, amigo de Fidel-Chavez-Irã-Farc-Kadaffi,   se ajoelha para levar no orifício, finge  não perder um fio  anal,  no caso dos 545 de mínimo nacional, e exige agora 845 de piso regional.

 Estou ou não  liberado para balbuciar um:

– Puta que pariu, meu Deus, Alah, Jeovah, Shiva,  o escambau.

E fodam-se os cristãos,  porque são estes os que mais me sacaneam no meu dia-a-dia.

 


                        Ao contrário da assessora da Dilma, que só a conhece pela Internet, já passei umas quatro vezes por Toritama, a caminho de Santa Cruz da Capiberibe ou Nova Jerusalem

                      Entreposto de venda   de sulanca, roupas de péssima qualidade, mas baratas, feitas na região, sem impostos porque expulsaram, literalmente, o caminhão da Receita estadual.

                        Ninguém tem Simples nem Complicado, nem carteira assinada ou CNPJ, porque quem não recebe a aposentadoria rural do INSS tem a bolsa esmola do governo, ou as duas.  

                       Agora,   Ibotirama, esta fica na Bahia, na estrada para Brasília, no meio da plantação de soja dos paulistas que adentra o Piauí, deixando todos sorrindo sem dentes na boca.

                       Pois é esta Toritama,  horrível, maior lixão nas nascentes do rio Capiberibe, que provocou a primeira bronca em público, sem finesse, por parte da presidente Dilma.

                 “Dilma falava sobre a importância de fomentar cooperativas e pequenos negócios de acordo com a vocação de cada região. Resolveu citar uma cidade de Pernambuco com experiências bem-sucedidas na área de confecção de roupas.

               “Ibotirama?”, disse em tom de dúvida e olhou para o governador pernambucano, Eduardo Campos. “Toritama”, assoprou o colega de bancada.

                “Eu falei para vocês que não era Ibotirama!”, explodiu a presidente. “Vocês vejam o que é uma ótima assessoria”, continuou, em uma tentativa de ironia. “E eles acharam esse Ibotirama sabe onde? Na internet.”

                (Carolina Freitas, de Barra dos Coqueiros – SE)”

               Ah. Ibotirama, ops, Toritama fica no agreste de Pernambuco, na mesma região de Caetés, esta com certeza tu conheces de ouvir falar, isn’t, visse, cabra da peste?


 

Levo maior susto hoje à tarde quando o jornal da TV Globo diz o seguinte:

– E vamos agora para as últimas notícias da Líbia…

E me aparecem cenas do Morro do Escondidinho, Belo Horizonte, Minas Gerais.

O povo queimando ônibus, botando a Polícia Mineira para correr.

E sendo morto pela PM.

Juro…

Daí, vou para a Líbia.

O ditador Kadafi, amigo de Lula, Chaves, Morales e otros latrinos más, discursa:

Uni, Duni, Tê…

– Vou pros braços do Chaves ou do Lula?

– Dilma me aceita de volta?


     Depois da caminhada pelo eixão, na parte boa de Brasília, abro nesta manhã de domingo o meu grande jornal paulistano, deixou de ser a Folha, que está fazendo 90 anos, já trabalhei nela, tenho a manchete que consegui com ” Abertura Lenta e Gradual”, alguém se lembra disso?

    Vou direto, por estranho que pareça, para a página do horóscopo, na parte dos capricornianos que encostam a bunda na parede, apontam os chifres para a frente, dane-se o mundo que não me chamo Raimundo, mas Eduardo, que no anglo-saxão quer dizer “homem forte e bom”

 

  “Guarde em silêncio tuas agudas observações a respeito das pessoas.

Neste momento, ninguém tem condição de compreendê-las.

Por isso, elas acabam te causando problemas.

Então, guarde em silêncio tuas agudas observações.

Um dia, quem sabe,  tu podes fazer uso delas,  no futuro.”

 

         

          Esta foto tem tudo a ver com meu horóscopo de domingo. Eu a tirei na minha penúltima viagem pelos Estados Unidos. Em Chicago, terra natal do Obama, mas com um crioulo numa situação bem diferente da dele.

        Apesar da figura morar na parte Sul de Chicago, a dita mais violenta, porque a mais pobre, ou seria o diferente, o negão está pedindo esmola no começo da Magnificent Mile, a parte mais chique da cidade que controla, através de sua Bolsa de Valores de Cereais, o preço do alimento no mundo inteiro.

        E o texto do cartaz escrito a carvão diz o seguinte:

 

 I’m J.I.H.

Please help me.

I’m hungry.

 

       Daí que joguei meu horóscopo deste domingo no lixo e continuei lendo o livro que a estagiária Carmem me emprestou, em troca do Direito à Preguiça, que lhe destinei.

     O  livro da iniciante nas lides jornalísticas fala dos segredos do Lao Tsé, apresentados pelo filósofo Sérgio Cortella, que diz o seguinte, já no intróito:

 

“Há, hoje, uma certa “miserabilidade” nas nossas vidas.

 Claro que  não tem nada a ver com a condição financeira.

É que não nos distanciamos do amargo sabor da monotonia repetitiva.

Não rompemos com o eventual conforto dessa miserabilização cotidiana.”

 

 


  Congressista de plantão!

*

Vendo minha alma

Pede-se preço bom

 Até porque o corpo

 Não é + promoção

*

( Reajuste parlamentar:  62%

Reajuste dos mínimos: 6,2% )

*

“Cá entre nós, eu votei com o povo.  Afinal, quem foi que me colocou aqui?”

Deputado Tiririca ao justificar o voto no salário mínimo de 600  reais.

Então, fica a pergunta. O palhaço quem é?

É o ladrão? É a mulher?

Ih! Esqueci a letra.

 



 

Cairo. Egito. Agora. Ditador, noves fora, nada na praia do Mar Vermelho.

Palácio em Londres. Fortuna na Suiça. Mansão em Israel.

E o povo?  Ora,  onde sempre esteve:  no olho da rua.

 


 

Tô aqui atento no discurso da CNN.

O velho ditador do Egito, Osni Mubarak.

Aliado dos sionistas de Judá e dos luteranos gringos.

Que nem Cleópatra dando descarada pros romanos.

Mais enrolão que o Lula no meio do Mensalão Aloprado.

E o povão só comendo areia pelas narinas.

Enterrem logo o bicho numa das pirâmides.

 

 

Daí que vendo a odalística camaleoa acima, que me raptou, penso:

Primeiro:

Ninguém fala dos ditadores chicano-cubanos?

Matam de fome os opositores a menos (!).

Segundo:

Existe Deus, no lato sensu?

Deus-Alá-Jeová-Shiva-Exu, o escambau.

Tá tudo do lado dos ditadores.

E o povão, ó, só no inferno.

Nesta e na outra vida.

– Por que o céu é só  prá bacana do poder?

Daí, fico  +  puto ainda com  a política babona em rede na TV.

Ainda bem que acaba de cair uma chuvasca aqui em Brasília.

Vou prá minha janela e vejo este retrato da alma.

Não dou graças porque não acredito em mais ninguém.

Só no que vejo:

 

 


Quebrei o espelho

Torci o joelho 

From Leka do Céu

Ouça:

http://www.youtube.com/watch?v=3n5Nbive2Dw 


Se viva estivera, hoje seriam 117 anos.

Só desta passagem terrena.

Porque ela está em outra.

Feliz de quem a sente na pele.

De qualquer forma, ouça abaixo.

 Um bom trabalho radiojornalístico (EBC).

José Carlos de Andrade.

Yara Selva.

Messias Melo.

 Três experts no assunto.

Clique:

http://snd.sc/eUlm3J

 


 Acordo  no banheiro.

Abelha me zoa no sexto andar.

Passa para a luz.

Prefere a minha.

Vem zuando faceira.

Levanto-me mui lento.

Abaixo a tampa do vaso.

Ela pousa desligada.

Tasco a mão aberta do braço direito:

 

P Á ! ! !

 

Mais uma abelha morta na face da Terra.

Mundo imundo mas não me chamo Raimundo.

Todo animal pensa ser gente que nem a gente.

Mas minha felicidade tem um leve porém.

A morta é  abelha zangada, esperta, inteligente.

No último milésimo de segundo

No átimo de tempo ela se vira para mim:

 

MAMCASZ, TU TÁ FERRADO ! ! !

 

Me ferra mesmo:

Alérgico a abelha zangada,

inflamo no ato,

infecciono o tendão,

corro para o socorro meio que pronto,

cortam minha mão.

 

Moral:

 

Amarro caneta big com fita dorex no cotoco do meu braço.

Com ela escrevo esta mensagem:

 

Tác … tác …. tác …

 

Cadê o resto das palavras?

A abelha comeu.

Comeu um ova.

 

Abaixo a censura!!!

 

Perco a mão mas não perco a cabeça.

Inté o próximo post.

Axé.


De volta ao lar, amigos.

Olho vivo, a partir da fama.

Em homenagem a vocês, estou  num arroz carreteiro.

Caipirinha. Farofa. Salada de tomate. Dedo de moça.

Estamos servidos?

Ao meu lado, o novo representante dos funcionários da BBC.

Eu disse dos “funcionários”.

Carlo Barcelo, do Contestado.

Belo sorriso, manus:

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/02/tivemos-medo-de-morrer-dizem-jornalistas-detidos-no-egito.html


O amigo Corban Costa, de longa data, foi preso logo depois de chegar ao Cairo, Egito.

 Teve que passar a noite no xilindró árabe, sentado.

Sem direito a chá de menta.

 Nem sequer o direito humano a uma janelinha para ver o sol do deserto nascer quadrado.

Vendado, na frente do muro, achou que era a hora do paredón cubano.

Saiba ao certo o que aconteceu na entrevista    dada por ele à Rádio Bandeirantes.

Ainda estava detido, mas no aeroporto do Cairo, esperando o avião chegar.

Aliás, um belo trabalho da Rádio Band.

Pegou junto o embaixador tupiniquim no Egito.

E mandou ver no verdadeiro jornalismo.

É só clicar abaixo.

Boa audição.

http://soundcloud.com/mamcasz/radio-ban-corban-costa-egito

Agora,  pífia e lerda foi a reação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal ao qual nós pertencemos.

Até a diplomática nota do Itamaraty foi mais firme.

A nova diretoria do SJPDF, a Jovem Guarda, comprometida com Irã, Cuba e EBC (nada contra!), ataca o ataque à liberdade de imprensa no Egito.

 Na verdade, nunca existiu, mano!!!.

E, cumpanheiras,  quanto às perguntas que não podem calar:

 A dupla foi protegida?

 Garantida?

Teve apoio da retaguarda e tal?

Disto tudo, o  SJPDF diz apenas o seguinte, em nota,  às 18h04m, tipo assim umas 40 horas depois do fato:

 

” O SJPDF espera que a EBC esteja tomando todas as medidas necessárias para garantir a assistência adequada a esses dois profissionais tão valiosos.”

* * *

1 – Imagine se tivesse havido morte (Alá que nos livre!)

2 – Houve gabinete de crise para tratar do vazado assunto?

3 – E quanto às preliminares deste arriscado jogo?

 

http://www.sjpdf.org.br/Noticia,Abrir,5216,7804.aspx 

 


 Minha última passagem pelo Egito foi a camelo.

 

Até porque eu  sempre fui muito vigiado de perto.

 Afinal, foi uma semana depois do atentado terrorista.

 Tinha matado uma porção de gringos na sombra das pirâmides.

Mas deu para escapar, junto com uns primos,  numa visita paralela.

 Fui então conhecer a maior favela do Oriente Médio.

Fica  num enorme cemitério num subúrbio do Cairo.

Isto mesmo. Um cemitério milenar. Aqueles túmulos suntuosos.

 E o povão miserável passou a morar lá, tipo sem teto e sem terra.

Lógico que isto a imprensa capitalista não vê. Nem a sionista.

Muito menos a nossa tupiniquim. Não vê nem aqui …

Moral:

É justo esta turma da Rocinha do Cairo que ninguém está vendo nesta briga.

Fica parecendo que só tem  os  dois lados brigando.

 Falta é o povo de verdade sair deste cemitério onde ele se esconde à noite.

 

 

وتذكرتي في مصر للسياحة.
كما يجري عن كثب. بعد كل ما كان بعد اسبوع من التفجير الذي قتل عددا من الاجانب في الأهرامات. وبالمثل، لم أستطع الهروب إلى زيارة موازية لأكبر الأحياء الفقيرة في منطقة الشرق الأوسط، في مقبرة ضخمة في احدى ضواحي القاهرة. هذا صحيح.

 

 

My ticket to Egypt was for tourism. Being watched so closely all the time.

After all it was a week after a bombing that had killed several foreigners in the pyramids.

Likewise, I could escape into a parallel visit to the Middle East’s largest slum, in a huge cemetery in a suburb of Cairo.

That’s right. A cemetery. The people becamed miserable go to live there, like homeless and landless.

 Of course it does not see in the capitalist press. Neither in  the zionist. Much less in the tupiniquim.

Your attention, please.

Just this class of poor people of the Rocinha  Favela Egyptian.

This people I am not seeing in the fight from two sides by changing the dictator of the desert.

 

 

(Esta foto foi tirada ontem da janela do Hotel Hilton, no Cairo, Egito,

de onde a imprensa capitalista está sendo expulsa

 pela malta de funcionários pagos do ditador apoiado por Israel e Estados Unidos) 

* * *

Mas como eu comecei dizendo, fui ao Egito a camelo.

Pirâmides. Luxor. Navio pelo Rio Nilo, de Sul a Norte.

Aquela tempestade de areia, 44 graus e eu no déqui.

Deserto de verdade. Oásis de tâmaras. Mesquitas.

Viagem de trem. De camelo. A pé pelo Souk.

* * *

Bem diferente de quando fui a Bagdá, Iraque.

Primeiro, pela lide poética.

Festival Internacional de Poesia de Mirbad.

Fiz meus contatos.

* * *

Depois, a serviço jornalístico.

No meio da besta guerra contra o Irã.

O Iraque financiado pelos Estados Unidos da Morte.

Avião noturno com as janelas fechadas e pouca luz interna.

Os contatos preliminares com os primos.

Das embaixadas daqui e de lá.

A Irmandade (brasileira) árabe.

A conversa do câmbio paralelo.

Os presentinhos e tal.

As fotos escondidas dos canhões em cima dos prédios.

Enfim. Todos os cuidados ainda são poucos.

Não sei quais foram tomados no caso do meu amigo Corban Costa.

Foi apanhado entre o aeroporto de chegada e o hotel.

No táxi do primo policial na primeira barreira.

Ainda bem que a foto dele pode aparecer aqui sorridente.

Merece. Gente Boa. Diria ingênuo. Sem ofensa, tá.

 Axé de volta,mano.

Mais ligado!!!

 

 

Repórteres da EBC são detidos e vendados no Egito e obrigados a voltar para o Brasil

http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=53FCEDFFE94D573CF389AFEC24B52CBD?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3180792

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