Acordo no banheiro.
Abelha me zoa no sexto andar.
Passa para a luz.
Prefere a minha.
Vem zuando faceira.
Levanto-me mui lento.
Abaixo a tampa do vaso.
Ela pousa desligada.
Tasco a mão aberta do braço direito:
P Á ! ! !
Mais uma abelha morta na face da Terra.
Mundo imundo mas não me chamo Raimundo.
Todo animal pensa ser gente que nem a gente.
Mas minha felicidade tem um leve porém.
A morta é abelha zangada, esperta, inteligente.
No último milésimo de segundo
No átimo de tempo ela se vira para mim:
MAMCASZ, TU TÁ FERRADO ! ! !
Me ferra mesmo:
Alérgico a abelha zangada,
inflamo no ato,
infecciono o tendão,
corro para o socorro meio que pronto,
cortam minha mão.
Moral:
Amarro caneta big com fita dorex no cotoco do meu braço.
Com ela escrevo esta mensagem:
Tác … tác …. tác …
Cadê o resto das palavras?
A abelha comeu.
Comeu um ova.
Abaixo a censura!!!
Perco a mão mas não perco a cabeça.
Inté o próximo post.
Axé.