outubro 2009
Monthly Archive
outubro 31, 2009
Quem mora em Brasília, à cata do ouro, ou não, conhece uma figurinha chata que neste final da seca enche o saco da gente.
Hoje, vésperas de Finados, comemorei a data estraçalhando um casal que entrou no meu quarto, nesta madrugada, cantando esgarniçadamente.
Estou falando da doida da cigarra.
Ela fica dormindo na seca toda, grudada num pau seco de árvore velha, e acorda no começo da chuva.
Quer dizer. Quem acorda é a nova criatura que está dentro dela. Que sai faceira para o Novo Mundo.
É sempre assim. Na vida e no trabalho. Uma morre, outra nasce.
Aliás, me dei mal, noutro dia, no email que mandei pra minha chefinha. No final, escrevi:
– Aqui se faz, aqui se paga …
Pra feder de vez, acrescentei:
– Quanto antes, melhor …
Continuando … Tem bicha, então, que acaba de trepar e logo mata o macho. Natureza tem cada coisa. Prefiro o sintético.
Então, neste caso da cigarra, ela uiva, penso eu, por causa da dor do parto. Por isso que tod@ adolescente grita:
– “Parto que nos pariu” .
Mas foi a mãe quem sofreu. Duas vezes. No parto e agora, na partida da filha para um braço qualquer.

O grito de uma cigarra chega até aos 120 decibéis. Faz mal pra caralho, quer dizer, pro ouvido, não só dos homens mas, principalmente, dos cachorros, que ficam loucos, nesta época do ano. Começam a uivar que nem lobos e a trepar com qualquer cadela.
Acontece que acabo de saber, com uma ex-amiga veterinária, que me trocou por um viado:
– Mamcasz, você está ficando doido com o grito das cigarras, pelo seguinte. Preste atenção e pare de encher o saco de quem abre este teu blog e vê torto as coisas que são cor-de-rosa.
Ouço:
– O zumbido ensurdecedor é da cigarra macho trepando com a cigarra fêmea.
Falo:
– E sempre assim. A fêmea fica muito da quietinha mas, no além do clitóris, só gostando…
– Por isso que te troquei por um cachorro, seu Mamcasz.
– Ué. Não foi por um viado?
Mas continuando a prosa:
– O escarcéu da cigarra é produzido pela vibração das membranas inferiores do abdômem do macho.
– Tudo bem, minha preta, mas e como é que fica então a orelha da cigarra fêmea com esta gritaria toda do macho?
– Simples, seu Mamcasz. A fêmea tem um membrana especial que se dobra para proteger os tímpanos. Mesmo assim, tem vezes em que umas fêmeas chegam a explodir com a gritaria do macho.
– Ah, entendi…
– Entendeu o que, seu Mamcasz?
– Contigo, eu sempre fui que nem mineiro. Silencioso, comendo pelas beiradas, devagarinho … por isso que você me trocou por um cigarro.
Moral:
Tem fêmea, e conheço de perto, que literalmente explode de gozo. Basta o macho dar uns gritos.
Bela historinha para esta véspera de Finados.
Na verdade, acho que deveria ter deixado o casal de cigarra ter terminado a trepada. Só depois, então, te-lo-ia mandado para a lista dos Finados. E então, voltaria a dormir sonhando com uma anjinha, de asas soltas, vibrando, vindo pra cima de mim, cantando, sorrindo e trepando.
Amém, Jesus.
Deus te ouça.
outubro 30, 2009
Hoje, 31 de outubro, é dia da bruxa. Eu quero mais é que ela se foda.
Lá … na América da Morte, não aqui, na América Latrina.
Mas é o seguinte:
Apesar deste meu nome de gringo, alva pele, polaco de nascença, sou tão brasileiro quanto o mais negrinho, embora não tenha uma gota de sangre africano.
Explico:
Fui batizado com galho de arruda, no interior do Paraná, no olho d’água de Mãe Iara (Iemanjá, no distante mar) e sempre me caguei de medo do Saci Pererê (Curupira, nas Amazônias).
Entonces, hoje, Dia da Bruxa, Halloween, que é uma festa bonita, já estive em mais de uma, lá nos USA (Iu- Es- Ei), mas antes veja esta foto, leia a pergunta, à moda de Glauber Rocha, que entrevistei aqui na Rádio Nacional, trazido pelo Macalé, junto com o Nelson Pereira dos Santos e a minha ex-vizinha em Santa Teresa, no Rio, a Tizuka Iamazaki, os dois saídos do Golbery, que foi o Zé Dirceu do Geisel, é tudo a mesma merda (sorry, estulto) e me arresponda, com coragem:

– Você prefere ser um anjo torto na vida ou um diabo lindo de morrer?

- Dois meninOs em Utah,USA, no Dia das Bruxas-futuros combatentes na Coréia, Vietnã, Iraque, Afganistão, Irã e Amazônia
Assunto:
Pauta – Dia do Saci Pererê
Rádio Nacional
No dia do Saci Pererê, 31 de outubro, o Sacizal dos Pererês realizará, pela segunda vez, um evento em comemoração ao negrinho traquino. Oficinas, brincadeiras, contadores de estórias fantasiados, filmes e muito mais divertirão crianças e adultos. O esforço do Sacizal dos Pererês é para que as lendas e mitos nacionais sejam retomadas nas escolas, festas, brincadeiras, desenhos animados e etc. O Sacizal pretende se unir a outras entidades espalhadas pelo país que lutam pela mesma causa, para que o Dia do Saci (31 de outubro) se torne Lei Federal.
Oficinas:
· Fazendo brinquedos reciclados;
· Desenho e pintura sobre o folclore;
. Plantando sementes do cerrado;
. Minhocário ( ???!!!) .
outubro 30, 2009
Lógico que o episódio da loira estuprada coletivamente na Uniban de São Bernardo do Campo, São Paulo, por filhos e filhas da puta de velhos sindicalistas que fizeram história na metalurgia socialista brasileira, foi tratado de maneira machista aqui na Rádio Nacional (Rio, Brasília e Tabatinga).
Óbvio que o assunto nem entrou na modorrenta pauta da Dilma, chupada dos emails mandados em forma de release e trespassados inúmeras vezes. Eu falo é dos comentários partidos de homens e mulheres que se dizem formados, ligados a movimentos sociais, católicas praticantes de amarrar o terço no bico do peito e tudo.
Por justiça, só ouvi uma reação, partida da morena fuqueira. FUCA. Por isso, a razão do título de hoje:
A puta loira da Uniban. E se fosse negra?
Olhando a foto-reprodução acima, eu espero que você não tenha olhado para a loira mas sim para a cara de cu sujo dos e das que, celular em punho, tentam estuprar a menina do vestido curto que estuda numa casa caça níquel que é esta porção de Uni – diversidade que existe por aí com a finalidade de reforçar a imbecilidade.
Por fim, embora pareça pequeno, o linchamento aconteceu numa cidade do ABC paulista, berço do movimento sindical brasileiro moderno.
Infelizmente, se a gente pesquisar na história da pátria que nos pariu, o nome Universidade Bandeirante de São Paulo, nos leva às entranhas destes heróis paulistas, os bandeirantes, que saíram do Tietê e foram para o interior matando, estuprando, cortando ao meio, tentando escravizar tudo que é figura índia que via pela frente, só porque estava, em princípio, pelada.
Bons tempos os meus quando, na universidade, a gente brigava era mesmo para fumar unzinhos, paquerar à vontade, até surubar, mas sem ficar vidrado, tomar banho de rio todo mundo pelado, topar topless na praia e, de vez quando, até se meter na política, discutir Sartre, Levi-Strauss e os escambaus.
Então, vamos aos fatos:
Primeiro, o relato da moça:
“Eu fiquei 40 minutos no ônibus antes de chegar lá e ninguém fez absolutamente nada. As pessoas olham, é normal, mas ninguém vai sair xingando. Foi eu entrar na faculdade que começou a balbúrdia.”
Agora, veja a puta da Uniban no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=ejmxrXMyiLc
Finalmente, o instante marqueteiro. Mande sua filhinha para a Uniban. Aproveite que a mensalidade dos cursos agora baixou para até 199 reais ao mês. Vale já a partir do jardim de infância. Lá, o Joãozinho, cinco anos de idade, vai aprender a meter o pau na Joaninha, tua filha, loira, de quatro.
http://www.uniban.br/
outubro 29, 2009
Tem vezes em que me pego conversando, carinhosa ou putamente, com uma certa pessoa de quem não tenho notícia há muito tempo, pode até ser parente. Na hora, eu fico em dúvida se continuo a prosa. É que fico sem saber se ela está viva ou morta. E se estivesse finada, qual o problema?
Pois foi assim que encontrei a página 158, do livro “Saí para dar uma volta…”, do Frederico Mourão (leia o post a seguir), e que diz o seguinte, no capítulo As rosas não falam, mandado por ele de Kunming, na China).
“Estar tão longe e tão perto ao mesmo tempo, dialogar com pessoas que não encontrava, não sabia da vida,nem sequer onde estavam e se estavam vivos ou mortos, pessoas que se vivêssemos em outro tempo só reencontraríamos pelas ruas por acaso, ou depois de desencarnados no outro plano.”
Depois disso, só me resta aumentar o som da minha cabeça e continuar curtindo o Caetano cantando o Lupicínio:
“Felicidade é uma coisa a toa e como é que a gente voa quando começa a viajar…”
Ah… sobre o conversar com finado, continue no blog abaixo e depois comente-me.
outubro 28, 2009
Acordo hoje sem sono, três e treze da madrugada, em Brasília, ainda sob o efeito do fuso horário de Paris, vou até o meu cantinho literário e tateio em busca de qualquer escrito.
Pego num livro, que parece qualquer, levo para a sala, faço um cafezinho, abro os olhos e vejo o seguinte:

Até aí nada de menos e nem de mais, certo?
O arrepio me começou quando abri a primeira página e tinha uma dedicatória dele, após ter dado entrevista ao programa Espaço Arte, na Rádio Nacional, para a apresentadora Tia Heleninha.

Acontece que a Heleninha me deu este livro num meio dia qualquer:
– Olha, Mamcasz, você que vive viajando por este mundo, dê uma olhada qualquer noite neste livro que acabei de ganhar. O cara é super interessante.
Até aí nada de mais e nem de menos, certo?
Mas acrescento que eu havia me esquecido do livro e tia Heleninha logo depois morreu, de câncer.
Na época, ela saiu do porão insalubre onde funciona a rádio e saiu pra dar uma volta…
Inclusive, ela é a primeira no Ofertório deste blog, com o post TIA HELENINHA ESTRAGOU A FESTA:
Acesse, olhe, ouça e me diga o que ela está querendo me falar:
https://mamcasz.wordpress.com/fim/
outubro 27, 2009

Ouvido numa Assembléia de Funcionários Públicos Federais aqui em Brasília onde já tô de volta, mano:
Tem rato que vira dono de um pedaço de queijo e só por isso acha logo que é gata.
Pois continuo.
Nunca vi de um gato falar que vira rata, mesmo que o seja, no pior sentido da palavra.
Aliás, tem bicha que, antes de ser comido pela gente, sofre todo tipo de discriminacão: rata, porca, galinha, vaca, cadela, pata choca, barata zonza….é tudo xingamento.
Daí, na dita assembléia dos ratos, um gato aliado toma o microfone dos pelegos e começa um lero-lero:
Companheir@as.
Nosso inimigo é a gata e não o rato do ano passado, certo? Por isso eu proponho o seguinte:
Para a gente ficar sabendo quando a gata estiver chegando perto para pular em cima do pobre rato que não consegue mais do que oitenta centavos de aumento no tíquete alimentação, ou seja, nós, proponho a gente colocar um pequeno sino no pescoço da dita gata presidente.
Daí, um rato velho, rato mesmo, daquele rabujento, mais para macaco velho em galho verde, pede a palavra, o sindicato tenta vetar, porque ele é um rato que destoa o coro dos contentes, mas diante do “ deixa ele falar, porra ”, bom, deixam este velho rato perguntar o seguinte:
- Eu quero saber quem vai colocar o sino no pescoço da gata.
O silêncio-votação é tão grande que dá para ouvir até agora o miado-riso vindo dos andares superiores onde acontece o ensaio do coro dos gatos tentando cantar o seguinte:
Pinta o maior ” ??? ” na Assembléia dos Ratos.
Então, este velho rato rabubento encerra a fábula cheio de moral:
outubro 25, 2009
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- Por do sol em Orly, sudoeste de Paris, na volta para a pátria que me pariu. Que nem a letra do samba: Vai, meu irmão, pega este avião e não diga nada…
Pois foi assim a minha largada de volta para o meu padrasto emergente do Terceiro Mundo. Nos meus ouvidos, ainda zumbem a letra e a música de Chico, Toquinho e Vinicius, feita nuns tempos em que vir a Paris era diferente. Voltar, então, nem se fala:
“Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão de correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão. “
E não é que um aventureiro-soldado-politico-polícia, armado ou não, já tomou conta do Rio? Mas avisa lá que mesmo assim tô voltando. Tu sabes do que estou falando, NE, Mané? Ah… falando em Manuel, tive antes que passar por Lisboa, o vôo era da TAP, que está se fudindo com a TAM, cego com perneta, tanto que ninguém sabe quem está comendo quem. Depois explico. Tem lance na Bolsa e tudo.
Tô nessa porque de manhãzinha aporto em BrasILHA, a capital da esperança de 21 milhões de brasileiras e brasileiros que continuam classificados como indigentes abaixo da linha da miséria. Chego às cinco e pouco da madruga desta segunda e lá pelas oito já estarei no meio dos fantasmas de sempre, falsos vivos ou amortecidos. Tem até a Assembléia dos Empregados da EBC para decidir o dessídio. Ou seria dicido? Parlez vous tupi or not?
Mas em Lisboa, no aeroporto que é mais aeroporto (juro que não entendi esta piada de português), até porque na ala em que estavam confinados mais de 500 brasucas para os vôos TP de Lisboa para Brasília, Rio e São Paulo, em aviões separados, (La Pinta, La Nina e La Santa Maria) pois, pois, e não é que só havia banheiro único, válido para homem, mulher ou outro aderente, com o detalhe que o gajo pode ver na foto avisando, ói:
MÃOS LIMPAS. COMECE AQUI.
Olhei para os lados, vi as caras de alguns brasucas saudáveis, e juro que,outra vez, não entendi a piada do portuga. Falar nisso, tinha brasuca bicha que faz a vida ilegal em Barcelona, empregada doméstica vindo de Milão, Itália, para Imperatriz, Maranhão, visitar a família (???), pau de arara, quer dizer,pau pra toda obra, ilegal em Londres e que vai visitar a mulher em São Paulo, e até umas meninas, saudáveis mas nem tanto, que faziam a vida em Madri, até que a crise chegou. Tudo com mãos saudáveis, pois, pois, mané. Ah… tinha um pessoal de Brasília….

Aeroporto que é mais aeroporto. Pois sim. Você chega de Paris, desce do avião, entra num ônibus lotado, anda uns dez minutos (verdade), espera numa sala que não tem nada, banheiro unisex e tudo. Depois, desce pela sanfona, entra noutro ônibus lotado, anda mais dez minutos, entra no avião, e daí …. pois então, Dom Pedro Cabral, tá esperando o que? liga o motor, solta as amarras e bota a música na caixa:
– Se esta porra não virar, olé, olé, olá!!!
Por um instante, até me esqueci que estou voltando sozinho porque minha fêmea resolveu mesmo ficar em Paris, fazer o que, mulher corajosa, Maria Bonita, filha de pai que caçou o dito Lampião.
Então, te cuida, Brasil, que tô chegando de volta à esta puta pátria que me pariu. Acho que vou treinar tiro à distância pro Rio-16. Ou corrida em carrinho de supermercado com morto dentro. Ou mentir em palanque em 2010. A gente chega lá. Quer dizer:
– Se esta porra não virar, olê, olê, olá…
– Pegaram o piloto com a mulher do cobrador…
– Senhores passageiros. Apertem os cintos que estamos entrando abaixo da Linha do Equador.
– Boa noite, mané!

outubro 24, 2009
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Bãoces, madames e monsieurs, chegou a hora de voltar e ainda não encontrei minha amada fêmea porque ela continua escondida ici em Paris.
Melhor para ela que se livre de uma terra cheia de mendigos, assaltantes, prostitutas, corruptos de marca maior e onde as índias andam peladas em Copacabana.
Ou não seria isso, porque, o que se sabe, pelo menos aqui em Paris, é que já começaram os ensaios para as Olimpíadas de 2016, principalmente na modalidade de TIRO À DISTÂNCIA.
Estás puto com este tipo de referência? E se eu falasse que entregam presunto no carrinho do supermercado dos Macacos, estaria eu inventando tamanha barbárie?
Aliás, não é assim que los hermanos latinoamericanos sempre chamaram a nosotros brasilenhos?
– Somos, ou não somos, os eternos “macaquitos”?
Tô puto porque estou voltando e ainda por cima tenho que passar hoje à noite por Lisboa, a nossa mãe, por isso somos filhos da mãe lusa mixigenada ao pai africano, Jesus aos beijos com Judas.
Deu no que deu.
Ah … nesta segunda, lundi, estarei na Assembléia dos Fantasmas da Rádio Nacional, em Brasília, na 702 Norte, quando a massa púbere decidirá se aceita, agora ou depois, a proposta patronal de aumento de apenas 4,2 por cento, por dois anos, e vai ser assim, quer queiramos ou não.
Mas antes de fechar as portas do apartamento aqui na Rue Daguerre, Montparnasse, tenho mais é que mostrar os cartazes da minha amada que espalhei por toda Paris na vã esperança de que ela volte, pelo menos para mim, não para esta puta pátria que nos pariu.
Ao fundo, o amado dela, o Napoleão, qual Josefina ela posa, e mais perto, o Pensador do Rodin.
Então, macaquit@, avisa lá que eu vô, bota água no feijão, avisa a mulata da empregada, coisas deste clichê, certo?
Mas antes de descer em Brasília, eu falo mais uma vez, mas de Lisboa, por onde vou passar logo mais.
Agora, atenção, se alguém vislumbrar minha amada em Paris, diz pra ela que não volte, fico no sacrifício, porque as coisas no Brasil continuam um imenso Maranhão, certo?

Namore moi qu’un jour je vais vous emmener à Paris. Qui n’aime pas se laisser séduire par de telles promesses et beaucoup de rêves taille complète: Promenades sans fin à travers les boulevards de la capitale.
Des milliers de baisers devant les petites tables a les petits cafés. Rafraîchir les bords de la Seine les tenant par la main.Demandez au incognito qui nous reflète, côte à côte, le fond dans les objectifs du paysage. En retour, prolonger un goût d’invitation qui est très agréable.
Après avoir tenu les mains dans les jardins de Monet – restent les mêmes que les peintures, et regarder les détails dans la cuisine avec des tons jaune, ensemble nous irons monter les escaliers en bois que sont usés-faires, et à l”egtage, à côté de la fenêtre de la chambre, en tirant le perfurm des fleurs, lá-bas, je vais t’attirer l’attention sur un détail, que est toujours le même au lit où Monet ressenti l’amour et est tombé endormi rêvant des images qu’un jour il y aura la peinture.
C’est alors seulement que j’aurais le courage de vous demander:
– Veux-tu m’épopuser?
“Fica comigo que um dia eu te levo a Paris” – quem não gosta de ser seduzida com tais múltiplas promessas e do se completar tamanho sonho: infindos passeios pelos boulevares da capital, trocar beijos vagarosos junto às minúsculas mesas dos repousantes cafés, mãos dadas pelas beiradas refrescantes do Rio Sena, pedir ao incógnito que reflita, lado a lado, aquela paisagem ao fundo nas lentes que, ao regresso, eternizam o sabor de tão prazeiroso convite
Depois de passearmos de mãos dadas pelos jardins de Monet – continuam tão iguais às pinturas, e de olharmos os detalhes na cozinha com tons amarelos , subamos juntos as escadas de madeira- quão gastas estão, e no andar de cima, junto à janela do quarto, atraindo o perfume das flores lá embaixo, vou te chamar a atenção para um detalhe -ainda é a mesma cama onde Monet sentia os amores e adormecia sonhando com os quadros que um dia haveria de pintar.
Só então eu teria a coragem de Te perguntar :
– Você quer casar comigo ?
outubro 23, 2009
Na Fundação Cartier Bresson, Metrô Denfer, está tendo uma exposição, com direito a debate e tudo, sobre a Arte das Ruas, ou seja, as famosas pixações que são amadas ou odiadas.
Em Montmartre, Metrô Abesses, na Paris 18, tem o LE MUR DES JE T’AIME, ou seja, I LOVE YOU … THE WALL, ou EU TE AMO, TÁ? Neste sábado, teve até uma solenidade em que mais de cem casais assinaram um documento, reconhecido pela Prefeitura, declarando amor mútuo e eterno.
Por isso, junto com o hip-hop dos negros, que está com tudo em Paris, vão aí algumas artes vivas nas ruas:

Este muro do EU TE AMO foi uma iniciativa do músico Frederic Baron, em 1992, e já tem mais de mil frases de JE T’AIME, escritas em 300 línguas e dialetos praticados nesta enorme Torre de Babel reinante no Planeta Terra.




outubro 22, 2009

Estava eu hoje a flanar pela Rue de Monge, ici em Paris, quando de repente encontro um pacote de livros jogados cuidadosamente perto de uma lata de lixo. Peguei dois. Um, sobre a Internet Underground que se diz ser o “guide du bizarre e de la contre-culture”. O outro, o que aparece na parte de cima da foto, é do Jacques Sapir e se chama “Os Buracos Negros da Economia”, ou seja, “Les Trous Noirs de la Science Économique”. Este livro eu estudei em 2008 em São Paulo quando fiz o MBA de Derivativos na BMF-BOVESPA-FIA-USP, um pouco antes da crise mundial antecipada pelo velho professor Simeão, de Macroeconomia, com a seguinte advertência marota: “Nunca se esqueça, Mamcasz, que tudo que sobe … desce. É da Natureza.”
Este livro é interessante porque defende uma economia anárquica, com reajuste instantâneo de preços, que a produção seja sempre decrescente para estimular a concorrência, e que, portanto, os agentes econômicos ajam de uma maneira automática. É neste ponto que o autor Jacques Sapir ataca com força os graduados do Planejamento que sonham com o impossível equilíbrio geral e se acham donos de um poder que conhece tudo, onisciente, e que por isso usam da mão invisível. Ele termina com esta frase porrada:
“La main invisible devient le poing d’acier d’un despote.”
“A mão invisível se transforma num punho de aço de um ditador”.
Outro ponto presente no livro dos Buracos Negros da Economia, que achei jogado na Rue de Monge, aqui em Paris, defende que assunto econômico é assunto político e nunca tecnocrata. Pois foi isso mesmo que ouvi do vice-presidente do Brasil, José Alencar, e que está reservado para o necrológio dele na Rádio Nacional. Surpresa? Pois todo jornal, web, rádio, TV do Brasil está com o dele pronto. C’est la vie, amig@. Quer dizer, a morte. Mas o Zé, depois de um trecho cantando Caymi, ataca os juros altos praticados no Brasil,dizendo o seguinte:
“Eu sempre disse que a taxa básica de juros no Brasil não devia nunca ser decidida pelos economistas porque este é um assunto estritamente político.
Orra, meu. Este lixo parisiense foi três chic. Agora, deixa eu continuar procurando pela minha mulher que está sumida ici a Paris.
Quem quiser ler o artigo do Jacques Sapir sobre a atual crise mundial, acesse aqui:
http://www.marianne2.fr/La-crise-un-an-et-toutes-ses-dents-1-3_a182098.html
Au revoir.
outubro 21, 2009
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Paris tem preto pra caramba. Nem sempre numa boa. Tem os degredados das ditaduras corruptas africanas. Mas pouca gente sabe que quando Napoleão, o imperador Bonaparte, que hoje dorme no palácio dos Invalides, vendeu o estado de Louisiana aos Estados Unidos, mais de 50 mil escravos, então libertos, vieram direto aqui para Paris, para escapar da horda branco-azeda que daria na Guerra Civil Americana.

Depois, foi a fase dos artistas negros do jazz que quando em decadência fugiram para Paris, porque aqui eles teriam um bar, mesmo que sujo, para tocar, em troca de um quarto imundo mas com direito a algumas fileiras de cocaína regada a uma bebida forte qualquer, mesmo que o rum, menos o vinho que é bebida de branco, sem contar o adicional de uma loireba, que sempre aparecia para esquentar os ossos do preto cansado.

Não a toa que todo dia, ici a Paris, eu sempre escuto a Rádio FM Saint Paul, que só toca jazz negro, dia e noite, sem parar, da melhor qualidade, meu.
Por isso, hoje, AOS PRETOS DE PARIS, a homenagem é aos artistas de fato. Em 1948, ano do meu nascimento, Baldwin se mudou para Paris, onde se juntou a um grupo de escritores e artistas negros, que incluiu Chester Himes, Richard Wright e Ollie Harrington. E principalmente a minha nega maior: Josephine Baker.
outubro 20, 2009
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No Jardim de Luxemburgo, sede do Senado da França (liberdade, igualdade e fraternité) tem o monumento aos pretos libertos, na forma de uma corrente quebrada.
Pois bem. Quase ao lado dele, tem um operário, um negro, bien sûr, fazendo a limpeza, poeira de pedra ao vento, ele sem qualquer proteção das vias respiratórias ali tão históricas.
Na placa, a grande informação, aliás, duas:
1 – No dia 4 de fevereiro de 1795 houve a primeira declaração de abolição da escravidão nas colônias francesas.
2 – No dia 10 de maio de 2006 (isto mesmo, madames e monsieurs, 10 de maio de 2006, houve a primeira comemoração de fato, em Paris, pela libertação dos escravos.
Então, para ir finalizando esta passagem pela Cidade Luz, vamos a algumas sequências do aqui chamado AOS PRETOS DE PARIS:


outubro 19, 2009
Como dizia aquele jovem senador por Brasília, amigo daquele jovem senador pelas Alagoas: Droga, tô fora. Falando nisso, tá chegando a hora de voltar praquela droga cheia de bostinhas. Mas antes vou visitar de novo a Rádio Nacional aqui da França. Trezentos e tantos estúdios, um para cada dialeto que se fale neste mundão. Tem até brasileiro:
outubro 19, 2009
Em Paris, é preciso ficar atento e forte. Antenado em tudo que é gratuit. Para isso, fique de olho nos postes, nas bancas, nas portas das igrejas, nos papéis por cima de que os mendigos dormem e principalmente nestas que são a bíblia para quem achar o que fazer em Paris sem pagar nada:
– Pariscope, sai toda quarta-feira, nas bancas, custa vinte centavos de euro. Quase no final, tem os concertos de graça, dia a dia, durante toda a semana.
– A Nous Paris. É a revista do metrô. Pode ser encontrada toda segunda-feira nos enormes corredores das estações, gares e birôs. Foi nela que achei a festa na garagem de ônibus que vai ser desativada.
– Além dessas, tem o Gogo, Lygo, e tantos Gos que podem ser achados durante as festas e concertos porque uma chose chama a outra de coisa louca.
Au revoir.



outubro 18, 2009
Bãoces, gente. Ainda não achei minha mulher de volta ici a Paris. Então, o jeito é ir ficando. Ainda mais com o que eu li nos jornais daqui sobre a guerra civil que está acontecendo na ex-Cidade Maravilhosa, o Rio que vai sediar a Copa, em 14, e as Olimpíadas, em 16, à custa de muita lábia carioca enrolando os gringos.
De uma coisa todos os envolvidos estão certos: o Rio tem segurança. Só em volta dos Macacos, mais de três mil, muitos desses ganhando uma salário policial de merda, com helicóptero que é derrubado até com pedrada de estilingue, com arma que trava…
Ah… já que vou continuar mais uns tempos aqui em Paris, acabei de tirar mais uma semana da carta NAVIGO DECOUVERTE, antiga CARTE ORANGE, que permite entrar e sair quantas vezes quiser, nas áreas 1 e 2 de Paris, de todos os ônibus, metrôs, tram e RER, este uma espécie de trem suburbano.
Para tirar este NAVIGO (que é só para morador em Paris, legal ou ilegal) DEVOUVERTE (que pode ser usado turista incidental) é preciso primeiro colocar cincão (cinco euros) para pegar o recibo. Depois, tem que ir até o guichê, de venda ou de informação, e pegar a carteira, com chip, plástico duro, e colocar a fotografia, endereço e o número do carnê. Daí, é só colocar a carteira de volta na máquina que engole dinheiro e colocar 17,20 euros que fica validado para a semana toda. Mas só vale de segunda de madrugada até domingo de noitão. Depois de quarta, não pode mais comprar. Tem que partir pro carnê de dix bilhetes. Sai 11,60 euros e pode ser usado apenas em 10 percursos.
Com tudo em cima, é só encostar o cartão no lugar com o aviso azul do Navigo que libera a passagem na roleta, nem precisa tirar da carteira. É…ao contrário de Berlim, aqui ainda tem roleta e assim mesmo tem uma porção de nego que se arrisca e passa por cima.
De vez em quando pintam os meganhas do metropolitain, cadernos em punho, sempre em grupos, dificilmente abordando um branco.
Ah… o Navigo pode ser validado por semana, mês ou ano, é de uso pessoal, por isso a foto e o nome, mas se perder, perdeu, meu, precisa comprar outro, caso esteja pensando em ficar por mais tempo sem voltar direto para a turma do COMANDO VERMELHO ou AMIGOS DOS AMIGOS, as duas boas turmas que dominam o morro no Rio de Janeiro, porque o asfalto, bom, aí são outras praias.


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