Nossa Senhora de Brasília,

Santa dos Sobressaltos,

Vos rogamos um presente Bem Brasileiro:

Que ressuscitemos de uma só vez

Sem ser preciso Ser Santo

Nem Suar de Medo

Nesta incerteza de Tantos Segredos.

 

Ouça-me:

 

Adicionemos a este Nada

O Tudo que, Noves Fora,

Sonhamos Conceber.

 

Multipliquemos o Zero da Fartança

Dividido pela Dúvida, agora, do Ato

Que espanta, de Fato, a Esperança.

 

Que Reine a Certeza Soberana –

Sobremesa Farta na Mesa e na Cama –

Sem nos Chafurdar em Tanta Lama.

 

Ouça bem, Nossa Senhora de Brasília,

O Brado fervoroso de Vosso Povo:

– Tenhamos a Nossa Vez.

 

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Feliz Ano Novo, Povo.

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Eu posso Ser ou não Ter

Ano Novo também Vida Nova

Mas se nos Noves Fora der quase Nada

Mesmo que se Naufrague nas Ilhas das Viradas

Que se sucumba nas Praças dos Embora

Enfrentemos juntos os mais que Anônimos Inoperantes

E nos juntemos lá na frente, no Rever.

 

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Eu posso Ser ou não Ter

Ano Novo também Vida Nova

Mas se nos Noves Fora der Quase Nada

Mesmo que se desapareça nos Becos dos Sem Fim

Ver-nos-emos juntos nas Penumbras Eternas dos Esperantes

Lá na frente no Rever.

 

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Eu posso Ter ou não Ser,

Ano Novo também Vida Nova,

Mas se nos Noves Fora der Quase Nada

Mesmo que se vire Poeira Cósmica nos Infinitos

Ressuscitemos juntos

Nos Saudosos Estilos Triunfantes

Lá na frente, no Rever.

 

#

 

Eu posso Ser ou Não Ter

Ano Novo também Vida Nova

Mas se nos Noves fora der quase Nada

Mesmo que se ascenda Degraus Amortecidos

Abracemos juntos o Você do Eu incandescentes

Lá na frente, no Rever.

 

#

 

Eu posso Ter ou Não Ser

Ano Novo também Vida Nova

Mas se nos Noves Fora der Quase Nada

Mesmo que se pise em solo de Marcianas Luas

Juremos juntos sorver no igual Gosto Deslumbrante

Lá na frente no Rever.

 

#

 

Eu posso Ser ou Não Ter

Ano Novo também Vida Nova

Mas se nos Noves Fora der Quase Nada

Mesmo que se tenha Menos do que se Precise

Dividamos juntos muito mais do que o Sobretudo

Multiplicado no Impreciso

Adicionado ao Improviso

E nos juntemos lá na frente, no Rever.

 

inté e Axé.

Votos de Mamcasz, Poeta Zen

E de sua Consorte

Cleide.

Amém.