fevereiro 2019



Cap 03  

doispassarosberlim

Chegamos então à Berlim magnífica, capital do Império dos 500 anos, futura ficção nazista da Nação dos Mil e Um Anos mas que acabou nas ruínas da desolação total, dividida pelo muro que, aliás, ainda continua na cabeça dos derrotados.

Esta grande fase de Berlim começa com a primeira unificação, no caso das duas vilas separadas pelo rio Spree, as atuais Berlim, propriamente dita, e a agora Neukolln, dominada hoje pelos turcos, sírios, curdos e hippies.

Tudo começa no ano de 1415 quando a hoje famosa tribo Hohenzollern, que governava a província de Brandemburgo, torna a cidade capital do Sacro Império Romano Germânico, e isto vai perdurar pelo menos por quase 500 anos, meio milênio.

Como toda glória que marca a história de Berlim-Alemanha, lógico que o nascimento foi a fórceps,  pela mão pesada de Frederico II, em 1448, provocando a sangrenta rebelião conhecida por “Berliner Unwillen-Berlim Indignada”.

Direto aos fatos tão ao gosto da História de Berlim. Tudo começou porque o tal Frederico II resolveu construir um castelo na ilha do rio Spree em terras simplesmente tomadas em troca de nada dos pseudo pacatos cidadãos que não deixaram barato.

Desta sangria que manchou de vermelho o rio Spree que até hoje corta Berlim sobrou até para o ainda hoje famoso urso tendo ao lado a águia, futura hitleriana, e que acabou com as garras do pássaro fincadas nas costas do urso, na bandeira.

Massacrados, os berlinenses tiveram que engolir o castelo de Frederico II, da dinastia dos Hohenzollern, nos seguintes 500 anos de sobrevida, com suas quatro torres até que nem tão grandiosas mas que trouxeram momentos gloriosos para a região.

Sobre estes 500 anos de glória da Berlim é verdade que por eles passaram, como sempre, momentos de tragédias e mudanças, da guerra entre luteranos e papistas , com a chegada de Lutero,  mas na verdade teve muita peste no meio do caminho.

É sobre estes momentos constantes de construção, após a glória, e consequente destruição que falamos no próximo capitulo, entre eles os trágicos momentos da Guerra dos Trinta Anos, da Grande Peste, e da vitória do grande Napoleão.

Então, tá. Axé, inté e tschuss.

#berlin #berlim #fredericoII #sorabio #mamcasz #hohenzollern

Cap 4 – Berlim – sempre uma grande peste no meio do caminho.


Cap 02

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O primeiro imperador do Sacro Império Romano da Nação Germânica, Carlos Magno (742-81), tem a ver com o começo da alemanização do pedaço onde no futuro nasce a grande cidade de Berlim, tão falada em todos os sentidos. E isto por causa do quê?

Foi este filho do Pepino, o Breve, quem deu uma surra nos Saxões, e dizem que ele bateu tão forte na cabeça que eles had got flat feet (criaram asas nos pés para fugir mais depressa). Fonte: Berlin Young People 2010.

Já no século XI, o guerreiro saxão da Casa dos Ascânios, derrota a tribo eslava e torna-se o primeiro marquês de Brandemburgo, o estado onde se insere a atual grande Berlim. Com isso, nas margens do rio Spree são ocupadas por imigrantes vindos do vale do Reno e da Francônia.

Pois então quando existe o primeiro registro da criação da nossa Berlim? O ano correto, tanto que assim é comemorado, foi o de 1237. Foi a partir de uma pequena colônia de pescadores, no rio Spree, metidos a independentes.

Agora, o detalhe interessante é que Berlim, tantas vezes derrotada e dividida, reduzida mesmo a escombros, já nasceu a partir da reunião de duas localidades – Kölln (hoje, Neuekolln) e Berlim, as duas separadas pelo rio Spree.

Na verdade, mesmo, a hoje Neuekolln é citada em 1230, enquanto com Berlim isto acontece em 1240 e tem mais. A reunificação, de fato, das duas cidades, numa só Berlim, aconteceu em 1307, por razões econômicas, Liga Hanseática e tal.

Pois dali então começa a história que levo, a partir de agora, sobre a Berlin Stund Null – Berlim Ano Zero. Logo em seguida somaram-se a ela as cidades de Kopenick, no oeste, e de Spandau, no leste, duas grandes fortalezas contra os bárbaros.

Com a morte, em 1319, do último governante ascânio, Brandemburgo é disputada pelas casas de Luxemburgo e Wittelsbach, começando a primeira das tantas guerras devastadoras que vão se repetir em cima de Berlim ao longo dos séculos.

Pois no próximo capítulo a gente entra na primeira fase de Berlim Ano Zero, com o crescimento da cidade chegando aos incríveis, para a época, 8 mil habitantes, além da volta ao Sacro Império Romano da Nação Germânica e aos 500 anos de poderio sob as asas da Casa de Hohenzollern.

Axé e Inté o Cap 03: Berlim – 500 anos de glória quase eterna.

#berlin #berlim #carlosmagno #sorabio #mamcasz


Cap 01

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Berlin – Always a Stund Null

The origin of the name Berlin is uncertain. Ok. Nasceu nos pântanos do West Slavic. Vem da palavra usada na velha Polábia – berl-birl-swamp-pântano. Mesmo que os advindos germânicos jurem que Berlin vem da palabra bar-ber-urso. Aliás, o eterno e cafona símbolo desta cidade que sempre foi sexy e, conforme a época, pobre, milionária, dividida, poderosa ou até a sonhadora sede da Grandessíssima Germânia.

Então, vamos nessa, Berlim. Na Antiguidade, very old mesmo, a zona onde hoje está Berlim começou a ser ocupada por diversas tribos que escolheram dar um tempo nas margens dos rios Spree e Havel, apesar do terreno instável, pantanoso, mas tudo bem porque naquele tempo ninguém tinha prédio mesmo para nele morar que nem num pombal, certo mein Fritz que nem sonhava com os arranha o céu comunista.

Não sobre Berlim, era eslava e não germânica, mas sobre a Alemanha, o registro mais antigo é de antes do Cristo, escrito pelo romano Cornélio Tácito. Em “Germania”, logo no começo, ele declara que sempre pensara que “os germânicos eram indígenas”. Sobre Berlim, nada, óbvio, porque incluída naquela quinta sessão territorial, perdida nos pantanais, “região de feio aspecto, áspero clima e triste de habitar ou morar.”

No século VI depois do tal Crysto, não o que revestiu com nylon toda a Reichstag depois da Queda do Muro, lá pelos anos 500, muitas tribos eslavas dominaram o pedaço, alcançando as zonas suburbanas das hoje Spandau, no Oeste, e Kopenick, no Leste, se é que a gente já podia falar assim naquela época. Daí vem o leitor apressadinho e tasca a pergunta: mas quando foi mesmo que os chucrutes chegaram a Berlim?

Calma, figura apressada. Ainda nem chegamos ao Carlos, o dito Grande, maior ainda, por ter sido Carlos Magno. Segura as pontas porque a história da Berlim, unida ou desunida, ainda vai avançar aqui pelos séculos dos séculos, Amém, tá? Tschuss. Axé e Inté o próximo capítulo.

Cap 02: Berlim – megalópole com 60 mil habitantes


#berlin #stundnull #mamcasz #sorabios #

Link para o livro “Germania”, de Cornelius Tacito, antes de Cristo:

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/germania.html


Cap 00

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Berlim – antes e depois do tal do Cristo

Hello.

From today, you will see here, with my eyes, connected with those of History, since when there was this Berlin that, long before the pretended jump to the capital of Greater Germany, moreover, completely destroyed than in many other times, in these two and so many millennia, for then, we shall see this city that was born Slavic, turned Sorbian, Roman, Austrian, and, finally Germanic-German-Deutch.

Olá.

A partir de hoje, verás aqui, com meus olhos, ligados nos da História, desde quando existe esta tal de Berlim que, muito antes de pretenso salto para a capital da Grande Germânia, aliás, soterrada que nem em muitas outras vezes, nestes dois e tanto milênios, pois então, veremos-leremos-teremos-seremos esta cidade que nasceu eslava, virou sorábia, romana, austríaca e, finalmente, germânica-alemã-deutch.

The idea of this series, which will be part of the ebook “With my eyes you will see Berlin”, is to point out two apparently opposing links that trace the destiny of this imperious capital: on the one hand, the primitive Celtic curse of the Berlin Schulusstrich – Final Point, and , on the other side, the “Berlin Stundnull – Year Zero” to which she is always bound to recommence, over the centuries of victories and defeats, both of them overlords.

A idéia desta série, que será parte do ebook “Com meus olhos verás Berlim”, é apontar dois laços aparentemente opostos que traçam o destino desta capital imperiosa: de um lado a maldição quiçá céltica primitiva do “Berlin Schulusstrich – Ponto Final”, e, do outro oposto, a “Berlin Stundnull – Ano Zero” a que ela é fadada sempre a recomeçar, ao longo dos séculos de vitórias e derrotas, ambas acachapantes.

So, let’s follow together the next chapters of this Great Berlin that once was small, in another huge, and, more than once, reduced to wreckage then heaped together in what can be called today false hills swinging upon of the marshy land cut by rivers, lakes and canals, to the delight of the 60,000 inhabitants in the sixth century, or over 3 million, in this twenty-first century. Let’s move on?

Então, sigamos juntos os próximos capítulos desta Grande Berlim que um dia já foi pequena, noutro enorme, e, mais de uma vez, reduzida a destroços em seguida amontoados no que se pode chamar hoje de falsas colinas balançando em cima do terreno pantanoso cortado por rios, lagos e canais, para deleite dos 60 mil habitantes, no século VI, ou acima dos 3 milhões, neste século XXI. Vamos em frente?

Próximo Cap 01: Berlin – the first Stund Null

Próximo Cap 02: Berlim – megalópole com 60 mil habitantes

#berlin #berlim #mamcasz #stundnull #berlimanozero

https://www.youtube.com/watch?v=X279madStHQ