Exatos “quase” nove meses eis que me renasce hoje ao vento no meu másculo ventre mais ou menos isto ou a quilo. Seguinte. Siga-me ou caia logo fora da calha ora e ora nesta hora de reza minha quenga e santa senhora valha-me nos noves fora sem riso nem ciso ou cisco no lixo o risco do que fui-sou-serei-sereia largada na areia. Só. Sou. Quer dizer, ontem fui. Hoje não amanhã serei?


Moro na capital dum país tropical nunca abençoado pelos deuses minúsculos e diversificados. Adonde? Na parte plana do lado Sul da Asa fora do sovaco fedido da esplanada misteriosa onde abundam abundantes imigrantes eleitos pela brava gente brasileira tal qual igual saca? Ô saco. Acho que estou tão claro quanto as águas enlameadas que escorrem pelos córregos dos agora chamados subagrupamentos sociais
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  • Toma aqui a tua denta. Dura de quatro anos no teu ânus. Mais. Toma, brava gente brasileira forte no ser vil. Ou ficar na Pátria Livre ou ir para a Puta que Pariu. Perdão pela Palavrinha tão abaixo quanto a do Parlatão no Parlatório.
  • DOCUMENTO, POLACO DA ESCRIBA !!!
  • Êpa, gentia gente. Sou da escrita, não da dita. Pega aqui na minha dura seu guarda um dia no futuro tu vais mendigar no pedaço da sobra dada pela politicalha adiantada que está nem aí para esta babaquice de “ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo meu Bom Brill.” Sabes com quem estás falando ora nem sei quem eu sou quanto mais tu não falo mais nada claro.
  • FALA LOGO POLACO OU TE ENCHO DE PORRADA !!!
  • NÃO FALHO ABAIXO DA CINTA MILICO SINTA !!!
  • NÃO TÔ SENTINDO NADICA DE NADA FICA A DICA.

Pois então tem exatos nove meses que estou aqui preso neste bom apê último no andar da vista para o aeroporto JK e para a ponte JK e para o céu azul de anil do meu Brasil na vontade de mandar tudo para puta que pariu.

  • DESEN – RÔLA, POLACO !!!
  • Pois não meu general de plantão sinta meu RÔLO!!!
  • Fala meu polaquinho corajoso mas sem tanta falha.

Pois não, meu general de plantão e sinta de novo meu velho RÔLO!!! Falo no meu sério sinta logo abaixo da minha cinta estou acá preso hoje faz nove meses de obra no prédio o tapume tapando tudo pó para todo lado pena que não daquele enfim uma merda só soa o que sei lá repito esta merda de espera pelo que virá pós nove meses mais o convívio com o covida que alcançou os peões em volta e finalmente hoje agora já atenção nas fotos que dizem melhor do que o quase dito por mim ora por meus fitos que me vou embora engulo toda vírgula sem pausa não fico por aqui agora a lua nua entra pela sala pelo quarto pelo sei lá o que estou me sentido penetrado por inteiro tal o feto feito vida depois de nove meses fechado aprisionado com vista do nada mother open your pernas gente finalmente tiraram o tapume de dentro aqui da minha casa alma apertamento nobre depois de nove meses de nós fechados e olha só o que enfim de novo nova na mente agora acerto o alvo navamente falo e revejo que nem toda esperança morre sim cada qual tal na mesma lua do ano passado luta que sobrevive nesta pandemia idiota agora bate um papo aqui comigo entendeu ou quer que eu repita TUDO?

  • NÃO !!!
  • Só tem um troço.
  • O QUE?
  • Não uso vírgula nunca mais.
  • ; ?
  • Oi lua.
  • ! ! !
  • Té que enfim.
  • ???
  • Lua nua crua sua …
  • Ide polaco que a vida te espera procure pelas criaturas com vida conviva convida reviva nunca revida viva polaco da zunha reacenda e chama a gentalha que dizia que te adorava que amigava que amancebava e o dedéu escambou?
  • Eu hein Lua Nua.
  • Que foi?
  • Ninguém mais se lembra de mim.
    Ah esta Manha de Manhã com saudades do Amanhã né mesmo polaquinho por que depois não te calas?