Cap 4
Berlim – sempre tem um peste no meio do caminho
Com este título provocativo que nos adianta no tempo nem sempre glorioso, voltemos á eterna divisão que os muros, imaginários ou não, sempre dividem Berlim e, com ela, of course, o Império dito Germânico como um todo.
Anos 1500. O mando do papa romano continua sufocante na garganta dos germânicos e tudo tem a ver com o pagamento obrigatório, para a Igreja Católica Romana, do dízimo (10%), o que provoca a protestante reação do Lutero.
Com a briga pelo poder entre luteranos e católicos, na Alemanha, Brandenburgo, de quem Berlim é a capital, aplaude a conversão para o protestantismo do chamado príncipe-eleitor-manda chuva, isto tendo acontecido em 1539.
Com o chega para lá dos “papa-hóstias”, Berlim tem seu crescimento econômico revigorado, não só pelas 97 teses do Lutero mas por causa dos acordos comerciais com passagem pelo rio Spree, ligando Sul ao Norte da Europa.
Acontece que como está no título acima – “sempre tem um peste no meio do caminho”, não só uma mas três grandes ondas de pestes (1576, 1598 e 1699) mataram praticamente metade da população da eterna capital Berlim.
Além das pestes, ou por causa delas, em 1618 começa a pior, que é a Guerra dos Trinta Anos, basicamente entre interesses de católicos e protestantes, fazendo com que, ao final, 1648, Berlim tenha ficado só com 6.000 habitantes.
Concluindo por hoje. Durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), Berlim foi destruída, a primeira de muitas nos séculos seguintes. Um a cada três moradores foi dizimado pela guerra e pela fome. Aumentou, sim, o número de gangues.
E a vida continua em Berlim, aliás, como tem acontecido sempre. A recuperação, no começo dos anos 1800, é um fato, tanto que a cidade se torna uma das capitais mais bonitas da Europa, com tudo o que isto possa representar.
Para terminar mesmo, e no aguardo do próximo capítulo, a gente passa para Berlim, a gloriosa, com a chegada da Prússia, tanto que tem gente, ainda hoje, que acredita que os alemães são prussianos, arianos, puros espécimes da raça e tal.
Na sequência, a gente recomeça do ano 1788, com a inaguração do ainda famoso Portão de Brandemburgo, palco da ação do maior ladrão de Berlim – Napoleão Bonaparte. Ele levou para Paris tudo o que estava em cima do símbolo da capital.
Então, tá. Inté, Tschuss e Axé.
Cap 05 – Napoleão Bonaparte – o maior ladrão de Berlim.
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