Cap 06
Quando se fala em Berlim, duas coisas aparecem na cabeça da pessoa mais recente, e elas são o famoso Muro Comunista e, pouco antes, a onda dos nazistas, Adolfo Hitler no comando, fugidos no pós-guerra para a América Latina, inclusive com ajuda do sagrado Vaticano.
Já li dezenas de livros sobre os dois assuntos, pesquisei in loco, conversei com autênticos germânicos de diversas gerações, ao longo dos últimos 40 anos em que costumo visitar, a trabalho ou não, a tal da Germânia dos Mil e Um que não passaram dos 10.
A prosa deste capítulo seria sobre o comando do Hitler, especificamente sobre Berlim, que, no sonho desvairado dele, seria a Capital do Mundo no Terceiro Milênio, mas acabou em montanhas de entulho ainda guardadas na mente de cada cidadão alemão.
Por isso me seguro na análise da propalada propaganda nazista alemã e todos os seus efeitos a partir da Berlin Stund Null (Berlim Ano Zero), que não foi a primeira e nem será a última, com certeza, basta seguir a sua história ao longo destes dois milênios.
Então por causa de quê mesmo este lero-lero se aparentemente fujo de falar do nazismo alemão? Simples. Porque o nazismo ainda existe na Alemanha. Apenas cito uma página desta semana no jornal Berliner Kurier, traduzido, evidentemente:
“ O número de ataques de grupos nazistas anti-racistas e anti-semitas aumentou. Isto foi anunciado pela organização ReachOut na terça-feira (05/03/19) que documentou 309 ataques, em 2018, somente em Berlim.”
O jornal alemão ainda detalha a atuação dos nazistas na Alemanha, nos dias de hoje:
“A maioria dos ataques documentados pelo ReachOut são ferimentos pessoais (157), lesões corporais perigosas (115) e ameaças (31).Pelo menos 423 pessoas ficaram feridas e ameaçadas. Entre os atingidos pelos grupos nazistas, segundo ReachOut, 19 crianças e 47 adolescentes. Além disso, 19 crianças tiveram que testemunhar como seus pais foram espancados, cuspidos e humilhados.”
E aí? Continuo ou ficamos para o próximo capítulo, de volta ao Portão de Brandemburgo e o que aconteceu com ele no quase meio século de abandono sob domínio comunista, espremido entre os dois lados de um mesmo muro que, repito o que ouvi de um senhor alemão, ao dividirmos a mesma mesa, num cafezinho, num certo ponto da Kudam:
– O muro de Berlim, meu amigo, ainda continua firme na cabeça de cada alemão.
Então, tá.
Inté, Axé e Tschuss.
Cap 07 – Comunistas botam cavalos no lado errado de Berlim.
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