marlise em paris 1b- photo by mamcaszmarlise em paris 1d- photo by mamcasz

Bons tempos aqueles em que eu mandava cartão postal das minhas viagens quando @s amig@s  só recebiam minhas novidades uns dez dias depois de eu ter chegado de volta.

Agora,  sou informado quase ao vivo, pela internet:

O amigo Marçal, de Porto Alegre, chorou pela morte de Mercedes Soza.

O amigo Laet, do Rio, tem um casal de amigos também aqui em Paris.

O amigo Roberto, do Rio, lamentou minha dura vida de polaco.

 marlise em paris 1a- photo by mamcasz

   

O amigo Eduardo, de Curitiba, marcou de bebermos o mesmo vinho Beaujaulais, na mesma hora, ele com a Lu lá e eu com a Cleide cá.

O sobrinho André, de Ponta Grossa, filho do meu irmão João, pediu muitas fotos de Paris para vermos juntos em Brasília.

O amigo Rodrigo, do Arizona, está em Hong Kong e a Rô em Brasília.

A Glória, amiga gaúcha de Brasília, me disse que o irmão dela está vindo passar o aniversário dele aqui em Paris.

O amigo Flavinho me falou do Festival de Jazz de Ouro Preto, onde ele foi com a namorada Carina, de Barcelona, e eu respondi que aqui em Paris tem uma rádio que só toca jazz, dia e noite.

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Enfim, vamos então para festa desta noite, sábado, aqui em Paris. Foi um lindo show, une brocante insolite, festa comunitária no centre de bus de Lagny, na Porte de Vincennes, lado branco de Paris, classe média, nada de negro, turista, latino, argelino ou imigrante.

O local: uma garagem de ônibus com mais de cem anos de existência e que vai ser transformada num véritable lieu a la vie. Tudo de graça. Das nove da manhã às onze da noite. O melhor começou às nove da noite. E se estendeu até quase à meia-noite. Foi uma verdadeira jam-jazz-session.

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 Mas tudo isso para falar que encontrei nesta festa, num subúrbio limpo de Paris, neste sábado, uma grande amiga, a Marlise, gaúcha de Brasília mas que mora em Buenos Aires. Ela era a animadora da festa, ici em Paris, um atriz, cantora, fingindo ser dos anos 50, mas a cara escarrada da mocréia. Na hora, me lembrei da minha mulher, que continua sumida aqui em Paris. E olha que, por causa da festa, tinha até meio esquecido dela. Mas com a chegada da Marlise, o mesmo jeito, a mesma cara, o mesmo deboche, o mesmo riso, fui falar com ela e perguntei se tinha visto a minha Cleide por Paris. Ela olhou para mim e apenas perguntou: Mamcasz, você ainda tem feito aquelas poesias concretas malucas? vai ver que foi por isso que a Cleide sumiu em Paris. Então, para vocês, algumas fotos da Marlize, ici em Paris.

 

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