Estava eu hoje de manhã, 12 de outubro de 2009, a flanar por Paris, à procura, mas nem tanto, de minha mulher, que ainda não apareceu, quando eis que, de repente, a saudade bateu forte.Foi no lado de fora do Jardim de Luxemburgo, onde está o Senado, no lado de dentro.
A saudade não foi da florzinha sumida em Paris mas de Hanoi, Vietnam, onde estivemos há quatro anos, e tudo por conta de uma exposição de fotos, na grade trabalhada do Jardin du Luxemburg, sobre a vida na Indochine (Viet Nam, Laos, Cambodja, sul da China e Birmânia, atual Yanmar).
E a foto que bateu fundo foi esta abaixo, do pai dormindo ao lado de um filho, numa jangada lá do Mekong.
Junto, a poesia de arrepiar:
“Se um dia eu me transformar em lua nascente
Que tu sejas um arrozal, meu filho…
Se um dia eu me transformar numa planície
Que tu sejas um pequeno animal, minha criança…
Se um dia eu me dissolver nas águas do rio
Que tu sejas a minha luz, meu querido…
Mas se um dia eu me transformar numa borboleta
Então, meu rebento, que tu te transformes em vento.”
Isto me fez lembrar da minha florzinha, será que ela passou por aqui nesta rua de Paris?
Foi de quando ela estava dormindo e eu disse para ela:
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