Uns anos, poucos, já passados, quando ainda existia o programa Revista Brasil, estive com ele, do qual participava, na Expansão da Samambaia, onde é só esticar o passo que se sai do Distrito Federal (Satélite) e se entra no Goyaz (Entorno).
E por que esta prosa?
Porque uma senhora chegou, naquela manhã, durante o programa Os Radionautas, passado ao vivo, numa pracinha, ainda pela Rádio Nacional de Brasília, tendo ao lado a filha e perguntou para a gente:
– Por que vocês têm este programa só aqui na Expansão e não espalham por todas as Satélites, porque tem muita criança precisando deste tipo de coisa?
Eu sempre acompanhei, desde 2004, todo domingo, das 10 ao meio-dia, aquele grupo de crianças e pré-adolescentes que chegavam apertadas numa Kombi para apresentar o programa Os Radionautas, na Rádio Nacional de Brasília.
O trabalho, com dinheiro nem para o lanche das crianças, domingo de manhã, a Rádio oficialmente nunca participou destes detalhes, era uma iniciativa do Edvaldo Ferreira, da Sociedade dos Moradores e Amigos da Expansão de Samambaia/DF, uma espécie de ONG bem pobre, sem a grana de outras primas ricas que freqüentam os salões da Esplanada ou, pior, sem botar a mão em meia ou cueca cheia de lama milionária.
A idéia de criar um programa de rádio com as crianças carentes da Expansão da Samambaia surgiu depois de uma reportagem, no Correio Braziliense, comparando o local à violência da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Edvaldo Ferreira hoje está concluindo o Curso de Jornalismo e ainda se lembra de quando viu um grupo de crianças em situação de risco brincando com uma bola de papel de jornal e teve a idéia que, aliás, nunca teve o apoio que merecia ter tido.
E por que o rumo desta prosa aqui e hoje?
Sei lá, estou velho, esquecido, mas quando me lembrar volto aqui e conto.
Mais detalhes sobre Os Radionautas, (alô, Valter Lima!) clique abaixo:
http://casteloforte.com.br/sociedade8.htm
Post-scriptum (!?):
Ah! Acabo de me lembrar de uma das duas coisas que esqueci. É que Os Radionautas ganharam, entre quase dois mil inscritos, o sétimo Prêmio Itaú-Unicef, em 2008. Não é nada, não é tudo, mas é muito a ser ainda reconhecido. Mais detalhes no site da própria Unicef:
http://www.unicef.org/brazil/pt/rpi_abril2009.pdf
março 31, 2011 at 19:39
[…] https://mamcasz.wordpress.com/2010/03/30/os-radionautas-do-passado-no-pais-sem-futuro/ […]
março 25, 2011 at 06:01
Eu sempre esculutei o programa de vcs pela radio que meu irmao sitonizou na tv, todo domingo eu e meus primos escultavamos , sentimos sua falta, moro na cidade no distrito de jardim ceara beijao boa sorte a todos!