Passo a tarde plantando grama na casa nova da minha sogra velha.
Ela está chegando de volta neste sábado na flor da idade.
Oitenta e oito anos.
Diz que quer recomeçar a vida ao lado deste vosso genro.
Mas como estava falando, estava eu, hoje, plantando grama.
Desde Caminha que, em se plantando, todo mundo dá.
E né que estou de volta ao meu ninho na parte sul desta Ilha.
Pronto para começar minha sexta na maior.
Caipirinha no capricho ancestral.
Limão em quatro um pedaço para cada ponto cardeal.
As pontas, que amargam, vão pro santo.
Enfia no … seo Mamcasz, grita Exu.
Tá certo Ele, mas não enfio Eu.
E por que tô puto?
Recomeçando.
Passo a tarde plantando grama.
Sol candango de 30 graus e secura de 20.
E chego cá no meu ninho na parte sulista da Ilha.
Conforto do Faceorkut e o escambau.
Só para ver esta puta provocação.
No meu tempo de Santa Teresa, no Rio, no ato diria:
Um caminhão é bão.
Bão praquê?
Prá encher de mulata e ir pros ensaios.
Só tem um porém que me estraga esta noite de sexta.
Esta porra do caminhão da Mecedez-Benz não tem carroceria.
– E daí?
Daí, meu, que vou levar as mulatas donde?
– No colo, véi.
Moral:
Caiu a ficha.
Vai um gole aí da minha famosa caipirinha?
– Topo.
– És mulata?
– ???
– Nem imitando beicinho …
– Ide!
– Pronde?
– Quer mesmo ouvir, manezinho?
– Lógico … vou pronde?
– Prá puta qui pariu !!!
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