1 – Fenaj

Saiu o resultado da eleição da Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas, com 41 profissionais eleitos na chapa Virar o Jogo. Apesar do nome, a maioria é da diretoria antiga. Interessante que não tem 1 aqui de Brasília. Boa imunidade sindical para todos.

Lista completa em:

http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=3148

2- Jornalistas de Brasília

 Enquanto isto, o balanceante Sindicato dos Jornalistas de Brasília enfrenta uma dura divisão nestas eleições.

De um lado, a Velha Guarda. Do outro, a Jovem Guarda.

O ovo ou a galinha?

Mas ninguém, mesmo, da Nova Guarda.

E ninguém no meio para colocar ordem na zona.

Sem sede própria, vendida para uma construtora, em troca de futuras salas, funciona no eterno decrépito Clube da Imprensa.

Na verdade, há quase cinco mil jornalistas na capital, sem contar o bando de estagiários, e valendo os fotógrafos e e cinegrafistas.

Sindicalizados, menos da metade. Os que costumam votar não chegam a dez por cento do total.

 Interessante é que no caso do Clube da Imprensa há uma terceira chapa registrada com  o nome de Virando a Mesa.

Lista completa dos jovens (nem tanto) e dos velhos (com certeza) em:

http://www.sjpdf.org.br/Noticia,Abrir,3951,7804.aspx

Ah …

Amanhã eu posto aqui um arranca-rabo que tivemos eu, dito plínio, e um pseudo-jovem que está na Chapa 2-Acomodação,  quando estávamos  na saudosa Comissão de Funcionários da EBC, não a de agora.

Tudo devidamente registrado no STE (?).

Inté e Axé!

Boa imunidade sindical, cutianos.

São 41 na Fenaj e 28 no Sindicato.


Aqui na frente da Rádio Brazil tem uma placa reservando três vagas para deficientes, funcionários ou não.

Falo (?) de deficientes físicos.

Porque olha só o que os mentecaptos continuam fazendo.

No caso, é prata da casa mesmo:

Foto tirada hoje, sexta-feira, dia 06-08-201o, às 08h12m.

Aliás, isto é comum até quando ministr@as (não tod@as) continuam vindo gravar entrevistas que serão usadas em campanha.

Pois então confesso.

Eu, idiota, exijo que não consideres os posts a respeito da falta de copinho para água e café.

Que nem naqueles belas peças de teatro em juri popular.

Tem mais:

Façam o mesmo, ou seja, tornem papel higiênico os meus posts sobre funcionário nota 100.

Quarenta e sete deles foram promovidos com nota 100.

Dois níveis acima.

Pois um deles é um ex-presidente da Rádio Brazil que há oito anos está fora da empresa.

Uma outra promovida, com nota 97,5, hoje me perguntou:

Censo é com um ou dois ésses?

Calei-me para não mandar que ela enfiasse os ésses sobrando na parte dela deixada de ser íntima há tantas eras.

Tô ou não tô com razão em estar puto?

Moral do Lero:

Cadê as Belas Adormecidas:

– Detran-DF?

– DRT-DF ?

-Sindicato dos Jornalistas do DF (vai ter eleição)?

-Sindicato dos Radialistaas do DF?

-Comissão dos Funcionários da EBC (vai ter eleição)?

-CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) vai ter eleição?

-Sindicato dos Publicitários do DF?

-FENAJ (já teve eleição)?

-Sindicato dos Empregados na Administração em Empresas Públicas?

CADÊ O SINDICATO NACIONAL DOS EMPREGADOS DA EBC?

Nota final:

Posso falar mais um palavrão?

 Num dianta.

Aliás, veja alguns dos posts aqui já bostados.

O primeiro, por sinal, é de uma ex-chefa que está querendo me processar porque ela acha que eu, aqui, insinuei que ela seria uma vaca:

1

https://mamcasz.wordpress.com/2010/02/05/deficiente-e-a-mae-crista-da-minha-chefe-carola-na-ebc/

2

https://mamcasz.wordpress.com/2010/02/26/deficiente-diferente-e-deferente/

3

https://mamcasz.wordpress.com/2010/02/25/deficiente-e-o-canalha-que-usa-vaga-do-diferente/


Assim como quem não quer nada, imprevista, chegou hoje, perto das dez, aqui na Rádio Brazil a urna de votação da Fenaj-Federação Nacional dos Jornalistas, que não tem nada a ver com os Sindicatos dos Jornalistas, nem com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação, nem com a ABI-Associação Brasileira de Imprensa.

 

Ao meio dia, a urna ainda estava lá, totalmente virgem, apesar das duas chapas, e olha que estou esperando a chegada de uma colega candidata mas ela faz tempo que não aparece, mesmo sendo chefe, para retirar algumas dúvidas mas tenho a impressão que a imunidade lhe fará bem.

Outra eleição que se aproxima é na  vitalícia turma do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, atualmente sem sede própria porque a mesma foi vendida para uma construtora da capital, e parece que terá apenas uma chapa, por excesso de zelo no aceite das fichas opositoras, a exemplo do que já havia acontecido doutras vezes.

Quanto à Fenaj, dependendo do resultado dessa eleição, e da chapa eleita, sai ou não o Conselho Nacional de Comunicação que poderá controlar a vida do cidadão jornalista e acabar com o Conselho de Ética ou com ela mesmo, de vez.

Diploma para jornalista é outra coisa pouco debatida.

Enquanto isto, neste domingo, na Esplanada dos Mistérios, perto da Praça dos Podres Poderes, os índios começam a voltar para o mesmo acampamento. Até o cartaz escrito em inglês, para a ONU, está de volta. Passei por lá com um amigo gringo que é brazilianist e estava em Brasília no encontro internacional, totalmente esquecido pela press tupiniquim. Foi very dificult mesmo explicar para ele o que os índios estavam fazendo fora do Congresso Nacional e não dentro.

Falando em Índio…acabo de ler a declaração da candidata seringueira dizendo que índio não deve jogar conversa fora porque, depreendi, existe um pacto entre os três beneficiados pela máquina oficial no sentido de ninguém mijar fora do penico.


  JORNALISTAS    NA  ENCRUZILHADA

A história da sindicalização dos jornalistas brasileiros começou na década de 30,  século passado,  a reboque das benesses do governo da época, no caso, do então ditador Getúlio Vargas, que concedeu a jornada de cinco horas diárias e tentou, sem êxito, em 1938, criar escolas superiores que permitissem uma profissionalização, com diploma, que só foi alcançado noutra ditadura, esta militar, em 1969, e derrubado agora, em 2009, no final de um governo democrático de viés popular.

 

Muros de Brasília - photo by Mamcasz

A partir de 1950, os jornalistas brasileiros passaram da fase dita de boemia para a sindicalização que acompanhou o processo de industrialização brasileiro, com a transição das Associações de Imprensa regionais para os Sindicatos, embora, no âmbito nacional, a Associação Brasileira de Imprensa -ABI – tenha mantido presença marcante, a partir do golpe de 1964, quando os sindicatos dos jornalistas ganharam juntas interventoras, até decair novamente, em termos de participação nacional, desde o impeachment do primeiro presidente civil eleito depois dos militares.

 

Muros de Brasília - photo by Mamcasz

A reação dos jornalistas brasileiros voltou a acontecer na década de 70, com a retomada dos Sindicatos por nomes de peso, a exemplo do Distrito Federal, onde entrou Castelinho (famoso colunista Carlos Castelo Branco), seguida de lutas enormes contra a censura, pelas Diretas Já para presidente,  de protesto por mortes de jornalistas,  o caso maior foi o de Vladimir Herzog, na prisão política em São Paulo, encerrado este ciclo com a realização de  greves de jornalistas que tinham apagado do imaginário de toda uma geração esta forma de luta de classe, ainda que corporativista.

 

Muros de Brasília - photo by Mamcasz

Finalmente, advindo o processo de transição para a democracia (saída dos militares, chegada do primeiro presidente civil eleito indiretamte – Sarney –  e afastamento do primeiro eleito diretamente – Collor), os jornalistas se encontram agora numa encruzilhada, na fase pós Informática,  perdendo cada vez mais espaço para blogueiros, lobistas, comunitários, ongueiros, assessores e outros estranhos no ninho, o mesmo acontecendo com o sindicalismo e seu envolvimento partidário, não mais político, com   preferência pelo singular  PT – CUT, e se distanciando cada vez mais   do centro da meta da maioria da classe.

 

Muros de Brasília - photo by Mamcasz

Em síntese, a classe dos jornalistas brasileiros está sem rumo, desunida, desinteressada e sem bandeira, perdida diante de investidas como o fim da exigência do diploma ou da malsucedida criação do Conselho de Comunicação Social, sofrendo da ausência de bandeiras comuns de luta e de nomes brilhantes para modernizar o movimento sindicalista do jornalismo brasileiro. 

 Enfim, devido à opção pelo singular e não pela ação pluralística, que envolva a maioria, o sindicalismo brasileiro referente aos jornalistas está nas mãos de meia dúzia que diz representar os interesses de milhares de profissionais que preferem o silêncio dos inocentes.

O que vai sair disso, ninguém sabe, nem quando, e muito menos onde.

 

Muros de Brasília - photo by Mamcasz

Boca no Trombone

 Eduardo Mamcasz

 

( Jornalista profissional sindicalizado desde 1977, primeiro no Rio depois em Brasília,  formado na UFRJ,  com passagens nos jornais O Globo, Folha de São Paulo e EBN-EBC, entre outros. Este texto foi preparado para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), a pedido, por uma turma duma Faculdade de Comunicação em Brasília, quer dizer, no Distrito Federal, porque na cidade de Taguatinga. )