Cento e vinte dias sem chuva
as cigarras tontas caladas
os cantos dos machos
as fêmeas anseiam
no oco do tronco.
Cento e vinte escândalos cá na ilha
não conseguem acordar as cigarras
das satélites dos entornos do plano
onde a grama se confunde na terra
vento levanta a micro saia marrom
da minha prima vera persistente.
Cento e vinte pessoas
na poeira da seca de esperança
vencida pelo apático medo demográfico
não falam não enxergam não ouvem mais nada
nem o debate do peixe fora do leito seco sem água da vida.
Neste entre ato entre meio entre tudo entre tanto
chega minha prima vera mais bonita que minha Brasília
me aconselha no aconchego da cigarra fêmea inda que da família
vai Mamcasz distribua mil beijos varonis na primavera verão e outono
antes que chegue o descanso do guerreiro no inverno tal qual a cigarra macho
pronto para cantar a melodia da atração da fêmea natureza com quem copularás
até o instante do gozo eterno plantado no oco do tronco com que serás abatido
por não teres mais o mínimo sentido da máxima utilidade reprodutiva de todas as vidas.
Assim é que a mamãe natureza qual cigarra fêmea
administra a renovação da vida
na tal da democracia ladina
que precisa de outono
verão e inferno
é primavera
te canto!
janeiro 31, 2014 at 02:16
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Primavera é tempo de beijos varonis, te liga! |