– Ninguém vai bater no meu povo, não !!!
Um padre anônimo.
No faroeste de Goyaz.
Ao vivo na Globo.
Corre à porta da igreja.
Destranca os cadeados.
Abre a porta do templo.
Antes de tocar o único sino
Na amena torre qual Cristo
Ele proclama ao rebanho:
– Ninguém vai bater no meu povo, não !!!
– Podem entrar!
Entramos.
A cena não é roteiro de cinema não.
É real.
Acontece no Velho Oeste do Brazil.
Goyaz.
Entorno do Distrito Federal.
O rebanho obra o dia inteiro em Brasília, a 50 km.
E se aboleta de noite, passada a ponte esburacada.
Fronteira México-Estados Unidos.
Tão Inferno.
Quão perto do Céu.
Esplanada dos Mistérios.
Praça dos Podres Poderes.
Hoje, o pau quebra.
De um lado o povo.
No meio, a praça.
Do outro, os meganhas goianos dão porrada.
O prefeito David Leite provoca na rádio comunitária:
É coisa de meia dúzia …
É gasolina de otário.
O secretário de Insegurança de Goyaz, à distância, 150 km, inflama:
– Isto é desobediência civil!!!
Melhor que ele leia antes Henry David Thoreau (1849).
DESOBEDIÊNCIA CIVIL JÁ !!!
http://thoreau.eserver.org/civil.html
P.S.
No final do dia, o padre Marcelo Freitas, este é o nome dele, do Santuário Santo Antônio, com a negra batina, agora um ser midiático nacional, fala o seguinte ao G1:
“Pedi negociação,
pedi para conversar e dialogar com a polícia.
Disse que se eles quisessem fazer algum ato,
mesmo que fosse de direito do Estado,
que não fosse dentro do terreno da igreja
porque eu não dava essa autorização”.
Bem no estilo dos falecidos padres dominicanos na época da repressão, dos finados freis Beto e Leonardo Boff, dos bispos Evaristo Arns, Helder Camara e outros ex-santos teólogos da libertação. É, não se faz mais PT como antigamente.
Para ver o padre do faroeste brasileiro, clique abaixo:
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