Paris sempre abriu as pernas (parte dois)
O Samba de Orly de hoje vai para
Luiz Coutinho e Yara Selva.
Ontem, ici a Paris, eu falei dos belos
nazistas que encantaram as parisienses.
Usei o termo forte, mas real, de Paris
sempre abrindo as pernas.
Mas isto é verdade, há dois mil e tantos anos de história.
E a turma da moda, na frente …
Nunca foi queimada na fogueira que nem Joana, a Virgem.
Ao contrário da minha musa, Marlene Dietrich.
Ela era alemã. Encantou as tropas.
A música Lili Marlene embalou todos os lados.
Mas quem não cantou Marylin Monroe?
Já o Wagner foi patrulhado porque preferido do Hitler.
E a madame Coco Chanel?
Tudo bem que a história é diferente.
Ela se apaixonou por um belo oficial germânico.
Segundo a minha madame Cleide,
belo tanto com e, principalmente, sem uniforme.
Portanto, repito aqui, porque lindo, o escrito
pelo amigo Luiz Coutinho, no Facebook.
“Entre outras qualidades veramente admiráveis, meu amigo Eduardo Mamcasz é um iconoclasta que não tem meias palavras – ou vai ou racha. Ele está em Paris, de onde envia para seu blog não as amenidades turísticas que se poderia esperar, mas um olhar deliciosamente crítico sobre tudo e todos. Assim, sem pudor, Mamcasz informa que Paris sempre abriu as pernas para seus inimigos. Não poderia ser diferente com os nazistas. O curioso é que leio uma biografia de Madame Coco Chanel (“Dormindo com o Inimigo”, Hal Vaughan, Companhia das Letras) que informa, entre outros detalhes fascinantes, o caso dela com Hans Günther von Dincklage, espião nazista que foi enviado a Paris durante a Segunda Guerra Mundial. E mais, diz a biografia: Chanel odiava judeus e tornou-se colaboracionista de Hitler desde que resolveu comer o bonitão Dincklage (ele é o jovem no meio da foto, tirada em 1917). Tema: este momento tortuoso da vida de Madame Chanel pode ser perdoado tendo em vista a estelar profissional da moda em que se transformou? O talento vence a indignidade às vezes cometida pelas pessoas? É possível julgar alguém pelo que fez no seu passado, esquecendo-se do que deixou para o futuro? Acho que Yara Selva – que adora Chanel – poderia dar sua opinião. E Mamcasz poderia aproveitar a estadia em Paris para fotografar a Maison Chanel – pelo menos a fachada. Pode ser, Mamcasz?”
Mon ami L.A. Só teve um lero.
Estava eu na calçada oposta da loja da madame Coco Chanel.
31, Rue Cambon.
Entre o Jardin des Tulleries e a Place de Vendôme.
Passando pela Rue Saint Honoré.
Mais chique do que isso só o que me aconteceu, deveras.
Estava eu, como dito, na calçada oposta.
Eis que sai da loja uma das manequins
mais queridas de madame Chanel.
Faço o sinal típico de brasileiro encantado.
E não é que funcionou?
Pelo menos, nesta primeira noite.
Merci, monsieur Luiz Coutinho.
Neste samedi, na Cité de la Mode e Design,
na beira do Sena, abaixo de Austerlitz, acontece o Salon Tmode.
Vou dar um pulo lá.
Quero voltar para casa com umas seis manequins.
Para casa em Brasília, uma Ilha, ainda?
Uma para cada dia da semana.
E a sétima?
Bom. Vou me sentir um Deus.
No sétimo dia, eu descanso.
Moral
Mil desculpas, caras feministas.
Perco a amiga, mas não perco a piada.
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27/10/2011 at 7:26 PM
Muito bom! A foto da Cleide como manequim da Coco Chanel, entao nem se fala.