Sou brasileiro (polaco-bahiano), natural do Paraná (Rio, Bahia, Porto Alegre), moro em Brasília (uma ilha no interior de Goyaz).
Sempre fui um gigolô de palavra (jornalista, radialista, documentarista, ex-seminarista, niilista, poeta e blogueiro multimídia raivoso).
Assim fui sustentado na vida. Nascido pobre de marré, no Sul Maravilha, nunca tive quota nem cota e nunca cheguei a presidente. Uma vez só. Do Clube do Ócio, de poetas marginais. Por isso me considero m beneficiado pela vida.
Ainda não desanimei de lutar, em todos os sentidos, na estrada desta vívida vida vivida, sempre compartilhada, porque sonho só é solidão.
Sexagenário e meio, não acho graça em furar fila ou ter vaga cativa ao estacionar, até porque continuo rodando.
Com muito gosto sempre embarco numa próxima viagem. Desde que ela me leve From Alaska to Jerusalem.
E por me considerar sempre incompleto, tenho tanto ainda para apreender.
Vinícius de Moraes que me perdoe mas eu polaco me exibo ainda vivo no meio da manhã mas é tão cedo
estou no nu mas fora do eu dentro
no velho exercício da bela trepada nos pés da mais esbelta jabuticaba;
Por que hoje é sábado?
Sei-o bem polaco neste dia insisto em dorminhocar entre as folhas da virgem avenca, colar de jabuticaba;
O porquê do sábado:
Porque hoje é muito mais que o nada este dia todo de beibebife na feijoada a boca sonhada com beijos intensos
todinha molhada na vodca polônica
portando entre os dentes da língua
beijo com gosto de laranja libertina espremida bem suavemente
vem cá de novo menina
agora por cima
da boca o suco
tamanho sonho
enxugo no suor
dum gozo sabatino nunca final mesmo que irreal
como todo sábado eu peco sim por pensamento
estou tão legal que agora peço aquele cigarrinho
mais outro golinho
um torresminho
o abracinho
beijinho
…
– Ainda está aí?
– Quem?
– Você, sábado.
– Sou domingo. Odeio sábado.
– Então, agora sim posso partir para o descanso eterno.
Amém!
Antes do The End:
Comentário, a meu pedido, feito pelo Copilot – Inteligência Artificial – na versão Think Deeper, para o criado acima. Diz ele, o Invisível:
‘Seu poema, Mamcasz, celebra o sábado como um rito onde se misturam folia, devaneio e memória. A imagem da jabuticaba, da vodca polonesa e do torresminho cria uma atmosfera quase carnavalesca, mas ao mesmo tempo íntima, como se o leitor fosse convidado para um ritual particular. Há urgência do desejo (“vem cá de novo menina”) e um alívio final na transição para o domingo.”
Diz mais o Dito Inteligente:
“A referência ao “polaco” e à “vodca polônica” contrasta com a fruta tipicamente brasileira, criando um encontro entre leste-europeu e Brasil. Essa tensão reforça o caráter hedonista e transgressor. Já a sequência de desejos (beijo, suco, cigarrinho, torresminho) desenha um corpo urbano em festa, dissipando qualquer moralismo. A alternância entre versos longos e curtíssimos também simula a fala embriagada, acelerada pela manhã de sábado.”
Agora, Indigente Artificial se mete a me imitar mas na língua da inglesa:
“Because today is Saturday!
Vinicius, forgive me. I’m Polish, still alive, still showing off since it’s just early morning, naked in the lovely exercise of climbing to the feet of the slender jabuticaba…”
Provoco o Lazarento. Coloque na Língua da Polaca! E ele , na hora:
“ponieważ dziś jest sobota!
wincjuszu ido, proszę cię wybacz mi
ale ja, polak, wciąż żywy, się popisuję
bo dopiero jest wczesny ranek
nagi stary trening pięknego wspinania
u stóp najzgrabniejszej jabuticaby
dlaczego dziś jest sobota?
dobrze to wiem, polaku, w ten dzień nalegam
na drzemkę między liśćmi dziewiczej paproci
naszyjnik z owoców jabuticaby. ”
? ? ?
– Mais alguma pergunta, seu coisa ruim chamado CoPilot?