A pedido de inúmeros amigos de madame Cleide de Oliveira,  minha companheira há trinta anos, volto ao tema sobre os gays de Berlim,  mas hoje de uma maneira séria.

 Pena que não possa colocar os nomes dos amigos porque o preconceito ainda existe e  leva mais de um ou uma colega de trabalho a não assumir  o que de fato é.

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The gays from Berlin suffered at the hands of the Nazis and when sent to extermination camps they was chased by polish guards and by the jewish prisoners.

When the war ended, those who were alive were not released, but forced by the Allies to end the winning penalty to which they were condemned by the defeated Nazis.

When they returned to the community, still had to keep quiet because they had changed the reality that, in the 1900s, long before San Francisco and New York, Berlin was a city with free genus until now unseen altogether.

Os gays de Berlim sofreram nas mãos dos nazistas, foram mandados para os campos de extermínio, onde era perseguidos pelos guardas poloneses e pelos prisioneiros judeus.

Quando a guerra acabou, os que estavam vivos  não foram libertados, mas obrigados pelos aliados vencedores a terminar a pena a que foram condenados pelos derrotados nazistas.

 Quando voltaram para a comunidade, ainda tiveram que manter silêncio porque estava mudada a realidade que, nos anos 1900, muito antes de San Francisco e Nova Iorque, fazia de Berlim uma cidade com    liberdade  de gênero até hoje não vista por completo.

Die Homosexuell Berlin in den Händen der Nazis litten, wurden in Vernichtungslager geschickt, wo er von Wachen und von den polnischen jüdischen Gefangenen verfolgt wurde.

Als der Krieg endete, wurden diejenigen, die noch am Leben waren nicht freigegeben, sondern gezwungen durch die Alliierten, den entscheidenden Elfmeter, auf die sie von den besiegten Nazis verurteilt wurden zu beenden.

Als sie an die Gemeinde zurückgegeben, hatte immer noch den Mund zu halten, weil sie die Wirklichkeit, die, in den 1900er Jahren, lange vor San Francisco und New York, war Berlin eine Stadt mit freien Gattung bisher ungesehene völlig verändert hatte.

                             O histórico gay na capital da Germânia dos mil anos.

Já no começo do século passado, anos 1900, Berlim era uma cidade conhecida pela liberalidade quanto ao homossexualismo, muito mais adiantado do que as conquistas que só agora começam a conquistar de fato.

Estima-se que em 1928 existiam cerca de 1,2 milhões de homossexuais na Alemanha. Entre 1933 e 1945, mais de 100 mil homens foram registados pela polícia como homossexuais (as “Listas Rosa” pois eram obrigados a usar a mesma estrela dos judeus, mas cor de rosa).

Eles foram mandados para os campos de concentração, ou extermínio, junto com os judeus, mesmo sendo alemães, a partir dessa estação de trem de Nolendorf, que ainda existe, e uma simples placa triangular registra o fato, mais este símbolo fálico.

O investigador Ruediger Lautman acredita que a taxa de mortalidade de homossexuais presos em campos de concentração poderá ter atingido os 60%, pois os homossexuais presos nesses “campos da morte” para além de serem tratados de forma extraordinariamente cruel pelos guardas, eram também perseguidos pelos outros prisioneiros.

Outro símbolo do poder gay antes da chegada nazista a Berlim é o grande teatro na Praça de Nolemdorf, no bairro de Shonemberg, ainda hoje um reduto gay, e onde era a grande cena das peças de cabaret, de onde veio o filme e a peça, falando do nazismo, o judaísmo e o homossexualismo.

Pois para o público gay, acrescentado mais recentemente também do lado gay feminino, ou lésbico, o cenário preferido, embora se espalhe pela cidade toda, é justamente este histórico pedaço assim delimitado:

Duas paralelas (Motzstrasse e Nolendorfstrasse) entre a Martin-Luherstrasse e a Gleidistrasse, entre as estações de metrô de Nolendorf  de Viktoria-Luise, tudo na parte norte do bairro de Shonenberg, na antiga parte ocidental, não-comunista, portanto, fora do muro de Berlim.

Pois agora apresento minha eterna companheira que me predicou o respeito, entendimento e aceitação a todas as formas de gênero, sejam elas expostas ou reservadas, assumidas ou enrustidas,  masculinas ou femininas. Salve, salve, simpatia de minha vida. Amém.

Photo num café na calçada da Motzstrasse, Shonemberg, Berlim.

 (11-05-2012).

Serviço:

Blu Magazine – para homens gays:

http://www.pww.blu.fm

L-Mag – para mulheres lésbicas:

http://www.I.mag.de

Grande festa anual de gays e lésbicas, final de junho – Christopher Street Day :

http://www.csd-berlin.de

Hostel para gays – só aceita homens:

http://www.gay-hostel.de

Página na internet para encontros gays:

http://www.gayromeo.com


Mulheres alemãs querem maridos judeus.

The German people today did not get rid of non-trauma, they were others, but full of complexes, such as unconditional defeat in the last two world wars, Nazi-killing Jews, Communism and Fascism, which divides, even today, in either half of Germany, more capital Berlin. And the German Jews, because Judaism is religion, not citizenship.

Das deutsche Volk heute nicht loswerden Nicht-Trauma, sie waren andere, aber voller Komplexe, wie bedingungslose Niederlage in den letzten zwei Weltkriege, Nazi-Mord an den Juden, Kommunismus und Faschismus, das teilt sich auch heute noch, entweder in halb Deutschland, mehr Hauptstadt Berlin. Und die deutschen Juden, denn das Judentum ist die Religion, nicht Staatsbürgerschaft.

O povo alemão até hoje não se livrou não de traumas, que estes foram de outros, mas de completos complexos, tais como: derrota incondicional nas duas últimas grandes guerras, nazismo-massacre de judeus, e fascismo-comunismo que divide, ainda hoje, nos modos, metade da Alemanha, mais a capital Berlim. E os judeus alemães, porque judaísmo é religião, não cidadania.

Pois hoje vamos aos judeus. Já foram indenizados, não nas vidas, mas nos bens estão de volta. Aqui em Berlim, tem  a grande sinagoga, riquíssima, abóboda externa de ouro, tem os bancos, as universidades, o sistema financeiro, museu da história judáica nos últimos dois mil anos (Kreuzberg), mais a grande área repleta de blocos negros do tamanho da imensidão da tragédia.

Sem contar, ainda, os inúmeros pequenos monumentos, às vezes uma mesa e uma cadeira de aço, ao lado a fatídica mala de partida, ou então a Gleis 17, em Grunewald, apenas os trilhos de onde partiam os trens sem volta para o enorme campo de extermínio, não de concentração, na Polônia, o Auschvitz, embora nada haja a respeito dos ciganos, gays e dissidentes também exterminados.

Mas o que para mim mais me marca aqui em Berlin no doloroso êxodo judio é um monumento situado numa praça particular, na antiga parte comunista, que não é bem visto nem pelos alemães e muito menos pelos judeus e explico:

Block der Frauen, Bloco das Mulheres, Rosenstrasse, na frente de onde era a Gestapo-KGBCIA-SNI. Nos últimos meses da guerra já perdida, Hitler, via Goebbels, resolve terminar de vez com os judeus, porque ainda existiam uns quatro mil, preservados porque eram casados com mulheres alemãs e filhos idem.

Motivo deste monumento não aclamado mas que diz da importância dele para a preservação dos dois mil últimos judeus, cidadãos alemães, casados com mulheres arianas que foram à luta, povo unido, bradaram, greve de fome, e ficou a dúvida nazista: matar ou não matar mulheres alemãs. Diante do fato consumado, a guerra chegando ao fim, salvaram-se todos: as mulheres alemãs e seus maridos judeus.

As fotos do monumento Block der Frauen dizem tudo. Elas sim foram o futuro do presente da Alemanha. E não se fala mais em sionismo, comunismo, fascismo, nazismo, capitalismo e tal.

Sobre este monumento tem o filme da cineasta Maragerette von Trotta, de 2003, chamada As Mulheres de Rosenstrasse, e também o livro Resistante of Heart, de Nathan Stoltzfus. Deste, um trecho só:

“De repente, ouve-se um tiro. Quando o som se esvai, o único som que fica é o silêncio. Pois este foi o dia para mim ficou tão frio que congelou as lágrimas em minha face.”

The End. Or The Begining?