Parece Coisa de Doido mas é verdade. Nesta Mal Dita Sexta-Feira dita Santa, da Paixão, pela Lei Oficial, Medieval, Alemã, ainda em vigor, é proibido Dançar, Aqui em Berlim. Juro-Vos, Vós! Esta é a Minha Voz. (Traduza-me, se for capaz, IA do Google).

Tem mais, Cara Caro. Cara Cara, tão + bem. Claro, Cara Clara. Nesta Cesta, ops, Sexta, Mal Dita Santa, tão bem é proibido, cá em Berlim, qualquer tipo de música, mesmo que sacra, se, atente-se ao detalhe, no Ambiente Local estiver sendo servido bebida, vale até o Santo Vinho da Missa. Não tem papo nem papa na prosa que se reste muda.

Não é a toa que, nas Igrejas, agora não mais nos Bares da Vida ou nos Lares, nesta Sexta Mal Dita Santa, até o Sacrário, onde diz-se que dorme o Corpo do Chrysto, está aberto, o Corpo Sumido, o Espírito, dito Santo, qual Pedro, ou Judas. O Filho, futuro Deus, desaparece no pós da Descida da Cruz, ainda bem que Carregado pelas Duas Minhas Mais Santas Mulheres da Vida: Maria e Madalena. Por isso, defendo, assim, sim, que sejam, nesta Mal Dita Santa Sexta, que sejam, repito, cobertas as Estátuas das Santas e os Corpos das Libertinas, em todos os Indistintos Lares-Lupanares, a começar pelas Igrejas.

Isso não é tudo, eventos esportivos públicos também são proibidos, por lei, aqui em Berlim, bem assim, nesta Mal Dita Sexta Santa, se forem acompanhados de música ou outro entretenimento, tipo, digamos, aquelas Madalenas rebolando ao Som do Hino Nacional.A origem da lei, para esta Mal Dita Sexta Santa, nesta Luterânica Berlim, vem da própria Páscoa. Aqui, na Alemanha, na Sexta, é a Morte. Esquecem a traição judáica (de Judas, pô), na Quinta. E da Ressureisção, mal contada, no Sábado de Hallelluya. Mas aqui, em Berlim, a festa maior, com feriado e tudo, é na Segunda depois do Domingo de Páscoa. Uai? É o Renascimento do Jota Crhysto, por tanto e não por menos, um dia para ser alegre para todos os Nós, e, principalmente, para o Mundo das Bem Ditas Madalenas da Vida.

Nota Bene. Ainda Bem, Sô:

A restrição de Bebidas, Comidas, Danças, Marias Joanas e Tais, de acordo com a Lei Vigente aqui em Berlim, para esta, e todas as outras, Mal Ditas Sextas Santas, só vale das 04:00 da Madrugada até as 21:00 da Noite. Daí, então, no Lar, no Bar, na Zona, é uma Festa Só. Falando nisto, com licença, tenho um lero da minha Infância, no Paraná, na Comunidade Polaca-Russa-Ucraína da Vila Marina de Ponta Grossa. Veja-me. Leia-me. Ouça-me. Bem…

No meu tempo de piá, na bosta do Sul Maravilha, família pobre de polacos, no bairro sem água-esgoto-calçada na Princesa dos Campos Gerais-Paraná-Brasil, pois bem, nesta Mal Dita Sexta Santa, a gente tinha um costume oficial, até a Polícia branca aceitava. Seguinte: A gente, menores ou adolescentes, apenas se polaquinhos, podíamos, nesse dia-noite, cometer pequenos adultérios na lei, tipo roubar ovos nos galinheiros, assustar cachorros ou, melhor ainda, beijar as minas alemãs porque, no caso das italianinhas, pintava, como sempre, mais coisitas e tais, hoje sem inportância mas, na época, bem das significantes.

Então, portanto, ou, por tanto, ou, por tudo, ou, por nada…

BOA PÁSCOA, MANEZINH@!!!

Hallo IA do Google. Translate, pô. Tá?

Inté e Axé Proceis tudo.


This is what the Catholic-Christian priest tells you on this Ash Wednesday, the end of the Carnival Spree. Who has sinned, has sinned; who has not taken it, no longer sins. And what do you listen  while you get a crucible of dust on your head, huh? The following:

– MEMENTO, HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTEBERIS!

Isto é o que o padre católico-cristão te diz nesta maldita Quarta-Feira de Cinzas, final da Farra do Carnaval (Festança da Carne). Quem pecou, pecou; quem não pegou, não peca mais. E o que é mesmo que tu escutas   enquanto ganhas um cadinho de pó na tua cabeça, hein? O seguinte:

– MEMENTO, HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTEBERIS!

Werden wir also verstanden, du staubige Kreatur? Von heute, dem Aschermittwoch, bis zur Auferstehung zu Ostern, nach 40 Tagen “capite ieiunii”, befinden wir uns in der Fastenphase von fast allem:

“DENK DARAN, MANN, WAS FÜR EIN STAUB DU BIST, UND ZUM STAUB WIRST DU ZURÜCKKEHREN.”

Então, estamos entendidos, criatura poeirenta? A partir de hoje, Quarta de Cinzas, até a Ressurreição, na Páscoa, depois de 40 dias de “capite ieiunii”, estamos na fase de jejum de quase tudo:

– LEMBRA-TE, HOMEM, QUE PÓ ÉS E AO PÓ RETORNARÁS!

 Esta é a Praga Divina contra Adão e todo o restante Humano que dele vier (e de Eva, por suposto). Isto está escrito no livro Gênesis/3:19/Antigo Testamento, lançada aos berros raivosos, pelos traídos Jeová/Deus/Alá , na expulsão do casal traíra do Paraíso.  

Estamos entendidos? Pó, pô, só nesta Quarta dita de Cinzas. Na Quaresma (40 noites e 40 dias seguintes) nada de voltar para a “Festa da Carne/CarneVale”.  

– Vou pensar …

Então, criatura, anote aí o que Divino ainda gritou contra Adão e os descendentes terrenos, na hora da expulsão do Paraíso-Éden. Posso repetir gritando, que nem Deus?

– Sussure, Polaco!!!

Começando pela Praga Divina gritada à Mulher:

“With pain you will have children, and your husband will always dominate you!”

“Com dor terás filhos e teu marido sempre te dominará!”

“Mit Schmerz wirst du Kinder haben, und dein Mann wird dich immer dominieren!”

Continuando com a Raiva Divina, agora  contra o Homem, depois que Adão tenta jogar a culpa na Eva (-foi ela quem deu para mim!):

“PROCHEM JESTES I W PROCH SIE OBRÓCISZ!”

“TU ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS!”

“TU ES POUSSIÈRE ET TU RETOURNERAS À LA POUSSIÈRE”

Só para terminar, agora sou eu quem grita contigo:

– F O R A D A Q U I !

i n t é  e  a x é 


Para ouvir minha mensagem de Boa Páscoa, clique abaixo:

http://www.podcast1.com.br/programas.php?codigo_canal=1618&numero_programa=36

*

Deusa Natureza!

Dai-me o tempo de festa – verão –

E do repouso – viram?

Dai-me o tempo das folhas secas,

Galhos tortos, noves-fora,

Recomeçar do quase-nada. 

*

Deusa Natureza!

Dai-me o poder  de  remover torres,

Mares e bobos sonhos :

Ser viril na ternura de um Chico de Assis

No sermão desolado da montanha

De entulhos e bagulhos.

*

Deusa Natureza!

Dai-me o milagre da multiplicação das  palavras.

Que elas instiguem nas crianças

O distante reino dos céus,

Reafirmem a decisão de malhar o Judas,

E justifiquem a intenção de crucificar  de novo o velho  Cristo.

*

Deusa Natureza!

Dai-me o entendimento desta minha dupla convivência:

– Qual dos dois – Cristo ou Judas – ocupa

Uma cadeira vazia no bar,

Um vazio na gente?

Nesta idade, pessoa,

Às vezes,  sou um mini homem dileto,

Noutras muitas, um super rato discreto.

*

Deusa Natureza!

Dai-me  um tempo

Para continuar sendo aquilo ou isto

Judas ou Cristo –

Insisto –

Mesmo que eu durma com o Diabo

E com  o Deus,  na mesma lama,

Ou que amanheça por entre as Madalenas,

Caifás, Pilatos, Herodes, Marias,

Ou mesmo Dimas, o bom –

Qual era mesmo o nome do mau ladrão?

*  

Deusa Natureza!

Dai-me a vontade de mesmo no roubo

Na força eu ser  bom,

Do começo ao fim.

E depois, ressuscite o santo, de mim

Decantado das cinzas ao vento,

Desde que  eu  continue, no fundo,

Sendo sempre aquilo ou isto,

Judas ou Cristo.

*

Deusa Natureza!

Dai-me a certeza do retorno,

Na forma de pássaro no arco-íris plantado

Para que eu possa cantar para alguém,

Mesmo que somente para mim,

Um retumbante Hallelluya. 

*

Deusa Natureza!

Dai-me um Ovo de Páscoa

Que na duvidosa placenta de vida

Da gema renasça, por encanto,

Isto ou aquilo.

É o que mais desejo.

Sinceramente, deste  teu

Cristo, mesmo que Judas.

Amém!

Eduardo Mamcasz, Poeta Quase-Zen.

 

Boa Páscoa – 2010.


                      Se tu és daquele que acredita que Krysto se materializou na forma de um bicho menino chamado Jesus, saído divino do ventre humano da Madona, mesmo sabendo que para limpar os pecados do mundo depois de nascido no lixo teria que ser traído, preso, torturado e dependurado vivo numa cruz iluminada pelos séculos vindantes, ao lado de dois ladrões, embora um bom e outro, bem, deveras corrupto, então, neste caso, eu quero mais é que tu tenhas uns Bons Natais  em todos os outros dias de tua vida.

                  Então, ficamos assim, tá?

                 Na tua devida consideração – que ela seja mútua.

                  Bons Natais, hoje e sempre. 

                 Deste mano Mamcasz.

                Inté e axé e boa travessia:

 Desta ponte, chamada de vida, que se trespassa no dia a dia:

Curaçao, Caribe, Antilhas Holandesas, Natal de 2009, ao vivo.