Sempre vale a pena ler de novo, principalmente nós, fantasmas getulistas:

 “ A maioria das instituições encarregadas da comunicação pública no Brasil, quando apresenta noticiários no rádio, na televisão ou na internet, não pratica jornalismo, não informa o cidadão com a objetividade que ele merece e à qual ele tem direito.

O que se faz é propaganda, às vezes subliminar, às vezes expressa, das autoridades da vez.

As explicações de praxe primam pelo comodismo. A mais comum delas perdoa a subserviência das instituições em relação aos governos porque, afinal, essas instituições dependem de recursos governamentais.

Na tentativa de ganhar o seu naco de sustentação de cada dia, elas vivem de adular os poderosos oficiais.

Por inércia.

Em conseqüência, oferecem ao público um arremedo de comunicação promocional, de má qualidade, que finge ser informativa.”

Ressalva deste blogueiro: A ordem do tempo nos verbos não altera o valor dos fatores.

Assinado: Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás-EBC-Rádio Nacional, etc e tal. Autor do livro “Em Brasília, dezenove horas”. 

Leia o primeiro capítulo:

http://media.folha.uol.com.br/ilustrada/2008/07/23/20080723-brasilia_19_horas.pdf


                      Antes de começarmos esta sessão propriamente dita, dispomos aqui de relatos de desconfortos observados por alguns sobrevivos, assim qualificados uma vez que já passaram da fase de sobreviventes mas ainda não fantasmas propriamente ditos e que, devido a essa condição, encontram-se mais suscetíveis a tremores causados por alguma alma penada entre nós postada que continua, por exemplo, a fazer mexidas sutis no script da Voz do Brasil, sutis agora porque no antanho desde os tempos da Agência Nacional, herança do Estado Novo, e depois na Dita Branda-Dura, continuando, na dita Nova República, enfim, o dito personagem editor era dos mais leais ao macado de plantão no galho seco, mesmo que colorido. Pois bem. Não é que esta alma penada   porque da equipe ainda não desencarnou encontra-se, sacanamente, agora mexendo no script no que, em vida, nunca teve um pingo de coragem?

Abiaxo da autoridade - photo by mamcasz

 

                  Tem outra ainda alma viva que sente a passada leve dos ombros arqueados de uma,  dita por ela,  assombração (ler Evangelho 25) que,  no Radiojornalismo, transparece apenas ao ente que não era por ela querido, causando-lhe descrédito junto aos demais convivas dos escombros do que um dia foi uma redação de gente.
               Vamos ainda discutir aqui a validade da maldição continuada em cima dos redatores em línguas estrangeiras que nunca mais conseguiram firmar a posição adquirida no século já passado. Outra alma já danada,  simplesmente insiste em colocar, nos hiatos sonoros das gravações feitas por estagiárias esperançosas, imperceptíveis gafes que são exploradas pelas vetustas e mal-amadas editoras cheias de rugas e rusgas daninhas. Juro que tudo aqui descrito não passa simplesmente de verdade, tão somente, verdade.