Hoje, Dia dos Finados (02-11-2010), mato este blog  para felicidade de uma porrada de cagüete,  delatora, denunciante,   alcagüete,  dedo-duro, hard-finger, dona  ruela,  fofoqueira,  maria bocona.

                       Mais as  traíra,  X-9, vira-casaca, linguaruda, dedo-de-seta, Judas, soplona, soffiatore, moucharde, moutona, sneak, dobber, supergrass,  boca mole, língua solta, fedepê e   língua de tamanduá.                            

                       Mas antes de enterrar este finado, desejo do fundo da minha mente-coração o seguinte para estas todas fedepês que me atasanam a vida em troca de uns centavos quaisquer na casa delas desalmadas.

                       Que todas apodreçam nas Virgem de Ferro, Roda de Despedaçamento, Máscara de Escárnio, Berço de Judas, Garras de Gato, Bota Espanhola, Cadeira de Bruxa, Esmaga Cabeça, e Quebrador de Joelho.

 

                  Minha quenga ruela, língua solta, traíra, xisnove, sente só o que eu te preparei  neste último post deste finado blog.

                 É tua a escolha entre a manjedoura, onde terás deslocadas as juntas do corpo, ou a ter chumbo derretido jogado nesta tua boca suja.

                Terás ainda que  comer partes de teu corpo  misturados a merda, urina, suor, lágrimas, catarro, pus e sangue desovulado.

                 Portando, minha cara alcagüete, te reservo os seguintes instrumentos:

Roda de despedaçamento    

            Serás amarrada na parte externa porque abaixo da roda há uma bandeja metálica na qual ficam as brasas e à medida que a roda se movimenta em torno do próprio eixo, tu serás queimada. Se preferires, troco as brasas   por agulhas metálicas.

Dama de Ferro    

        Serás ferida  grave mas não mortalmente com espinhos metálicos dispostos na face interna das portas desta espécie de urna funerária testada desde o dia 13 de agosto de 1515.

Berço de Judas    

       Serás sustentada por correntes e colocada “sentada” sobre a ponta da pirâmide  que serão afrouxadas   gradualmente, fazendo com que este teu   pressione e fira  os teus ânus,  vagina e cóccix.  

Garfo     

      Serás presa numa haste metálica, com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo,    por uma tira de couro ao teu pescoço  que, ao ser   pressionada, vai   perfurar tua região abaixo do maxilar e acima do tórax.

  Pêra

      Serás introduzida, pelas tuas boca ou vagina, a um instrumento metálico em formato semelhante à fruta pêra que tanto gostas e ele aos será expandindo aos poucos dentro de ti.  

Máscaras    

          Serás obrigada a vir trabalhar com uma máscara de metal que te incomodará mais pela exposição pública do que pelo sofrimento.

Cadeira    

                    Serás sentada pelada numa cadeira coberta por pregos sentindo ainda o calor das brasas colocadas na bandeja na parte inferior.   

Cavalete    

                   Serás   posicionada de modo que tuas costas se apóiem sobre o fio cortante e os braços fiquem presos aos furos da parte superior e os pés  às correntes da outra extremidade.                 Além disto,   através de um funil ou chifre oco introduzido em tua boca de tamanduá, terás que beber   água, com o nariz tampado para impedir o fluxo do ar,   provocando teu sufocamento até quase perto da morte, mas não chegando a tanto porque sou contra a violência.

Esmaga cabeça

                  Serás pressionada pela cabeça neste capacete, através de uma rosca, de encontro a uma base na qual terás teu maxilar encaixado até teres este teu crânio esmagado, deixando fluir tua massa cerebral.

Quebrador de joelhos    

                 Serás pressionada pelos joelhos, progressivamente, até teres esmagadas a carne, músculos e ossos, por placas paralelas de madeira unidas por duas roscas que se encontram a  cones metálicos pontiagudos.

Mesa de evisceração    

                Serás presa sobre a mesa de modo que as tuas mãos e pés fiquem imobilizados, enquanto receberás,  manualmente,  um corte sobre teu abdômen onde  era inserido um pequeno gancho, parecido com um anzol, preso a uma corrente no eixo, para serem extraídos, aos poucos, os teus  órgãos internos.  

Pêndulo    

            Serás amarrada pelos pulsos, com os braços para traz,  por uma corda que se estende até uma roldana e um eixo e que será  puxada violentamente para deslocar teus ombros e provocar diversos ferimentos nas tuas costas e braços.

Potro    

              Serás deitada sobre uma mesa e teus membros serão presos por cordas que serão giradas com uma manivela, por sete vezes, produzindo efeito  torniquete até sentires teus ossos todos esmagados.

 

Atenção!

                     No findamento definitivo deste blog, agradeço piamente os ensinamentos que recebi do padre católico dominicano, Frei Bernardo Guy, sem os quais não estaria apto a aplicar estas torturas em todas as minhas indigestas denunciantes X-9.

Comercial!

                  Se tu tiveres algum desafeto e quiseres aplicar estes instrumentos, podes comprar o “Livro das Sentenças da Inquisição”. É o melhor tratado de torturas de todos os tempos. Melhor ainda se for no original guardado secreto no Vaticano:

 

LIBER SENTENTIARUM INQUISITIONIS

Bernardus Guidonis – 1261 – 1331.

 

Portanto, eis a minha derradeira mensagem neste blog:

  

–  V Ã O     À     M E R D A  !!!


 
                     O palco do desenrolar deste relato de dramas constantes se situa num encontro de fantasmas da Família Nacional (ler Evangelho 5), de madrugada, no ainda hoje encardido e tombado calabouço onde funcionaram os primeiros cinema, rádio e televisão de Brasília (ler Evangelho 6), no começo da W-3 Sul, inaugurado às oito da noite do dia 4 de Junho de 1960, pelo presidente Bossa Nova, o JK, que desceu do novíssimo Simca-Chambord aos primeiros acordes do Hino da Pátria que nos pariu sob a batuta do maestro Radamés (ler Evangelho 7), seguido do show famoso Ermelindo (ler comentário 8), todos saídos direto da Praça Mauá, número sete, no Rio, via Avenida Brasil.
                      Mas falando neste Ermelindo, então artista principal da Rádio Nacional, com mais cartas de ouvintes do que votos para o presidente, acontece que, quatro anos depois, e seu fantasma está hoje aqui entre nós para confirmar, entregaria nas garras dos gorilas (ler Evangelho 9), os 61 profissionais da Rádio Nacional do então Rio por ele considerado subversivos,  sem contar outro astro daquela mesma noite, o Dilermando (ler Evangelho 10), que encantara a todos com a versão candanga do Peixe-Vivo (ler Evangelho 11), o Mário,  que depois foi salvo pela Dercy, o Dias, o Gracindo, o Walter, e até o Ovídio Chaves, que o Ibrahim Sued chamava de Carlos Machado (do teatro das mulatas de Revista) dos Pampas e que por causa deste filho da puta do César foi preso pelos milicos e sabe o que fizeram com ele, conta aqui pra gente:
fantasma 01
                          – É o seguinte, gente. Eu era da Rádio Nacional. Fui então preso por crime de opinião e por isso torturado pra caralho, literalmente, taí o Fausto Wolf que não me deixa mentir,  mesmo depois de morto. Daí,  eles fizeram o seguinte comigo. Botaram meus colhões dentro de uma gaveta e fecharam assim de repente. Puta que pariu, nunca senti dor pior do que aquela. Mas agora confesso que fui salvo mesmo é por causa de outro milico, amigo do meu pai, o general Cordeiro de Farias. Porra, vamos mudar de assunto, cambada?