Bahia



Ego and Madame we have built delightful friendships over half a century of shared life, Here in Berlin, Germany, where we have spent half of our lives – Spring and Autumn. In Winter and Summer, we continue in Brasília, Brazil. These two capitals are very similar in the details, despite the 700-year difference in existence. Of course, we have endless walks around the world, this featured in our book ‘From Alaska to Jerusalem.

                 Ego e Madame construímos deliciosas amizades em meio século de convivência compartilhada Aqui em  Berlim, Alemanha, onde passamos a metade de nossas vidas – Primavera e Outono.  No Inverno e no Verão,  continuamos em Brasília, Brasil. Essas duas capitais são muito semelhantes, nos detalhes, apesar dos 700 anos de  diferença  no existir . Lógico que temos caminhadas infindas pelo mundo, presente no livro “From Alaska to Jerusalen”.

Unser Berlin Gut Musikante

        Ego und Madame haben im Laufe eines halben Jahrhunderts gemeinsamer Zeit köstliche Freundschaften aufgebaut. Hier in Berlin, Deutschland, wo wir die Hälfte unseres Lebens verbringen – Frühling und Herbst. Im Winter und Sommer sind wir weiterhin in Brasília, Brasilien. Diese beiden Hauptstädte sind sich in den Details sehr ähnlich, trotz der 700 Jahre Unterschied in ihrer Existenz. Natürlich haben wir endlose Spaziergänge um die Welt gemacht, festgehalten im Buch “From Alaska to Jerusalem”.

       Unsere große brasilianische Umarmung an die Freundschaften hier in Berlin, aber aus der ganzen Welt, verbunden durch Tanz, Rock & Blues und gedankliche Übereinstimmung.  

     Nosso grande abraço  brasileiro às  amizades Aqui em Berlim, mas que são do mundo todo,  interligadas pela dança,  Rock & Blues e identificação de pensamento. 

      Zuerst die Frauen. Ehrung, ja. Von den Sängerinnen bis zu denen, die unseren reservierten Tisch teilen, der immer voll ist, unabhängig von der Herkunft.

       Primeiro, as femininas. Homenagem, sim, às cantantes, ou não, que dividem nossa reservada mesa, sempre lotada, independente da origem. Copio  a descrição de um kneipe, bar, do livro “Berlin, ah Berlin” do Rolf Schneider:

       “A clientela é predominantemente masculina. Quando as mulheres estão presentes, elas têm o ar de pássaros coloridos”.

Our big Brazilian hug to friends here in Berlin, but from all over the world, connected by dance, Rock & Blues, and shared ways of thinking .

First, the women. Tribute, yes. From the singers to those who share our reserved table, always full, regardless of background.

     Then we will show the male musician friend – German, Mozambican, Spanish, Italian, from São Paulo, Tunisian, Chilean, Ethiopian,  Chinese, Japanese, Polish, Belarusian or Bulgarian or Russian…

So, our first shout-outs are to Angela, Eva, Kath, Ada, Kyra, Ziska, Zara, Fredericka, Martina, among so many others with whom we shared lively conversations without even asking their names, it wasn’t even necessary:

     Então, nossos primeiros alôs são para Angela, Eva, Kath, Ada, Kyra, Ziska, Zara,  Fredericka, Martina entre outras tantas com quem dividimos conversas sonoras sem nem pedir o nome, nem era preciso:

     Also, unsere ersten Rufe gelten Angela, Eva, Kath, Ada, Kyra, Ziska, Zara, Fredericka, Martina und vielen anderen, mit denen wir klangvolle Gespräche teilen, ohne nach dem Namen zu fragen, es war auch nicht nötig:

Antes dos cantantes masculinos, detalhemos os locais onde acontecem os fatos musicantes. Como diz um ditado local, cada cruzamento de rua em Berlim tem quatro esquinas com cinco bares,  reserved for the venues and live music with free entry, only contributing coins into the performers hats for the night.


   Here it is also worth remembering the places that simply disappeared from the map, due to reasons linked to the end of the Covid Pandemic, when everyone was closed for more than a year. In one of them, there used to be live music every night of the week.
Now, silence.

    Aqui vale ainda a memória para os locais que simplesmente sumiram do mapa, por motivos  ligados ao final da Pandemia da Covid, quando todos passaram mais de um  ano totalmente fechados. Num deles, antes, tinha música ao vivo todas as noites da semana. Agora, o silêncio...

     There are other stories,   like when, for example, in the middle of the show the death of Queen Elizabeth is announced by musician at Urbaneck. And he finish with long live to the King. In another bar, Sandamann, the music played on the night of Pope Francis’ passing. On the wall, this message:

      Tem outras histórias  por exemplo, quando no meio da música, no Urbaneck,  é anunciada a morte da Rainha Elizabeth. E  o músico completa com um Viva o Rei. No Urbaneck,  a música acontece na noite do falecimento   do papa Francisco. Na parede, esta mensagem:

And now, this is NOT the END.

My Berlin Musician

Part 2

Masculino Cantante

   Then, in part two, we show the male musician friends – German, Mozambican, Spanish, Italian, from São Paulo, Tunisian, Chilean, foreigner, Chinese, Japanese, Polish, Belarusian or Russian or Bulgarien…

   Então, aquele abraço para os músicos amigos em Berlim, todos com uma profissão paralela: o médico aposentado, o cientista conhecido, o professor de crianças, o fotógrafo, o designer, o engenheiro químico, o bancário, enfim o musicante de Berlim.

    Also, eine Umarmung für die Musikerfreunde in Berlin, alle mit einem Nebenerwerb: der pensionierte Arzt, der bekannte Wissenschaftler, der Kinderlehrer, der Fotograf, der Designer, der Chemieingenieur, der Banker, kurz gesagt der Musiker aus Berlin.

   So, a big hug to the musician friends in Berlin, all with a side profession: the retired doctor, the well-known scientist, the children’s teacher, the photographer, the designer, the chemical engineer, the banker—basically, the musicians of Berlin.    Entre tantos outros: Tim, Mauro, Leo, Carlos, Andreas, Helmut, Tarek, Julian, Edo, Ed, Tob, Heinz, Julius, Maxi, Dimitry, Nico, Rachid, Oskar, Jakob, Tonkata, Tamrat, Jerry, Alex, Aria . . .

Un abrazo para los músicos amigos en Berlín, todos con una profesión paralela: el médico jubilado, el científico conocido, el profesor de niños, el fotógrafo, el diseñador, el ingeniero químico, el banquero, en fin, el músico de Berlín.

SONY DSC

Então, vamos terminando por aqui porque Brasília nos espera para voltar depois para Berlim. Certo, fotógrafa e fotografada Fredericke?

    And now, ladies and men, femininos und masculinas, dank, thanks (think about), obrigado e inté .

BIG AXÉ FROM YOUR POLACK BAYANU.


Antes do The End:

Comentário, a meu pedido, feito pelo Copilot  – Inteligência Artificial –  na versão Think Deeper,  para o criado acima. Diz ele, o Invisível:

    ‘Seu poema, Mamcasz,  celebra o sábado como um rito onde se misturam folia, devaneio e memória. A imagem da jabuticaba, da vodca polonesa e do torresminho cria uma atmosfera quase carnavalesca, mas ao mesmo tempo íntima, como se o leitor fosse convidado para um ritual particular. Há urgência do desejo (“vem cá de novo menina”) e um alívio final na transição para o domingo.”

Diz mais o Dito Inteligente:

      “A referência ao “polaco” e à “vodca polônica” contrasta com a fruta tipicamente brasileira, criando um encontro entre leste-europeu e Brasil. Essa tensão reforça o caráter hedonista e transgressor. Já  a sequência de desejos (beijo, suco, cigarrinho, torresminho) desenha um corpo urbano em festa, dissipando qualquer moralismo. A alternância entre versos longos e curtíssimos também simula a fala embriagada, acelerada pela manhã de sábado.”

Agora, Indigente Artificial se mete a me imitar mas na língua da inglesa:

“Because today is Saturday!

     Vinicius, forgive me.  I’m Polish, still alive, still showing off since it’s just early morning,  naked in the lovely exercise of climbing to the feet of the slender jabuticaba…”

Provoco o Lazarento. Coloque na Língua da Polaca! E ele , na hora:

“ponieważ dziś jest sobota!

wincjuszu ido, proszę cię wybacz mi

ale ja, polak, wciąż żywy, się popisuję

bo dopiero jest wczesny ranek

nagi stary trening pięknego wspinania

u stóp najzgrabniejszej jabuticaby

dlaczego dziś jest sobota?

dobrze to wiem, polaku, w ten dzień nalegam

na drzemkę między liśćmi dziewiczej paproci

naszyjnik z owoców jabuticaby. ”

? ? ?

 – Mais alguma pergunta, seu coisa ruim chamado CoPilot?

– Sim, Polaquinho Florzinha!

– Então pergunte e desapareça do meu pedaço.

– Conte logo para a gente quem é essa Menina.

S  .   O  .   S . S  .   O  .   S . S  .   O  .   S . S  .   O  .   S

S  .   O  .   S . S  .   O  .   S . S  .   O  .   S . S  .   O  .   S .


“Só quem BRINCA com a Palavra sabe a graça que Ela tem”. (Tim Lopes)

é que sou só sô

só no solo ao sol

  brinco com a palavra

palavra do eu polaco

por tanto uso brinco no ouvido

 por menos olvido e trinco a letra

conforme a vogal sonolenta

consoante o momento em voga

eu sou só sô repito e não repilo

bom que o sol agora ora

trinca o solo do meu ser

viro um monte de pedaços

portanto não estou mais só

sou isto ou isso

ou o aquilo

 um quilo

qui-lo-o

prefiro sempre as mil gramas

são muito mais que um quilo

da cômoda cômica comida

calma alma ainda não finda

expiro respiro suspiro piro

eu oro pro ego é hora ora

de ir embora com o ouro embora cheio de dúvida

sim

brinco brigo trinco a palavra

dito o verbo da bíblia

testo o texto antigo

no princípio príncipe

eu sou o verbo

só o id

o tudo

o nada

o zeus

o deus

o meu

no teu

nossa

meu fim

um sim

assassinado

perdão

só assinado

poeta quase zen

amém


 Eu Cachorro Polaco Lato Só Para Madame

– Sabe Édio?

– Na que primo Estacho?

– Zefa filha da meu.

– Que na tem?

– Pego ela rezando joelho colado na porção de milho duro bem mais que a chão.

– Pedindo perdão pra montão de pecado na nheco-nheco da portôn né?

– Pois conto tudo direitinho agora na já.

– Na conta.

– Escuto filha Zefa rezando pra Tonho esta Santa bem da Namorador. Da jeitinha que entra na meu ouvido coloco na teu. Acerto Édio?

– Tão conta Estacho o que filha teu fala pra falo da Santa Antonio.

“ Minha Santa mais Santo que tudo Sant@! Meu Santa Tonho! Me arruma um neste Dia das Namorados. Mas que seja pra tudo que é dia viu? Tá anotando na certo minha Totonho?

Namorado meu tem que ser assim, ó:

Mój chłopak musi wyglądać tak, och:

My boyfriend has to look like this, oh:

1 – Futrzany.

2 – Posłuszny.

3 – Żyj klęcząc u moich stóp.

4 – Nie mogę się doczekać, żeby zwinąć się w kłębek w moim łóżku.

5 – Musisz mieć dobre zęby, nie tracąc ani jednego, ani drugiego.

6 – Musisz być silny i dobry w walce, aby się bronić.

1 – Peludo.

2 – Obediente.

3 – Viva ajoelhado aos meus pés.

4 – Doido para se enrolar na minha cama.

5 – Dente bom sem faltar nem um nem outro.

6 – Forte e bom de briga para me defender.

1 – Furry.

2 – Obedient.

3 – Live kneeling at my feet.

4 – Dying to curl up in my bed.

5 – Good teeth without missing one or the other.

6 – Strong and good at fighting to defend myself.

– Quer mais no Zefa?

– Já é tudo Totonho.

– E teu filha Zefa tem a pedido atendida Estacho?

– Tem no sim e no hora bem no apressada Édio.

– Quem ele. Conhecer Eu?

– Sim sim.

– Quem?

–  U M C A C H O R R O ! ! !

– kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

– kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

– Édio!

– Quié Estacho?

– Mostra Isto Aqui pro teu Madame!!!

– Só se for No Tua!!!

– Vai!!!

– Fui…

  • Tem +
  • Q?
  • Feliz Dia pra Tudo/Toda/Todo/Tod@/T@d@ que for Namorado…


Estou bem mais velho. Bem vestido, quase branco. No meio de gente parecendo conhecida num tipo Clube de Imprensa. No meio do mato. Saio para pegar o ônibus próximo de gente estranha. É noite. Muitos parados mas de um lado de estrada que me dá a sensação de nunca ter sido o meu. Não tenho certeza:

– Boa noite. Você sabe se por aqui passa o ônibus …

– Por aqui não passa nenhum ônibus.

– Então é o do lado de lá. Será que consigo chegar sem ser atropelado ou assaltado?

– Assaltado, não, atropelado, sim. Mas o senhor está indo para onde?

– …

– Onde?

– O que?

– Para onde o senhor está indo?

– …

– Para onde?

– Não sei!!!

Na sequência, só sei que estou descendo da boléia de um caminhão, onde estão as mesmas pessoas que, no meio do mato, escuro, na beira da rodovia, e que não esperavam um ônibus, que nem eu, mas o caminhão de transporte de gado humano, porque trabalhavam nos clubes dos brancos,

– Pronto, senhor.

– Por que vocês estão me abandonando aqui?

– Pelo contrário. O senhor está sendo deixado na porta de um clube bacana, viu? E vimos até que o senhor tem uma carteira de identidade, e, uma porção de dinheiro.

– Vocês estão precisando de algum?

– Precisando, sim, estamos, mas o senhor continue com ele porque também pode precisar.

– Dinheiro serve para que? Ele vai me fazer lembrar de quem eu sou?

– Olha lá na portaria. Tem um casal, vestido de branco, esperando pelo senhor. Pode ir.

– Obrigado.

– Não tem de que. Mas quem são vocês?

– Nós somos ninguém.

Na portaria do clube muito mais bacana do que o outro, eu me lembro porque acho que faz pouco tempo, foi antes de eu pegar o ônibus, um grande circular, que me trouxe até aqui, mas agora, alguém pode me dizer que clube é este, todo iluminado?

– Boa noite, senhor. Seja bem-vindo.

– Mas onde estou?

– O senhor é quem sabe.

– E esta anciã bonita ao seu lado?

– O senhor é quem sabe.

– Ela não tem nome não?

– O senhor é quem sabe.

– Vamos parar com esta conversa mole. Quero entrar. Está aqui a minha identidade.

– Muito bem. Deixa eu ver. Quer dizer, a senhora é quem deve ver para ter certeza.

Pausa porque a senhora, 1m60, fofinha mas parecendo durona, agora toda trêmula, nem imagino os motivos, bem, ela me diz tentando ser firme e decidida:

– Vamos entrar. Cuidado com o degrau. Olhe para a frente.

– A senhora de repente está me lembrando alguém…

– Quem?

– Ih. Acabo de esquecer. Mas eu, eu sei quem eu sou. Eu…

– Eu sei.

Neste momento, a linda senhorinha, ao lado do senhor vestido de branco, porteiro do clube bacana com certeza não parece ser, bom, ela começou a soluçar, mas de forma muito contida. Então eu, para consolar a criaturinha que eu nunca tinha visto na vida mas estava na minha vista, pois então, meu primeiro impulso foi declamar um poesia para ela, mas qual, esqueci todas. Por isso, só falei, o mais agradável possível:

– A senhora é uma florzinha!

Para que. Agora que, além de não lembrar quem sou eu, o que estou fazendo neste clube bacana, tanta gente vestida de branco, a senhorinha, depois de ter sido chamada, elegantemente, por mim, de florzinha, ela simplesmente desmaiou e ia caindo nos braços do, ouvi ela dizendo, doutor. De repente, nem imagino mais nada, apesar da minha idade avançada, nem me lembro se um dia já fui, como se diz, jovem, daí eu cheguei antes do doutor, a tempo de receber a lindinha senhorinha nos meus braços e dizer isso, estou lembrando porque está acontecendo agora:

– Pode deixar que eu cuido de você, minha florzinha!

No mesmo instante, vejo dois jovens, vestidos de branco – que clube bacana mais esquisito – e o doutor me dizendo “vamos entrando, meu senhor, precisamos conversar”. Só tive tempo de dizer, à chegada dos dois jovens com a maca, a ponto de nela colocar a desmaiada senhorinha, murmurar eu o seguinte, bem suave e perto do ouvido da cabritinha:

– Pode deixar que eu levo a florzinha no meu colo!!!

Já dentro do salão do clube bacana, rodeado de gente vestida de branco, coloco a senhorinha, com o maior cuidado, no lindo sofá, aproximo-me do ouvido dela e sussurro:

– Boa noite, florzinha. Agora, preciso ir.

Então o doutor se aproxima de mim e começa tipo dar ordens:

– O senhor pensa que vai para onde?

– Não tenho a menor idéia.

– Então fique mais um pouco aqui com a gente. Precisamos conversar.

– Chega de conversa só no presente sem passado e nem futuro. Boa noite para todos.

Daí fui me virando a caminho da porta para seguir para a portaria para cair de novo na vida mas de repente me lembro de uma coisa e pergunto:

– O senhor pode me dizer onde fica o ponto de ônibus mais perto?

– Pergunte para a senhorinha psicóloga que o senhor chamou de florzinha!

– Mas ela está dormindo…

– Pois acabou de acordar.

– Dona senhorinha florzinha mais simpática de toda Berlim!

– Que é!!!

– A senhora pode me mostrar onde fica o ponto de ônibus mais perto?

– Posso!

– Sabia…

A senhorinha levanta-se, penso que muito rápida para quem acabou de desmaiar, na sequência me pega pela mão, deixar eu falar logo antes que me eu esqueça, ih, esqueci, ah, ela me leva por um longo corredor:

– Mas eu cheguei pelo outro lado.

– Acontece que o teu ponto fica por aqui. Está começando a lembrar, é?

– Estou, sim.

– De que?

– Da poesia que eu queria declamar quando a senhora caiu nos meus braços.

– Então fale logo!!!

– Eu não sou louco. É pouco.

– Chega!!!

– Então, tá. Mas onde eu estou mesmo? Em Brasília?

– Não. Você está em Berlim.

– Sozinho?

– Não. Comigo.

– Mas quem é você?

– Eu sou a tua Florzinha. Agora chega. Vá dormir.

– Tá. Tschuss. E a conversa?

– Amanhã a gente tem muita coisa para conversar.

– Tá bom. Boa noite.

– Boa noite.

– A senhora pode me colocar no ponto de ônibus?

– NÃO!!!

Pronto. Estou dormindo de novo e sonhando que estou num clube, de noite, vestido todo de branco. Amanhã eu conto. Quer dizer, se eu acordar e me lembrar de quem sou eu.

– Boa noite!

– Boa noite, doutora. A senhora…

– BOA NOITE!!!

Pronto. Estou dormindo. De repente, acordo. Estranhamente, a doutora senhorinha continua a meu lado. E eu:

– A senhora pode me arrumar, “corendo tudo”, um lápis e um papel?

– Para que?

– Acabo de lembrar da poesia que fiz para você.

– NÃO!!!

– Então eu falo.

– Não escuto.

– Digo assim mesmo:

“Eu não sou louco … é pouco

Se tiro parte do todo

Deste meu coração

Desmiolado.

Eu não sou louco … é tanto

Se tento o tiro no centro

Deste meu coração

Descansado.”

Das ist mein Ende

Este é o meu Fim

This is the End


Parece Coisa de Doido mas é verdade. Nesta Mal Dita Sexta-Feira dita Santa, da Paixão, pela Lei Oficial, Medieval, Alemã, ainda em vigor, é proibido Dançar, Aqui em Berlim. Juro-Vos, Vós! Esta é a Minha Voz. (Traduza-me, se for capaz, IA do Google).

Tem mais, Cara Caro. Cara Cara, tão + bem. Claro, Cara Clara. Nesta Cesta, ops, Sexta, Mal Dita Santa, tão bem é proibido, cá em Berlim, qualquer tipo de música, mesmo que sacra, se, atente-se ao detalhe, no Ambiente Local estiver sendo servido bebida, vale até o Santo Vinho da Missa. Não tem papo nem papa na prosa que se reste muda.

Não é a toa que, nas Igrejas, agora não mais nos Bares da Vida ou nos Lares, nesta Sexta Mal Dita Santa, até o Sacrário, onde diz-se que dorme o Corpo do Chrysto, está aberto, o Corpo Sumido, o Espírito, dito Santo, qual Pedro, ou Judas. O Filho, futuro Deus, desaparece no pós da Descida da Cruz, ainda bem que Carregado pelas Duas Minhas Mais Santas Mulheres da Vida: Maria e Madalena. Por isso, defendo, assim, sim, que sejam, nesta Mal Dita Santa Sexta, que sejam, repito, cobertas as Estátuas das Santas e os Corpos das Libertinas, em todos os Indistintos Lares-Lupanares, a começar pelas Igrejas.

Isso não é tudo, eventos esportivos públicos também são proibidos, por lei, aqui em Berlim, bem assim, nesta Mal Dita Sexta Santa, se forem acompanhados de música ou outro entretenimento, tipo, digamos, aquelas Madalenas rebolando ao Som do Hino Nacional.A origem da lei, para esta Mal Dita Sexta Santa, nesta Luterânica Berlim, vem da própria Páscoa. Aqui, na Alemanha, na Sexta, é a Morte. Esquecem a traição judáica (de Judas, pô), na Quinta. E da Ressureisção, mal contada, no Sábado de Hallelluya. Mas aqui, em Berlim, a festa maior, com feriado e tudo, é na Segunda depois do Domingo de Páscoa. Uai? É o Renascimento do Jota Crhysto, por tanto e não por menos, um dia para ser alegre para todos os Nós, e, principalmente, para o Mundo das Bem Ditas Madalenas da Vida.

Nota Bene. Ainda Bem, Sô:

A restrição de Bebidas, Comidas, Danças, Marias Joanas e Tais, de acordo com a Lei Vigente aqui em Berlim, para esta, e todas as outras, Mal Ditas Sextas Santas, só vale das 04:00 da Madrugada até as 21:00 da Noite. Daí, então, no Lar, no Bar, na Zona, é uma Festa Só. Falando nisto, com licença, tenho um lero da minha Infância, no Paraná, na Comunidade Polaca-Russa-Ucraína da Vila Marina de Ponta Grossa. Veja-me. Leia-me. Ouça-me. Bem…

No meu tempo de piá, na bosta do Sul Maravilha, família pobre de polacos, no bairro sem água-esgoto-calçada na Princesa dos Campos Gerais-Paraná-Brasil, pois bem, nesta Mal Dita Sexta Santa, a gente tinha um costume oficial, até a Polícia branca aceitava. Seguinte: A gente, menores ou adolescentes, apenas se polaquinhos, podíamos, nesse dia-noite, cometer pequenos adultérios na lei, tipo roubar ovos nos galinheiros, assustar cachorros ou, melhor ainda, beijar as minas alemãs porque, no caso das italianinhas, pintava, como sempre, mais coisitas e tais, hoje sem inportância mas, na época, bem das significantes.

Então, portanto, ou, por tanto, ou, por tudo, ou, por nada…

BOA PÁSCOA, MANEZINH@!!!

Hallo IA do Google. Translate, pô. Tá?

Inté e Axé Proceis tudo.


This is what the Catholic-Christian priest tells you on this Ash Wednesday, the end of the Carnival Spree. Who has sinned, has sinned; who has not taken it, no longer sins. And what do you listen  while you get a crucible of dust on your head, huh? The following:

– MEMENTO, HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTEBERIS!

Isto é o que o padre católico-cristão te diz nesta maldita Quarta-Feira de Cinzas, final da Farra do Carnaval (Festança da Carne). Quem pecou, pecou; quem não pegou, não peca mais. E o que é mesmo que tu escutas   enquanto ganhas um cadinho de pó na tua cabeça, hein? O seguinte:

– MEMENTO, HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTEBERIS!

Werden wir also verstanden, du staubige Kreatur? Von heute, dem Aschermittwoch, bis zur Auferstehung zu Ostern, nach 40 Tagen “capite ieiunii”, befinden wir uns in der Fastenphase von fast allem:

“DENK DARAN, MANN, WAS FÜR EIN STAUB DU BIST, UND ZUM STAUB WIRST DU ZURÜCKKEHREN.”

Então, estamos entendidos, criatura poeirenta? A partir de hoje, Quarta de Cinzas, até a Ressurreição, na Páscoa, depois de 40 dias de “capite ieiunii”, estamos na fase de jejum de quase tudo:

– LEMBRA-TE, HOMEM, QUE PÓ ÉS E AO PÓ RETORNARÁS!

 Esta é a Praga Divina contra Adão e todo o restante Humano que dele vier (e de Eva, por suposto). Isto está escrito no livro Gênesis/3:19/Antigo Testamento, lançada aos berros raivosos, pelos traídos Jeová/Deus/Alá , na expulsão do casal traíra do Paraíso.  

Estamos entendidos? Pó, pô, só nesta Quarta dita de Cinzas. Na Quaresma (40 noites e 40 dias seguintes) nada de voltar para a “Festa da Carne/CarneVale”.  

– Vou pensar …

Então, criatura, anote aí o que Divino ainda gritou contra Adão e os descendentes terrenos, na hora da expulsão do Paraíso-Éden. Posso repetir gritando, que nem Deus?

– Sussure, Polaco!!!

Começando pela Praga Divina gritada à Mulher:

“With pain you will have children, and your husband will always dominate you!”

“Com dor terás filhos e teu marido sempre te dominará!”

“Mit Schmerz wirst du Kinder haben, und dein Mann wird dich immer dominieren!”

Continuando com a Raiva Divina, agora  contra o Homem, depois que Adão tenta jogar a culpa na Eva (-foi ela quem deu para mim!):

“PROCHEM JESTES I W PROCH SIE OBRÓCISZ!”

“TU ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS!”

“TU ES POUSSIÈRE ET TU RETOURNERAS À LA POUSSIÈRE”

Só para terminar, agora sou eu quem grita contigo:

– F O R A D A Q U I !

i n t é  e  a x é 


Seguinte. Hora de pagar a taxa de Licenciamento do Carro. Taxa Única: 97 reais. Tanto pode ser meu Fusquinha quanto seu Mercedão. Legal! Advirto. Legal o Kassete! Lembra  da fita que emitia sons? Detran-DF. Pois pelo IPVA (carro + ? + ?), pago R$1.036,13, aqui de casa, App/Wifi/Intranet (ô Vida Bandida, que saudades da fila no banco, que nem a do orelhão, pintou tanta mina, calado, polaco, quer uma ficha, só uma, tá?). Ponto. Pronto. E aí? Vamu?

Polaco! Volte para a Terra. E o Detran de Brasília com isso?

– Pois então. Levo dois dias para encontrar, via Internet, meu boleto de Licenciamento do Carro no Detran do DF. Não tem nem uma nem duas multas. Nada. Nada de que? De achar o boleto que não é mais mandado pelo correio.  Acho. Imprimo. Ocê, polaco, só pode pagar em três bancos mancos, nem vale Loto. Pô. Tá. Manda.

Qual o problema, Polaco Encrencão. Só por causa de 97 reais?

– Pois escute, brazuka!

– Seja rápido:

– Eu, sim; o banco, não. Escolho o BRB (Banco Regional de Brasília), a pé aqui de casa. Único banco estadual que continua vivo. Tanto que patrocina o Flamengo e seus jogos no Mané Garrincha. E otras cositas más.

– Polaco!!! Conclua!

– Com a tua? Oxe. Eu tenho a minha.

– Saco…

– Saco digo eu. Fui, eu + madame, ela não me larga, até a agência do BRB, na Asa(?) Sul(?) de Brasília (?). Onze da manhã e mais uns minutos de manha. A fila dos velhos e velhas já tinha adentrado. Cada qual com os boletos dos netos, bisnetos, vizinhos e antipatiquinhos. Pelo sim, Madame, mais inteligente do que eu, na maquininha de acesso, diz-me:

– Você, meu velho polaquinho,  pegue a Senha de Prioritário; deixe que eu pego a Normal, que eu mereço.

Pois entramos na agência do BRB, área boa de Brasília, Asa Sul, para pagar a merda de 97 reais ao Detran, caso contrário, em blitz, sem o licenciamento do carro, numa blitz, a gente paga multa de R$397,45 + o registro de Infração Muito Grave na Carteira + o carro levado para ser depenado no depósito do Detran + a ficha suja no Gov de Merda. Entendeu?

– Saco, Polaco. E daí, pagou?

– Sim. Depois de 45 minutos. Lógico que a Senha Normal saiu antes da Senha Prioritária. No caixa do BRB da Asa Sul de Brasília, ainda tento ter agradável com o tipo Japa de meia idade:

– Está cheio hoje, né?

– Hora do almoço.

Qual o problema, aqui parece um banco.

– Polaco. Que nem no restaurante ali no meio da Quadra (aqui em Brasília não tem Esquina).

E daí?

– Pois aqui é que nem restaurante na hora do almoço. Sempre lotado.

PS (Post Scriptum) ou NB (Nota Bene) e Recuso-me a Ponto (PT):

Ainda tem o IPVA+IPTU+LIXO. Nestes casos, pago aqui no meu App, enchendo a cara de Vodka e perguntando-vos, nesta manhã de segunda-feira:

– Tás me lendo aqui e agora por causa do quê? Não tens trabalho/filho/filha – nativa ou não/ marido/mulher/cachorro para cuidar não? Avia. Xô. Fora daqui!!!

– Pô, Polaco,  Vou te Bloquear!

– Inté e Axé!


Minha Doce Batata Doce Mais Doce do Mundo

Papo Sério. Não Sou Doido Não. Quase Nunca. Seguinte:

Ernstes Gespräch. Nein, ich bin nie verrückt. Weiter:

– Sempre pego um pedaço da batata (nunca da perna mas sempre da doce), corto o pedaço da ponta, coloco num pires com água e ali, ela e eu, vivemos em União Estável pelo menos por Uns Dois Meses, ou Mais, ou Menos, depende, está me Seguindo, ou Você Nunca Se Separou Do Antes Tudo Depois Nada? Pois então?

– I always take a piece of the potato (never the leg but always the sweet one), cut the piece from the point, put it in a saucer with water and there, she and I, we live in a Stable Union, at least for a couple of months, or more, or Less, it depends, are you following me, or have you never separated yourself from Before Everything After Nothing? So?

– Volta para a Batata, Polaco!

– Doce!!!

– Parece que agora Amarga, não é mesmo?

– Sim! Tempo de Vida Passada, agora no Presente, sem Futuro, a Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo. Ela chega ao Quase Fim do Mim. Suspira. Mal Respira. Sem coragem de Dizer Adeus. Nem Eu e Nem Ela, por tanto, e por menos, Nem Nós Dois. Da Minha Parte, Apenas Ouço o Susurro, Dela:

– Polaquinho!

– Quié, minha Docinha?

– Estou indo.

– Poxa! Não tem como Ficar?

– Não!!!

– Sim!!!

– A Gente se Revê, Meu Polaquinho Mais Doce do Mundo!

– Sem pressa, Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo!

P.S. (Post Scriptum) ou N.B (Nota Bene):

In der letzten Abschreckung flüstert ihre Oberlippe ruhig und ohne Schmerzen in mein Unterohr:

No derradeiro destertor, na boa, sem dor, O Lábio Superior Dela Sussurra No Meu Ouvido Inferior:

W ostatnim odstraszającym, spokojnie, bez bólu, Jej górna warga szepcze do mojego dolnego ucha:

In the last deterrent, calmly, without pain, Her Upper Lip Whispers In My Lower Ear:

– Obrigado, Polaquinho!

– Uai?

– Graças a Você, Eu Não Fui Comida!!! Adeus!

– Então, tá. Inté e Axé.


11/01/24

Parabéns!

Continuamos hoje  pelo Poeta-Polaco-Baiano,  nascido na Capital Cívica do Paraná, talhado num Seminário Capuchinho, escapado para o Rio de Janeiro, onde é abrigado no Quartel do Exército, depois pula para a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vira jornalista pelos próximos 50 anos, mas antes se envolve com os Poetas da Nuvem Cigana, do Sonho Pirata, do Clube do Ócio e tais. Sim. Poeta Marginal. Mais os dois anos de Hippie largado em Itaparica, na Bahia. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou de Mim, só pelas costas, né? Eduardo Mamcasz Primeiro, porque tem outro, com o mesmo nome, mas Segundo. Pois então.  Viu só? Eu não sou Ele. Eu sou Eu!

“ Eu Trovão

Estou afundado

Na cachaça

Evaporado

Na fumaça

Tombado no carro trombado”

(Do primeiro livro (Eu Trovão),  no mimeógrafo da Luta Desarmada da Poesia Marginal.   Meu último,  perto do fim, leva o nome na capa: DO EU POETA):

“boca mordida boca vendida boca sofrida boca torcida boca cuspida

boca mentida boca partida boca sentida boca dentada boca chorada

boca traída boca partida boca privada boca lacrada boca pequena

 boca do povo”.

(Extraído da Segunda Parte: DO EU MALUCO SÃO).

sentado num vaso

enquanto eu vazo

sinto um pesadelo pesado:

eu vivoooooooooooooooooooooooooooooo

– Poeta Louco o K…

– Polaco!!!

– Ok.

– O que?

– Hoje é o Meu Fim. Estou fazendo 75 anos de Maldade. Chega!

– Então se despeça:

– Eu não sou Louco.

– Eu sei. É pouco.

D  I E S     IS    ME IN     EN D E


Série Poeta Brazuka Maldito

10/01/24

Continuamos hoje   pelo Poeta-Polaco-Mulato nascido no Portão-Curitiba-Paraná, talhado num Seminário, que nem eu,   enfim, Poeta Marginal, que nem eu (Chega D’Eu!).   Aposto que Você nunca Ouviu-Falou de Nós. Pois então. Desate-Nos. Paulo Leminski. Viu?

“ meu coração de polaco voltou

coração que meu avô

trouxe de longe para mim

um coração esmagado

um coração de poeta ”

– Punk Parnasiano o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

Esta vai para a professora-tia Maria Mam Casz, do Rio Azul que nos acompanha:

“Se dona Maria soubesse

Que o filho pecava tão lindo

Pegava o pecado e jogava de lado.”

Mais uma. Em frente.  Paulo Leminski. Falando comigo?

“Você pode ficar louco

ou para todos os efeitos

suspeito

de ser verbo sem sujeito.”

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito.

– Eduardo Mamcasz Primeiro !!!

– Falando comigo?

– Polaco-Baiano !!!

– É que tem o Eduardo Mamcasz Segundo. Quié ???

– Amanhã, 11/01/24, é o teu dia. Tá?

– Tô.

– Q +?

– Eu não sou Louco.

– Eu sei. É pouco!!!  

– Vai ser o meu Fim.


08/01/24

TORQUATO NETO

Continuamos hoje  pelo Poeta do Barrocão-Teresina-Piauí, de onde, bem a tempo, escapa para a Bahia, e, de lá, mais esperto ainda, corre para o Rio de Janeiro, encontrar a turma da Tropicália.  Estudou Jornalismo, que nem eu, na então Faculdade Nacional de Filosofia.  Aposto que Você nunca Ouviu-Falou dele. Pois então. Torquato Neto. Viu?

“  Quando eu nasci

Um anjo morto

Veio ler a minha mão:

E eis que o anjo me disse

Apertando a minha mão

Entre um sorriso de dentes:

Vai bicho

Desafinar o coro dos contentes”.

(N.B: Não é do Drumond, não.)

 – Tropicalista o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

Aos 28 anos de idade, depois da festa do seu (dele) aniversário, Torquato Neto chega em casa, tranca-se no banheiro, abre o gás canalizado e, então, o fim:

“ Vou prá não voltar

E onde quer que eu vá

Sei que vou sozinho

Tão sozinho amor

Nem é bom pensar

Que eu não volto mais

Desse meu caminho.”

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito. Uma mulher. Até que enfim.

– Ana Cristina César !!!

– Quié?

– Até amanhã. Tá?

– Tô, Pô!


07/01/24

Continuamos hoje por outro Grande-Poeta-Baiano, que nem eu, que volta a tempo para o Rio, que nem eu, por causa da Eugênia, mas antes se manda para Salvador, corrido direto de Cabeceiras, onde mora ao lado de uma senzala com pelourinho. Tem ainda Recife e São Paulo. Depois do suicídio do irmão, ele sente sangue na boca. É tuberculose. Morre cedo, aos 24 anos. Castro Alves.   Aposto que Você nunca Ouviu-Falou Dele. Viu?

“ Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?”

– Abolicionista o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito…
Onde estás, Senhor Deus?

Q + ?

“ Se choro… bebe o pranto a areia ardente;
talvez… p’ra que meu pranto, ó Deus clemente!
Não descubras no chão…”

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito.

– Torquato Neto !!!

– Quié ???

– Até Amanhã!!! Tá?

– Tô!


05/01/24

 Continuamos hoje noutro grande Poeta-Paraíba-Doutor Tristeza. Primeiro, ele vai para o Recife, que nem minha Eterna Madame. Depois, vai para o Rio, que nem eu, onde publica o único livro, chamado EU. Morre em Minas Gerais. Eu, não. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou Dele. Augusto dos Anjos. Viu?

“ Toma um fósforo. Acende teu cigarro!

O beijo é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.”

– Simbolista o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,

Apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca que te beija! “

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito.

– Álvares de Azevedo !!!

– Quié ???

– Até Amanhã! Tá?

– Tô !!!


04/01/24

Continuamos hoje pelo Grande-Poeta-Maranhense, que,  bom Nortista-Nordestinho,  se manda a tempo para o Rio, depois para Sampa, daí, que nem Eu, pros States, Europa, África e tais. Enfim, um vero Guesa Errante. Aposto que Você nunca Ouviu-Falar Dele.  Souzandrade. Viu?

 “ Eu ponho os olhos

No firmamento:

Que isolamento!”

– Romantismo o K…

– Polaco!!!

– OK.

– Bom 24 !!!

“ O róseo fio nesse albor ameno…
Destruído. Ensanguentada,
A Terra sorri ao Céu sereno! ”

Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito.

– Augusto dos Anjos !!!

– Quié ???

– Até Amanhã. Tá?

– Tô!!!

Próxima Página »