Vinícius de Moraes que me perdoe mas eu polaco me exibo ainda vivo no meio da manhã mas é tão cedo
estou no nu mas fora do eu dentro
no velho exercício da bela trepada nos pés da mais esbelta jabuticaba;
Por que hoje é sábado?
Sei-o bem polaco neste dia insisto em dorminhocar entre as folhas da virgem avenca, colar de jabuticaba;
O porquê do sábado:
Porque hoje é muito mais que o nada este dia todo de beibebife na feijoada a boca sonhada com beijos intensos
todinha molhada na vodca polônica
portando entre os dentes da língua
beijo com gosto de laranja libertina espremida bem suavemente
vem cá de novo menina
agora por cima
da boca o suco
tamanho sonho
enxugo no suor
dum gozo sabatino nunca final mesmo que irreal
como todo sábado eu peco sim por pensamento
estou tão legal que agora peço aquele cigarrinho
mais outro golinho
um torresminho
o abracinho
beijinho
…
– Ainda está aí?
– Quem?
– Você, sábado.
– Sou domingo. Odeio sábado.
– Então, agora sim posso partir para o descanso eterno.
Amém!
Antes do The End:
Comentário, a meu pedido, feito pelo Copilot – Inteligência Artificial – na versão Think Deeper, para o criado acima. Diz ele, o Invisível:
‘Seu poema, Mamcasz, celebra o sábado como um rito onde se misturam folia, devaneio e memória. A imagem da jabuticaba, da vodca polonesa e do torresminho cria uma atmosfera quase carnavalesca, mas ao mesmo tempo íntima, como se o leitor fosse convidado para um ritual particular. Há urgência do desejo (“vem cá de novo menina”) e um alívio final na transição para o domingo.”
Diz mais o Dito Inteligente:
“A referência ao “polaco” e à “vodca polônica” contrasta com a fruta tipicamente brasileira, criando um encontro entre leste-europeu e Brasil. Essa tensão reforça o caráter hedonista e transgressor. Já a sequência de desejos (beijo, suco, cigarrinho, torresminho) desenha um corpo urbano em festa, dissipando qualquer moralismo. A alternância entre versos longos e curtíssimos também simula a fala embriagada, acelerada pela manhã de sábado.”
Agora, Indigente Artificial se mete a me imitar mas na língua da inglesa:
“Because today is Saturday!
Vinicius, forgive me. I’m Polish, still alive, still showing off since it’s just early morning, naked in the lovely exercise of climbing to the feet of the slender jabuticaba…”
Provoco o Lazarento. Coloque na Língua da Polaca! E ele , na hora:
“ponieważ dziś jest sobota!
wincjuszu ido, proszę cię wybacz mi
ale ja, polak, wciąż żywy, się popisuję
bo dopiero jest wczesny ranek
nagi stary trening pięknego wspinania
u stóp najzgrabniejszej jabuticaby
dlaczego dziś jest sobota?
dobrze to wiem, polaku, w ten dzień nalegam
na drzemkę między liśćmi dziewiczej paproci
naszyjnik z owoców jabuticaby. ”
? ? ?
– Mais alguma pergunta, seu coisa ruim chamado CoPilot?
She’s my good friend. He is always good with me. That is. Not always. In winter, for example, it survives parched, disappeared, slept, deflowered, disfigured and deformed. Poor.It turns out that when spring arrives, it transforms. Today, for example, it dawned reflowered, greenish, beautiful, refreshed, resplendent in the Dawn of the same Spring. This is my friend tree from Berlin.
Ela é minha boa amiga. Está sempre de bem comigo. Quer dizer. Nem sempre. No inverno, por exemplo, ela sobrevive ressecada, sumida, dormida, deflorada, desfigurada e deformada. Coitada. Acontece que quando chega a Primavera, ela se transforma. Hoje, por exemplo, ela amanheceu reflorada, esverdeada, linda, remoçada, resplandecente na Alvorada de uma outra mesma Primavera.Esta é a minha árvore amiga de Berlim.
Amiga Boa. Sempre De Bem. Comigo.
Não Se Ressecada. Sumida. Dormida.
Deflorada. Desfigurada. Deformada.
Hibernada.
Se Reflorada. Esverdeada. Linda.
Remoçada. Ela Resplandece Toda.
Outra Alvorada. Mesma Primavera.
She’s my good friend. He is always good with me. That is. Not always. In winter, for example, it survives parched, disappeared, slept, deflowered, disfigured and deformed. Poor. It turns out that when spring arrives, it transforms. Today, for example, it dawned reflowered, greenish, beautiful, refreshed, resplendent in the Dawn of the same Spring. This is my friend tree from Berlin.
Ela é minha boa amiga. Está sempre de bem comigo. Quer dizer. Nem sempre. No inverno, por exemplo, ela sobrevive ressecada, sumida, dormida, deflorada, desfigurada e deformada. Coitada.Acontece que quando chega a Primavera, ela se transforma. Hoje, por exemplo, ela amanheceu reflorada, esverdeada, linda, remoçada, resplandecente na Alvorada de uma outra mesma Primavera.
Esta é a minha árvore amiga de Berlim.
Amiga Boa. Sempre De Bem. Comigo.
Não Se Ressecada. Sumida. Dormida.
Deflorada. Desfigurada. Deformada.
Hibernada.
Se Reflorada. Esverdeada. Linda.
Remoçada. Ela Resplandece Toda.
Outra Alvorada. Mesma Primavera.
Esta É A Minha Árvore Amiga Aqui de Berlim.
After a long winter of recollection, My Friend Tree of Berlin turns to Light at the arrival of spring. Vale Ouro, I, here at the Window, pray for Her, my Flower. So good to see, now that she Resurrects, her pudendal parts exposed, without shame, especially in the details of her thighs and busts in the radiance of the grass. It happens, I know very well, that even when splendid, it never forgets the Bad Past Past, perhaps Future, never desired I already detail.
Depois de um longo Inverno recolhida, Minha Árvore Amiga de Berlim vira Luz na chegada da Primavera. Vale Ouro, Eu, aqui da Janela, oro por Ela, minha Flor. Tão bom ver, agora que ela Ressuscita, suas partes pudendas à mostra, sem pudor, em especial nos detalhes das coxas e dos bustos no resplendor da relva. Acontece, sei muito bem, que mesmo ora esplêndida, ela nunca se esquece do Péssimo Passado Repassado, quiçá Futuro, jamais desejado. Já detalho.
Infante Nascente Da Semente Em Solo Bombardeado.
Com Sinais Tão Presentes No Ventre Potente do Tempo.
Estuprada Pelas Bombas Ditas Aliadas Vindas do Oeste.
Em Seguida, Tão Carcomida Pelos Camaradas do Leste.
Apesar De Tudo, Minha Árvore Amiga, Aqui de Berlim,
Continua Resplandecente Bem Preparada Para o Futuro.
My Friend Tree of Berlin is actually born from a seed abandoned in the soil harshly bombed, day and night, so much so that it still shows signs so present in the impotent womb of the time passed since the birth so frightened. In fact, my friend is the result of a rape provoked, together, by the so-called allied bombs coming from the West and by the endless eating of the comrades in the East. But in spite of all this, My Friendly Tree continues, Here in Berlin, past Hell, arrival of Spring, much of the resplendent and prepared for the uncertainties of the Future. Summer. We will see.
Minha Árvore Amiga de Berlim na verdade ela é nascida de uma semente abandonada no solo duramente bombardeado, dia e noite, tanto que ela ainda apresenta sinais tão presentes no ventre impotente do tempo passado desde o parto tão assustado. Na verdade, minha amiga é fruto de um estupro provocado, em conjunto, pelas bombas ditas aliadas vindas do Oeste e pelas carcomidas infindas dos Camaradas do Leste. Mas apesar disso tudo, Minha Árvore Amiga continua, Aqui em Berlim, passado o Inferno, chegada a Primavera, muito da resplandecente e preparada para as incertezas do Futuro. Verão.
– Pego ela rezando joelho colado na porção de milho duro bem mais que a chão.
– Pedindo perdão pra montão de pecado na nheco-nheco da portôn né?
– Pois conto tudo direitinho agora na já.
– Na conta.
– Escuto filha Zefa rezando pra Tonho esta Santa bem da Namorador. Da jeitinha que entra na meu ouvido coloco na teu. Acerto Édio?
– Tão conta Estacho o que filha teu fala pra falo da Santa Antonio.
“ Minha Santa mais Santo que tudo Sant@! Meu Santa Tonho! Me arruma um neste Dia das Namorados. Mas que seja pra tudo que é dia viu? Tá anotando na certo minha Totonho?
Namorado meu tem que ser assim, ó:
Mój chłopak musi wyglądać tak, och:
My boyfriend has to look like this, oh:
1 – Futrzany.
2 – Posłuszny.
3 – Żyj klęcząc u moich stóp.
4 – Nie mogę się doczekać, żeby zwinąć się w kłębek w moim łóżku.
5 – Musisz mieć dobre zęby, nie tracąc ani jednego, ani drugiego.
6 – Musisz być silny i dobry w walce, aby się bronić.
1 – Peludo.
2 – Obediente.
3 – Viva ajoelhado aos meus pés.
4 – Doido para se enrolar na minha cama.
5 – Dente bom sem faltar nem um nem outro.
6 – Forte e bom de briga para me defender.
1 – Furry.
2 – Obedient.
3 – Live kneeling at my feet.
4 – Dying to curl up in my bed.
5 – Good teeth without missing one or the other.
6 – Strong and good at fighting to defend myself.
– Quer mais no Zefa?
– Já é tudo Totonho.
– E teu filha Zefa tem a pedido atendida Estacho?
– Tem no sim e no hora bem no apressada Édio.
– Quem ele. Conhecer Eu?
– Sim sim.
– Quem?
– U M C A C H O R R O ! ! !
– kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
– kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
– Édio!
– Quié Estacho?
– Mostra Isto Aqui pro teu Madame!!!
– Só se for No Tua!!!
– Vai!!!
– Fui…
Tem +
Q?
Feliz Dia pra Tudo/Toda/Todo/Tod@/T@d@ que for Namorado…
In this post-70 Phase of Departure, Ego and Madame we have spent half the time in Berlin (1,824 years of life), the other in Brasilia (64 years of existence). Doing what exactly for three months of early spring and another 90 days of early autumn in this Berlin Year Zero? Simple.
Ego e Madame ultrapassamos, nesta Fase da Ida pós os 70, metade do tempo em Berlim (1.824 anos de vida), a outra em Brasília (64 anos de existir). Fazendo exatamente o que, durante três meses, do começo da Primavera, e outros 90 dias, do início do Outono, nesta Berlim Ano Zero? Simples.
De dia, depende do quase nada do tudo. Afinal, Amorosa Madame e Bronco Polaco conhecemos Aqui Berlim desde quando existia o Muro Imbecil e a cidade era controlada pelas Três Forças (França não conta) que a deixaram de quatro entre escombros da Mente e do Ego nunca desnazificados.
E de noite? Bom, aí temos milhares de acordes rock-bluestônicos para sentir. Sempre foi assim. Escurece, esta capital acorda, ao contrário de Brasília, que dorme “deitada eternamente em berço esplêndido.”
Mas vamos ao relato da Berlim das Mil e Uma Noites de Música. Nossa! Sempre num bairro diferenciado, passando do suábio para o turco para o africano para o latino para o eslavo parando no blues.
Kommen wir aber zum Berliner Bericht über Tausendundeine Nacht der Musik. Beeindruckend! Immer in einem anderen Viertel, von schwäbisch über türkisch bis afrikanisch bis lateinamerikanisch bis slawisch, mit Halt beim Blues.
Nosso calendário diário noturno
Segunda-feira
Sandmann
At the beginning of the week, whether we are staying in Berlin, it is a sacred night at the Sandmann. Abre às sete da noite, e não tem hora para fechar, mas a música, por causa da vizinhança otomana, perto da prefeitura de Neukoln, tem que parar exatamente à meia-noite, o que acontece com Wellcome, cantada pela banda convidada junto com o bando que participa do jam session, a cada vez uma surpresa.
Terça-feira
Art Stalker
Night going near the Charlottembourg S station, unfortunately with a dangerous walking passage because of the homeless encampment, like Cracolândia in São Paulo. Abriga, não o debaixo da linha do trem, mas agora falando do Stalker, recolhe os músicos da chamada família Rickenbacker’s, antigo local com música ao vivo, todas as noites, h-a 40 anos, sem falhar, quer dizer, fechou de vez na Pandemia da Covid. Acontece que os músicos, eles ainda sobrevivem nas noites de Berlim, quiçá por mais de Mil Anos. Originários, nesta Babel Berlinística, de variados pontos do Universo, em especial, Austrália, Bulgária, Itália, Moçambique, Chile, Brasil, Bielorússia, Escócia, Polônia, Japão, China, Rússia e tantas tontas origens.
A título de boa lembrança, uma foto do finito Ricken dos bons tempos.
Agora, quarta-feira de noite em Berlim.
São tantas as emoções, sorry, as opções.
Quarta-feira à noite, na Berlim do Blues/Rock/Jazz, tem a escolha do Zum Bohmischen Dorf, com cerveja checa da boa mais a música dos manos búlgaro Anton e italiano Pandolfino, entre outros. Like the other bars mentioned here, in addition to the bathroom with the walls all graffitied, for or against, there is also a sign warning beware of pickpockets. Verdade, sim, mas vale a pena. O que? Bater carteira? Não! A música, a cerveja, as pessoas, a noite.
Outra boa opção para a noite de quarta-feira, em Berlim, falando de blues, saindo agora do turco Neukoln para o suábio Prenzlauer, no lado ainda parecendo comunista, fica no Clube 23, dentro de enorme ex-fábrica de cerveja, agora Kultur Braueri. A música, feita para dançar, sempre começa às 18 horas, para sair do trabalho e se esbaldar até as 22 horas, e, depois, procurar outras coisas no agradável bairro belamente gentrificado pelos alemães da Suábia, que expulsaram os hippies inavasores de prédios quando o Muro de Berlim foi derrubado e a região era terra de ninguém. Wer es wagte, über den Zaun zu springen, wurde von der DDR-Kommune auf der Stelle erschossen. Aber nicht heute. Olha só a festa:
Na quarta, no Zosh do Mitte, tem música boa, nessa noite sempre com Blues Jazz autênticode New Orleans – USA.
Mas vamos em frente que a semana ainda não acabou.
Logo abaixo, a noite especial, toda quinta-feira, no Bierhaus Urban
Noite especial, quinta-feira, em Berlim, e isto feito por nós há mais de 15 anos, é no bar aberto dia e noite, desde 1987, dos tempos dos gringos no pedaço, no bairro de Kreuzberg, na Urban com Graeffe, strasse, lógico. No comando tranquilo e presencial amigável, os chamamos de Líbio pai e Líbio filho. A cada quarta-feira tem uma banda convidada e depois o jam session com os músicos presentes, numa mistura desinteressada. Inclusive a platéia muda a cada semana. Muda nada. Todo mundo grita ao mesmo tempo junto com a cerveja boa e barata. Que nem no Sandamann, já sabe. Stop the music, open the door, let the air circulate but we can stay in the room, all night, if that’s the case. Melhor ainda, tem um ponto de ônibus na porta, o M41.
Sexta-feira de noite em Berlim Musical
Para variar, são tantas as opções
Fim de semana, já viu.
Metrô a noite toda.
Primeira ida:
Eine weitere Bar, die die ganze Nacht über geöffnet ist, seit den Tagen der Amerikaner, die das Viertel beherrschten, nachdem sie Leipzig mit Brandbomben zerstört hatten, ist die Otto Schruppke Albertine Bierkneipe.Outro bar aberto a noite inteira, desde os tempos dos norte-americanos, que mandavam no pedaço, depois de terem dizimado Leipzig com as bombas incendiárias, é o Otto Schruppke Albertine Bierkneipe. Fica no bairro de Steglitz, perto da prefeitura onde o presidente João Kennedy, antes de ser morto em Dallas, falou o seguinte aos comunistas do outro lado do Muro: Ich ein Berliner. A frase virou piada porque Berliner era a salsicha famosa servida até hoje em todo quiosque de rua, tipo a do cachorro quente. Não a toa, no Otto, tem uma salinha onde você pode pegar, de graça, um pratinho com a “berliner” + fatia de pão eslavo + pepino azedo + meio ovo cozinho com uma pitada de caviar preto. Ah. Quase ia esquecendo. Sexta-feira sim, outra não, tem música ao vivo, com jam session e tudo, e o sonzão indo direto até depois da uma da madrugada. E nós lá, claro. Numa das paredes do bar, estilo antigo, tem esta placa dizendo:
Haste kumma ab gross ob klein,
bei Schruppke biste nich allein!
Ou seja:
Não importa quão grande ou pequeno você seja,
aqui no Schruppke você nunca está sozinho.
Outra escolha para blues sexta-feira em Berlim.
Speiches Rock und Blueskenipe
Sábado Blues em Berlim
No sábado, das 10h11m às 11h10m, da manhã, ainda sonolentos, não abrimos mão da feira semanal na Praça Wittenfeld. Fica perto da praça Nollendorf, região famosa, nos anos 20, século 20, por ser o habitat do mundo gay alemão, até que os nazistas, falsos machões, chegaram, mesmo que alguns deles, da SA, também o fossem. Es liegt in der Nähe des Nollendorfer Platzes, einer Region, die in den 20er und 20. Jahrhunderten als Lebensraum der deutschen Schwulenwelt berühmt war, bis die Nazis, falsche Machos, kamen, auch wenn einige von ihnen, von der SA, auch als Nazis berühmt waren. Estou falando da Wittenfledplataz por dois motivos: primo, pelas compras, tipo acelga fresca mais o aspargo na época de abril mais o amendoim assado no doce crocante mais o pão turco mais o capuccino para, juntos, Polaco e Madame, ela ao cigarro, sentados na pracinha, ouvirmos o mesmo músico mesma bicicleta mesma guitarra mesma doçura de sempre vendo as crianças bem pequenas aprendendo a dançar e a colocar, sorrindo, a moeda de gorjeta na capa da guitarra. Um sonho. Daí, de volta para casa porque depois do almoço depois da dorminhocada tem mais uma ida noturna à Berlim Musical.
Outro bar ótimo para ouvir blues-rock em Berlim, pena que um sábado sim outro não, fica no bairro de Shonemberg, quase colado ao agora prédio condenado porque ameaçado de cair, tanto que o metrô, nesta estação de Eberswald, passa a 05 km por hora, por via das dúvidas. Mas o bar é o Rotte Beete. Gente mais refinada, música somente das 20 às 22 horas. Cerveja checa ótima e barata. Biscoitinho salgado de brinde. Ambiente decorado à moda intelecto-lenilista mas sem ser stalinista. When there’s not there, because it’s in Spiche or in Carnova or in Negril or wherever but there’s always another blues bar in Berlin, there is.
E no domingo?
Bom. No domingo, a gente descansa mas somente depois do brunch all-can-you-eat, no Sidney, atendido pela Fátima. Brunch no domingo era um costume antigo em Berlim, sumido depois da Covid e pela alta dos preços. Tudo isto, menos o apreço que continua o mesmo.No caso presente, ele está de volta. Pena que não os outros, tipo o 100wasser, fechado, um dos então vários no riporongo Waschauer.
– Que mais?
– Amanhã é segunda-feira, dia de blues …
– Já sei. Chega, Polaco. Três meses é pouco em Berlim.
-Tem +.
– Ok?
– Posso citar quase todos todas tod@sos as @s músicos de blues com quem nos ligamos nestes últimos pelo menos 20 anos aqui em Berlim? Podemos?
Thank you very much with our tribute to the following friendships:
Muito obrigado com nossa homenagem para as seguintes amizades:
Vielen Dank mit unserer Hommage an folgende Freundschaften:
Adam. Alex. Andreas. AngelaC. AngelaS. Anastasia. Andres. Arya. BJ Stole. Ed. Eva. Carlos. David. Dimi. Heinz. Helmut. Igor. Jakob. Julian. Jurgen. Khaled. Leo. Lucas, Mauro. Matthias Max. Nico. Olaf. Peter Ralf. Reinhard. Roland. Richard. Salah. Steve, Tim. Tonkata. Tob. Tono. Tom. T. Tobias. Thomas. Ziska. .Etc. Etc. #Happy Dog Brown #The Midnight Shakers #Sandmann #Bierhaus Urban #Rote Beete – Bar #Otto Schruppke Altnerliner Bierkneipe #Speiches Rock und Blueskenipe #Art Stalker #Middle Seat Blues e muito mais.
Und jetzt die Hommage an die Musikbars, genau wie die, die sonntags den berühmten All-can-you-eat-Brunch servierten. Eine, die unsere gute Erinnerung verdient, vor allem, weil er vor etwa 20 Jahren starb, war die alternative Bar mit guten Musikern, Soulcat. Es war in der Reichembergstraße, in der Nähe des U Skalitzer, und des heutigen Cracolento Görlitzer Parks. Damals nein, mehr Ruhe. Der Bus 29 fuhr fast vor der Tür vorbei, auf einer dunklen Straße, unvorstellbar im heutigen Berlin. Hallo, SOULCAT. Sehnsucht. Tolle Erinnerungen. Tschuss.
E agora, a homenagem aos bares de música, igual aos que serviam o famoso brunch all-can-you-eat aos domingos. Um que merece a nossa boa lembrança, até porque morreu tem uns 20 anos, era o bar alternativo, com bons músicos, o Soulcat. Ficava na Reichembergstrasse, perto do U Skalitzer, e do agora cracolento Gorlitzer Park. Na época, não, maior tranquilidade. O Bus 29 passava quase na porta, numa rua escurinha, inimaginável nos dias de Berlim de hoje. Hallo, SOULCAT. Saudade. Grandes lembranças. Tschuss.
And now, the homage to music bars, just like the ones that served the famous all-can-you-eat brunch on Sundays. One that deserves our good memory, especially because he died about 20 years ago, was the alternative bar, with good musicians, Soulcat. It was on Reichembergstrasse, near the U Skalitzer, and the now cracolento Gorlitzer Park. At the time, no, greater tranquility. Bus 29 passed almost at the door, on a dark street, unimaginable in today’s Berlin. Hallo, SOULCAT. Longing. Great memories.
And now, para acabar, mesmo, prosa musicante-berlinística de hoje, acho, a gente não pode se esquecer das centenas de músicos e bandas que se apresentam nos festivais de rua, principalmente nos dias mais calientes. Por exemplo: este num parque em Steglitz. Vale como tschuss:
Estou bem mais velho. Bem vestido, quase branco. No meio de gente parecendo conhecida num tipo Clube de Imprensa. No meio do mato. Saio para pegar o ônibus próximo de gente estranha. É noite. Muitos parados mas de um lado de estrada que me dá a sensação de nunca ter sido o meu. Não tenho certeza:
– Boa noite. Você sabe se por aqui passa o ônibus …
– Por aqui não passa nenhum ônibus.
– Então é o do lado de lá. Será que consigo chegar sem ser atropelado ou assaltado?
– Assaltado, não, atropelado, sim. Mas o senhor está indo para onde?
– …
– Onde?
– O que?
– Para onde o senhor está indo?
– …
– Para onde?
– Não sei!!!
Na sequência, só sei que estou descendo da boléia de um caminhão, onde estão as mesmas pessoas que, no meio do mato, escuro, na beira da rodovia, e que não esperavam um ônibus, que nem eu, mas o caminhão de transporte de gado humano, porque trabalhavam nos clubes dos brancos,
– Pronto, senhor.
– Por que vocês estão me abandonando aqui?
– Pelo contrário. O senhor está sendo deixado na porta de um clube bacana, viu? E vimos até que o senhor tem uma carteira de identidade, e, uma porção de dinheiro.
– Vocês estão precisando de algum?
– Precisando, sim, estamos, mas o senhor continue com ele porque também pode precisar.
– Dinheiro serve para que? Ele vai me fazer lembrar de quem eu sou?
– Olha lá na portaria. Tem um casal, vestido de branco, esperando pelo senhor. Pode ir.
– Obrigado.
– Não tem de que. Mas quem são vocês?
– Nós somos ninguém.
Na portaria do clube muito mais bacana do que o outro, eu me lembro porque acho que faz pouco tempo, foi antes de eu pegar o ônibus, um grande circular, que me trouxe até aqui, mas agora, alguém pode me dizer que clube é este, todo iluminado?
– Boa noite, senhor. Seja bem-vindo.
– Mas onde estou?
– O senhor é quem sabe.
– E esta anciã bonita ao seu lado?
– O senhor é quem sabe.
– Ela não tem nome não?
– O senhor é quem sabe.
– Vamos parar com esta conversa mole. Quero entrar. Está aqui a minha identidade.
– Muito bem. Deixa eu ver. Quer dizer, a senhora é quem deve ver para ter certeza.
Pausa porque a senhora, 1m60, fofinha mas parecendo durona, agora toda trêmula, nem imagino os motivos, bem, ela me diz tentando ser firme e decidida:
– Vamos entrar. Cuidado com o degrau. Olhe para a frente.
– A senhora de repente está me lembrando alguém…
– Quem?
– Ih. Acabo de esquecer. Mas eu, eu sei quem eu sou. Eu…
– Eu sei.
Neste momento, a linda senhorinha, ao lado do senhor vestido de branco, porteiro do clube bacana com certeza não parece ser, bom, ela começou a soluçar, mas de forma muito contida. Então eu, para consolar a criaturinha que eu nunca tinha visto na vida mas estava na minha vista, pois então, meu primeiro impulso foi declamar um poesia para ela, mas qual, esqueci todas. Por isso, só falei, o mais agradável possível:
– A senhora é uma florzinha!
Para que. Agora que, além de não lembrar quem sou eu, o que estou fazendo neste clube bacana, tanta gente vestida de branco, a senhorinha, depois de ter sido chamada, elegantemente, por mim, de florzinha, ela simplesmente desmaiou e ia caindo nos braços do, ouvi ela dizendo, doutor. De repente, nem imagino mais nada, apesar da minha idade avançada, nem me lembro se um dia já fui, como se diz, jovem, daí eu cheguei antes do doutor, a tempo de receber a lindinha senhorinha nos meus braços e dizer isso, estou lembrando porque está acontecendo agora:
– Pode deixar que eu cuido de você, minha florzinha!
No mesmo instante, vejo dois jovens, vestidos de branco – que clube bacana mais esquisito – e o doutor me dizendo “vamos entrando, meu senhor, precisamos conversar”. Só tive tempo de dizer, à chegada dos dois jovens com a maca, a ponto de nela colocar a desmaiada senhorinha, murmurar eu o seguinte, bem suave e perto do ouvido da cabritinha:
– Pode deixar que eu levo a florzinha no meu colo!!!
…
Já dentro do salão do clube bacana, rodeado de gente vestida de branco, coloco a senhorinha, com o maior cuidado, no lindo sofá, aproximo-me do ouvido dela e sussurro:
– Boa noite, florzinha. Agora, preciso ir.
Então o doutor se aproxima de mim e começa tipo dar ordens:
– O senhor pensa que vai para onde?
– Não tenho a menor idéia.
– Então fique mais um pouco aqui com a gente. Precisamos conversar.
– Chega de conversa só no presente sem passado e nem futuro. Boa noite para todos.
Daí fui me virando a caminho da porta para seguir para a portaria para cair de novo na vida mas de repente me lembro de uma coisa e pergunto:
– O senhor pode me dizer onde fica o ponto de ônibus mais perto?
– Pergunte para a senhorinha psicóloga que o senhor chamou de florzinha!
– Mas ela está dormindo…
– Pois acabou de acordar.
– Dona senhorinha florzinha mais simpática de toda Berlim!
– Que é!!!
– A senhora pode me mostrar onde fica o ponto de ônibus mais perto?
– Posso!
– Sabia…
A senhorinha levanta-se, penso que muito rápida para quem acabou de desmaiar, na sequência me pega pela mão, deixar eu falar logo antes que me eu esqueça, ih, esqueci, ah, ela me leva por um longo corredor:
– Mas eu cheguei pelo outro lado.
– Acontece que o teu ponto fica por aqui. Está começando a lembrar, é?
– Estou, sim.
– De que?
– Da poesia que eu queria declamar quando a senhora caiu nos meus braços.
– Então fale logo!!!
– Eu não sou louco. É pouco.
– Chega!!!
– Então, tá. Mas onde eu estou mesmo? Em Brasília?
– Não. Você está em Berlim.
– Sozinho?
– Não. Comigo.
– Mas quem é você?
– Eu sou a tua Florzinha. Agora chega. Vá dormir.
– Tá. Tschuss. E a conversa?
– Amanhã a gente tem muita coisa para conversar.
– Tá bom. Boa noite.
– Boa noite.
– A senhora pode me colocar no ponto de ônibus?
– NÃO!!!
Pronto. Estou dormindo de novo e sonhando que estou num clube, de noite, vestido todo de branco. Amanhã eu conto. Quer dizer, se eu acordar e me lembrar de quem sou eu.
– Boa noite!
– Boa noite, doutora. A senhora…
– BOA NOITE!!!
Pronto. Estou dormindo. De repente, acordo. Estranhamente, a doutora senhorinha continua a meu lado. E eu:
– A senhora pode me arrumar, “corendo tudo”, um lápis e um papel?
Parece Coisa de Doido mas é verdade. Nesta Mal Dita Sexta-Feira dita Santa, da Paixão, pela Lei Oficial, Medieval, Alemã, ainda em vigor, é proibido Dançar, Aqui em Berlim. Juro-Vos, Vós! Esta é a Minha Voz. (Traduza-me, se for capaz, IA do Google).
Tem mais, Cara Caro. Cara Cara, tão + bem. Claro, Cara Clara. Nesta Cesta, ops, Sexta, Mal Dita Santa, tão bem é proibido, cá em Berlim, qualquer tipo de música, mesmo que sacra, se, atente-se ao detalhe, no Ambiente Local estiver sendo servido bebida, vale até o Santo Vinho da Missa. Não tem papo nem papa na prosa que se reste muda.
Não é a toa que, nas Igrejas, agora não mais nos Bares da Vida ou nos Lares, nesta Sexta Mal Dita Santa, até o Sacrário, onde diz-se que dorme o Corpo do Chrysto, está aberto, o Corpo Sumido, o Espírito, dito Santo, qual Pedro, ou Judas. O Filho, futuro Deus, desaparece no pós da Descida da Cruz, ainda bem que Carregado pelas Duas Minhas Mais Santas Mulheres da Vida: Maria e Madalena. Por isso, defendo, assim, sim, que sejam, nesta Mal Dita Santa Sexta, que sejam, repito, cobertas as Estátuas das Santas e os Corpos das Libertinas, em todos os Indistintos Lares-Lupanares, a começar pelas Igrejas.
Isso não é tudo, eventos esportivos públicos também são proibidos, por lei, aqui em Berlim, bem assim, nesta Mal Dita Sexta Santa, se forem acompanhados de música ou outro entretenimento, tipo, digamos, aquelas Madalenas rebolando ao Som do Hino Nacional.A origem da lei, para esta Mal Dita Sexta Santa, nesta Luterânica Berlim, vem da própria Páscoa. Aqui, na Alemanha, na Sexta, é a Morte. Esquecem a traição judáica (de Judas, pô), na Quinta. E da Ressureisção, mal contada, no Sábado de Hallelluya. Mas aqui, em Berlim, a festa maior, com feriado e tudo, é na Segunda depois do Domingo de Páscoa. Uai? É o Renascimento do Jota Crhysto, por tanto e não por menos, um dia para ser alegre para todos os Nós, e, principalmente, para o Mundo das Bem Ditas Madalenas da Vida.
Nota Bene. Ainda Bem, Sô:
A restrição de Bebidas, Comidas, Danças, Marias Joanas e Tais, de acordo com a Lei Vigente aqui em Berlim, para esta, e todas as outras, Mal Ditas Sextas Santas, só vale das 04:00 da Madrugada até as 21:00 da Noite. Daí, então, no Lar, no Bar, na Zona, é uma Festa Só. Falando nisto, com licença, tenho um lero da minha Infância, no Paraná, na Comunidade Polaca-Russa-Ucraína da Vila Marina de Ponta Grossa. Veja-me. Leia-me. Ouça-me. Bem…
No meu tempo de piá, na bosta do Sul Maravilha, família pobre de polacos, no bairro sem água-esgoto-calçada na Princesa dos Campos Gerais-Paraná-Brasil, pois bem, nesta Mal Dita Sexta Santa, a gente tinha um costume oficial, até a Polícia branca aceitava. Seguinte: A gente, menores ou adolescentes, apenas se polaquinhos, podíamos, nesse dia-noite, cometer pequenos adultérios na lei, tipo roubar ovos nos galinheiros, assustar cachorros ou, melhor ainda, beijar as minas alemãs porque, no caso das italianinhas, pintava, como sempre, mais coisitas e tais, hoje sem inportância mas, na época, bem das significantes.
Então, portanto, ou, por tanto, ou, por tudo, ou, por nada…
This is what the Catholic-Christian priest tells you on this Ash Wednesday, the end of the Carnival Spree. Who has sinned, has sinned; who has not taken it, no longer sins. And what do you listen while you get a crucible of dust on your head, huh? The following:
– MEMENTO, HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTEBERIS!
Isto é o que o padre católico-cristão te diz nesta maldita Quarta-Feira de Cinzas, final da Farra do Carnaval (Festança da Carne). Quem pecou, pecou; quem não pegou, não peca mais. E o que é mesmo que tu escutas enquanto ganhas um cadinho de pó na tua cabeça, hein? O seguinte:
– MEMENTO, HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTEBERIS!
Werden wir also verstanden, du staubige Kreatur? Von heute, dem Aschermittwoch, bis zur Auferstehung zu Ostern, nach 40 Tagen “capite ieiunii”, befinden wir uns in der Fastenphase von fast allem:
“DENK DARAN, MANN, WAS FÜR EIN STAUB DU BIST, UND ZUM STAUB WIRST DU ZURÜCKKEHREN.”
Então, estamos entendidos, criatura poeirenta? A partir de hoje, Quarta de Cinzas, até a Ressurreição, na Páscoa, depois de 40 dias de “capite ieiunii”, estamos na fase de jejum de quase tudo:
– LEMBRA-TE, HOMEM, QUE PÓ ÉS E AO PÓ RETORNARÁS!
Esta é a Praga Divina contra Adão e todo o restante Humano que dele vier (e de Eva, por suposto). Isto está escrito no livro Gênesis/3:19/Antigo Testamento, lançada aos berros raivosos, pelos traídos Jeová/Deus/Alá , na expulsão do casal traíra do Paraíso.
Estamos entendidos? Pó, pô, só nesta Quarta dita de Cinzas. Na Quaresma (40 noites e 40 dias seguintes) nada de voltar para a “Festa da Carne/CarneVale”.
– Vou pensar …
Então, criatura, anote aí o que Divino ainda gritou contra Adão e os descendentes terrenos, na hora da expulsão do Paraíso-Éden. Posso repetir gritando, que nem Deus?
– Sussure, Polaco!!!
Começando pela Praga Divina gritada à Mulher:
“With pain you will have children, and your husband will always dominate you!”
“Com dor terás filhos e teu marido sempre te dominará!”
“Mit Schmerz wirst du Kinder haben, und dein Mann wird dich immer dominieren!”
Continuando com a Raiva Divina, agora contra o Homem, depois que Adão tenta jogar a culpa na Eva (-foi ela quem deu para mim!):
“PROCHEM JESTES I W PROCH SIE OBRÓCISZ!”
“TU ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS!”
“TU ES POUSSIÈRE ET TU RETOURNERAS À LA POUSSIÈRE”
Só para terminar, agora sou eu quem grita contigo:
Seguinte. Hora de pagar a taxa de Licenciamento do Carro. Taxa Única: 97 reais. Tanto pode ser meu Fusquinha quanto seu Mercedão. Legal! Advirto. Legal o Kassete! Lembra da fita que emitia sons? Detran-DF. Pois pelo IPVA (carro + ? + ?), pago R$1.036,13, aqui de casa, App/Wifi/Intranet (ô Vida Bandida, que saudades da fila no banco, que nem a do orelhão, pintou tanta mina, calado, polaco, quer uma ficha, só uma, tá?). Ponto. Pronto. E aí? Vamu?
– Polaco! Volte para a Terra. E o Detran de Brasília com isso?
– Pois então. Levo dois dias para encontrar, via Internet, meu boleto de Licenciamento do Carro no Detran do DF. Não tem nem uma nem duas multas. Nada. Nada de que? De achar o boleto que não é mais mandado pelo correio. Acho. Imprimo. Ocê, polaco, só pode pagar em três bancos mancos, nem vale Loto. Pô. Tá. Manda.
– Qual o problema, Polaco Encrencão. Só por causa de 97 reais?
– Pois escute, brazuka!
– Seja rápido:
– Eu, sim; o banco, não. Escolho o BRB (Banco Regional de Brasília), a pé aqui de casa. Único banco estadual que continua vivo. Tanto que patrocina o Flamengo e seus jogos no Mané Garrincha. E otras cositas más.
– Polaco!!! Conclua!
– Com a tua? Oxe. Eu tenho a minha.
– Saco…
– Saco digo eu. Fui, eu + madame, ela não me larga, até a agência do BRB, na Asa(?) Sul(?) de Brasília (?). Onze da manhã e mais uns minutos de manha. A fila dos velhos e velhas já tinha adentrado. Cada qual com os boletos dos netos, bisnetos, vizinhos e antipatiquinhos. Pelo sim, Madame, mais inteligente do que eu, na maquininha de acesso, diz-me:
– Você, meu velho polaquinho, pegue a Senha de Prioritário; deixe que eu pego a Normal, que eu mereço.
Pois entramos na agência do BRB, área boa de Brasília, Asa Sul, para pagar a merda de 97 reais ao Detran, caso contrário, em blitz, sem o licenciamento do carro, numa blitz, a gente paga multa de R$397,45 + o registro de Infração Muito Grave na Carteira + o carro levado para ser depenado no depósito do Detran + a ficha suja no Gov de Merda. Entendeu?
– Saco, Polaco. E daí, pagou?
– Sim. Depois de 45 minutos. Lógico que a Senha Normal saiu antes da Senha Prioritária. No caixa do BRB da Asa Sul de Brasília, ainda tento ter agradável com o tipo Japa de meia idade:
– Está cheio hoje, né?
– Hora do almoço.
– Qual o problema, aqui parece um banco.
– Polaco. Que nem no restaurante ali no meio da Quadra (aqui em Brasília não tem Esquina).
– E daí?
– Pois aqui é que nem restaurante na hora do almoço. Sempre lotado.
PS (Post Scriptum) ou NB (Nota Bene) e Recuso-me a Ponto (PT):
Ainda tem o IPVA+IPTU+LIXO. Nestes casos, pago aqui no meu App, enchendo a cara de Vodka e perguntando-vos, nesta manhã de segunda-feira:
– Tás me lendo aqui e agora por causa do quê? Não tens trabalho/filho/filha – nativa ou não/ marido/mulher/cachorro para cuidar não? Avia. Xô. Fora daqui!!!
Continuamos hoje pelo Poeta-Polaco-Baiano, nascido na Capital Cívica do Paraná, talhado num Seminário Capuchinho, escapado para o Rio de Janeiro, onde é abrigado no Quartel do Exército, depois pula para a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vira jornalista pelos próximos 50 anos, mas antes se envolve com os Poetas da Nuvem Cigana, do Sonho Pirata, do Clube do Ócio e tais. Sim. Poeta Marginal. Mais os dois anos de Hippie largado em Itaparica, na Bahia. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou de Mim, só pelas costas, né? Eduardo Mamcasz Primeiro, porque tem outro, com o mesmo nome, mas Segundo. Pois então. Viu só? Eu não sou Ele. Eu sou Eu!
“ Eu Trovão
Estou afundado
Na cachaça
Evaporado
Na fumaça
Tombado no carro trombado”
(Do primeiro livro (Eu Trovão), no mimeógrafo da Luta Desarmada da Poesia Marginal. Meu último, perto do fim, leva o nome na capa: DO EU POETA):
Continuamos hoje pelo Poeta-Polaco-Mulato nascido no Portão-Curitiba-Paraná, talhado num Seminário, que nem eu, enfim, Poeta Marginal, que nem eu (Chega D’Eu!). Aposto que Você nunca Ouviu-Falou de Nós. Pois então. Desate-Nos. Paulo Leminski. Viu?
“ meu coração de polaco voltou
coração que meu avô
trouxe de longe para mim
um coração esmagado
um coração de poeta ”
– Punk Parnasiano o K…
– Polaco!!!
– OK.
– Bom 24 !!!
Esta vai para a professora-tiaMaria Mam Casz, do Rio Azul que nos acompanha:
“Se dona Maria soubesse
Que o filho pecava tão lindo
Pegava o pecado e jogava de lado.”
Mais uma. Em frente. Paulo Leminski. Falando comigo?
Continuamos hoje pela Ana Cristina Cesar, geração mimeógrafo, que nem eu, estuda na UFRJ, que nem eu, Poeta Marginal. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou dela. Pois então. Mestra em Comunicação pela UFRJ. Mestra em Arte pela Essex-Inglaterra. Para que? Aos 31 anos de idade, joga-se do apartamento, sétimo andar, em Copacabana, Rio, Brasil. Dela, só sobra o pó escrito. Ana Cristina Cesar. Vulgo Ana C. Viu?
“ Nasci para a vida mas tudo se acaba silêncio. Morri.”
+
“É inútil
ficar à escuta
ou manobrar a lupa
da adivinhação.”
+
“Quando eu morrer,
Anjo meu,
Faça-me desaparecer, sumir, evaporar
desta terra louca.”
– Tropicalista o K…
– Polaco!!!
– OK.
– Bom 24 !!!
( A teus pés )
“ Olho por muito tempo o corpo de um poema até perder de vista o que não seja corpo e sentir separado dentre os dentes um filete de sangue nas gengivas. “
Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito. Um Polaco Mulato.
Continuamos hoje pelo Poeta do Barrocão-Teresina-Piauí, de onde, bem a tempo, escapa para a Bahia, e, de lá, mais esperto ainda, corre para o Rio de Janeiro, encontrar a turma da Tropicália. Estudou Jornalismo, que nem eu, na então Faculdade Nacional de Filosofia. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou dele. Pois então. Torquato Neto. Viu?
“ Quando eu nasci
Um anjo morto
Veio ler a minha mão:
E eis que o anjo me disse
Apertando a minha mão
Entre um sorriso de dentes:
Vai bicho
Desafinar o coro dos contentes”.
(N.B: Não é do Drumond, não.)
– Tropicalista o K…
– Polaco!!!
– OK.
– Bom 24 !!!
Aos 28 anos de idade, depois da festa do seu (dele) aniversário, Torquato Neto chega em casa, tranca-se no banheiro, abre o gás canalizado e, então, o fim:
“ Vou prá não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho
Tão sozinho amor
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.”
Amanhã tem + Poeta Brazuka Maldito. Uma mulher. Até que enfim.
Continuamos hoje por outro Grande-Poeta-Baiano, que nem eu, que volta a tempo para o Rio, que nem eu, por causa da Eugênia, mas antes se manda para Salvador, corrido direto de Cabeceiras, onde mora ao lado de uma senzala com pelourinho. Tem ainda Recife e São Paulo. Depois do suicídio do irmão, ele sente sangue na boca. É tuberculose. Morre cedo, aos 24 anos. Castro Alves. Aposto que Você nunca Ouviu-Falou Dele. Viu?
“ Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes Embuçado nos céus?”
– Abolicionista o K…
– Polaco!!!
– OK.
– Bom 24 !!!
“ Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito… Onde estás, Senhor Deus? ”
Q + ?
“ Se choro… bebe o pranto a areia ardente; talvez… p’ra que meu pranto, ó Deus clemente! Não descubras no chão…”