Berlin



O “Diário da Pandemia em Berlim” pretende neste ensolarado domingo ser menos down e levar em conta as amizades ao redor deste mundo hoje imundo. And so, sem ser pretensioso, muito menos pernicioso, não repasso today meus pensamentos eslávicos que não levam ao up os que estejam mais precisados do que este escriba, agradeço, ainda beneficiado pelas deusas de outrora.

Difícil ser otimista, mas vamos lá, polaco, faça um esforço, largue este copo de vodka e deixe que um pouco do seu vire muito do outro. Pois vamos lá. São vários os motivos para este meu jeito instável de estar neste quarentena que deixa de ser o brinco da quinzena e de fato se encaminha para os 40 dias. Quiçá a prisão se dilate e faça com isto que eu sinta deleite por continuar …vivo.

 

Vamos aos fatos. Nos Zaps de ontem, primeiro a cunhada em Brasília preocupada com a madrasta, no Rio, da filha, em Carolina do Norte – USA. A segunda mãe, médica, internada com o Corona. A primeira mãe, amiga, preocupada. A filha das duas, prefiro reproduzir as palavras: “A Bela está chateada mas ela está confiante de que tudo sairá bem”. E completa a prima mãe cunhada:

“Ela fica me acalmando, sempre positiva em tudo!!!”

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Pois continuemos a prosa solidária porque no final tem liga. Outro Zap de ontem foi com o amigo Soter, Brasília, editor do meu primeiro livro, Eu Trovão, nos tempos do mimeógrafo. Hein? Fazia tempo que a gente não se conversava. Sei lá o do porquê. Por que? Antes, a fala dele:

-Olá, polaco. Não fala mais com os amigos?

Bem no estilo eslavo, respondo:

– Só escuto.

Resultado. O amigo antigo me convida para participar, mais onze, do sarau online “A Poesia Liberta” para posterior postagem, via You Tube, nas redes sociais, no que ele é bom. Contínuo, continúo, desculpe-me os assentos, ora, acentos fora da hora. Ora, ora. Eu não sou louco. É pouco. Tem ainda tantos amigos e amigas ao redor deste mundo e, inclusive, aqui em Berlim. Todos longe. E perto. Juntos?

Na sequência do pensamento, neste sábado, hoje é domingo, a dupla Polaco & Madame passa de manhã na feira semanal de rua, no distanciamento legal, para comprar os primeiros aspargos da estação, leve caminhada, lenço à boca, parada para um café to go na praça e, às sete da noite, outra saída legal na rua bem perto de casa para três manifestações musicais rápidas da vizinhança.

Na continuidade do raciocínio inicial, de que tenho tantas amizades ao redor deste mundo e, que nem eu, quem sabe não tem alguém neste momento precisando ouvir uma palavra amena, apesar do brinco deste conhecido mode de ser deste polaco. De noite, ligamos os apetechos técnicos da sala e juntos, agarrados, sim, acompanhanos o show online Um Mundo Só, da OMS. Saúde!

Das quatro horas de convívio íntimo globalizado destaco do show, para este pseudo finalizamento do diário neste domingo quase indo para a segunda, o cantado pelo Stevie Wonder. Nome da música: Lean on Me. Ou seja: Conte comigo. A música é do gringo negro Bill Withers. História de vida incrível. Família miserável das minas de carvão de West Virginia – USA. Morreu agora em março.

Para terminar a prosa de hoje começo pelo final da música, tudo a ver com o minha concessão de que temos que mudar o espírito decadente diante do virótico momento. À luta. Eia. Sus. Cantemos juntos:

Please, swallow your pride

If I have things

You need to borrow

For no one can fill

Those of your needs

That you needs

That you wont let show.

Por favor, engula seu orgulho.

Se eu tiver algo

De que você precise

Lean on me

Conte comigo.

Ninguém pode ajudar

Se você não me contar

Que está precisando, tá?”

– Escutou?

– Sim.

– O que?

– Isso aí.

– Então me liga.

– Tá.

– Inté e Axé.

– Tschuss.

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Foto do “ursinho” colocado no meio dos entulhos da construção, aqui perto de casa, em Berlim, de um novo prédio no lugar do que era a da Frei Universitat. Não consegui pergar para mim. Você quer para si? Se sim, volto lá e peço. Sim ou Não? This is the question.

https://www.letras.mus.br/bill-withers/43066/traducao.html


O que seria de nós reclusos sem os serviçais

( O mais recente capítulo do livro em gestação

Diário da Pandemia em Berlim )

Da varanda da cela desta cadeia pandemônica ora em Berlim, primeiro no primo andar, agora no sétimo céu, acompanho de cá lá no chão a classe operária que um dia iria ao paraíso  que, enquanto aqui neste inferno virótico, trabalha de cara aberta, sem manter distância mútua, no afã, entre outros, de catar o lixo nosso de antes, no depois e, principalmente, enquanto dure esta quarentena que se alonga no incerto.

Tem ainda os meio próximos, os serviçais da faxina geodetetizante da nossa moradia coletiva mas selecionada. Junto com eles, chegam o carteiro, o entregador de marmita, e para quem não ousa o êxito  as compras do mercado  nesta fase de tudo online, só quero ver como vai ser quando esta sociedade voltar a ficar offline, offemprego, offescola, offquasetudo da vida.

Falei aqui noutro dia do acompanhamento que fiz, desde o primeiro andar, ao fazer o café, quando no prédio do outro lado da rua, sempre às 06h45m, saía uma mulher de meia idade com a função de retirar para a frente da rua quatro conteiners de lixo, de cores diferentes. Quinze minutos depois chega o caminhão de lixo, cada dia de uma cor diferente, afinal somos uma sociedade toda reciclada.

Tem ainda, igual aqui em frente, mas neste caso mais do alto, os laboriantes do leste europeu trazidos para comerem poeira suja de cimento misturada ao asfalto e ferragens das obras do metrô que garantem ser de essencial urgência para os que não se aventuram nem a pegar um vento à janela, vai que o coroa chinês adentra o sacrossanto lar transformado em creche, asilo ou como se diz, home office.

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                 Was wurde aus uns Gefangenen ohne die Diener werden?

Pois acordo hoje e olho para o parque em frente, que começa a ficar verde primaveril, e onde a classe média pseudo-encarcerada a domicílio pode deitar na grama e ensolarar suas ancas durante um certo tempo, ou então dar vazão ao tratamento dos amados cachorros ou fingir que se pratica algum tipo de exercício com as crianças aqui não mimadas e loucas para voltar ao convívio social das escolas.

O cenário da servidão a serviço dos que temem o coronavirus, parecendo que aos serviçais ela não alcança, nesta manhã começa pelo trator que apara o gramado, o caminhão que recolhe as folhas, o romeno que passa o aspirador nas quinas da calçada, enfim, até os expiradores de água, diversos, no afã de deixarem tudo limpo e cheiroso porque logo mais chegam os humanos e os caninos enfurnados nas celas.

Deixo então para o final o propósito desta ata, espero que não a final, afinal ninguém sabe  nosso sino destino, para contar um episódio genuinamente alemão. No silêncio, chegam dois caminhões. Dois motoristas. Um com o enorme guindaste. Atrelado ao outro, uma pequena máquina. Aguardemos. Já descrevo este ato que, com certeza, é de extrema importância para a sociedade, diria essencial. Detalho.

O motorista do primeiro caminhão sobe na cadeira na base do guindaste e ele mesmo aciona o controle e vai subindo até o meio da árvore verde e frondosa e começa, já com a motoserra acionada, a cortar cada galho maior do que o outro. Na calçada, o motorista do outro carro pega os galhos, inclusive os troncos, coloca na máquina que tritura tudo e joga na carroceria devidamente protegida pela coberta. Viva a sociedade reciclada. Fuck the virus.

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Que deviendrions-nous prisonniers sans les serviteurs

Daqui de cima, superior, de longe, protegido,  não vejo em nem um e nem outro qualquer sinal de mascarado, enluvarado e tal, mas estão bem arrumados. Ao final dos cortes e da trituração, avança o melhor jeito alemão de trabalhar, mesmo que no meio de uma pandemia virótica desalmada apenas para alguns setores. O segundo motorista pega um rastelo, recolhe as folhas caídas na calçada, e depois varre tudo.

Ao final, o primeiro motorista, que havia subido, já está ao chão e recolhe a escada, a serra, o guindaste, os cones de trânsito que desviaram os carros de uma das duas pistas. O outro motorista aproveita para limpar as peças usadas, bem como a carroceria traseira e guardar o rastelo, a vassoura, o aspirador e, enfim, pergunto aqui de longe, de cima, superior:

  • Você não se preocupa  com este tal Sino-Corona-Virus19? 

Enquanto os serviçais continuam a vida dita essencial para a sociedade melhor situada, independente dos riscos que pegar ou não o coronavirus, morrer ou não, acontece agora, lá no Centro dito Mitte, o encontro nacional, online, lógico, da Chanceler Angela Merkel e todos os governadores da Alemanha. Baseados nos conselhos da Ciência Moderna, bem protegidos, resolveram prolongar o isolamento social.

– Mais ainda?

Pois então deixemos os serviçais trabalharem em paz, lógico que não me esqueço dos médicos, enfermeiras, motoristas de ambulâncias, faxineiros de hospitais, pegadores de teste, fornecedores de máscaras, policiais e até os guardinhas que vigiam a sociedade protegida para que no parque em frente da minha cela domiciliar  não se achegue por demais e tome seu sol nas ancas à vontade. Pelados, sim; sem máscara, jamais. Heil!

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                     ¿Qué sería de nosotros prisioneros sin los sirvientes? 

Adiantando alguns pontos que começam a valer depois do acordo feito entre os governos federal e estaduais da Alemanha e anunciados agora há pouco:

– A partir de segunda, 19 de abril, podem abrir lojas de até 800 metros quadrados de área.

– A partir de 4 de maio, algumas coisas a mais são permitidas, tipo salão de cabeleireiro e, principalmente, a volta gradual às escolas.

– Até 30 de agosto,  nada de grandes eventos tipo shows e até mesmo jogos de futebol.

– Continua proibido, só Deus sabe até quando, os cultos em igrejas, mesquitas, sinagogas e outros do mesmo teor.

– A mesma coisa, tudo fechado, para os bares, restaurantes, teatros, óperas, cinemas e discotecas.

Tudo isso, como acaba de dizer a Angela Merkel, bem tipo dona de casa, porque a Crise do Coronavirus, na Alemanha, alcança apenas um “frágil sucesso interino.” Ou seja, nada de se encostar um no outro, embora o povo alemão seja mesmo do tipo arredio. E continuar na rua, trabalhando, independente da condição, só mesmo os serviçais desta sociedade devidamente protegida. Ela. Eles, não.

Pronto. Terminado o relato de hoje neste Diário da Pandemia em Berlim. Normalmente, eu sei como começa e não tenho idéia de como termina este relato que tem sido diário, desde 11 de março de 2020, quando aqui cheguei para três meses legais de permanência, aliás,  como esta dupla de risco, Polaco & Madame, tem feito há muito tempo e mais ainda quando deixou de ser serviçal pública da comunicação.

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Inté.

Axé.

Tschuss.

https://www.morgenpost.de/vermischtes/article228910311/Coronavirus-RKI-Fallzahlen-Deutschland-Merkel-Corona-Kontaktsperre-Massnahmen.html


sabado 2okPois então. Primeiro sábado de abril, acho que o quarto aqui em Berlim, da dupla de risco Polaco & Madame e, desde ontem com as novas leis de convivência social acertadas pelos chamados ministros do Senado de Brandemburg. Pois não seja por isso. Escapemos juntos desta prisão domiciliar, sétimo andar, linda vista, sol gostoso clamando “vem cá”. Vamos?

Primeira regra. Passou depois de alguma discussão entre verdes/pretos/vermelhos/brancos. A pessoa, sim, desde que não seja de risco/afetada/adoentada, pode e deve dar uma voltinha ao parque próximo, aconselha-se a companhia de uma criança ou cachorro, este com a devida identificação, inclusive o recibo do pagamento de imposto anual.

Acontece que toda regra alemã sempre tem uma contra-regra mais germânica ainda e isto acontece em tempo dito normal, imagina agora neste inferno. Exemplo. Parou no parque para pegar um sol. Agora pode levar um cobertor para estender na grama. Mas não pode demorar. Tem que ficar pelo menos cinco metros um do seguinte. Mas não fica por aqui/ali/alá.

Primeiro objetivo, até porque se a Polizei resolver te parar, tem que ter uma direção explícita: nosso mercado de rua de todo sábado, ao lado da igreja evangelista, perto aqui de casa, na Hoho, lembrado? Regra usada, até porque desde ontem a multa é de 50 euros na hora, ora, e se eu não tiver, é melhor que tenha, mané chucrute. Turista? Ih. Fudeu. Já falo o do porquê.

Mas a regra seguida desde o começo/meio/fim é o de ninguém chegar a menos de um metro e meio da outra pessoa, a não ser que prove ser íntima na cama, e no caso da feira semanal de rua, isto vale principalmente na banca de legumes – pegamos um cebolão e um pedaço de gengibre fresco da roça – e até na de pães/doces/tortas/presunto – desculpe – vivo,

A meta, caso a polícia nos pare no meio do caminho vira um pedra no sapato, é a mesma feira de todo sábado, ou seja, aquele pão turco especial, vale a pena, um euro e meio e dá para uns quatro dias, se bem comido. Traduzo: Anatolisches Brot (Milchfladembrot). Pão ázimo do deserto. Leva wasser, salz, backmittel, sesam e, lógico, a milenar farinha velha do mundo.

sabado 3okPronto, seu polizei, está satisfeito com o motivo da escapada da prisão domiciliar deste casal de risco, aqui denominado Polaco & Madame? Apenas lembro que você, alemão, fez coisa muito mais feia do que este coroa chinês, quando invadiu, de mãos dadas com os russos, a minha querida Polônia, na Grande Guerra, só porque nossas mulheres são bem mais gostosas que as vossas.

– Florzinha. Cala a boca. Vai que o seu guarda entende “espanhol”.

Pois não é que o seu guarda alemão entende “portunhol”?

– Só não concordo com a parte das mulheres. As brasileiras, polaco, e não me contenho diante de vossa Madame, são as mais gostosas. Ou não?

– Ya.Ya. Ya.

– Podem continuar a escapada. Mas sem demorar. E finjam que não são turistas.

– Por que?

– Ide, polaco. Mania de vocês, eslavos, falarem demais diante de nós, germânicos. Ah. Se quiser pode deixar a madame brasuka que vou achar ó-ti-mo.

– Vamos, Florzinha feminina. Não estou gostando nada desta prosa gostosa.

– Posso ficar mais um pouquinho? Quero dar Boa Páscoa pro Seu Gualda.

Pois fomos. Para onde? Por aí. Sempre fingindo um rumo. Sem parar muito. Entrada na banca de jornal para a revista em inglês para os expatriados – Exberliner – que ainda não chegou. É mensal. Uma foto rápida, sem parecer turista, na vitrine da loja fechada, virótica, pandemônica, com um belo motivo de Páscoa ora chegando. Costumava ser dez dias de feriado geral. Não mais.

– Circulando, Madame.

– Venha, meu polaquinho. Mas não se esqueça. Dois metros de distância de mim.

– E como é que eu polaco vou caminhar sem agarrar nos seus peitinhos brasucas?

– Não vai!!!

– Caminhar???

– Venha!!!

Fui, né. Mas agarrado. Levei ao pé da letra.

Aposto que você pessoa abelhuda está perguntando aí:

– E as regras de convivência nestes tempos pandemônicos aprovadas nesta sexta-feira pelo Senado de Berlim?

Pois respondo bem ao modo polaco de ser:

– Agora não, pô!!!

Então tá.

– Não esquece de levar noutra mão, a livre, o quilo de aspargos colhidos na roça nesta madrugada, e que vou preparar daqui a pouco lá em casa, tá, mein polaquinho querido. Isto, continue. Assim. Ai. Ui. Óia!!!

sabado 5ok

Este capítulo, do dia 04/04/2020, faz parte do livro em andamento “Diário da Pandemia em Berlim”. Sem prazo previsto para acabar. Faz parte dos projetos junto ao NanoWriMo e Clube do Livro. 

Inté e axé.


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Sábado no #aquiberlim. Quarentena. No décimo. Solzinho lá fora nos convida. Dia de feira de rua. Ao lado da igreja na Hohenzollendamm avenida. No vero, 3 graus. O velho Inverno na briga com a jovem Prima Vera. Hallo Grupo de Risco (no antanho tempo, era a turma da Aids). Vamu lá. Olha o gorro. O cachecol. A cueca de lã 100 por cento. O gel. O lenço. O ca… a 4. Fui.

Enfim, na rua. Fora de casa. Na asa presa ao risco. Vai, coroa. O sol, de sacanagem, some. Cai para 2 graus. Vento a 25 por hora. Se segura na Madame, Polaco. Na feira, o pão turco, mais o queijo francês, mais o aspargo germânico, sem contar o ramo de flores silvestres. Depois, no mercadinho, para a vodka polônica mais a raiz forte, gengibre, limão siciliano, aniz, já viu.

Resumindo a escapada da correntena (misto de 40 mais corrente) Aqui em Berlim, situação a mesma quiçá de Brasília, com lojas fechadas e, infelizmente, todos os bares, e são muito mais do que os do Rio de antigamente, com música ao vivo, alguns 24/7, traduzo, sete dias 24 horas em cada um, isto sem contar os ainda sobreviventes, mas fechados, clubes vale tudo.

Escapada da quarentena. Voltamos ao relato. Depois da feira de rua, o mercadinho. Conhecidos nos dois. O mesmo proceder. Distância de quase dois metros um do outro. Se espirrar, o vizinho se caga todo e não tem mais papel higiênico. Mas o alemão é um povo já curtido no ficar de joelhos, estaca zero, para ter que se reerguer mesmo que das merdas feitas por ele próprio.

E o relato, polaco, de fato? Pois sim. Eu e Madame no escape da Quarentena Aqui em Berlim. Sabadinho. Gasalhados. Hallo de longe. Sorriso discreto. Distância, na fila, de quase dois metros um do outro. Mas não sinto um ar deprê coletivo, pelo contrário. Dentro da realidade, tanto na banca da feira livre de rua quanto no caixa do mercadinho,a mesma bronca:

– Olha aí, polaco, fique longe da Madame, já!!!

Lógico que isto está no vertido para o tupinítico linguajar originário do parvo lusitano que ora se ousa penar europeu. Mas, no germânico, o cara do caixa adverte quem se achega do caixa para que se afaste do que está na frente. Mesma coisa no queijo, na carne, na verdura, na flor da feira de rua que acontece todo sábado aqui na esquina de casa, em Berlim, Wilmersdorff.

Pois aconteceu assim, no vertido para o nosso real daí. Madame, sempre no passo acelerado, achega-se uns dez passos na minha frente junto ao caixa. Eu, polaco na calmice baiana, esbarro na senhora coroa que se pocisionara na vez anterior e me encosto na Madame quente, natural do tropicano Caruaru. Foi só me achegar que o moço do caixa dá a bronca em mim:

– Polaco!!! Desencosta das meninas, das jovens e das coroas. Ponha-se na sua linha de risco. Está pensando que está na Bahia no seu tempo de hippie? Já para lá. Já. E eu quase ia falando Ya. Ya. Quando se me deparo com esta mais linda declaração de amor:

– Péra lá seu chucrute. Você é um rapaz muito do lindo. Veja só, mein polaquinho, ele não parece o Brad Pitt? Mas escute aqui. Este polaquinho é meu marido e ele se encoxa em mim quando e quanto quiser. Ouviu bem?

Antes de contar a reação do bem intencionado e, aceito, vamos lá, mais do que lindo alemãozinho, confesso que não me lembro de Madame, neste 40 anos de convívio, ter-me chamado de marido, até porque recusou meu convite, feito à janela da casa do Monet, perto de Paris, mas deixa isto para lá e voltemos ao relato da escapadela da quarentena destes dois coroas que nos colocamos em situação de risco em troca de uns respingos de vida.

Prague Holesovice Expats Cross Club by Mamcasz

Pois continuo o relato. O alemãozinho mais do que lindo do caixa do mercadinho perto de casa aqui em Berlim deu um sorriso, tipo tudo bem, deu um olhar para a Madame e eu repliquei com um olhar para ele mas do tipo qualé, chucrute, e por cima arrematei, tudo em alemão:

– Estou colado nesta Madame aqui porque tenho direito e corro o risco que eu quiser.

– Ya. Ya.

– E tem mais. Tenho todo direito de correr qualquer risco até porque nesta noite a gente teve sexo duas vezes e meia, tá?

– Ya. Ya.

– E tem mais. Olha bem aqui para nós dois coroas.

– Ya. Ya.

– Então me virei para a Madame, a coroa na fila babando saliva no lenço, e completei, desta vez me virando para o lado, encoxando de verdade, umbigo no umbigo, braço no antebraço, lábios nos entreveros, e …

– Ya. Ya.

Tasquei o maior beijo de língua, na frente de toda a fila do mercadinho, e só voltei para alcancei a glote lá no profundo da garaganta e arrematei:

– Agora, Madame, correndo para casa porque quero completar a metade que ficou faltando para a gente chegar aos três sexos do meio da noite até agora.

– Ya. Ya.

– Você, não, alemãozinho lindo. É a Madame!!!

Final:

Bom mesmo foi o aplauso das coroas todas que também tinham dado uma rápida escapadela da quarentena porque não tem virus que suporte esta vontade de viver.

– Ya. Ya.

– Ai saco, alemão. Por que não te calas?

– Mein polaquinho. Deixe o alemãozinho lindo para lá e vamos logo para casa.

– Ya. Ya.

Fui. Inté, Axé e Tschuss.

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Brasileiro no estrangeiro em tempos de coronavirus. Será que vai ter o mesmo tratamento daqueles levados de volta desde a China em avião presidencial da nossa Fabinha? Pois então, vamu lá.

Na primeira situação de risco, cá na Europa, este polaco e a madame, foi na explosão da usina nuclear então soviética de Chernobyl. A gente estava a uns 100 km do local. Agora, outra situação de risco, ainda que, voltando, no Brasil a situação não difere de cá.

Com visto de permanência até junho, residência garantida até lá, além da promessa de seguro viagem de que, excepcionalmente, atenderá neste caso pandemônico, a escolha nossa foi a de não regressar no momento, mesmo com a ameaça de fechamento. E daí?

Daí que em sendo brasileiros, temos a proteção de nossos funcionários itamaratecos, através do que aqui se chama BRASILIEN BOTSCHAFF. Será mesmo? Então, vejamos:

Comunicado da Embaixada do Brasil na Alemanha:

A Embaixada do Brasil em Berlim faz saber aos interessados, por meio da Comissão de Seleção designada pelo Embaixador (Nota do autor: na verdade é uma mulher, então, Embaixadora) do Brasil, que realizará processo seletivo para a contratação de 1 (um/a) Copeiro/a-Arrumador/a para Residência. Os interessados deverão remeter documentação, por via postal registrada, até o dia 20 de março de 2020.

embaixada 2

Ops. Desculpe é o cacete. Isto está sim na página coronática-pandemônica da Embaixada do Brasil aqui em Berlim. Na verdade, o anúncio valendo a partir desta quarta-feira, 18 de março de 2020, é o seguinte, preste atenção seu brasuka:

Em atenção às medidas de prevenção ao contágio pelo COVID19, o Setor Consular da Embaixada em Berlim, a partir do dia 18 de março corrente, quarta-feira, limitará o atendimento presencial apenas aos casos de comprovadas emergência e necessidade, que serão avaliados caso a caso e agendados com antecedência.”

Pois na parte resignada aos comentários tupínicos, cito o abaixo, embora não colocando o nome do patrício aflito aqui na Alemanha que não pode entrar na Embaixada do Brasil a não ser virtualmente. Diz ele:

Estamos tentando agendar online no Ausländerbehörde de Berlin para pedir o Visto de Estudante. Site diz que o agendamento está indisponível desde 28/02. E pessoalmente não aceitam, por causa do coronavírus. O que fazer? “

embaixada 1

Pelo sim, pelo não, a Embaixada do Brasil na vizinha Áustria que, nos tempos do Adolfo fazia parte da Germânia, colocou o seguinte alerta na página online:

Recomenda-se aos brasileiros de passagem pelo território austríaco que avaliem antecipar o retorno ao Brasil, a fim de evitarem ficar bloqueados em caso de novas restrições.”

Se acontecer alguma coisa com brasileiro aqui na Europa e precisar do ofício da Pátria Amada, as embaixadas ainda completam nos avisos quase fúnebres:

Tendo em vista a necessidade de adequação da Embaixada do Brasil em Viena para proteger a saúde dos consulentes e dos funcionários, informamos que a partir de segunda-feira, 16 de março, o Setor Consular funcionará exclusivamente em regime de plantão. O atendimento ao público será feito por telefone ou e-mail.”

E completo. Sem choro nem vela. Inté e Axé. E seja o que Alá-Jeová-God quiserem. Amém, uai.

embaixada

http://berlim.itamaraty.gov.br/pt-br/News.xml

https://mamcasz.com/2019/04/17/embaixada-do-brasil-em-berlim-e-atacada/


Pois então. #coronavirus. Quem passou a gona para quem – Trump or Bozo? Mas estou aqui com minha cara #angelamerkel em #berlin. E chega de asterisco. Ah se te risco do Mapa, Coroa. Sem esta, Polaco, te Virar para Quem, hein? #heill

Vamos nesta. Agora, sério. Coronavirus em Berlim. Aqui, o Karnaval der Kulturen acaba de ser cancelado. Ao contrário do Rio. Ou Choro? Mas vamos ao prático, estou aqui em Berlim, no dia a dia, metrô lotado, ônibus cheio, nem 1 mascarado.

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(Photo by Mamcasz – Spandau – Berlin – 12-03-2020 – Free use.)

Rápido ao Ponto da Prosa. Dói hoje porque amanhã tenho mais. Ou não. Sei lá. Duas rápidas Observações de Fato Aqui em Berlim nestes tempos de Coronavirus:

1 – Rickenbacker’s Music-Inn. Existe desde os tempos dos Gringos que, junto dos Ingleses, Russos e, por incrível que pareça, os Franceses, ocuparam manu militari Berlim de 1945 até 1990. Juro!!! Volteando. Ricken. Bar com música ao vivo todas as noites. Quase no sempre não paga para entrar. Só para beber. Também para o comer. Revolteando … complete logo, polaco, cadê o coronavirus na tua Berlim? Primeiro, mudou a forma de se cumprimentar. Como? Tudo bem que alemão, mesmo, nunca foi de se chegar mais, um abraço afetuoso, beijo então, que os russsos – polacos, não – na boca, nem pensar. Seguindo:

1-a – Esta vi no Ricken. Os músicos, na chegada, no preparo, não se tocam mais (tocam, sim, depois, a música, pois, pois). No lugar do aconchego, veja só. Por causa do #coranavirusemberlim , os artistas estão se cumprimentando com toques mútuos nos cotovelos. Isto mesmo, Perguntei a causa. É que o cotovelo foi desprezado pela Organização Mundial da Saúde. ???. Não gospe mais na mão, menino. Só no cotovelo. Por isso, e pela Coroa de Berlim, os músicos estão se cumprimentando com toques mútuos dos cotovelos. Juro!!! Fiz o mesmo. Tente aí. E eu #aquiemberlim.

2 – Outra. Esta eu vi na estação do metrô linha que vai só Sudeste Migrante Islâmico até o Noroeste Migrante Eslavo de Berlim . Exatamente foi no Meio do Fio, na estação U Berlinerstrasse. Strasse não é estresse. É estrada mesmo. E o que eu polaco vi nestes tempos de Coronavirus aqui em Berlim?

2-a – Dois negos, africanos, que existem aqui em Berlim, recebidos nos tempos comunistas, do lado da DDR, querendo estalinizar África e América Latrinas. Dois negos na boa, sem máscara, no metrô, ao se encontrarem fazem a seguinte saudação coronavírica:

2-b-a- No lugar do aperto de mãos, ou punhos, voltados para cima e para os lados, a moda agora é:

2-b-b- Primeiro passo, ao ritmo de uma dança parecendo samba, sei lá, meu, sou polaco. Primeiro, o calcanhar esquerdo de um nego toca o calcanhar direito do outro africano. E depois?

2-b-c- Segundo passo, no mesmo ritmo. O calcanhar direito, meio torto, do segundo nego, toca o calcanhar esquerdo do primeiro preto-alemão. Pronto, falhei.

Quase final:

Enquanto escapo da Coroa Aqui em Berlim, amanhã conto como vai ser, ou foi, minha ida daqui a um cadinho, noite-madrugada, no Rock Sage im Berlim. Toda quinta-feira, tem duas bandas de rock bem do alternativo. A partir das 11 da noite até sei lá que horas, ora. Redondeza dita suspeita para espíritos mais brancos[, ops, brandos de espírito. Hoje, a convite do amigo líder da banda Happy Dog Brown. Amanhã, eu conto. Volte aqui, tá ô meu, minha nossa Coroa Aqui em Berlim. Tschuss. Com ou sem Vírus. Sem Máscara. Não sou o Zorro. Sou Polaco, pola. Fui.

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Heil Nazi! Are the German people guilty?

Heil Nazi! Sind die Deutschen schuldig?

De volta à série, in loco, do projeto “Berlin Stund Null (Berlim Ano Zero)”, o eterno recomeço do Nada, que não se inicia em 1950, como preposto, numa forma de apagar o complexo de culpa coletiva pela barbárie nazista.

Back in a new series, in loco, for the Berlin Stund Null project (Berlin Year Zero), the eternal restart of Nothing, which does not start in 1950, as a preposition, in a way to erase the collective guilt complex for Nazi barbarism .

Zurück in einer neuen Serie, in loco, für das Berliner Stund-Null-Projekt, den ewigen Neustart von Nothing, der 1950 nicht als Präposition beginnt, um den kollektiven Schuldkomplex für die Nazi-Barbarei zu beseitigen .

Nur als Einleitung, indem man hinzufügt, dass in dieser neuen Reihe neben der Beteiligung des deutschen Volkes am Kollektiv zwei wichtige und miteinander verbundene Aspekte des Kollektivs in das Unbehagen der Nazis eingefügt werden, das übrigens nukleare Reaktionen hervorrief, falsch?

Apenas como intróito, adendo que nesta nova série se inserem duas vertentes importantes, e interligadas, em cima da participação do povo alemão, no coletivo, no incômodo nazista que, por sinal, provocou reações nucleares, errado?

Just as an introduction, adding that in this new series two important and interconnected aspects are inserted, on top of the participation of the German people, in the collective, in the Nazi discomfort that, by the way, provoked nuclear reactions, wrong?

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Ponto 1. Resistência alemã ao nazismo. Houve? Da parte dos judeus, não. Da parte dos comunistas alemães, sim. Da parte dos militares germânicos, sim. Milhares foram executados.

Point 1. German resistance to Nazism. There was? On the part of the Jews, no. On the part of the German communists, yes. On the part of the German military, yes. Thousands were executed.

Punkt 1. Deutscher Widerstand gegen den Nationalsozialismus. War da Seitens der Juden, nein. Seitens der deutschen Kommunisten ja. Seitens des deutschen Militärs ja. Tausende wurden hingerichtet.

Punkt 2. Kollektive Schuld der Deutschen, für die Nazis gestimmt zu haben, teilgenommen, gekämpft, kurz gesagt, ich habe die genozidalen Bedingungen akzeptiert. Einschließlich der nationalsozialistischen Beteiligung christlicher Kirchen – lutherisch und katholisch. Das deutsche Volk hat einen Schuldkomplex, ja.

Point 2. Collective guilt of the Germans for having voted for the Nazis, participated, fought, in short, I accepted the genocidal terms. Including the Nazi participation of Christian churches – Lutheran and Catholic. The German people have a guilt complex, yes.

Ponto 2. Culpa coletiva dos alemães por terem votado nos nazistas, participado, lutado, enfim, aceito os termos genocidas. Includo a participação nazista das igrejas cristãs – luteranas e católicas. O povo alemão tem um complexo de culpa, sim.

nazicoletivo foto 2

Apenas para aquecimento desta nova série, libero um trecho do panfleto II do pequeno grupo estudantil, fichado como “Rosa Branca”, pela Gestapo, antes de ser guilhotinada:

“ Nosso povo alemão continua a dormir seu sono indiferente e estúpido … ninguém pode ser absolvido: cada indivíduo é culpado, culpado, culpado!!! ”

Just to warm up this new series, I release an excerpt from pamphlet II of the small student group, registered as “Rosa Branca”, by Gestapo, before being guillotined:

“Our German people continue to sleep their indifferent and stupid sleep… no one can be absolved: each individual is guilty, guilty, guilty !!! “

Um diese neue Serie aufzuwärmen, veröffentliche ich einen Auszug aus der Broschüre II der kleinen Studentengruppe, die von der Gestapo als „Rosa Branca“ registriert wurde, bevor ich guillotiniert werde:

„Unser deutsches Volk schläft weiterhin gleichgültig und dumm… niemand kann freigesprochen werden: Jeder Einzelne ist schuldig, schuldig, schuldig !!! “.

nazicoletivo foto 3

Tem ainda o Eric Voegelin no livro “Hitler e os Alemães”. Vale a pena destacar, na Parte 1, página 89, “a frouxidão alemã para com os ex-nazistas”. No que seus herdeiros não souberam perdoar, na mesma dimensão, meio século depois, os comunas da Stasi.

“O problema não são os nazistas mas os alemães…”

There is also Eric Voegelin in the book “Hitler and the Germans”. It is worth highlighting, in Part 1, page 89, “the German laxity towards ex-Nazis”. In what his heirs did not know how to forgive, in the same dimension, half a century later, the fascists of Stasi.

“The problem is not the Nazis but the Germans …”

Es gibt auch Eric Voegelin in dem Buch “Hitler und die Deutschen”. In Teil 1, Seite 89, ist die deutsche Nachlässigkeit gegenüber Ex-Nazis hervorzuheben. In dem, was seine Erben nicht wussten, wie sie ein halbes Jahrhundert später in derselben Dimension den Faschisten von Stasi vergeben konnten.

“Das Problem sind nicht die Nazis, sondern die Deutschen …”

nazicoletivo foto 4

Aguardo tua companhia a partir desta  semana de março de 2020, direto de Berlim.

Heil Hell!!! Inté e Axé!!!


       Deixe de ser idiota! Coronavirus. Corona. Virus. Terceira Guerra Mundial. Economia. Pare de pensar que todo chinês está contaminando. Só porque ele está usando a ridícula máscara que não protege porra nenhuma.

           Falar nisso… e os brasileiros na China que não podem voltar para o Brasil, hein? Onde está a nossa FABinha? Coronavirus. Cuspida para cima. Caiu de volta, mané. Fui. Beber uma Corona. Até porque a Belzontina…

CORONAVIRUSOK

     別當白痴了 冠狀病毒。 第三次世界大戰已經開始。 不要以為每個中國人都會污染。 只是因為您戴著的是可笑的面具,卻沒有保護您。

     談到哪個……以及在中國的巴西人誰不能回去,是吧? 我們的FABinha在哪裡? 冠狀病毒。 吐 ell回去,bit子。 我進去了。喝電暈。 即使因為貝爾佐蒂納(Belzontina)…

            Stop being an idiot. Coronavirus. World War III has begun. Stop thinking that every Chinese is contaminating. Just because you’re wearing the ridiculous mask that doesn’t fucking protect you.

          Speaking of which … and the Brazilians in China who can’t go back, huh? Where’s our FABinha? Coronavirus. Spit up. Fell back, bitch. I went in. Drinking a Corona. Even because Belzontina …

         Biédāng báichīle guānzhuàng bìngdú. Dì sān cì shìjiè dàzhàn yǐjīng kāishǐ. Bùyào yǐwéi měi gè zhōngguó rén dūhuì wūrǎn. Zhǐshì yīnwèi nín dàizhe de shì kěxiào de miànjù, què méiyǒu bǎohù nín.

       Tán dào nǎge……yǐjí zài zhōngguó de bāxī rén shuí bùnéng huíqù, shì ba? Wǒmen de FABinha zài nǎlǐ? Guānzhuàng bìngdú. Tǔ ell huíqù,bit zi. Wǒ jìnqùle. Hē diàn yūn. Jíshǐ yīnwèi bèi’ěr zuǒ dì nà (Belzontina)…

CORONAVIRUSOK


      In diesem Beitrag geht es um das Durcheinander, das aufgrund der internen, aber wohlverdienten Sabotage des brasilianischen Kulturministers geschehen ist, die am Vortag vom Präsidenten des Yankee-Trumpisten Tupiniquim gelobt wurde. Der Angeklagte verwendete einen Satz des großen Sauerkraut-Vermarkters José Goebbels zum Klang des Dramatikers, Schriftstellers, Komponisten und ewigen Richard Wagner, der von der dekadenten brasilianischen Presse als Nazi verwechselt wurde. Ergebnis: Der besagte brasilianische Kulturminister wurde auf Ersuchen von Juden, Kommunisten, Rechten und dem deutschen Botschafter in Brasilien vom Feld gewiesen. Vamu lá.

goebles 1

         Este post diz respeito do imbroglio acontecido a partir de sabotagem interna, mas merecida, do ministro da Cultura do Brasil, elogiado um dia antes pelo ianque trumpista presidente tupiniquim. O defenestrado usou uma frase do grande marqueteiro chucrute José Goebbels, ao som do dramaturgo-escritor-compositor-eterno Richard Wagner, confundido como nazista pela decadente inprensa brasileira. Resultado: o dito ministro da Cultura do Brasil foi expulso de campo a pedido de judeus, comunistas, direitistas and, ora vejam só, do embaixador alemão em Brasília. Vamu lá.

     This post is about the imbroglio that happened due to the internal but well-deserved sabotage of the Minister of Culture of Brazil, praised the day before by the Yankee Trumpist Tupiniquim president. The defendant used a phrase from the great sauerkraut marketer José Goebbels, to the sound of the playwright-writer-composer-eternal Richard Wagner, mistaken as a Nazi by the decadent Brazilian press. Result: the said Minister of Culture of Brazil was expelled from the field at the request of Jews, communists, right-wingers and, you see, the German ambassador in Brasilia. Vamu there (?).

goebles 2

         1 – Ich lese hier noch einmal, um zu versuchen, diese Katastrophe zu verstehen, die von der Zeitung Bolha de São Paulo zitierte Biographie, geschrieben vom Gringo Peter Longerich, 801 Seiten, alles über den großen Vermarkter, der hier von portugiesischen oder militaristischen Betrügern imitiert wurde. Damit lasse ich für den Moment die Shakespeare-Biografie, 505 Seiten, geschrieben von Park Honan, rechts auf Seite 26, von dem, was bei einem katholischen Brand in Coventry berichtet wurde, wo Prostituierte, nicht Juden, verbrannt wurden gut in Brasilien, nicht nur mit Juden aus Recife. Und die Tatsache, Bericht, Juni 1553:

     “Ein am christlichen Lagerfeuer geborenes Baby wurde in das harte, brennende Holz zurückgeworfen.”

     1 – Estou relendo cá, para tentar entender este cataclismo, a biografia citada pelo jornal Bolha de São Paulo, escrita pelo gringo Peter Longerich, 801 páginas, tudo sobre on grande marqueteiro, imitado cá por golpistas lulistas ou militaristas. Com isso, deixo de lado, no momentâneo, a biografia do Shakespeare, 505 páginas, escrita por Park Honan, justo na página 26, do relatado numa fogueira católica em Coventry onde prostestantes, não judeus, estavam sendo queimados, aliás, isto aconteceu tão bem no Brasil, não só com judeus do Recife. E o fato, relato, junho de 1553:

       “Um bebê nascido na fogueira cristã foi lançado de volta no meio da lenha dura e ardente.”

      2 – Pergunto-te: pelo fato de eu cá, polaco tupínico, estar lendo, no momento atual, a biografia do marqueteiro Goebbels, ao som do socialista Wagner, também me arrisco, por denúncia de alguém de ti leitor, ser jogado de volta, pois já o fui por vezes diversas (hallo EBC), repito e repilo: corro risco de ser jogado na fogueira, mané socialista de merda? Hein?

     3 – Destaco na biografia do marqueteiro Goebbels, mesmo que no arrisco, o escrito no diário pessoal dele quando Hitler e Stalin fizeram o acordo de irmãos de sangue do qual, no dia seguinte, resultou a invasão, pelos dois sacanas, da minha Polônia, polaco que sou no sangue. O Goebbles, tipo o marqueteiro baiano do Lula, apenas escreveu:

      – A cavalo dado não se olha os dentes!!!

       No arriscando minha pele, cito mais capítulos do diário secreto do Goebbles que, aliás, foi o único fiel ao chefe, o sacana Adolfo. Só ele, mais nenhum, matou-se no Dia Final. Ele, a mulher, e os cinco filhos. Já o restante dos companheiros, deu no pé. Alguns capítulos, para uso diverso, de acordo com o teu pendor, colega cá do Face:

        20 – “Só existe um pecado – a covardia” – página 414.

       23 – “Educação do povo para a firmeza política” – página 466.

       26 – “Certo ceticismo se apoderou das massas” – página 530:

     “Devemos conversar com qualquer um que queira conversar conosco. Mas em breve estaremos numa encruzilhada. Dias depois, Hitler disse que desejava muito entrar em contato como Papa que, por sua vez, já havia sinalizado disposição neste sentido, pois temia a expansão do comunismo por todo a Europa” . (págin 563).

      E quanto ao Wagner, preso junto com Marx, antes do nascer do Nazismo, ambos socialistas, citado pelo agonizante sistema Globo como “ao som da música nazista”, agora não falo, pois estou morrendo de medo de ser jogado na fogueira pelos aqui colegas esquerditas. Apenas, cito que neste exato momento a ópera toca na Marcha Nupcial no trecho abrasileirado para:

   – Com quem será, com quem será, com quem será que o Lula vai ….

goebles 3

Foi?

Eu fui.

Inté e Axé!


12 months-12 signs-12 apostles-12 tribes of Israel

2020 abertura ok (3)

1th
Give me a miracle:
Multiplication of the …
Word!
(January – Apostle Andrew – Tribe of Ruben)
Dai-me um milagre:
Multiplicação da…
Palavra!
(Janeiro – Apóstolo André – Tribo de Rubens)
2th
Give me a return:
Bird in the rainbow…
Planted!
(February – Apostle Bartholomew – Tribe of Simeon)
Dai-me um retorno:
Pássaro no arco-íris…
Plantado!
(Fevereiro – Apóstolo Bartolomeu – Tribo de Simeão)

002 ovo 20203th

Give me a forest:

Flower in the crevice of my…

Forehead!

(March – Apostle James Alphaeus – Tribe of Levi)

Dai-me uma floresta:

Flor na fresta de minha…

Testa!

(Março – Apóstolo Tiago Alfeu – Tribo de Levi)

4th

Give me a power:

Remove as many fools…

Dreams!

(April – Apostle James Zebedee – Tribe of Judah)

Dai-me um poder:

Remover tantos bobos…

Sonhos!

(Abril – Apóstolo Tiago Zebedeu – Tribo de Judá)

004 arvore metade 2020 okok

5th

Give me a woman:

In the immense hunger of…

Love!

(May – Apostle John – Tribe of Dan)

Dai-me uma mulher:

Na imensa fome de…

Amor!

(Maio – Apóstolo João – Tribo de Dã)

6th

Give me a dessert:

Fed up on the table and…

Bed!

(June – Apostle Judas non-Iscariot – Tribe of Naphtali)

Dai-me uma sobremesa:

Farta na mesa e na…

Cama!

(Junho – Apóstolo Judas não-Iscariotes – Tribo de Naftali)

005 eus 2020 ok

7th

Give me a new life:

Without being holy or sweating…

Fear!

(July – Apostle Matthias in place of Judas – Tribe of Gade)

Dai-me uma nova vida:

Sem ser santo nem suar de…

Medo!

(Julho – Apóstolo Matias no lugar do Judas – Tribo de Gade)

8th

Give me some ingenuity:

Understand only half of the…

Bye!

(August – Apostle Matthew – Tribe of Aser)

Dai-me uma ingenuidade:

Entender só a metade do…

Adeus!

(Agosto – Apóstolo Mateus – Tribo de Aser)

9th

Give me a fly:

Until you reach infinity so…

Right!

(September – Apostle Philip – Tribe of Issacar)

Dai-me um voar:

Até chegar ao infinito tão…

Certo!

(Setembro – Apóstolo Felipe – Tribo de Issacar)

10th
Give me an enemy:
Placing with you the…
 Friend!
(October – Apostle Peter – Tribe of Zebulan)
Dai-me um inimigo:
Tramando consigo contigo o…
Amigo!
(Outubro – Apóstolo Pedro – Tribo de Zebulan)

003 balao 2020okok.jpg

11th

Give me the sail:Well salted peljo loving you in the…

Sea!

(November – Apostle Simon – Tof Joseph)

Dai-me o velejo:
Pelejo bem salgado o amar no…
Mar!

(Novembro – Apóstolo Simão – Tribo de José)

12th

Give me a bibelô:

In the rough smoke and…

Independent!

(December – Apostle Thomas – Tribe of Benjamin)

Dai-me um bibelô:

Na fumaça agreste e…

Independente!

(Dezembro – Apóstolo Tomé – Tribo de Benjamim)

007 canada 2020 ok

Ah. Bom Natal!

Inté a Axé!

 


Aqui Berlim. Direto da Alemanha, o grande vitorioso derrotado em Guerra Mundial da qual o Brasil sempre participa mas a prosa é sobre as 25 Forças Armadas consideradas as mais “fortes” hoje no Planeta Terra.

O estudo foi divulgado pelo site fribbla.de em que detalha o que é levado em conta, aqui devidamente traduzido para o nosso linguajar tupínico:

A tecnologia utilizada , os gastos com armamento e, por último mas não menos importante, as táticas de combate interno podem ser uma característica decisiva.”

emfa5muro

A listona

Surpreendem a Alemanha, com o considerado oitavo exército do mundo, junto com o Japão, no sétimo lugar, por isso chamados de os “grandes derrotados vencedores”.

Na ponta de cima da destruição, com cada um ainda tendo mais de 7 mil armas nucleares, lógico que estão a Rússia, em segundo, e os Estados Unidos, em primeiro lugar isolado.

Indecoroso é o índice militárico ianque, os Estados Unidos da America da Morte, com gastos indescritíveis de U$581 bilhões por ano em armas (a Rússia gasta U$94 bilhões e o nosso Brasil, U$27 bilhões anuais).

Outros números da Morte Ianque: 7,300 ogivas nucleares, 13 mil aviões de guerra, 9 mil tanques, 500 navios etc e tal.

emfa5bandeira

Os latrinos

Na lista dos 25 exércitos considerados mais “fortes” do mundo estão Peru (25), Argentina (20), México (19) and nosso Brazil, é, no lugar de número 12.

No nosso caso, o estudo aponta os 335 mil militares da ativa , 50 aviões de caça, apenas um porta-aviões, cinco submarinos além dos 600 tanques de batalha. Sobre isso, o estudo divulgado pela Fribbla ultrapassa a ironia pesada ao comentar que a maioria desses tanques do Exército Brasileiro são “obsoletos”.

Sobre o gasto do Brasil com as Forças Armadas, na base dos 27 mill milhões de dólares por ano, a sentença é terrível:

– SERIA MELHOR GASTAR ISTO TUDO COM CAIPIRINHA!!

emfa88

(Manchete na primeira página do Jornal do Brasil em 1988. Ministro-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, brigadeiro Paulo Camarinha, dá entrevista ao presidente interino da Empresa Brasileira de Notícias – EBN – Eduardo Mamcasz. Photo by Sergio Marques).

Para ler a matéria completa clique no abaixo:

https://fribbla.de/insiders/diese-25-laender-haben-die-staerksten-armeen-der-welt/

Então, tá.

Inté e Axé.


 

(The mild prose of this Polish sympathetic to the solitary dove at 18 minutes this Friday at Gleisdreick station waiting for the U 9 subway line Krume Lanke here in Berlin).

(Prosa amena deste polaco solidário com a pomba solitária aos 18 minutos desta sexta-feira na estação Gleisdreick na espera do metrô linha U 9 direção Krume Lanke aqui em Berlim).

(Die milde Prosa dieses Polens, die mit der einsamen Taube sympathisiert, wartet an diesem Freitag um 18 Minuten am Bahnhof Gleisdreick auf die U-Bahnlinie 9, Krume Lanke, hier in Berlin).

pomba berlim 01

a pomba

rôla rôta

gira …

róla na róta reta

e acoxa na cocha

arreta …

se achega no metro

da linha do metrô

segura …

vem cá pombinha

meto o medo e ela

cochila …

minha cocha se amarra

na tua coxa

a corda!!!

gôsto de colcha nova

no cinto da noiva

assinta …

gósto da iminente

cochia assoprada

no cio …

fio!!!

polaco homófono!!!

giro!!!

fia!!!

pomba rôla

gira!!!

pomba berlim 02

– this is the end mein beautiful pombinha …

– heil, polaco baiano!

– já fui!

– volte !

– Que foi?

– cê mesqueceu?

– se me alembre.

– antes abata estas abelhas que no agora nos perscrutam.

– ah … tô me lembrando …

– do que?

– minha pombinha intelecta cheia do cio.

– quer que eu gire?

– ok.

pomba berlim 03

(e você aí, pessoa abelhuda, está esperando o que para desligar?)


Mão Cheia: Miro no Muro e Murro o Burro

Mão Vazia: 30 Ânus de Revolução Pacífica

Mão Boba: Muro Persiste na Cabeça, Mano.

Mão Vazia: Muro é Coisa de:

(a) Comunista – em Berlim;

(b) Nazista – enfim;

(c)Israel – na Palestina;

(d) USA – no México;

(e) África de Mandela – no Moçambique;

(f) Você – no seu Vizinho:

(g) Você – na sua Cabeça.

miro no muro e murro no burro by mamcasz

Für diesen Montag (19.11.04) beginnen die mehr als 200 Partys für die 30 Jahre des Mauerfalls. 160 km kommunistische Dummheit. Gemeinsam gewonnen vom heutigen Heiligen, dem polnischen Papst Woityla, und dem kapitalistischen Künstler Reagan. In der CIA gedeckt. Die Peth Smith Show in der Getsemani Lutheran Church lässt es sich nicht entgehen. Ich bin als Polin registriert. Ich habe auf den bahianischen Ursprung verzichtet. Knochen im Weg. Ich erinnere mich, dass ich 1989, im Herbst, hier durchging. Im Anschluss, glücklicher Hund, Madame. Ich kann immer noch in der Dose.

Pois nesta segunda (04/nov/19) começam as mais de 200 festas pelos 30 anos da Queda do Murro-Muro de Berlim. 160 Km de imbecilidade comunista. Vencida em conjunto pelo hoje santo, o papa polaco Woityla, e o capitalista artista Reagan. Acasalados na CIA. O show da Peth Smith, na igreja luterana do Getsemani, não perco mesmo. Estou resgistrado como polaco. Abdiquei da origem baiana. Ossos no caminho. Lembrando que em 1989, na queda, eu estava de passagem por aqui. Seguindo, cachorro feliz, a Madame. Ainda lato na lata.

For this Monday (04 / Nov / 19) the more than 200 parties begin for the 30 years of the Fall of the Berlin Wall. 160 km of communist imbecility. Jointly won by today’s saint, Polish Pope Woityla, and capitalist artist Reagan. Mated in the CIA. The Peth Smith show at the Getsemani Lutheran Church doesn’t miss it. I am registered as a Polish. I abdicated the Bahian origin. Bones in the way. Remembering that in 1989, in the fall, I was passing through here. Following, happy dog, Madame. I still can in the can.

miro 2

The parties take place here in Berlin from 4 to 9 of this bluish November. I will report, pure, I swear. From 10 am to 10 pm, all free-mouthed, in seven of the main atriums of what was once a socialist horror theater. Another chapter of my rising book, the Berlin Stund Null (Year Zero). Title of this cuticle-liked entertainer:

BERLIN WALL STILL PERSISTS ON THE GERMAN HEAD.

As festas acontecem, aqui em Berlim, de 4 a 9 deste novembro azulado. Darei relato,puro, juro. Das 10 da manhã às 10 da noite, tudo free-boca livre, em sete dos principais átrios daquele que foi um teatro de horror socialista. Mais um capítulo do meu livro em ascenção, o Berlin Stund Null (Ano Zero). Título deste entretítulo curtido na cutícula:

O MURO DE BERLIM AINDA PERSISTE NA CABEÇA DOS ALEMÃES.

Die Partys finden vom 4. bis 9. November in Berlin statt. Ich werde berichten, rein, ich schwöre. Von 10 bis 22 Uhr, alle mit freiem Mund, in sieben der Hauptatrien des ehemals sozialistischen Horror-Theaters. Ein weiteres Kapitel meines aufstrebenden Buches, der Berliner Stund Null. Titel dieses nagelneuen Entertainers:

BERLINER MAUER LEIDET NOCH AUF DEUTSCHEM KOPF.

murro burro by mamcasz

Fui.

Então, tá.

Inté e Axé.

Tschuss.

 

https://mauerfall30.berlin/

 

 

 


Die alten Kirchen im neuen Deutschland

( Com fotos da igreja católica na Leopoldplatz, no distrito de Wedding, em Berlim, alugada a peso de ouro para uso da brasileira Igreja Universal do Reino de Deus ).

(Mit Fotos der katholischen Kirche am Leopoldplatz im Berliner Stadtteil Wedding, die mit Gold für die brasilianische Universalkirche des Reiches Gottes gepachtet wurde).

iurd 1 mamcasz

Berlin, Hauptstadt des Königreichs Germanien. Es würde tausend und ein Jahr dauern. Er hielt am 13. Ich spreche vom Nazi-Traum, einem Regime, das übrigens von den beiden größten Kirchen unterstützt wurde – der lutherischen und der römisch-katholischen.

Kein Wunder, dass die Zahl seiner Anhänger seit 1967 um fast 75% gesunken ist. Bei den Katholiken stieg der Rückgang von 10 auf 2 Millionen. Obwohl es in Deutschland zum ersten Mal mehr Katholiken als Lutheraner gibt. Aber alles ist relativ in dieser Welt.

Berlim, capital do Reino da Germânia. Iria durar Mil e Um Anos. Aguentou 13. Falo do sonho nazista, regime que, aliás, foi apoiado pelas duas maiores igrejas – a Luterana e a Católica Romana.

Não a toa que o número de seus seguidores caiu, desde 1967, quase 75%. De católicos, a queda foi de 10 para 2 milhões. Ainda que, pela primeira vez, na Alemanha, haja mais católicos do que luteranos. Mas tudo é relativo nesse mundo.

iurd 2 mamcasz

Antes que “ex-comunguem” este atéico polaco, adentro no culto dominical. Berlim, uma Babel Faraônica, ocupada por todas as raças, cores e credos, hoje abriga 250 comunidades de fé religiosa. 

Tem um detalhe que arrepia os germânicos derrotados pelos “aliados” de outrora: 170 destas igrejas fazem seus cultos dominicais nos mais diversos idiomas, menos no alemão. Com destaque para os cristãos africanos, coreanos e … brasileiros.

Pois falando em brazukas, o último escândado é a ex-igreja católica que tinha sido dedicada a um tal de Jesus de Nazaré e há dois anos está ocupada pela Igreja Universal do Reino de Deus, que paga aluguel caro e, agora, diz que tem direito à compra do conjunto histórico, construído em 1893. Acontece que …

O seguinte. A Igreja Católica, em Berlim, já vendeu diversas igrejas, por exemplo, a de São Judas Tadeu, que rendeu 2,5 milhões de euros (10 milhões de reais). Ela foi dinamitada pelos novos donos para a construção de algo mais, digamos, do interesse social.

E assim continua acontecendo com várias outras igrejas católicas desativadas aqui em Berlim. O que estaria  para acontecer com essa, usada pelos brasileiros da bilionária Igreja Universal do Reino de Deus, do não bem falado “bispo” Edir Macedo.

O motivo é que a burocracia do distrito de Wedding, bairro operário de Berlim, está se recusando a permitir a venda da ex-igreja porque, dizem, a UCKG (IURD) quer arrecadar o dinheiro através de um grande financiamento alimentado por “doações” dos fiéis, nenhum deles, com certeza, rico aqui na Alemanha, pelo contrário. A não ser que entre, legalmente, muito difícil de acontecer, a grana do “bilionário” Edir Macedo, “defensor de Bolsonaro”. Dizem…

iurd 3 mamcasz

Bom. Teria muito mais a  falar da Velha Igreja na Nova Alemanha, até porque as duas, Luterana e Católica, continuam recebendo dos cofres públicos. Em cada contrato de trabalho, a pessoa diz o credo religioso. No salário, então, cada final do mês, tem o desconto de 10%, repassados para as Igrejas. Nem todas. Só para as que apoiaram o Nazismo e combateram o Comunismo. Pronto, pode me chamar de herege e tal. Tô nem aí. Pecado é mentir. Acima de Tudo.

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Para saber mais sobre a IURD em Berlim acesse, se quiser:

http://www.hilfszentrum.de


Ainda no ritmo do brilhante Berlin Festival of Lights. Em princípio, pela Liberdade dita conseguida com a Queda do Muro, que se foi há 30 anos.

Pois a prosa agora, ora, tem com o tão vergonhosa para o orgulho alemão, que foi o sonho dos Mil e Um Anos, que duraram 13, do maluco Hitler.

No meio do Festival de Luzes, superinteressante e altamente criativo, passou desapercebido um monumento parcamente iluminado, no lado oposto da rua e do buraco onde o Nazista Mor, dizem, deu-se o tiro final e exigiu, antes, que fosse queimado. Ele e a Eva.

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Falo do homenageado esquecido neste Festival de Luzes. Veja nas fotos o dito momumento para o Georg Elzer. E que foi mesmo que este cara fez?

Detalho. Em 1939, no começo do pesadelo nazista, numa cervejaria em Munique, numa October Festa, o Georg simplesmente explodiu uma bomba para matar o Hitler.

Acrescento. Matou. Não o maluco Hitler, mas outros bêbados, porque o rei nazista saiu um pouco antes, como sempre costumou fazer e, com isso, escapou de vários.

E o Georg Elzer do monumento porcamente iluminado em Berlim no meio da Festa toda? Foi preso, tentando entrar na neutra Suiça, levado para uma cadeia, torturado e tal.

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Finalizo. O azarado Georg Elzer foi torturado por anos para que dissesse quem mais tinha participado do atentado e, se houve, ele nunca falou nada.

Até que em abril de 1945, a guerra já perdida de vez, sem saída, o Georg Elzer foi simplesmente degolado na cadeia. Uma queima de arquivo, como aconteceu com outros.

Pois olhe então o parco monumento ao cara que primeiro tentou matar o Hitler.

Fui. Antes que el , o rei nazista, volte. Tem súditos, por sinal, ressuscitando.

Tschuss.

georg elzer1

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