Literatura



Image Buen Dia. Buenos Aires continua acá na mesma Argentina. Mas adonde, repito-me insane. Para onde levaram a minha ex Buenos Aires querida? Mais de 50 por cento vivem na pobreza. Gente dormindo em ruas outrora nobres. Recicladores de lixo às centenas. Sujeira maior. Includo a dos politicos em campanha eleitoral.

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Tem tudo que é tipo de mentira, que nem nosotros ex-macaquitos brasilenhos. Tem Liberal Libertário, Nueva Esquerda, PQP e Ca4. E hoje tem Sorteio na Loteria Federal para compra de terreno para Mi Casa Tu Casa. Mais de 300 mil inscritos. Poucos serão sortedos. Asi es la vida, mi hermano latrino.

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 Pois a prosa de hoje é em cima da amena discussão, em pleno, Facebook, entre jornalistas de pensares diferenciados mas visões sinonímicas. Tudo começa pela amiga Olga Bardawill me chamando pela educada atenção. Di-me-la:

“Não se pode fazer analise política a partir do comentário de uma velhinha no supermercado. E que, antes de seis meses, não se pode, nem se deve formar opinião, sobre nenhum pais que se esteja visitando. Principalmente se esse pais for a Argentina.”

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Minha réplica, até porque entrou a velhinha do supermercado com quem falei, aliás, não só ela, mas o catador de lixo, a porteira do prédio, o velhinho da banca de jornais, o cuidador de cachorro, enfim, o pueblo. Replico assim:

“Talvez meus olhos estejam velhos por demais e vendo o que acho que estou vendo de noite. Mendigos dormindo na Avenida Santa Fé, mijando e cagando na rua outrora nobre, 50% da população argentina vivendo na pobreza, câmbio paralelo escancarado, transportes escangalhados, bairros antes familiares hoje proibidos de por eles se andar de noite. Que mais? Muito, muito mais. Ah, trombadinhas, Bolsa Família, sem teto de montão.

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Estou guardando muito para comentar com calma na volta. E conversando com muita gente, inclusive velhinhas de supermercados. Talvez este jornalista recomendado seja da trupe oficial, não sei. Talvez a Argentina tenha se mudado para a Patagônia, sei lá. Aqui em Buenos Aires, na verdade, está uma merda só. É só entreabrir os olhos na rua.”

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Pois na boa conversa, a convite de Olga, entra o jornalista argentino Alejandro Modarelli que triplica:

“No es cierto que la situacion economica sea desastrosa. Aunque en una clase media habituada a medir el bienestar escondiendo dolares en la casa, puede que no sea el mejor momento.”

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Ah. Tem ainda o amigo Sergio  Garachagen, só jornalista dantanhos, que corrige a Olga por ter dito que eu havia conversado com a velhinha do supermercado, em Baires, quando, de fato, ele é que havia escutado, em Copacabana, o seguinte:

“Uma senhora que, ontem, no supermercado, falava em altos brados com alguém no celular, descrevendo os horrores da decadência econômica que viu na capital porteña. “

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A conversa portenha, promovida pela Olga Bardawill, estava tão boa que outro jornalista, Juan Esteban Méndez, chileno, mas morando em Baires, cutuca-me com o seguinte:

“Hay mucha gente viviendo en la calle, en Buenos Aires. Pero Argentina es mucho más que una ciudad maladministrada por el inexperto y populista Macri. Hay otras ciudades, cuyos testimonios varían completamente. Y, mientras algunos consideran a Buenos Aires comparable a Rio, otros se vienen corriendo a estudiar sin tener que pagar aranceles impagables en su país, trabajando, comiendo en restaurantes, saliendo de fin de semana, colmando los aeropuertos y llenando taxis para llegar a sus casas en el centro.”

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Está tudo muito bueno, está tudo mui legal, mas tengo que voltar às las calles. Antes, o testemunho doutro amigo jornalista dantanho, convocado pela Olga, na tentativa de diminuir meu arrazoado, não de opinião mas de fatos vistos. Trata-se de Luiz Coutinho, ex-correspondente acá e sempre apaixonado por Buenos Aires, ontem, hoje e amanhã. Di-mo ele:

“Morei em Buenos Aires durante seis meses de 2010. Na sequência, estou lá todos os anos para a temporada de inverno. Em agosto passado, pela primeira vez, senti que a decadência física da cidade avança na direção de territórios antes considerados imunes à pobreza e à presença de sem-teto, por exemplo. Ainda é possível encontrar-se resquícios da cidade que foi considerada a Paris da América do Sul (pois os ricos sempre serão ricos), mas é certo que há bolsões de sujeira e de decadência. O centro está mais feio do que no ano passado. A sensação de insegurança aumentou. Aliás, fui roubado no metrô. Levaram minha câmera fotográfica, guardada num casaco fechado com zíper. No prédio onde moro quando estou em Buenos Aires instalaram um circuito de vídeo. Eu estava lá e vi a instalação. Além disso, o síndico do prédio disse-me que neste ano, dos 32 apartamentos do prédio de 8 andares apenas um estava ocupado por turista – aquele onde eu estava. O síndico concluiu que a inflação afastou os brasileiros. Normalmente, 10 ou 12 apartamentos de temporada estão alugados quando estou lá.”

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Vinte anos passados sem  aconchego na vizinha argentina.

Troco-a por mil paragens  – From Alaska to Jerusalen.

Agora, eis-me pronto para mi Buenos Aires.

Luzes de alerta contra minha vontade.

Medo de Buenos Aires Numa Boa.

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Twenty years  without snuggle my neighboring argentina.

For a thousand other stops – From Alaska to Jerusalen.

Now , here I am ready for my Buenos Aires.

Whith warning lights on the top of my will.

  To enjoy Buenos Aires on very nice.

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Diferente dos tempos em que Buenos Aires se dizia a Paris das Américas.

E do ódio dos portenhos ao mundo  chamar de a capital do Brasil.

Eis algumas luzes de alertas acesas nesta pré-ida:

Evite as noturnas paragens de El Caminito.

Boca e Constituición na barra pesada do sul.

Palermo Soho, melhor que o curta na luz do dia.

Fotografar o fundo da alma da cidade, nem pensar.

Há trombadinhas espertos que te levam tudo no nada sentir.

Mesmo assim, pretendo curtir Buenos Aires Numa Boa.

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– Descobrir os matizes do inexistente Barrio Norte.

– A caminho do Barrio Chino a parada no Jardim do Parreda.

– Lunes, 18h30m, Mis tardes con Gardel. Libre e gratuido.

– Os recitais de graça na Casa de Cultura da Recoleta.

– O vinho tinto do Fin del Mundo patagônico.

– Caminhares nos passos de Sábato, Gombrowicz, Leopoldo e Pizarnik.

– Caminhar ao lado de Borges da casa dele à biblioteca municipal.

– Na Galeria Guemes virar personagem do Cortázar e acordar na Galeria Vivienne em Paris.

– Passar no quarto do Federico Garcia Lorca.

– Conversar com Exupery no quarto a escrever o Voo Noturno.

– Degustar o argentino criollo na forma do mondongo.

– Os assados com gosto de carne dos gauchos.

– Algumas milongas portenhas de bairros com partidas de truco.

E o melhor de tudo:

Curtir Buenos Aires Numa Boa

ao lado de Madame…

A statue of Gardel outside the Abasto Market i...

A statue of Gardel outside the Abasto Market in Buenos Aires, near where he grew up (Photo credit: Wikipedia)

Mi casa é tu casa, polaco, canta-me Gardel http://www.buenosaires.gob.ar/areas/cultura/museos/dg_museos/gardel%20_patio_arrabal.htm

Florales Generica na Buenas Moderna

https://www.facebook.com/pages/Ba4uapartments-Holiday-Apartment-Rentals/71690619509?id=71690619509&sk=photos_stream

O Museu do Larreta a caminho do Bairro Chino prum pisco no bar peruano

http://museos.buenosaires.gob.ar/larreta.htm

Panorama of Buenos Aires.

Panorama of Buenos Aires. (Photo credit: Wikipedia)


Another sunday at Brasilia with in a sunny day.

(Para ser curtido ao som de milongas de Renato Borgheti)

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O título em cima é por causa da rima redundante. Falo do outro, que deveria ter sido. Another Sunday at Brasilia with in a sunny day. Sun-day. Dia do Deus Supremo, o Sol. Vertido para Domus-in-go, Dia do Senhor, Domus, Dom Polaco que vos escreve a respeito de um brilhante caminho do que se torna, no almoço de hoje tardio, um Arroz Carreteiro a la mode do Sul do Brasil.

Antes de passar para os ingredientes e, quiçá a receita dominical, atenho-me ao charque, da banda dianteira, não ressecado mas jamais fresco. Por falar nele, o charque, das bandas do Sul, foi exportado, por meio dos Navios-Ita, que faziam a cabotagem ao longo da costa, exportado para onde?

A Carne-Seca, Jabá, Carne-de-Sol, que se canta em verso e canto Gonzaguianos, na verdade é uma invenção sulista, dos pampas e campos gerais, companhia feminina do peão ao conduzir as boiadas, com tradicionais paradas em Ponta Grossa. Ponta é rebanho e Grossa, bom, é evidente, né?

A mesma coisa, antes de partirmos para os ingredientes (melhor olhar os detalhes da foto, antes). Lembro aqui, nascido em Ponta Grossa, embora polaco-bahiano, que o mesmo acontece com o mate, sempre quente e amargo, legítima invenção dos polacos do Paraná, usurpado pelos gáuchos.

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1 – Charque dianteiro dessalgado à noite, à geladeira, em água profunda, e dele tirados os fiapos de nervos ou pseudo-gorduras, além de cortados em cubos de tamanho interessante aos olhos e à necessidade do peão boiadeiro não ter que usar faca ou garfo, só a mão na farinha de mandioca.

2 –  Arroz, por supuesto, tanto que o manjar tem como substantivo o próprio, casado com o charque, antes tem um caminho que passo a mostrar, tão logo o cereal esteja muito bem lavado, escorrido e secado para que continue assim, livre, leve e solto até a fase pré-endereçamento interno.

3 –  Pinhão cozido e cortado de comprido porque de lado não é coisa de polaco e de cubinho só o charque curtido na Princesa dos Campos Gerais, a capital cívica  do Paraná, este o apelido de Ponta Grossa, terra originária deste escriba polaco-bahiano, tanto que batizado na Igreja e logo depois no Olho d’Água, salve-salve minha mãe Iara-Iemanjá.

“Pinheiro, me dá uma pinha;

Pinha, me dá um pinhão.

Polaco,  me dá um pedaço,

Que te dou me coração.”

(Rima entendível somente pelos iniciados nos pinhais).

4 – Tomate. Aqui, há discrepâncias. Aconselha-se cortá-lo em cubos, do mesmo tamanho dos do charque, e só colocá-lo ao quase final, antes do cheiro verde, tem que ser cebolinha e salsinha e mais nadinha, tá? A cebola e o alho já entraram na fase pós inicial, depois de fritados os cubos de charque ao azeite, ou seja, pego aquele bronze da chama eterna das fogueiras das paixões passageiras.

– Florzinha!  Me traga uma cerveja. Larga esta tua turma. Hoje é domingo. Você é todo meu.

Vou e volto porque Madame hoje está compenetrada no começo da leitura de um livro com 1.077 páginas, chamado HITLER, do Ian Kershaw, o mais completo de todos, primo capítulo se chama Fantasias e Fracassos, comento que não haverá profícuo diálogo aqui em casa por um bom tempo, não sem antes apresentar no copo especial, cristal fino, a cerveja Quilmes, litrão, vindo de Buenos Aires, para onde estamos indo na primavera. E a receita de Arroz à Carreteiro continua.

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5 – Apresentada a cerveja, entra a parte destinada ao polaco-bahiano, na forma da vodka, de boa qualidade, e o limão adrede, subido do açúcar e do gelo fica faltando apenas o agito, dá um tempo que já volto, aliás, hoje, no mercado, comprando o cheiro-verde, passei três minutos me enamorando de um vidrinho de azeite de dendê, que não tem nada a ver com a prosa aqui, mas faz parte do meu eu dos tempos de Berlinque, município de Cacha-Pregos, Ilha de Itaparica, onde fui cidadão nada exemplar.

6 – Último olhar para a foto dos ingredientes, acima, ou para a panela já preparada, com azeite, lusitano,, não baiano, e cubinhos, os terceiros desta receita, de beicon. Olhou? E daí? Percebeu outra interferfência baiana na receita de Arroz à Carreteira do polaco aqui? É o pequeno tipo cálice de porcelana holandesa, nela repousando pimenta dedo de moça, cortada em rodelas finas, mas nunca macerada, em leito de azeite, tem que ser virgem.

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– Florzinha!

Madame levanta os olhos do livro, atenta como sempre e aguarda.

– Posso chamar algumas pessoas queridas para compartilhar este sunny day com a gente?

– Nem pensar!!!

– Pô, Madame, desculpe, Florzinha. Por que?

E ela, firme e serena, forte e amena:

– PORQUE HOJE EU QUERO VOCÊ, POLACO, TODINHO PARA MIM.

 


Hoje, eu passei pelo inferno,  das 14 às 18 horas.

Clínica de olhos na parte dita nobre. Brasilha. Chique. Apenas revisão. Resultado. Estou pronto para levar gás pimenta de novo.

Agora, meu, vou te contar. Plano de Saúde classe A. Reajuste anual de 30%. Mais de uma milha por mês. Corporativo.

Chego lá. Ambiente down. Japoneses tomaram a Clínica. Despediram 60%. No lugar, contrataram 40% ganhando menos, na média, 50% dos 60% largados.

Me acompanhe.

Guichê de entrada. Pela metade. Nele, 70% de aprendizes. 30% ensinando, antes de serem sucateados. Rola um tempão. Eu, na boa.

Espero pelo médico-oculista-especialista-amigo.

45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Onde assino.

-Tá vendo o que, polaco.

– Tudo uma merda só, meu.

– Tô falando das letrinhas.

– A.S.D.F.G.

– Muito bom. Mas já que você trocou os dois cristalinos e teve uma costura a laser no olho esquerdo, faz tempo, deixa eu ver aqui, vamos fazer alguns exames.

E eu pro médico amigo:

– E no olho do teu cu não vai nada.

E ele:

– Vai, polaco.  Faz logo esta merda destes três exames, todos caros, ponto para mim, senão eu perco o meu emprego.

Volto pro guichê de entrada. Repetindo. Pela metade. Nele, 70% de aprendizes. 30% ensinando, antes de serem sucateados. Identidade. Carteira do Plano. Aguarde. Sento. Levanto. Leio Leminski. Sento. 45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Onde assino.

– Aqui. Nas três folhas. Andar de cima, Cadeiras da frente. Aguarde chamar o teu nome.

Subo. De escada. Na boa. Sento. Leio Bukowsky. Levanto. Sento. 45 minutos depois.

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Vá tomar no cu.

– Meu senhor!

– Senhor, o cacete.

– Pisque. Abra bem o olho. Agora pisque o olho esquerdo. Vamos pingar um colírio. Pisque de novo. O esquerdo, não, o direito. Não tá bom. Mais um colírio.

– Mas eu nem fumei ainda.

– O que, meu senhor.

– Nada, nada, nada.

– Pisque de novo.

– Pisco o cacete, meu. Sou mais é uma caipirinha, agora mesmo.

– Agora, o senhor volte lá para o setor de colírio, para dilatar este teu olho gordo de polaco, e aguarde seu nome ser chamado.

Desço a escada de novo. Imagina se puto da vida ou alegre por não ser um pobre coitado do SUS com cara de médico cubano. E não me venha com a onda de racista que mando tomar no cu, porra.

45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Onde assino. Já estou de saco cheio.

Chego:

– Gatinha. Me mandaram para a dilatação, colírio no olho dos outros é refresco …

– Meu senhor. Aguarde sentado até seu nome ser chamado, serão três pingadas de colírio.

– Mas eu ainda nem fumei-.

– Como, meu senhor.

– Não se come. Traga!

45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Onde assino.

45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Onde assino.

E ela:

– Aguarde sentado.

Mais um pouco e juro que começo a pensar em ficar puto da vida. Não sei se este é o caso da pessoa bicuda que me vê.

Estou puto. Sento, levanto, sento, levanto, leio um trecho de Ferlingheti. Sento.

– Vamos lá. Levante a cabeça. Abra o olho. Agora o outro. Feche. Pisque. Já volto.

– Hei moça, esqueceu de mim.

– Terceira pingada. Agora – adivinhe, se é que ainda teve saco de me acompanhar no lance até aqui – aguarde até teu nome ser chamado para ser atendido pelo doutor.

– Doutor o cacete.

– Qué isso, meu senhor. Conheço ele. Só sabe pedir uma porrada de exame. E me chame aquele vendedor-representante de laboratório.

– Quem.

– Aquele ali.

– Hei, cara. É. Você mesmo. Me passe uns colírios de amostra grátis. Tô a fim de berimbar o maior baseado depois desta Via Sacra toda. Me passa logo, porra.

Passou. Sento. Levanto. Sento. Leio Cora Coralina. Quer dizer. Vislumbro. O olho esbugalhado. Dilatado. Não estou vendo mais nada, porra, cadê meu olho.

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

– Puta que pariu.

– Meu senhor. É apenas para informar que o doutor, teu amigo, que ainda não é cubano, diz que teve que subir para fazer uma operação e já desce.

– Puta que pariu.

– Meu senhor.

– Desculpe, gatinha.

Espero sentado, no caso, 45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

Onde assino.

45 minutos depois:

– Eduardo Mam….. Mam….

– Sou eu.

– Que nome esqusito é este. Como se fala.

E eu:

– Onde assino.

– O doutor disse para esperar aqui na sala dele, pode sentar na cadeira-leito, tá bom assim, quer uma água, relaxe.

Agora, dentro da sala do doutor oculista, gente fina, amigo de uma grande amiga aqui do Facebook e da firma. Não digo o nome para os dois não serem despedidos. Num, os japoneses chegaram. Noutro, os cubanos. E o polaco aqui, morrendo de fome. Cheguei às 14, sem almoçar, lance rápido. São mais das 16 e, porra. Mexo no computador do oculista, dentro da sala, ar frio da porra, demora pra cacete, e me vingo. Acabo de passar esta mensagem pros amigos do Facebook, direto do computador dele, quer dizer, da Clínica Chique de Olhos, Brasília, Área Nobre, Plano de Saúde dos Olhos da Cara.

– Porra, polaco, me desculpe a demora. Estes japoneses da porra me obrigam a atender três casos ao mesmo tempo. Este último tive que costurar o olho de uma velha a laser. Mas vamos aí. Pupila dilatada, hein, malandro. Vamos numa aqui, mas é pó, porque fumaça, já viu, né, os japas ficam malucos. Vamos, cara, mas antes olhe meu olho, tá.

– Por que você não enfia estea luz forte no teu cu.

– Porra, polaco, qualé. Abra o olho. Olhe para mim. Olhe pra direita. Pisque. Olhe para esquerda. Abra bem o olho.

– E o teu olho do cu, vai bem, doutor.

– Porra, polaco, é sério. Deixa eu ver os exames. Beleza, meu. Maravilha. Nem precisa trocar os óculos. Tudo em cima.

E termina a consulta, quatro horas depois da chegada, o doutor amigo, de uma Clínica de Olhos Chique, área nobre do Plano Piloto de Brasília, tudo por conta do Plano de Saúde Corporativo, 30% de reajuste anual.

Daí, o doutor pergunta:

– Mais alguma coisa polaco.

E eu:

– E no olho do teu cu não vai nada, não, porra.

Saio do consultório depois de uma rápida carreira. Olho esbugalhado. Dos colírios, meu. Madame, do lado de fora:

– Tudo bem com o olho do meu Florzinha, doutor.

– Qual deles.

Carrego eu e madame para casa. Sem almoçar. Cinco e tanto da tarde. Uma boa caipirinha para tirar o gosto da porra dos colírios e tudo. Ligo a televisão. Fim dos embargos dos mensaleiros. E escuto, olho esbugalhado, dilatado, garganta seca, o seguinte:

– O deputado federal José Genuíno acaba de entregar à Câmara dos Nobres o atestado médico, fornecido pelo Sistema Único Sírio-Libanês (SUS), requerendo aposentadoria por invalidez permanente, o que lhe assegura pensão vitalícia com o mesmo valor do atual provento.

Moral:

Escreva você mesmo, a seguir, o que eu gritei.


Cuba granny

Cuba granny (Photo credit: @Doug88888)

Saludo,  burguezinho de mierda.

Assine este abaixo-assinado a favor do médico cubano mandado ao Brasil.

1)-Que ele receba o salário integral pago pelo governo brasileiro;

2)-Que ele possa ir e vir onde lhe der na telha;

3)-Que ele possa pedir asilo político, se quiser;

4)-Que ele possa trazer a família dele, refém lá na Ilha de Cuba.

Enfim, burguezinho de mierda.

Que o médico cubano  seja aplaudido pelo povo que  morre no  SUS.

Para terminar, burguezinho de mierda.

Só acredito neste teu falso lero quando um, apenas um,  levar o filho, que não foge à luta, na hora da doença pior, direto para o médico cubano.

Enquanto isto não acontecer, burguezinho de mierda, vou deletar cada um de você.  

A não ser que me traga, antes, um atestado médico de atendimento da tua criança, na pior, assinado por um médico cubano que, aliás, merece toda a nossa força, neste dia 7 de setembro.

Liberdade já, ainda que tardia, para o médico  cubano, escravo aqui no Brasil.

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Ex-trato

 Matilde, my cuban brown coat medical, at my “cafofo”, hidden from Madame, in the seventh sexual act, insists:

– My polaquito. Cuba Libre (Free Cuba) for my is this. Look at me.

– Continue, my beladona.

– Two flakes. One, for me. Another, for you, my polaquito “caipirento”. Place the cubes of ice.

Read more, gringo:

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       Matilde, a médica morena cubana que abrigo no meu cafofo-célula-aparelho, escondido de Madame, no sétimo ato, insiste:

           – Mi polaquito. Cuba Libre para mi é esto.

           – Continue, minha beladona apimentada.

         – Dois copos. Um para mi. Otro para usted, polaquito caipirento. Coloque os cubos de gelo. Aíai… este, que caiu, deixe aí mesmo. Uau… uiiii…

           – Matilde!

          – Continue, polaquito.

          – Viva Cuba Libre!

          – Ah. Dois copos altos. Cubos de gelo. Meio limão espremido em cada qual. Agora, lambe…

          – Matilde, minha médica cubana, Libertas quae sera tamem.

          – Fala mais, polaquito de mi corazón.

          – Viva Cuba Libre!

        – Mais… mais… Ah. Copo. Cubo de gelo. Meio limão espremido. Um tanto de rum. Tem que ser o rum dourado. Cachaça 51 manda para a tua Rose.

       – Matilde! Não abuse da liberdade senão tu gobierno de mierda te corta os 20 por cento do salário que o Brasil te manda para lá que nem já fez com os atletas nos Jogos Panamericanos.

        – Prefiro la muerte que viver sem tu, mi polaquito.

      – Entonces, continue com a receita de Cuba Libre, mi morenita medicinal.

       – Falta o principal. Aprendi na Venezuela, de onde vim direto para cá. No lugar de Coca-Cola, dos imperialistas ianques de mierda, eu só uso Guaraná Jesus.

      – MATILDE!!!!

      – Quié, polaquito. 

    – Só aceito se for Cuba Livre de verdade.

   – Pois entonces. É da mesma cor. Bem ladino.

    – Cuba Libre tem que ter Coca-Cola e pronto.  

    – Não tomo.

    – Toma!

    – Toma você! 

     Moral

    Despeço minha médica cubana por incompatibilidade etílica.

    Embora, noutros pormenores, ela seja doutora dos maiores pendores.

    Mas se insistir no Guaraná Jesus, no lugar de Coca-Cola, não tem Cuba Libre.

   – Matilde! Por mim, pode voltar para a Ilha de Cuba agora mesmo. Aproveita a jangada em que vieste. Ah. Passe antes no Maranhão e leve todo Guaraná Jesus que tiver por lá. E use no teu mojito comunista.

Português: O Guaraná Jesus, refrigerante típic...

 

  – Entonces, tá. Adios, mi polaquito imperialista de mierda!

    – Hasta siempre, mi cubanita.

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      Our today “Trocando em Miúdo” (a daily brodcast report) make parallels between the speeches made by Pope Francisco in Rio de Janeiro, Brazil. On one hand, for the elite, at Municipal Theatre. On the other, for the poor people in the slums of Manguinhos. Between both, the defense of the Solidarity Economy. Let´s go!

       O Trocando em Miúdo de hoje faz um paralelo entre os discursos feitos pelo Papa Francisco, no Rio. De um lado, para a elite, no Teatro Municipal. Do outro, para os pobres da favela de Manguinhos. Entre os dois, a defesa da Economia Solidária. E a praia de Copacabana lotada, noite toda, por três milhões de jovens.

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    A week ago, before the arrival of Pope Francisco for World Youth Day in Rio, I simply put he would speak of Economics for the excluded. Logical that spoke of this and more. Corruption, for example. That can not be excluded simply discarded. The voices of the streets need a constructive dialogue. Emphasize first that the Pope advised the representatives of the elite at the meeting at the Municipal Theatre. We need is a Joint Responsibility to build the future. More.

    Há uma semana, antes da chegada do Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio, este Trocando em Miúdo lembrou que ele ia falar de Economia para os excluídos. Lógico que falou isto e muito mais. Corrupção, por exemplo. Que os excluídos não podem ser descartados simplesmente. Que as vozes das ruas precisam de um diálogo construtivo. Destaco primeiro o que o Papa aconselhou aos representantes da elite no encontro no Teatro Municipal. A gente precisa é de uma Responsabilidade Solidária para construir o futuro. Que mais.

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     Let´s continue with the pope. The future requires us to humanist vision of Economy … That no one is deprived of the necessary … The cries for justice continues today. Incidentally, this phrase – the cries for justice continues today – spoken by Pope Francisco, the Municipal Theatre of Rio, the representatives of the elite, came after the recommendation given by God to the prophet Amos, even in the Old Testament. It is strong:

     Continuo com o papa. O futuro exige de nós uma visão humanista da Economia… Que ninguém fique privado do necessário… Os gritos por justiça continuam ainda hoje. Aliás, esta frase – os gritos por justiça continuam ainda hoje – falada pelo papa Francisco, no Teatro Municipal do Rio, a representantes da elite, veio depois da recomendação dada por Deus ao profeta Amós, ainda no Antigo Testamento. É forte:

    They sell the righteous for money. The indigent, for a pair of sandals.

They crush the head of the poor into the dust of the earth.

They make Impossible a life  of the oppressed.

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Eles vendem o justo, por dinheiro. O indigente, por um par de sandálias.

Eles esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra.

Eles tornam impossível a vida dos oprimidos.

    Agora, no outro lado da mesma pirâmide social. Comunidade do Vidigal, favela de Manguinhos, parte pobre do Rio. Aqui, o papa Francisco usou a linguagem econômica de não percam a esperança. Disse que a palavra solidariedade frequentemente é esquecida e silenciada porque incomoda. E completou: quase parece um palavrão. Disse mais: dar pão a quem tem fome, além de necessário, é um ato de justiça. Fechando o sermão aos brasileiros mais pobres, disse ainda o papa Francisco:

Nenhum esforço de pacificação será duradouro enquanto a sociedade abandonar

parte de si mesma nas periferias.

     Now, at the other side of the same social pyramid. Community Vidigal slum of Manguinhos poor part of the river here, the pope Francisco used the language of economics not lose hope. Said the word solidarity is often forgotten and silenced why bother. Then he added, almost like a dirty word. He said, giving bread to the hungry, and necessary, is an act of justice. Closing the sermon to the poorest Brazilians, also said the pope Francisco:

No effort will be lasting peace while society abandon

part of herself in the peripheries.

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    Closing the sermon, I mean, the prose-economic papal today. 33 years ago, the then Pope John Paul II, in his first visit to Brazil, was the Vidigal slum, also in Rio, and said the following:

   Do everything in order to disappear, at least gradually, the gap between the excessively wealthy few, the large crowds of poor, those living in poverty. Do everything that this gap does not increase but decrease.

   Fechando o sermão, quer dizer, a prosa econômico-papal de hoje. Há 33 anos, o então papa João Paulo Segundo, na primeira visita dele ao Brasil, foi à favela do Vidigal, também no Rio, e disse o seguinte:

 Fazei tudo a fim de que desapareça, ao menos gradativamente,

o abismo que separa os excessivamente ricos, pouco numerosos,

das grandes multidões de pobres, daqueles que vivem na miséria.

Fazei tudo para que este abismo não aumente, mas diminua.

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Se quiser me ouvir, clique abaixo.

http://www.radiotube.org.br/audio-3480n0CP1OOrR


Hey folks, the devil August is here now!!!

August, the month of the mad dog. 

Because the spear by Julio emperor.

 Jealous of another emperor, the Augustus.

In Brazil, popping, august chills any  in the Boca of the Povo.

Until the memory opaque or mad.

homem-by-mamcasz

Olha agosto aqui gente!!!

Agosto, mês do cachorro louco, praga lançada pelo imperador Julio, enciumado doutro imperador, o Augusto.

No Brasil, de estalo, agosto arrepia qualquer mandante na Boca do Povo.

Até pela lembrança opaca ou louca.

22 de Agosto:

Presidente Juscelino Jubitscheck, o nosso JK, morre num atentado na Via Dutra, de carro, SP em direção ao Rio.

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24 de Agosto:

Presidente Getúlio se mata, com um tiro na cabeça, no Palácio do Catete, no Rio.

Deixa a carta-testamento.

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25 de Agosto:

Presidente Jânio Quadros renuncia .

Sete meses depois de derrotar, nas urnas, o grande JK. 

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Mas agosto, com certeza, pega alguém, pela mão da Morte, de surpresa, sempre:

Dia 2  de agosto:

Morre Hinderburgue e Hitler assume o Poder no lugar dele.

Dia 6 de agosto:

Estados Unidos jogam bomba atômica em Hiroshima, no Japão,

e genocidam 200 mil pessoas, civis.

Dia 8 de agosto:

Presidente dos Estados Unidos, Nixon, renuncia depois de várias cagadas.

Dia 16 de agosto:

Morre o Rei Elvis Presley.

Dia 16 de agosto:

Morre Robert Johnson, rei do Blues, após o pacto com o Diabo.

Dia 18 de agosto:

Morre Gengis Khan, mongol, por onde passava nem a grama nascia mais.

Dia 21 de agosto:

Morre Leon Trotsky, com um golpe de picareta na cabeça, no México, a mando do genocida Stalin, da Rússia.

Dia 31 de agosto:

Morre, num acidente de carro, em Paris, perseguida pela imprensa,

Lady Diana, no carro do amante árabe, a avó do atual bebê real da Inglaterra.

Pergunta final:

Quem mais vai se finar neste mês de agosto, hein?


A Voz do Povo na História das Ruas  

Egito. Brazil. Tunísia. França. Espanha. Catalunha. É sempre o mesmo povo querendo pegar o Touro à Unha. Poder protegido pelos meganhas armados. Amados, não. Tão antigo quanto Deus é Deus. Mandou Miguel, o Arcanjo dono das Forças Armadas, expulsar o povo – Adão e Eva – do Paraíso.

Brazil 08 by MamI want Everything I am Nothing.

Egypt. Brazil. Tunisia. France. Spain. Catalonia. It’s always the same people wanting to take the bull by the horns. Power meganhas protected by armed. Beloved, do not. As old as God is God. Sent Michael the Archangel the Chief of the Armed Forces, to expel the people – Adam and Eve –  from the Paradise.

Fora do alcance do Reino, o Povo descontente, fora do coro dos amestrados, passa a ser chamado, pelo Poder (Estado-Igreja-Imprensa), de Vândalo, Desordeiro, Baderneiro, Bandoleiro, Bandido e Arruaceiro. Se estiver certo, um dia vira letra do Hino Nacional: Allons enfants de la Patrie. Deixa de ser Bandido.

Brazil 01 by Mam

Vandals cut the Queen’s head of Guillotine. Allons Enfants de la Patrie.

Beyond the reach of the Kingdom, the People unhappy, out of the choir housebroken, shall be called by the Power (Church-State Press), the Vandals, Hellion, Hooligan, Bandit, Bandit and Rogue. If you’re right, the day turns lyrics of the National Anthem: Allons enfants de la Patrie. Quit being Bandit.

Brazil 00 by Mam

The people united will never be sold.

For in homenagem to continued Voices in the Streets of my Brazil, and also the rallies of the French Revolution and the Russian Communist earliest times, even more the enormous headlines, content, Folha da Tarde and now Correio Braziliense because then do your these my sign.

Pois em homenagem às Vozes que Continuam nas Ruas do meu Brasil, e também às passeatas da Revolução Francesa e da Russa Comunista dos primeiros tempos, mais ainda às enormes manchetes, no conteúdo, da Folha da Tarde e, agora, do Correio Braziliense, pois então, faço teus estes meus cartazes:

Brazil 09 by Mam

I want everything that everyone wants.

I do not want Spain or Brazil. I want the people to go fight in the streets of Rio. This has to do with the final of the Confederations Cup in 2014, which was in Brazil, in the middle of the street demonstrations. It was at the famous Maracanã stadium, restored at a cost of millions of dollars missing from the Health-Education-Transportation. Inside, the bourgeoisie around the Power that was not afraid of the boos. Or was hidden. Worse. Grace, on the wings of the aircraft FAB – Brazilian Air Force. From the outside, the game of the people, taking the Armed Forces at the behest of FIFA. Hence the next poster. In Tetra Tetra. This, champion Brazil in the Confederations Cup for the fourth time. And Treta? Good Word and Rio. Mistake. Theft, Corruption. Thievery.

Brazil 06 by Mam

Tem a ver com a final da Copa das Confederações 2014, que foi no Brasil, no meio das manifestações de rua. Foi no famoso estádio do Maracanã, restaurado ao custo de milhões de dólares que faltam na Saúde-Transportes-Educação. Do lado de dentro, a burguesia em volta do Poder que não foi com medo das vaias. Ou foi escondido. Pior. De graça, nas asas dos aviòes da FAB – Força Aérea Brasileira. Do lado de fora, o jogo do Povo, apanhando das Forças Armadas a mando da FIFA. Daí o cartaz seguinte. Tetra no Tetra. Este, Brasil campeão da Copa das Confederações pela quarta vez. E Treta? Bom. Palavra bem carioca. Engano. Roubo, Corrupção. Gatunagem.

Brazil 05 by Mam

Pois estes meus cartazes manchetes em cima das vozes que continuam nas ruas do meu Brasil varonil acabam, que nem as marchinhas de Carnaval, no que está junto, por perto,  mesmo que do outro lado do mundo. Por exemplo. Egito.

Brazil 03 by Mam

People. I’m going to Egypt to do some courses.

Brazil 02 by Mam

Who I send to Egypt?

Brazil 07 by Mam

At the end of the nation Maracanã.

She (the President of Brazil, which led the premiere boo) will not because it can not.

I will not because I don`t whant.

Brazil 04 by Mam

Polaco não dá bandeira. Descendente de família vinda da Polônia para o Sul do Brasil, onde os polacos-polônios-poloneses são discriminados. A frase Polaco não dá bandeira tem dois significados. Um. Esperteza. Não deixa ser prego-preso em flagrante. Dois. Escanteio. Polaco gosta de comer. Na Grande Guerra, para desprezar, diziam que o Polaco trocava a Bandeira Nacional por um prato de comida. Quando criança, provocado na escola dos brancos (diziam que polaco é o negro do sul do Brasil), quando gritavam para a gente: POLACO NÃO TEM BANDERA!  Nossa resposta continua sendo igual, mas tem que ser gritada com a mão no pau-pinto-saco-escroto-caralho:

– MAS TEM PAU PRÁ DÁ PRÁ BRASILÊRO, PÔRA!!!

– What???

Português: Fachada do Estádio do Maracanã.

Português: Fachada do Estádio do Maracanã. (Photo credit: Wikipedia)

Polish flag does not. Descending family from Poland to the south of Brazil, where the Polish-polônios-Poles are broken. The phrase does not Polish flag has two meanings. Cunning One. Do not let it be nail-caught red-handed. Two. Corner. Polish like to eat. In the Great War, to despise, said that the National Flag Polish exchanged for a plate of food. As a child, teased at school whites (saying that Polish is the black southern Brazil), when shouted at us: POLISH HAS BANDERA! Our answer remains the same, but it has to be shouted with his hand on dick-dick-dick-bag scrotum:

– BUT HAS BIG DICK TO GIVE TO THE BRASILIAN PEOPLE. FUCK YOU!!!   

Maracanã stadium

Maracanã stadium (Photo credit: Wikipedia)

 


              The first question has to do with invoice. The listener citizen, if you prefer no invoice, the consultation, the dentist, purchase, service, rent, finally, will be cheaper. What is your answer, huh? Depending on can be two box training, tax evasion, escape from tax, and even conspiracy. Same thing when buying a product.

Faça o teste para ver se você é corrupto ou não

                Se depender das vozes nas ruas e dos pronunciamentos oficiais, existe o entendimento comum de que é preciso combater as diversas formas de corrupção existentes no Brasil. Uma delas é começar em casa. Saiba mais.

              Ouça bem. Onde está o maior número de corruptos? No Executivo, no Legislativo ou no Judiciário? Em qualquer um deles, é fácil fazer a acusação, por se tratar de um ser distante da gente, apesar de uma prisão ou outra. Mas não é distante coisa nenhuma. São escolhidos, no caso do Congresso, ou pessoas chaves do Executivo, pelo voto direto do povo, ou seja, cada um de nós. Pela lógica, então, nossos representantes são o espelho dos que os escolheram,  ou seja, a maioria. Daí a importância do teste, neste Trocando em Miúdo de hoje, muito válido para os dias que continuamos vivendo nas ruas e que forçam votações mais apressadas, como considerar corrupção dolosa um crime hediondo. Que tal então a gente começar o teste? Lápis e papel na mão. Quer não tiver nenhum sim de resposta que atire a primeira pedra. Vamos nessa?

              Pois então. A primeira pergunta tem a ver com nota fiscal. O ouvinte cidadão, se preferir sem nota fiscal, a consulta, o dentista, a compra, o serviço, o aluguel, enfim, vai sair mais barato. Qual a tua resposta, hein? Dependendo, pode ser formação de caixa dois, evasão de divisas, fugir do pagamento de imposto, e até formação de quadrilha. A mesma coisa quando se compra um produto pirata, seja ele o que for, pode ser até remédio. Vamos em frente com o teste?

Pergunta 1

             Alguma vez a pessoa ouvinte cidadã já passou do limite de velocidade na rua, dirigindo um carro ou, pior ainda, já atravessou um sinal vermelho mesmo sabendo que isto poderia provocar um grave acidente? E na hora da multa no ato, alguém já inventou alguma desculpa esfarrapada para o seu guarda e, pior ainda, ofereceu um agrado, propina, ou seja, tentou corromper um agente público? Vale também para qualquer situação quando, na demora para pegar um documento, alguém aí fala o seguinte: Será que não dá para dar um jeitinho, meu? Hein?

Pergunta 2

           O preço pela dose uma bebida, no bar, é fixo. Alguém aí já pediu um chorinho, por fora, para o garçom?

Pergunta 3

          Fazer um puxadinho na loja, na casa, ocupando espaço de uso coletivo, é crime, inclusive financeiro.

Pergunta 4

         E gambiarra, luz sem pagar nada?

Pergunta 5

E a declaração do Imposto de Renda, tudo em cima?

Pergunta 5

E na hora do troco

Para ouvir a coluna de uso livre para as rádios do Brasil, clique abaixo:

http://radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2013-07-02/fa%C3%A7-o-teste-para-saber-se-voc%C3%AA-%C3%A9-corrupto

Congresso Nacional do Brasil

Congresso Nacional do Brasil (Photo credit: Wikipedia)


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Soweto by Mamcasz

 

http://www.pordentrodaafrica.com/mandela

 

Nelson Mandela.

 

Português: Brasília - O presidente da África d...

Português: Brasília – O presidente da África do Sul, Nelson Mandela, é recebido na capital federal. (Photo credit: Wikipedia)

 

 

 


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Brazilian Friends and Companions People.

Tale of a pearl here parable of my polack grandmother.

Listen me.

The Army Forces support us here in Brazil.

http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/22/com-aval-de-dilma-fifa-usa-forcas-armadas-como-trunfo-para-seguranca.htm

Brasileiras, Amigas e Companheiras Pessoas.

Conto aqui uma pérola de parábola da minha avó.

 Em sendo ela polaca, uso o  pronunciamento direto. Soco no saco. Aiiiii…..

 Meninas pessoas das ruas do meu Brasil varonil.

– Heil!  menina pessoa nóia da esquina, drogada  da vida! Xô da minha tela nacional! Eu tô falando é  pro menino barbudinho.  Meu  MPL centavinho da vovó. Movimento do Passe Livre. Vem cá, meu putinho!!! Baixando as calças em troca de uns trocados. Que nem teu pai, velho baderneiro. Bandido! Largou tua mãe buchuda e se mandou prá Cuba.

– Volta pro texto, polaco!!!

Pois então. Minha avó polaca. Da parte de mãe. Makowsky. Mais da luta do que muita véia surda por aí.  Quando a gente reclamava que os Tios da Revolução, nos almoços em família, recebiam, no prato, de mão beijada, um pedaço de polenta maior do que o nosso, meninos da rua, sem saúde-educação-transporte-emprego…

– Polaco!!!

Ouça bem o que a minha finada no corpo mas nunca deletada na mente (boa, polaco!!!), respondia para a gente, menino reclamante, logo depois de uns cascudos  – isto é para você aprender a levar porrada na vida, polaquinho da vovó – respondia, não, discursava-conclamava-pronunciava à Nação Polaca presente, olhando pros Tios da Revolução:

– Dá vinte centavos pro menino comprar um picolé que ele pára de reclamar do pedaço de polenta que o pai dele tá ganhando de graça  da Bolsa Família prás CUT-PT-UNE-MST.

Imoral:

Mais claro do que isto, impossível. Faça um curso para entender polaco.

Moral Final:

– NUNCA MAIS COMI POLENTA NA MINHA VIDA!!! MESMO MORRENDO DE VONTADE DE COMER MAIS DE UMA.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/mpl-diz-que-nao-convocara-novos-protestos-em-sao-paulo.html

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Dilma implore the military support. Now, meu!!!

Brazilian Friends and Companions People.

Tale of a pearl here parable of my grandmother.

Listen me.

The Army Forces support us here in Brazil.

 

In my  being Polish, use direct speech. Punch the bag. Ai …..

  Girls street people.

– Heil girl person noia corner, drugged life! Shoo of my screen nationwide! I’m talking about is pro barbudinho boy. My grandma centavinho MPL. Movement of the Free Pass. Come here my putinho!! Downloading the pants in exchange for a few bucks. Just like your father, old troublemaker. Bandit! Your mom dropped buchuda and sent prac Cuba.

– Go back to text Polish!!

Since then. My Polish grandmother. From his mother’s side. Makowsky. More fight than many deaf vein there. When we complained that the Uncles of the Revolution, the family lunches, received, on the plate, spoon-fed, a piece of polenta larger than ours, street children, without health-education-transport-employment …

– Polish!!

Listen carefully to what my dead body but never deleted in mind (good, polish!), Responding to us, complaining boy, soon after some pounding – this is for you to learn how to take a beating in the life of polaquinho Grandma – answered no, speaking–spoke urged the Polish Nation present pros looking Uncles of the Revolution:

– Gives twenty cents pro boy buy a popsicle he stops complaining about the piece of polenta that his father’re winning grace of Bolsa Família Pras CUT-EN-UNE-MST.

immoral:

Clearer than that, impossible. Take a course to understand Polish.

Moral Final:

– POLENTA EVER HAD IN MY LIFE!! WILL EVEN DYING TO EAT ONE.

https://www.facebook.com/events/260842227391920/

Polenta, French fries, and fried chicken at a ...


Os dez melhores cartazes dos Filhos da Revolução do Brasil

        São famosos os cartazes da Revolução Russa, com seus punhos cerrados, foice amestrada e martelo industrial alimentada nas veias abertas na Sibéria. Sem contar os filmes, as poesias e as músicas.

      Pois aqui nos Tristes Trópicos, os bisnetos dessa Revolução Comunista, netos do pré-64, e filhos de 68 empoleirados ora no Poder, voltam às ruas divorciados das classes trabalhadoras da UNE e CUT.

     Em compensação, sobra sabor  de sopro novo no horizonte, donos de centavos que dão um chega para lá nas autoridades vigentes, ex-guerrilheiros, à sombra do sempre  aparato coronelístico-militarista.

The ten best posters of the Sons of the Revolution in Brazil

     Are famous posters of the Russian Revolution, with his fists clenched, sickle and hammer tame industrial fed in open veins in Siberia. Not counting the movies, poetry and songs.

    For here in Tristes Tropiques, the great-grandchildren of this Communist Revolution, the pre-64 grandchildren, and 68 children perched in power now, back to the streets divorced from the working classes and the UNE CUT.

      Instead, plenty of flavor blow again on the horizon, owners cents giving a reach beyond the existing authorities, former guerrillas, the shadow of the ever-militarist coronelístico apparatus.

     Portanto, os pais dos Filhos da Revolução que acontece nas ruas de todo o Brasil, de Norte a Sul, estão de quatro, embasbacados, desnorteados e encastelados atrás de grades hoje bem reforçadas.

      Para mim, no entanto, o melhor de tudo isto é vislumbrar o futuro através dos cartazes não mais impresos em gráficas clandestinas ou mimeógrafos gelatinosos, mas feitos no ato da rua, no repente.

       Eis alguns dos melhores momentos espalhados nesta Primavera Brasileira:

      Therefore, parents of the Sons of the Revolution that happens on the streets all over Brazil, from north to south, are four, dumbfounded, bewildered and entrenched behind bars today and strengthened.

      For me, however, the best of all this is to see the future through posters impresos no more graphic in clandestine or mimeograph gelatinous, but made ​​upon the street, in a sudden.
Here are some of the best moments spread this Brazilian`s Spring:

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There’s so much wrong that does’nt  fit on this poster

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Your son does’nt run out of a fight

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Take the black money of politicians. Do not clean the money of the people.

Brazil 002 by Mamcasz

Your son does’nt run out of a fight

Brazil 004 by Mamcasz

 

When your child will sick,  take him to the football stadium (FIFA)

Brazil 005 by Mamcasz

Brazil 007 by Mamcasz

A people who vote on the thighs takes in the ass.

Brazil 008 by Mamcasz

Who decides the elections in Brazil are not the newspapers, but who cleans the ass with them.

Brazil 009 by Mamcasz

Ô uniformed (police).  You are also explored.

Brazil 010 by Mamcasz

Dilma (president of Brazil – Dilma Roussef), it’s your fault.

Today the class is on the street.

Brazil 006 by Mamcasz

No one party represents me.


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Cup for who? This is the name of a popular movement that is in the streets on Saturday, the 15th, at the inauguration of the Confederations Cup, organized by FIFA, opening in Brasilia, the modern capital of Brazil, the Mane Garrincha Stadium, which cost more than $ 1 billion while the people suffer from a lack of public hospitals, decent schools, sanitation, housing and transportation that does not continue so bad. In fact, people are spoiling the party of content throughout Brazil. And this is just the official training for the World Cup Football 2014. Greater fiasco security scheme, which involved the Armed Forces, Military, National and Military Police. It is a Saturday to go down in history. Syria is here in Brazil, not in Istanbul.

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O Povão está fora da Copa no País do Futebol – Brasil.

Copa prá quem? Este o nome do movimento popular que está nas ruas, neste sábado, dia 15, na inauguração da Copa das Confederações, organizada pela FIFA, com abertura em Brasília, a moderna capital brasileira, no Estádio Mané Garrincha, que custou mais de U$1 bilhão, enquanto o povo sofre com a falta de hospitais públicos, escolas decentes, saneamento, habitação e transporte que não continue tão ruim. Na verdade, o povo está estragando a festa dos contentes ao longo de todo o Brasil. E isto é apenas o treino oficial para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Maior fiasco do esquema de segurança, que envolveu as Forças Armadas, Tropa Nacional, e as Polícias Militares. É um sábado para ficar na História. A Síria é aqui, no Brasil, não em Istambul.

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Coupe pour qui? C’est le nom d’un mouvement populaire qui est dans les rues le samedi, le 15, lors de l’inauguration de la Coupe des Confédérations, organisée par la FIFA, l’ouverture à Brasilia, la capitale moderne du Brésil, le Garrincha Stadium Mane, qui a coûté plus de 1 milliard de dollars tandis que les gens souffrent d’un manque d’hôpitaux publics, les écoles décentes, l’assainissement, le logement et les transports qui ne continue pas si mal. En fait, les gens sont gâcher la fête de contenu à travers le Brésil. Et ce n’est que l’entraînement officiel pour la Coupe du Monde de Football 2014. Grand régime de sécurité de fiasco, qui a impliqué les forces armées, militaires, police nationale et de militaires. C’est un samedi à entrer dans l’histoire. La Syrie est ici, au Brésil, et non à Istanbul.

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Cup für wen? Dies ist der Name einer Volksbewegung, die in den Straßen am Samstag, dem 15., ist bei der Einweihung des Confederations Cup, die von der FIFA organisiert, die Öffnung in Brasilia, die moderne Hauptstadt von Brasilien, die Mane Garrincha Stadium, die mehr als 1 Milliarde Dollar kosten während die Menschen leiden unter einem Mangel an öffentlichen Krankenhäusern, anständige Schulen, Hygiene, Wohnen und Verkehr, die nicht fortsetzt so schlecht. In der Tat sind die Menschen verderben die Party von Inhalten in ganz Brasilien. Und das ist nur die offizielle Ausbildung für die Fußball-WM 2014 vor. Größere Sicherheit Fiasko Regelung, die die Streitkräfte, Militär, Nationale und Militärpolizei beteiligt. Es ist ein Samstag bis in die Geschichte eingehen. Syrien ist hier in Brasilien, nicht in Istanbul.

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 As fotos são de uso público, de Marcelo Casal, da EBC, agência do governo brasileiro. Manifestação popular no Eixo Monumental, ao lado do estádio nacional, em Brasília, capital do Brasil. O mesmo está acontecendo nas outras 11 cidades que serão sede da Copa do Mundo de Futebol, da Fifa, em 2014.

 


Rádio Praga – 90 anos junto com nazistas e comunistas

               Para efeitos de comparação-informação. Ainda estou em Praga-República Tcheca.

           Um paiséco com pouco mais de dez milhões de cidadãos.

Comemorando 90 anos da Rádio Praga. Desde 1923.

Atenção para o detalhe:

Em 1937, isto mesmo, a então Checoslováquia tinha registrados

mais de um milhão de aparelhos de rádio.

Mas ela teve momentos que, ouvidos hoje, são vergonhosos. 

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Dois momentos da Rádio Praga. Os dois, bem oficiais.

Primeiro momento. O marechalzão alemão, Reinhard  Heydrich,  sofre atentado em Praga. Na hora da morte dele, 4 junho 1942, entra o locutor:

          Povo tcheco.

Me dirijo neste momento grave e triste.

Blá-blá-blá.

Morre um dos homens com mais merecimento na revolução nacional-socialista-alemã.

Blá-blá-blá.

O general Heydrich, querido em nossa terra, era estimado pelo operário tcheco.

Blá-blá-blá.

Era nosso amigo.

Bodies of men murdered at Lidice, a notorious ...

Bodies of men murdered at Lidice, a notorious crime against humanity organized by Frank and Kurt Daluege. (Photo credit: Wikipedia)

Outro momento histórico da Rádio Praga. 1968. Tanques soviéticos invadem Praga e começam a matar o povo que formava barricadas na rua. Entra o locutor oficial:

             Povo tcheco.

Não faça nada que leve a um inútil derramamento de sangue.

Blá-blá-blá.

Não ajudaremos em nada levantando barricadas.

Blá-blá-blá.

Elas estão provocando vítimas que ninguém deseja e que estão morrendo por nada.

Blá-blá-blá.

De novo, amigos, dispersem-se.

A presença de vocês aqui, diante da Rádio Praga, não tem nenhum sentido.

Blá-blá-blá.

Então, repetindo a foto do que está na parede do DOX, em Praga:

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 Amém.

More info at:

http://www.radio.cz/es/rubrica/especiales/90-anos-de-radio-en-la-republica-checa

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