Literatura



My day, today, here in Berlin, was only to follow my   madame around the gay piece, since the days of Uncle Adolf, Hitler, at Shönemberg. And this post goes to the major of now Berlin, Klaus Wowereit, assumed gay. He says that this city is poor but very sexy. This is true. And very beautiful.

 O dia hoje cá em Berlim foi de apenas acompanhar madame no pedaço gay, desde os tempos do tio Adolfo, o Hitler, em Shönemberg. Este post é oferecido ao prefeito de Berlim de hoje, Klaus Wowereit, um gay assumido. Ele diz que esta cidade é pobre mas muito sexy. É verdade. E muito bonita.

 Mein Tag, heute, hier in Berlin, war nur zu meiner Frau um den Homosexuell Stück folgen, seit den Tagen von Onkel Adolf, Hitler, an Shönemberg. Und dieser Beitrag geht an den Bürgermeister von Berlin nun, Klaus Wowereit, angenommen Homosexuell. Er sagt, dass diese Stadt sehr arm, aber sexy ist. Dies ist wahr. Aber so schön.

Na condição de um mero simpatizante, segui dona Cleide, mudo, só olhando, primeiro o bar que o casal David-Igor frequentava nos anos 70, então bibas pobres (só tô repetindo). Quem? David Bowie e Iggy Pop, meu.

Depois, madame me conduz pela mão até a casa onde nasceu a diva deles todos deles e delas, porque o pedaço é de gays e lésbicas, muito bonitos por sinal (ih…). Ah. Falo da diva Marlene Dietrich. Que pernas … um anjo, inda que azul.

Marlene Dietrich está enterrrada aqui perto, túmulo florido, simples, mas a coisa mais liiinnnndaaaaa do Universo todo, neste pedaço dos gays em Berlim, quem já viu Cabaret? – coitados, foram quase exterminados, que nem os judeus e os ciganos, pelos nazistas. Sobreviveram. Os bandidos, não. Quer dizer, tem skinheads e neonazistas voltando lá das bandas de Pancow.

 Mas, continuando que acaba de passar por mim um casal germânico musculoso, madame que me aponta, e o que mais me chama atenção são, realmente, os bicipes da dupla, que, anoto, não combinam com a minúscula e chique bolsinha de presente comprado na butique ao lado. Mas, enfim, tudo bem, eles é que estão carregando. E o peso deve estar enoooooorme que resolvem parar para mais um cafezinho. E eu também…

Ah… só para fechar.

Madame me leva de novo pela mão até um bar, vamos lá que é o máximo, diz ela, e se chama Sorgenfrei, tudo dos anos 50, mobília, som ambiente, mesas de fórmica, caixas de som…

Peço de cara  um pedaço de torta daquelas quadriculadas, chocolate e marzipan, ein stuck nugatmarzipan, e engato uma conversa com o musculoso atendente, simpático, sim, bonito, adianta madame, e pergunto para ele, em inglês, o que significa, em alemão, o nome do bar, Sorgen, porque frei eu sei que é de graça, livre, à vontade, só falta então o tal de Sorgen. E a biba, bem sério, me olhando nos olhos:

– Polaco, sorgen é a mesma coisa que salame, salsicha, tá sabendo?

– Num tô não, corto o papo, como a torta, mais gostosa do muuuunnnnddooooooo, numa mesa muito da chiquerrézima, saca só as fotos, mané, e sem qualquer  comentário, tá?

 

And now, minha  madame, a dita florzinha, que me levou pela mão por este pedaço gay chique de Berlim,  dizendo tchuss=beijinhos (mas fazendo beicinho, em alemão).

–  Eu não! Nein!

– Florzinha!!!

Mais detalhes deste incrível bar em:

http://www.sorgenfrei-in-berlin.de/

 

Mais detalhes deste incrível bar em:

http://www.sorgenfrei-in-berlin.de/


Friedrichshain, the Communist side, and Kreuzberg, the capitalist side, both dominated by the victors in Berlin, therefore, were free of judgment at Nuremberg (Siberia, Hiroshima, etc.). Both, however, remain together before and after. But are its days numbered. The invasion of artists gives rise to the bourgeoisie. Join them migrants, Slavs, Turks, Asians, Africans and Latinos. This is Berlin.

Friedrichshain, do lado comunista, e Krfeuzberg, do lado capitalista, os dois na Berlim dominada pelos vencedores que, por isso, ficaram livres do julgamento em Nuremberg (Sibéria, Hiroshima,etc). As duas, no entanto, continuam juntas, antes e depois. Mas estão com os dias contados. A invasão dos artistas dá lugar à burguesia. Juntam-se eles aos migrantes, eslavos, turcos, asiáticos, africanos e latinos. Das  ist Berlin.

Acontece que , em função da invasão burgueza que acontece em Berlin, expulsando os hippies e alienados, primeiro do Norte Kreuzberg, depois de Prezlauemberg, agora de Friedrichsain, amanhã ninguém mais sabe onde, porque nos subúrbios os doidos serão rechaçados, não pelos alemães, mas pelos eternos imigrantes. Mas voltemos às mudanças que acontecem, hoje, no ex-bairro operário pobre comunista, nem todo mundo era proletário:

Um exemplo forte da recuperação do bairro sempre largado para escanteio em Berlim, desde os tempos dos nazistas, depois comunistas, Friedrichshain, é a recuperação que está sendo feito ao redor da Knoorpromenada, uma pequena rua que hoje completa 100 anos, tinha até um mini-portão de Brandeburgo, prédios com fachadas trabalhadas e tudo e que agora, ressurge depois de décadas de cinzas. Ei-lo o que será:


No meio do Grosser Stern (Grande Estrela), cinco caminhos cruzam o Tiergarten de Berlim. No meio do meio, uma estátua chamada de  Goldeslse. Na verdade, é a Coluna da Deusa da Vitória (da Alemanha, então Prússia, no século XIX, contra Dinamarca, Áustria e França).

Ne verdade mesmo, a deusa Vitória foi retirada, em 1938, pelos nazistas do local original, em frente ao Reichstag, para dar espaço ao grande tombo da Germânia.

 Na verdade, verdade, mesmo, a estátual é conhecido em todo mundo como O Anjo. Depois da cena dele sair voando por sobre Berlim no começo do filme do Win Wenders, 1985, Asas do Desejo.

Mas que esta estátua da deusa Vitória, uma Anja Ariana, provoca desejos, lá isto provoca.


Mulheres alemãs querem maridos judeus.

The German people today did not get rid of non-trauma, they were others, but full of complexes, such as unconditional defeat in the last two world wars, Nazi-killing Jews, Communism and Fascism, which divides, even today, in either half of Germany, more capital Berlin. And the German Jews, because Judaism is religion, not citizenship.

Das deutsche Volk heute nicht loswerden Nicht-Trauma, sie waren andere, aber voller Komplexe, wie bedingungslose Niederlage in den letzten zwei Weltkriege, Nazi-Mord an den Juden, Kommunismus und Faschismus, das teilt sich auch heute noch, entweder in halb Deutschland, mehr Hauptstadt Berlin. Und die deutschen Juden, denn das Judentum ist die Religion, nicht Staatsbürgerschaft.

O povo alemão até hoje não se livrou não de traumas, que estes foram de outros, mas de completos complexos, tais como: derrota incondicional nas duas últimas grandes guerras, nazismo-massacre de judeus, e fascismo-comunismo que divide, ainda hoje, nos modos, metade da Alemanha, mais a capital Berlim. E os judeus alemães, porque judaísmo é religião, não cidadania.

Pois hoje vamos aos judeus. Já foram indenizados, não nas vidas, mas nos bens estão de volta. Aqui em Berlim, tem  a grande sinagoga, riquíssima, abóboda externa de ouro, tem os bancos, as universidades, o sistema financeiro, museu da história judáica nos últimos dois mil anos (Kreuzberg), mais a grande área repleta de blocos negros do tamanho da imensidão da tragédia.

Sem contar, ainda, os inúmeros pequenos monumentos, às vezes uma mesa e uma cadeira de aço, ao lado a fatídica mala de partida, ou então a Gleis 17, em Grunewald, apenas os trilhos de onde partiam os trens sem volta para o enorme campo de extermínio, não de concentração, na Polônia, o Auschvitz, embora nada haja a respeito dos ciganos, gays e dissidentes também exterminados.

Mas o que para mim mais me marca aqui em Berlin no doloroso êxodo judio é um monumento situado numa praça particular, na antiga parte comunista, que não é bem visto nem pelos alemães e muito menos pelos judeus e explico:

Block der Frauen, Bloco das Mulheres, Rosenstrasse, na frente de onde era a Gestapo-KGBCIA-SNI. Nos últimos meses da guerra já perdida, Hitler, via Goebbels, resolve terminar de vez com os judeus, porque ainda existiam uns quatro mil, preservados porque eram casados com mulheres alemãs e filhos idem.

Motivo deste monumento não aclamado mas que diz da importância dele para a preservação dos dois mil últimos judeus, cidadãos alemães, casados com mulheres arianas que foram à luta, povo unido, bradaram, greve de fome, e ficou a dúvida nazista: matar ou não matar mulheres alemãs. Diante do fato consumado, a guerra chegando ao fim, salvaram-se todos: as mulheres alemãs e seus maridos judeus.

As fotos do monumento Block der Frauen dizem tudo. Elas sim foram o futuro do presente da Alemanha. E não se fala mais em sionismo, comunismo, fascismo, nazismo, capitalismo e tal.

Sobre este monumento tem o filme da cineasta Maragerette von Trotta, de 2003, chamada As Mulheres de Rosenstrasse, e também o livro Resistante of Heart, de Nathan Stoltzfus. Deste, um trecho só:

“De repente, ouve-se um tiro. Quando o som se esvai, o único som que fica é o silêncio. Pois este foi o dia para mim ficou tão frio que congelou as lágrimas em minha face.”

The End. Or The Begining?


May Day in Berlin. The stick broke in Weding, working-class neighborhood. In Kreuzberg, migrants, the greater show. In Pankow, the neo-Nazis, all calm. The police ended up not having fun.

May Day in Berlin. Der Stock zerbrach in Weding, Arbeiterviertel. In Kreuzberg, Migranten, desto größer ist Show. In Pankow, die Neonazis, die alle ruhig. Die Polizei endete keinen Spaß.

Primeiro de Maio em Berlim.  O pau quebrou no Weding, bairro da classe operária. No Kreuzberg, dos migrantes, maior show. Em Pankow, dos neonazistas, tudo calmo. A polícia acabou não se divertindo.

 No Portão de Brandebourg, principal palco de Berlim, o PDG, tipo  CUT da Europa, fez um comício. Tinha de tudo. Até samba abraçado a saudosos comunistas. Em alemão e logo em seguida, em espanhol, tendo que ouvir:

– Companheiros e companheiras.

De bom que no lugar da cachaça 51, o chope espumoso, as companheiras mais gostosas, enfim, maior visual.

Viva o Primeiro de Maio em Berlim.


May Day here in Berlin. I’m in this, man. Feast for 25 years. In Kreuzberg. Subdivision of the Turks, and other rogues among them are Brazilians. Party that? From when the first Bloody May 1. Since then, it is always the same. In the middle, the Polizei. They say she says she also has to have fun. On the south side, the turcaiada, say, migrants. On the north side, coming from Pankow, skinheads, Nazis. And even if the stick breaks. It comes as a Night of Crystal, but …

Primeiro de Maio cá em Berlim. Tô nessa, meu. Festa de 25 anos. Em Kreuzberg. Bairro dos Turcos, e outros ladinos, entre eles, os brasileiros. Festa de que? De quando houve o primeiro primeiro de maio sangrento.   De lá para cá, é sempre o mesmo. No meio, a Polizei. Dizem que ela diz que também tem que se divertir. Do lado sul, a turcaiada, digo, os migrantes. Do lado norte, vindo de Pankow, os skinhead, os nazistas. E o pau quebra mesmo. Não chega a uma Noite do Cristal, mas…

May Day hier in Berlin. Ich bin in diesem Menschen. Fest für 25 Jahre. In Kreuzberg. Unterteilung der Türken und andere Schurken unter ihnen sind Brasilianer. Partei, dass? Ab wann der erste blutige 1. Mai. Seitdem ist es immer das gleiche. In der Mitte, die Polizei. Man sagt, sie sagt, sie hat auch Spaß zu haben. Auf der Südseite, die turcaiada, sagen wir, Migrantinnen und Migranten. Auf der Nordseite, aus Pankow, Skinheads, Nazis. Und selbst wenn der Stick bricht. Es kommt als Night of Crystal, aber …

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Ah… ainda tem um puta show de música eletro. De adianto, está aí o aviso geral, dado pela polícia. Nada de garrafa quebrada, tá gente? Té parece que adianta. Tô lá e depois eu conto cá, tá? Só inda tô na dúvida se fica no lado dos skins ou dos turcos. Em cima do muro, em Berlin, never. Tchuss…

http://www.youtube.com/watch?v=lXWefm6ygwY&feature=player_embedded#!


Heil, tupiniquim people. Berlin, Domingão 30 degrees, sun six o’clock to ten o’clock. First day in earnest after months of angry winter, rain, cloudy days, and people. Hence, the festival has ever seen, right?

***

Heil, people tupiniquim. Berlin, domingão 30 graus, sol das seis da manhã às dez da noite. Primeiro dia para valer depois de meses de inverno brabo, chuva, dias e pessoas nubladas. Daí, já viu a festa, né?

***

Heil, Tupiniquim Menschen. Berlin, Domingão 30 Grad, Sonne von 06.00 bis 10.00. Erster Tag im Ernst nach Monaten der böse Winter, regen, bewölkten Tagen, und die Menschen. Daher hat sich das Festival je gesehen, nicht wahr?

Outro grande costume em Berlim, aos domingos, além do brunch, café das 10 às 15 horas, come-se o quanto puder, por dez euros, é passear pela porçào de mercados de ruas, flee market, flormarkt, mercado de pulgas, de antiguidades, de coisas passadas e presentes, de um a 50 euros, pode ser um vaso bonito, um sapato, um relógio londrino antigo ou mesmo um colete moderno baratinho. São muitos os locais dominicais perenes.

 

https://www.facebook.com/#!/photo.phpfbid=265680423528259&set=a.110180592411577.17404.100002589112491&type=1


Estou em cá na KW, Instituto de Artes de Berlin, na abertura da Bienale, no meio dos malucos que promovem a Occupy Berlin Berlinalle e me aparece a placa alertando que o canto se trata do Bar da Democracia Líquida.

 Como bom polaco sou atraído no ato por esta tal de democracia, ainda mais no estado líquido. Acompanhe meu relato inda que parco:

– Hallo, Guten Tag, que tal?

– Olá, me responde Pablito, cuia de chimarrão na mão, erva mate de primeira, boa prosa, me oferece uma rodada, bá que lógico que aceito, sou paranaense, terra natal do herval, sítio do meu avô, num país já chamado de Contestado.

– Bah, que mentira, meu. Jo soy de la frontera  de Chile, me chame de gáucho, tome meu mate que te ofereço de coração, mas não desfaça a origem.

Levei o lero dos guaranis e os jesuítas, na foz do Iguaçu, e mais uns tantos porque pintou um cigarrinnho enrolado e lá pelas tantas, Pablito, cá em Berlim, aceita:

– Bah. Tu me garante então que o mate do chimarrão nasció en la província de Paraná, Brasil?

– Província é o Rio Grande do Sul!!!

Pois acompanhe então o que gáucho, tant este gáucho faz nesta Berlin Bienalle, no Bar of Liquid Democracy. Brizola se soubesse da ligação entre o chimarrão e a Cadeia pela Liberdade, daria estrondos.

O mate tem até um nome em inglês globalizado. Escuta um trecho do folheto:

“MetaMate is harvested by hand in the south-Brazilian primeval forests and …. bah, bah,bah.”

No original do panfleto oficial desta 7 Berlin Bienalle:

“MetaMate wird in den südbrasilianischen Urwäldern von Hand gepflückt und handwerlich weiterverarbeitet”.

Ou seja:

O mate nasce e cresce no sul do Brasil onde é colhido na mão em florestas primitivas…

Foi daí que convenço o Pablito que no Rio Grande do Sul só tem deserto, portanto, não tem herval e muito menos mate nativo para chimarrão, o que acontece somente na parte leste do Paraná.

 Outro trecho porque este mate está me deixando maluco:

“MetaMate tries to implement the principles of transparency & participation on all levels.”

Moral do Lero:

Ficamos amigos na hora. Afinal, este é o princípio  da roda do chimarrão. Até porque tinha uma potranca nórdica fotografando a gente e o Pablito, bom ainfitrião,  me adianta a honra:

– Vai que é tua, Mamcasz!!!

Ah. Eles têm um site:

http://www.metamate.cc


Berlin, das westliche, kapitalistische, besetzt von den Vereinigten Staaten, Großbritannien und Frankreich, sagte die Gewinner des NATO-Paktes, hatte schon immer das Stück cracolândia in Nord-Kreuzberg, weil der Nachbarschaft befindet sich südlich der türkischen Einwanderer.
Haben Sie die andere Seite, die Kommunisten, die von der Sowjetunion, der Warschauer Pakt dominierten, war alles nur Traurigkeit, denn auf drei zu machen, um bei einem Fußballspiel anfeuern musste von vier auf daKGB Bürokraten, Stasi, PT und wie sein .
Als die Mauer fiel, war die einzige fuzarca, bash, Typ generell freigegeben, und das erste, was ripongas Kapitalisten hat, war der Strand überfallen die andere Seite der Spree, das Gebäude auseinander fallen, wirklich, nichts wert, aufgegeben.

Berlim, do lado ocidental, capitalista, ocupado por Estados Unidos, Inglaterra e França, os ditos vencedores, do Pacto da Otan, sempre teve o pedaço cracolândia, no norte do Kreuzberg, porque o sul do bairro é dos imigrantes turcos.

Já do lado de lá, dos comunistas, dominados pela União Soviética, no Pacto de Varsóvia, era tudo uma tristeza só, porque para juntar três para torcer num jogo de futebol tinha que ficar de quatro para os burocratas daKGB, Stasi, PT e tal.

Quando o muro caiu, foi a fuzarca só, festança, tipo liberou geral, e a primeira coisa que os ripongas capitalistas fizeram foi invadir a praia do lado de lá do Spree, nos prédio caindo aos pedaços, de verdade, não valendo nada, abandonados.

Prezlauerberg então virou a extensão da cracolândia, com a onda de pixação em tudo que é canto, ocupando os prédios inteiros, até que os capitalistas chegaram de verdade, compraram os prédios a preço de banana, recuperaram, e mandaram os riporongas pastar.

Daí, eles foram para donde? Pouco mais longe, logo depois da famosa ponte da troca dos espiões, entre Kreuzberg, capitalista e Friedrichshain, a comunista, que, por sinal, já começa a receber os primeiros toques de tinta e de retirada étnica para cada vez lugar nenhum.

Então, vamos para um rápido relato deste verdadeira carnificina moral contra os pobres riporongas de Berlim, a cidade sexy, sempre multitudo. Até agora. Nem o papa dos muralistas está escapando. Murais que deveriam estar tompados pelo Patrimônio Mundial da Unesco.

Estou falando das obras do artista italiano Blu que, junto com o francês JR, fez estas duas obras de arte de rua, resistindo, não se sabe até quando, nas esquinas das ruas Curry e Schlesische, pedaço mais barra pesada até o final do ano passado. Vamos à obra máxima:

Polícia e toneladas de tinta são as estratégias usadas pelas autoridades ex-nazistas  contra os riporongas que, com certeza, se na época vivessem, teriam que usar a estrela rosa, que nem os gays, ou a estrela de Davi, que nem os judeus, ou a estrela amarela, que nem os ciganos. Agora, no novo estilo permitido pela Berlim ultramoderna, mais capitalistas ainda, é tipo isto:

Portanto, nestas vindas a Berlim, desde os tempos do muro, tendo-a visitado dos dois lados, como bom brasileiro, só que não fiquei em cima do muro, pois sou polaco, mas na próxima vez que vier por aqui com certeza não verei mais este tipo de arte.

E Prezlauerberg? Virou turística, classe média que deixou de ser hippie para fazer filhos sadios para a nova Alemanha.E esta tal de nova hippie Friedrichshain? Bom. É melhor os riporongas botarem a viola na kombi e partirem para novas invasões. Estão precisando de uma assessoria do MST-PT. Aliás, Dilma Roussef e Angela Merkel são duas comunistonas. Quer dizer, dizem que eram. Pelo sim, pelo não, nada de Paz e Amor, tá, bicho? Nada mais de arte para o proletariado.

Aliás, este cartaz aí em cima tem um lero final aqui no blog que é o seguinte. Estava eu com um deles, amarelão, lendo tranquilamente, na barra pesada da cracolândia do Schlesisches, quando me chega um cara com cara de polícia secreta estalinista e me pergunta em alemão e eu rápido: niquiti espráiti dóiti e ele: polaco, e tá lendo por que? mas se adiantou em inglês, pior do que o meu, deve ser polícia petista, e explicou que o cartaz era proibido, chamado para uma manifestação  proibida , contra esta onda de acabar com os riporogans, e eu, em brasileiro: pois mande eles pro forno a gás que vocês sabem usar muito bem contra ciganos, judeus, homossexuais e, inclusive, polacos. Hein? pronuncia-se Háin? E eu: nada, nada, nada, Heil, mano, Inté e Axé. E fui saindo de perto do trem. Vai que me manda de volta para a Polônia, via Auscheviltz, né? A merda é que ele ficou com o cartaz. CENSURA!!!


People. I don`t speak north-american. Only south. And so…

Now it is a early morning of Friday,  13. I’m just fine. The moon, ass down, flirting with me. I swear. A cat barking downstairs. Who? I know not. And if it were a dog loose in the morning? His problem. I’m stuck here in the basket, ops, on the sixth floor of the Fantasy Island. Translation. On brazilian language, cesto is basket, and sexto, is sixth. Let`s go ahead, gringo.

 I`m so  good. I swear. And the photo below, other than at the bottom and also below, I’m not down more, I is a square in Alabama, USA, where just a nigger much more important than the current Ozama went to Washington with a bunch of people suddenly saying do not walk over the bus, we walk, the bourgeoisie stinks, capitalism explodes, occupies Wal Street, okay with me this one in the morning of Friday the 13th, loser?

 After the mad I am. Polish madman is superfluous, even mano.Mas what I was looking at, ah, butt moon, not talking, here, oh, I do not sacanea, I’m in control, oh, the moon, naked, in half-devoid pseudo I know not, since then, a good Friday the 13th, ah, tamém’m reading, the moon, of course, this piece of poem Alen Ginsberg, HOWL, to beat fellow, Kerouac, listen, camel, Bukowsky, the title Malest cornifici tuo Catullo, at this Google`s translation, I don`t undestand, meu, ok, mané?

“It’s hard to eat shit, without visions, when they look at me, to me is paradise”.

Gente.

Uma da manhã desta sexta-feira, dia 13. Eu estou numa boa. A lua, com a bunda para baixo, me paquerando. Juro. Um gato late lá em baixo. De quem? Sei não.  E se fora um cão solto na madrugada? Problema dele. Eu estou preso aqui no cesto, ops, no sexto andar da Ilha da Fantasia. Numa boa. Juro. E a foto mais acima, diferente de em baixo, e também de embaixo, não me abaixo mais, é eu numa pracinha em Alabama,USA, justo donde um neguinho muito mais importante que o atual Ozama partiu para Washington com uma porrada de repente cidadãos dizendo não andamos mais de ônibus, vamos a pé, a burguesia fede, o capitalismo explode, ocupe Wal Street, tá me acompanhando nesta uma hora da madrugada desta sexta-feira dia 13, mané? Depois o doido sou eu. Polaco doido é pleonasmo, mano.

Mas o que mesmo eu estava olhando, ah, a bunda lua, não, falando, aqui, ó, não me sacanea, tô no controle, ai, esta lua, nua, pela metade, pseudo-carente, sei não, pois então, uma boa sexta, dia 13, ah, tamém estou lendo, para a lua, lógico, este pedaço de poema do Alen Ginsberg, UIVO, para os colegas beat, Kerouac, ouça, camelo, Bukowsky, o título Malest cornifici tuo catullo:

“É duro comer merda, sem ter visões; quando eles me olham, para mim é o Paraíso.”

Ah. O neguinho que falo na pracinha em Birmighan, Alabama, USA, era o pastorzinho início de vida, chamado MARTIN LUTHER KING. Me arrepio…


Today, Saturday Halelluya, is the day of vengeance, hatred overflowed, the lynching of a man called Judas, one of the twelve apostles of Christ beloved, who betrayed him. Judas, in fact, is not the devil, but an angel. Not the sinner but a saint. There is a traitor, then he, the treasurer of the group of fishermen judios subversivs of Nazareth. Happy Easter, St. Jude.

Hoje, Sábado de Hallelluya, é dia da vingança, do ódio extravasado, do linchamento de um cara chamado Judas, um dos doze amados apóstolos do Cristo, a quem traiu. Judas, na verdade, não é o diabo, mas um anjo. Não é o pecador, mas um santo. Não é o traidor, logo ele, o tesoureiro do grupo de pescadores judios subversivos de Nazaré. Boa Páscoa, Santo Judas.

 Heute, Samstag Hallelluya, ist der Tag der Rache, Hass übergelaufen, das Lynchen von einem Mann namens Judas, einer der zwölf Apostel von Christus geliebt, der ihn verriet. Judas in der Tat, ist nicht der Teufel, sondern ein Engel. Nicht der Sünder aber ein Heiliger. Es ist ein Verräter, dann ist er, der Schatzmeister der Gruppe von Fischern Judios subversivs von Nazareth. Frohe Ostern, St. Jude.

 Pintura de Debret, Malhação de Judas,  no Rio Colônia, anos 1800.

 Vestibulum dignissim Hallelluya, dies ultionis, odio inundaverunt et viri lynching vocabatur Iudas unus de duodecim apostolos Christi dilecti, qui et tradidit illum. Iudas enim non diaboli est angelus. Sed non peccat, sanctus. Est proditor ille, arcarius globo piscatores judios subversivi Nazareth. Beatus Pascha, sanctus Jude.

 Leo, Jumamosi Hallelluya, ni siku za adhabu, chuki ukifurika, lynching ya mtu aliyeitwa Yuda, mmoja wa wale kumi na wawili wa Kristo mpendwa, ambaye alimsaliti Yesu. Yuda, kwa kweli, si shetani, lakini malaika. Si mwenye dhambi lakini saint. Kuna msaliti, basi, mweka hazina wa kikundi cha wavuvi judios subversivs wa Nazareti. Furaha ya Pasaka, St Jude.

Judas beijando Cristo na boca para identificar o “elemento” aos meganhas judio-romanos, maior balela. O “cara”, dito Jesus, filho de Maria, casado com outra, a Madalena, cheio de irmãos de vários pais, era conhecido por demais no pedaço, não precisava de beijo coisa nenhuma.

E por que então esta fama de Judeu Maldito na costas só do Judas Iscariotes?

Simples. Quer dizer, agnóstico. Ops. GNÓSTICO. ‘It`s so different, babe. Ou seja, complicado para mentes primárias. Judas é o escolhido por Jesus para que, mesmo às custas da salvação eterna, as profecias sejam cumpridas, ele se desfaça do corpo carregado e voltasse à divindade, depois de passar pela prisão, tortura e morte que nem bandido comum, na cruz.

Portanto, Judas é o escolhido de Cristo. No livro, depois filme, a Última Tentação de Cristo, ouve-se a “conversa”entre criado e criador, tirado, aliás, do Evangelho de Judas, descoberto no deserto:

– A mim coube a parte mais fácil, Judas – diz Cristo – que é a de ser crucificado, mas a ti coube a mais difícil, que é ser o traidor, por isso te confio esta missão, pois és um cara iluminado.

Aliás, o mago Paulo Coelho, antes de trair o Raul Seixas, com ele fez a letra na boca do Judas:

– Se eu não tivesse traído/ morreria cercado de luz/ e o mundo não teria/ a marca da cruz/ e para provar que me amava/ pediu outro gesto de amor/ pediu que o traísse com um beijo / que minha boca então marcou.

Tem mais ainda. O mestre Chico Xavier, no espírito de Humberto de Campos, confirma o fato e completa com o ato reprimendatório:

– Há muitos séculos Cristo está sendo criminosamente vendido no mundo, a grosso e a retalho, por todos os preços e em todos os padrões de ouro amoedado, com a única diferença de que os novos negociadores cristãos não se enforcam depois de vendê-lo.

Pois terminemos então com a malhação do Santo Judas Iscariotes. Costume trazido pelos portugas e seguidos por aborígenes e negros escravos.

 Na verdade, a malhação de Judas vem da Santa Inquisição, da Santa Madre Igreja. Na Idade Média, a maior fonte de pecado, na forma de torturas  inimagináveis. Sem contar os genocídios cometidos pelos Santos Cruzados.

E por que a malhação do boneco de palha que acaba queimado na fogueira?

Simples, meu Santo Mané.

Na Santa Inquisição, quando acontecia de um Santo Herege dar no pé, escapulir, o Santo Padre o Papa, em nome do Santo Cristo, mandava queimar, no lugar do verdadeiro, um boneco de infiel na fogueira. Só para o povo pensar, quer dizer, Zé Povinho não pensa coisa nenhuma, mas, terminando, só para o povinho pensar que Judas na verdade é uma traidor e merece morrer na Santa Fogueira.

Pintura anônima do século XII 

E antes de sair malhando hoje  um desafeto qualquer por aí, veja e ouça a Elegia ao Santos Judas, com Paulo Coelho e Raul Seixas:

http://www.youtube.com/watch?v=zL51SCxMvYQ

Boa Páscoa.


Script para o Dia Internacional da Mulher

8 de março de 2012  

Tec/ Vinheta Abertura – Trocando em Miúdo – Eduardo Mamcasz

 Loc/ Oito de março de 1857. Nova Iorque. Operárias entram em greve numa fábrica de tecidos.  

 Loc/ “Nós, mulheres unidas, exigimos: redução  imediata  de dezesseis para dez horas de trabalho  por dia.”

 Loc/ O governo chega. A polícia tranca a fábrica. Tasca fogo.  E queima, vivas, cento e vinte e nove mulheres resistentes.

Clique Abaixo e Ouça 

 http://snd.sc/wieMe3

Tec/ sobe/desce bg tambor africano.

 Loc/ Cento e dezoito anos depois da greve, a ONU decreta: Dia Oito de Março é o Dia Internacional da Mulher.

Tec/sobe/desce  bg coro africano.

 Loc/ E aqui, no nosso Brasil? 1932. A mulher brasileira, finalmente, consegue votar. Um ano depois,  na  Assembléia Nacional Constituinte, o povo elege duzentos e treze deputados … e apenas uma  mulher.

Loc/ Então,  um viva para a paulista Carlota de Queiroz.

Tec/ bg aplausos

Loc/ 1822. A regente interina, Maria Leopoldina, escreve ao imperador e exige:

Loc/  “Amado esposo, Pedro primeiro. Sejas homem: Independência ou Morte!”

Tec/ bg coro africano.

Loc/ Independência ainda distante de milhares de mulheres. Elas recebem menos do que os homens, no mesmo tipo de trabalho. E tem mais. A Organização Internacional do Trabalho informa:

Loc/ A mulher negra recebe vinte e cinco por cento menos do que a mulher branca, no mesmo tipo de trabalho.   Então,  neste Dia Internacional da Mulher, um viva para Anastácia, princesa africana, nascida num navio negreiro e futura escrava no Brasil.

Tec/Sobe/desce bg palmas.

Loc/ Um viva para Aqualtune, filha do rei do Congo, avó de zumbi dos Palmares, a comandante  de dez mil querreiros.

Tec/Sobe/desce bg palmas.

Loc/ Um viva para Francisca, minha rainha, líder da revolução dos negros muçulmanos, em Salvador da Bahia, em 1814.

Tec/Sobe/desce bg palmas.

Loc/  Falta muito para esta data  ser comemorado de verdade.

Loc/ Pesquisa do Instituto Patrícia Galvão confirma: metade da população brasileira conhece  uma mulher  que já foi … ou está sendo …  espancada pelo companheiro.

Tec/ Trecho do spot chega de calar diante da violência.

Um beijo em ti, Mulheraça!

Tu mostras os peitos

e alimentas a vida

na imensa fome

… de amor. 

* 

Dois beijos em ti, Mulheraça!

Tu suas as ancas,

colhes o feijão do dia,

e em casa és a chefe

… de família.

*

Três beijos em ti, Mulheraça!

Tu levas um murro

e devolves sussurro

no berço onde és pétala

… de flor.

*

Mulheraça!

Tu sustentas filho, marido, cachorro.

Mas Tu te lembras da  imagem

de mulher mais bonita

… do mundo?

Neste teu Dia internacional, Mulheraça,

Um beijo

Do tamanho de tua precisão.

*

( De Brasília, Eduardo Mamcasz,  Poeta Quase-Zen )

 


Começando pela influência do PEA feminino na composição do PIB. Traduzindo. PIB é a soma das riquezas, bens e serviços produzidos.

No Brasil, ano passado, isto saiu agora, pelo IBGE, oficialmente, o PIB é de quatro trilhões e pouco de reais. Pois preste atenção no cálculo do Cedaw, vou falar o nome em brasileiro. Comitê de Eliminação da Discriminação contra as Mulheres.

No Brasil, 40 por cento da População Econômica Ativa, PEA, feminina, são chefes de família. Ou seja, são responsáveis pelo crescimento do PIB. Que é a soma de todas as riquezas, e tal.

Clique e ouça

http://www.radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2012-03-07/mulher-que-trabalha-ganha-poder-de-decis%C3%A3o-e-passa-chefiar-40-por-cento-das-fam%C3%ADl


Semana da Mulher

Eduardo Mamcasz 

Título:

Continua grande a diferença salarial homem-mulher no Brasil

Chamada:

 Segundo o Fórum Econômico Mundial, entre 134 países divulgados, o Brasil ocupa a posição de número 114 entre os que apresentam as piores diferenças salariais entre homens e mulheres. Na média, passa dos 30 por cento.

Ouça:

http://www.radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2012-03-06/pesquisa-confirma-grande-diferen%C3%A7-salarial-homem-e-mulher

 

Script:

Tec/ Vinha Abertura Trocando em Miúdo

Tec/ BG Mulher Rendeira

Loc/ Ontem, a prosa nossa foi da renda da mulher. Hoje, a gente toca na diferença que existe entre ela e o homem. Muito boa para esta Semana Internacional da Mulher. Porque um dia é pouco, já falei. Primeira diferença. Fórum Econômico Mundial. Dos 134 países pesquisados, ocupa a posição de número 114 entre os que apresentam as piores diferenças de salários pagos para homens e para mulheres. Pior para elas, lógico, né?

 Tec/ BG mulher rendeira

Tem mais. Se a prosa ficar em cima do estudo publicado pela Confederação Internacional de Sindicatos, feito com 300 mil mulheres em 24 países, as mulheres trabalhadoras brasileiras apresentam as maiores diferenças de salário com relação aos homens, passando dos 34 por cento. Na Polônia, não chega a dois por cento

Esta diferença passa para 30 por cento se for pelo estudo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Em 18 países da América Latina pesquisados, a média é de 17,2 por cento. Na Guatemala e Bolívia, homens e mulheres, em princípio, ganham igual.

Tec/ BG mulher rendeira

 Pesquisa do intersindical Dieese revela. Em São Paulo, a cidade mais rica da América Latina, o homem ganha 8 reais e 94 centavos por hora. A mulher, 6 reais e 72 centavo. Já em Salvador, na Bahia, a diferença diminui, mas o homem homem baiano ganha menos do que a mulher paulista. Seis reais e 50 centavos. A mulher baiana, 5 reais e 54 centavos por hora trabalhada fora de casa.

 Tec/ Bg mulher rendeira

 Loc/ A taxa de desemprego da mulheres, na média brasileira, é 62 por cento maior que a dos homens. 7,6 contra 4,7 por cento. No total dos desempregados, 57,6 por cento são mulheres. Mesmo que elas apresentem, em média, dois anos de estudo a mais do que os homens. Acontece que isto não tem adiantado. Quanto maior o nível escolar da mulher, maior a diferença salarial com o homem. Quanto os dois têm curso superior completo, o salário médio inicial do homem é de 3 mil 261 reais e 13 centavos. O da mulher, 1 mil 956 reais e 74 centavos, ou 40 por cento a menos.

Tec/ Bg mulher rendeira

Acontece que a mesma pesquisa do Caged, que é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, a situação, no lugar de melhorar, tem piorado. No final do ano 2003, as mulheres recebiam, em média, 91,8 por cento do salário dos homens. No final do ano passado, caiu para 85,3 por cento, ou seja, aumentou a diferença.

 Tec/ Bg mulher rendeira

E só para fechar a prosa de hoje. A mulher é diferente do homem. Começa pelo salário. Mesmo assim, e esta fica para amanhã, ela tem uma participação muito importante na economia brasileira. E não falo só da mulher chefe de família, não. É mais do que isso.

Entáo, tá.

Inté e Axé


MULHER DE RENDA

Eduardo Mamcasz

Título:

Renda da mulher sobe50% a mais do que a do homem

Chamada:

Segundo pesquisa do IBGE, enquanto o rendimento médio doshomens, nos últimos dez anos, aumentou 43,1%, o das mulheres foi de 68,2%, oque significa a injeção de R$693,5 bilhões na economia brasileira.

Clique e Ouça

http://www.radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2012-03-05/em-dez-anos-renda-da-mulher-sobe-50-mais-do-que-do-homem

Script:

Tec/ Vinheta AberturaTrocando em Miúdo

Tec/ BG MulherRendeira – Cida Moreira

Loc/ Na voz de Cida Moreira, a gente começa a prosadesta Semana Internacional da Mulher falando de renda. Eu falei semana. Um diaé pouco. E começo falando de coisa boa. Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílio. PNAD do IBGE. Desde o ano de 2002, o rendimento da mulher tem subidobem mais do que a renda do homem. 68,2 contra 43,1 por cento. Ou quase, quase50 por cento a mais.

Tec/ BG … tu me ensina a fazer renda ….

Loc/ Se a gente pegar, nos últimos dez anos, tudo oque as mulheres ganharam, pula dos 400 para os 693 bilhões de reais.   Então,veja bem, a economia brasileira na verdade está precisando cada vez mais doque? De mulher. Isto mesmo. Acertaste. E aqui começa o outro lado da prosa dehoje. Elas tiveram que sair de casa e ir à luta. Inclusive, estão estudandomais do que os homens.

Tec/ BG … olê, mulher rendeira …

Loc/ Pesquisa feita pelo Data Popular comprova queestá faltando é que a mulher da classe D, a pobre,  receba mais do que  940 reais por mês. Na parte de cima dapirâmide social, na classe A, a mais chique, a renda familiar da mulher pulapara 14 mil e 203 reais. No meio, na classe média, a chamada B, a renda é deseis mil e setenta reais. Em compensação, é a mulher da nova classe médiapobre, a C, quem fornece a maior parte da renda bilionária feminina. 47,1 porcento, com renda familiar média de 2 mil e 295 reais mensais.

Tec/ BG … mulher, mulher rendeira, mulher , mulherrendá …

Loc/  Resultadoprático desta prosa de hoje. As mulheres estão indo cada vez mais à luta naeconomia. Escuta esta. Síntese dos Indicadores Sociais, análise das condiçõesde vida da população brasileira. IBGE. Nos últimos dez anos, aumentou oito porcento o número de mulheres que estão deixando para engravidar, ter filhos, sódepois que se aprumar no estudo e arrumar um trabalho de verdade. Em estudos, amédia das mulheres é de dois anos a mais do que a dos homens.

Tec/ BG de passagem

Mais IBGE. Dos 62 milhões de arranjos familiares no Brasil,15,2 por cento são de casais sem filhos. Em Santa Catarina, pula para quase 20por cento. Tem até um nome para isso. Família DINC. Double income no kids. Semfilhos, renda em dobro. Entre os motivos, a prosa de hoje. A inserção da mulherno mercado de trabalho, na economia, na sociedade pós industrial e pós moderna.

Tec/ BG mulher rendeira…

Então, por hoje a gente fica na pesquisa apontando quea mulher, num ambiente de trabalho, ela traz mais produtividade no pedaço eaumenta o lucro da empresa, porque são melhores do que os homens em trabalhosde equipe.

Daí, para a prosa de amanhã, é um pulo só. BancoMundial. Se homens e mulheres tivessem oportunidades iguais no mercado detrabalho, a produtividade da economia, na América Latina, seria 16 por centomaior.

Então, tá.

Amanhã, a prosa é sobre a diferença que existe entrehomem e mulher.

Inté e Axé

Tec/ Vinheta de Encerramento

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