Sou anal…pha…beto…

She’s my good friend. He is always good with me. That is. Not always. In winter, for example, it survives parched, disappeared, slept, deflowered, disfigured and deformed. Poor.It turns out that when spring arrives, it transforms. Today, for example, it dawned reflowered, greenish, beautiful, refreshed, resplendent in the Dawn of the same Spring. This is my friend tree from Berlin.

Ela é minha boa amiga. Está sempre de bem comigo. Quer dizer. Nem sempre. No inverno, por exemplo, ela sobrevive ressecada, sumida, dormida, deflorada, desfigurada e deformada. Coitada. Acontece que quando chega a Primavera, ela se transforma. Hoje, por exemplo, ela amanheceu reflorada, esverdeada, linda, remoçada, resplandecente na Alvorada de uma outra mesma Primavera.Esta é a minha árvore amiga de Berlim.

Amiga Boa. Sempre De Bem. Comigo.

Não Se Ressecada. Sumida. Dormida.

Deflorada. Desfigurada. Deformada.

Hibernada.

Se Reflorada. Esverdeada. Linda.

Remoçada. Ela Resplandece Toda.

Outra Alvorada. Mesma Primavera.

She’s my good friend. He is always good with me. That is. Not always. In winter, for example, it survives parched, disappeared, slept, deflowered, disfigured and deformed. Poor.
It turns out that when spring arrives, it transforms. Today, for example, it dawned reflowered, greenish, beautiful, refreshed, resplendent in the Dawn of the same Spring.
This is my friend tree from Berlin.

Ela é minha boa amiga. Está sempre de bem comigo. Quer dizer. Nem sempre. No inverno, por exemplo, ela sobrevive ressecada, sumida, dormida, deflorada, desfigurada e deformada. Coitada.Acontece que quando chega a Primavera, ela se transforma. Hoje, por exemplo, ela amanheceu reflorada, esverdeada, linda, remoçada, resplandecente na Alvorada de uma outra mesma Primavera.

Esta é a minha árvore amiga de Berlim.

Amiga Boa. Sempre De Bem. Comigo.

Não Se Ressecada. Sumida. Dormida.

Deflorada. Desfigurada. Deformada.

Hibernada.

Se Reflorada. Esverdeada. Linda.

Remoçada. Ela Resplandece Toda.

Outra Alvorada. Mesma Primavera.

Esta É A Minha Árvore Amiga Aqui de Berlim.

After a long winter of recollection, My Friend Tree of Berlin turns to Light at the arrival of spring. Vale Ouro, I, here at the Window, pray for Her, my Flower. So good to see, now that she Resurrects, her pudendal parts exposed, without shame, especially in the details of her thighs and busts in the radiance of the grass. It happens, I know very well, that even when splendid, it never forgets the Bad Past Past, perhaps Future, never desired I already detail.

Depois de um longo Inverno recolhida, Minha Árvore Amiga de Berlim vira Luz na chegada da Primavera. Vale Ouro, Eu, aqui da Janela, oro por Ela, minha Flor. Tão bom ver, agora que ela Ressuscita, suas partes pudendas à mostra, sem pudor, em especial nos detalhes das coxas e dos bustos no resplendor da relva. Acontece, sei muito bem, que mesmo ora esplêndida, ela nunca se esquece do Péssimo Passado Repassado, quiçá Futuro, jamais desejado. Já detalho.

Infante Nascente Da Semente Em Solo Bombardeado.

Com Sinais Tão Presentes No Ventre Potente do Tempo.

Estuprada Pelas Bombas Ditas Aliadas Vindas do Oeste.

Em Seguida, Tão Carcomida Pelos Camaradas do Leste.

Apesar De Tudo, Minha Árvore Amiga, Aqui de Berlim,

Continua Resplandecente Bem Preparada Para o Futuro.

My Friend Tree of Berlin is actually born from a seed abandoned in the soil harshly bombed, day and night, so much so that it still shows signs so present in the impotent womb of the time passed since the birth so frightened. In fact, my friend is the result of a rape provoked, together, by the so-called allied bombs coming from the West and by the endless eating of the comrades in the East. But in spite of all this, My Friendly Tree continues, Here in Berlin, past Hell, arrival of Spring, much of the resplendent and prepared for the uncertainties of the Future. Summer. We will see.

Minha Árvore Amiga de Berlim na verdade ela é nascida de uma semente abandonada no solo duramente bombardeado, dia e noite, tanto que ela ainda apresenta sinais tão presentes no ventre impotente do tempo passado desde o parto tão assustado. Na verdade, minha amiga é fruto de um estupro provocado, em conjunto, pelas bombas ditas aliadas vindas do Oeste e pelas carcomidas infindas dos Camaradas do Leste. Mas apesar disso tudo, Minha Árvore Amiga continua, Aqui em Berlim, passado o Inferno, chegada a Primavera, muito da resplandecente e preparada para as incertezas do Futuro. Verão.


Minha Doce Batata Doce Mais Doce do Mundo

Papo Sério. Não Sou Doido Não. Quase Nunca. Seguinte:

Ernstes Gespräch. Nein, ich bin nie verrückt. Weiter:

– Sempre pego um pedaço da batata (nunca da perna mas sempre da doce), corto o pedaço da ponta, coloco num pires com água e ali, ela e eu, vivemos em União Estável pelo menos por Uns Dois Meses, ou Mais, ou Menos, depende, está me Seguindo, ou Você Nunca Se Separou Do Antes Tudo Depois Nada? Pois então?

– I always take a piece of the potato (never the leg but always the sweet one), cut the piece from the point, put it in a saucer with water and there, she and I, we live in a Stable Union, at least for a couple of months, or more, or Less, it depends, are you following me, or have you never separated yourself from Before Everything After Nothing? So?

– Volta para a Batata, Polaco!

– Doce!!!

– Parece que agora Amarga, não é mesmo?

– Sim! Tempo de Vida Passada, agora no Presente, sem Futuro, a Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo. Ela chega ao Quase Fim do Mim. Suspira. Mal Respira. Sem coragem de Dizer Adeus. Nem Eu e Nem Ela, por tanto, e por menos, Nem Nós Dois. Da Minha Parte, Apenas Ouço o Susurro, Dela:

– Polaquinho!

– Quié, minha Docinha?

– Estou indo.

– Poxa! Não tem como Ficar?

– Não!!!

– Sim!!!

– A Gente se Revê, Meu Polaquinho Mais Doce do Mundo!

– Sem pressa, Minha Batata Doce Mais Doce do Mundo!

P.S. (Post Scriptum) ou N.B (Nota Bene):

In der letzten Abschreckung flüstert ihre Oberlippe ruhig und ohne Schmerzen in mein Unterohr:

No derradeiro destertor, na boa, sem dor, O Lábio Superior Dela Sussurra No Meu Ouvido Inferior:

W ostatnim odstraszającym, spokojnie, bez bólu, Jej górna warga szepcze do mojego dolnego ucha:

In the last deterrent, calmly, without pain, Her Upper Lip Whispers In My Lower Ear:

– Obrigado, Polaquinho!

– Uai?

– Graças a Você, Eu Não Fui Comida!!! Adeus!

– Então, tá. Inté e Axé.


o mal lero do eu mau

evil will read from the evil self

preso ao vento no ventre

me incomoda de repente

o reles caroço de pitanga

caught in the wind in the belly

suddenly bothers me

 the paltry pitanga seed

tudo por conta duma vaca

qual liberta numa gaiola

só sorri só para mim

all because of a cow

which releases in a cage

just smile for me

no fundo eu me afundo

toda vaca é inofensiva

deep down I sink

all cows are harmless

descubro todo imundo

preso dentro da gaiola

I discover everything filthy

 trapped inside the cage

pós nota bene:

  post note bene:

eu já fui assim

hoje estou pior

do que a vaca

solta na gaiola

I was once like that

today I’m worse

than the cow

released in the cage

enfim

anyway

fim

end

huh

inté axé e

fuck 2023

polaco mamcasz

 polack mamcasz

Em tempo de vaca louca, mano, é cada um por si | (mamcasz.com)

Poema de pena para a figura inimiga | (mamcasz.com)


Winter in Berlin

Suddenly, although with a fixed date, the green turns yellow, becomes black, in short, it reaches white supremacy, in the form of ice, snow, the culmination of the four seasons through which every person – you and I – passes through this foolish life of ours. Or not? Of course. Winter Talk.

No repente, embora com data marcada, o verde fica amarelo, torna-se negro, enfim, chega à supremacia branca, na forma do gelo, da neve, o ápice das quatro estações pelas quais toda pessoa – eu e você – passamos por esta nossa tola vida toda. Ou não? Claro que sim. Conversa de Inverno.

O Verde na esperança da pessoa criança passa para o Amarelo do adolescente sonhador, sem notar já está no adulto Negro da batalha até chegamos – eu e você – ao Branco da senitude, dos cabelos aos pelos, bem assim, agora estamos no senil, no servil, não mais a mil no covil.

Inferno, sim, na forma de espirro na tua nuca no transporte, do colocar o monte de roupa para tirar tudo no metrô ou no bar, da saudade da grama verde do parque acolhendo teu corpo pelado ao sol, mas eu e você agora somos o branco que resvala suave do céu ao solo. O gelo.

Verdammt, ja, in Form von Niesen in den Nacken im Transport, dem Anziehen des Kleiderstapels, um in der U-Bahn oder an der Bar alles auszuziehen, der Sehnsucht nach dem grünen Gras im Park, das deinen nackten Körper in der Sonne willkommen heißt, aber du und ich sind jetzt das Weiß, das sanft vom Himmel auf den Boden gleitet. Die ice.

Now, in this infernal farewell, if for us Latins who, like goats, we are afraid of any splash, or phenomenal for the Germanic hermanos, they revel in the whiteness of the whole present within the reach of every child, young, adult and old, dog or not.

Na hora estamos – eu e você – de darmos um tempo por aqui, passarmos ao relento, ao descanso no repouso de um pouco do tanto retirado da memória do verde-amarelo-preto, até a chegada da Prima Vera na beleza do Outono sem contar o agito do Verão, Viram? Outros virão, sim.

Nun, in diesem höllischen Abschied, wenn wir Lateiner, die wir uns wie Ziegen vor jedem Spritzer fürchten, oder phänomenal für die germanischen Hermanos, schwelgen sie in der Weißheit der ganzen Gegenwart, die jedem Kind, jung, erwachsen und alt, Hund oder nicht, zugänglich ist.

Agora, nesta despedida infernal, se para nosotros latinos que, qual cabrito temos medo de qualquer respingo, ou então fenomenal para os hermanos germânicos, eles se esbaldam na brancura do todo presente ao alcance de cada criança, jovem, adulto e velho, cachorro ou não.

Portanto, nesta despedida para o repouso invernal, aqui em Berlim, capital do Império Germânico, comecemos pelas imagens de todas as pessoas nunca tolas mas andando à toa, tanto que deixam mensagem apócrifas na neve caída, agora gelo que recobre os carros parados.

Antes do repouso internético neste inverno nunca inferno, destaco a advertência de cada árvore, ela sabe passar do verde ao amarelo ao preto ao branco, tudo isto numa mesma vida, embora intercalada. Um grande viva a cada árvore que existe dentro de mim e de você.

Continuemos neste repouso recatado com a promessa de voltarmos junto com as flores da próxima Primavera, andando pelas mesmas letras de agora, revendo as mesmas pessoas árvores e caminhando juntos nesta longa estrada da Vida, quer dizer, rua ou avenida.

So you and I now say you and I, goodbye between now and next year, in another season, because in the meantime we are no longer here or there, but only there. Therefore, our …

On the way back. A great Axé.

Então – eu e você – agora dizemos – você e eu – um adeus daqui até o ano que vem, noutra estação, porque, enquanto isto, não estamos mais aqui, nem ali, mas unicamente por aí. Por isso, o nosso …

Inté a volta. Um grande Axé.

Więc ty i ja mówimy teraz ty i ja, żegnaj się od teraz do przyszłego roku, w innym sezonie, ponieważ w międzyczasie nie jesteśmy już ani tu, ani tam, ale tylko tam.


Not only is the Brandenburg Gate, stolen and taken by Napoleon to Paris, and, after it humiliated, the Bonaparte, bien sur, brought back, triumphantly, to Berlin, the promised Nazi capital of the Arabian Years’ Empire, where it would later serve, for a quarter of a century, as a gatekeeper in the middle of the infamous Wall, a punch in the face of the former all-glorious Roman-German Empire, successor of Constantinople, Catholic and Roman, at last, thrown back into Hell by Martin, the mighty Luther.

Não é só o Portão, de Brandenburg, roubado e levado pelo Napoleão para Paris, e, depois dele humilhado, o Bonaparte, bien sur, trazido de volta, triunfalmente, para Berlim, a prometida capital nazista do Império dos Mil e Um Anos, onde, mais tarde, serviria, por um quarto de século, de porteira no meio do infame Muro, um Murro na cara do ex-todo-glorioso Império Romano-Germano, sucessor de Constantinopla, Católico e Romano, enfim, jogado de volta ao Inferno pelo Martinho, o poderoso Lutero.

– Péra, lá, Polaco. Ficou doido, foi? Pára tudo.

Mówię już o zamkniętych już drzwiach Berlina. Przedtem otwarte. Można było wejść do budynku, zajrzeć do środka, przejść do sąsiada, potem przez kolejne drzwi, obejść dookoła, a następnie powędrować do innej części miasta.

Acontece que, agora, as portas, antes abertas, lindas, estão fechadas, ou seja, trancadas 24/24 horas por dia e noite, sem parar. Tudo através de cadeados, eletrônicos ou manuais ou mesmo com senhas mutáveis mutandi. Estou latindo. E daí? Eu posso. Portanto, por tanto ou por muito menos, começo de verdade a contar sobre

THE CLOSED DOORS OF BERLIN

AS PORTAS FECHADAS DE BERLIM

DIE VERSCHLOSSENEN TÜREN BERLINS

Cada porta de cada prédio tem sua história, o design, a origem da madeira trabalhada, a tintura, o desenho singular, enfim, o traçado transado. Afinal, cada porta é uma ponte, um ponto para o pronto acesso ao lar, ao bar, ao sei lá o que, inclusive ao Nada.

O mesmo acontece, neste caso para se exibir ao antagonista passante, com o parapeito da varanda. Antes, de ferro moldado, trabalhado, torcido, enviesado. Uma lágrima escorre pelo lado de dentro da janela com vidro triplamente reforçada. Ouço que isto se deve ao fato de proteger o morador para que ele, preso e isolado, não possa ser ouvido pelo mundo lá fora.

Na divisória dos prédios, no solo, antes aberto a qualquer ente, que nem acontece na minha Brasília, no Plano Piloto, aqui em Berlim era possível sentir as plantas no jardim, sentar. Agora, ele serve para as lixeiras específicas para cada resto do passado e, pior, estacionamento privado. Uma privada. Lástima.

– Polaco! E as portas? Esqueceu?

– Portos?

– Polaco doido!

– Doído, sim, Mano. Mas eu estava falando de que mesmo, Sô?

– Das Portas de Berlim!!!

– Pois se você tiver olhos, veja. Ouvidos, não, porque não falo mais nada.

– Paro. Olho. Ouço. Passo. Calo.

Já … nela.

Porta. Porto. Ponto.

Pronto.

– Fui.

– Vamos?

– Para onde?

Escolha o teu lugar:

Inté e Axé.


De Vagar à Noite em Berlim

Berlim é uma cidade acordada. Bares funcionam 24 horas por dia. Clubes abertos direto de sexta a segunda. Sempre tem gente na rua. Parece o Rio, Brasil, de antes. Hora de trabalho, menos para os que vivem na praia, no Rio, ou num bar, em Berlim. E o principal: músicos em ação por todos os lados-tipos-ritmos. Insisto. Berlim soa um som, não importa o tom. Seja no bar, no clube ou até mesmo no parque, sempre tem um. Então, vaguemos juntos, de noite, pela nossa Berlim que nós -“Madame & Polaco”- conhecemos desde antes da queda do Muro.

Berlin is an awake city. Bars are open 24 hours a day. There are always people on the street. It looks like Rio, Brazil, from before. Working hours, except for those who live on the beach in Rio or in a bar in Berlin.

Antes, a homenagem remota, porque ainda nos tempos do Muro de Berlim, a lembrança do David Bowie na cidade, em 1976, onde criou o álbum “Heroes”, a partir da visão de duas pessoas se beijando amorosamente encostados no Muro. Junto dele, nos dois anos e meio, o Iggy Pop. Esse, criou a melhor música dele, “The Passenger”, inspirada nas viagens, agora sem as drogas, que os dois faziam, quase anônimos, nos metrôs e trens da então Berlim Ocidental. Pronto. De volta aos músicos destes dias de Guerra, 2023, neste “De Vagar à Noite em Berlim”:

Before, the remote tribute, because still in the times of the Berlin Wall, the memory of David Bowie in the city, in 1976, where he created the album “Heroes”, from the vision of two people kissing lovingly leaning against the Wall. Together with him, for two and a half years, Iggy Pop:

Antes que Berlim escureça, quando fica melhor do que no claro do dia, vale a pena duas citações de músicos de rua, na forma do fotografado, enquanto vivido, nas ruas do bairro de Schonenberg, onde o Bowie viveu e o Kennedy falou que era um Berliner, sem saber que isto é a salsicha local. Bom. Primeiro, na festa na rua Akazien. No palco, no rock pesado, devidamente fardada, a banda da Polícia. Na platéia, primeiro plano, os dois tipo Skinhead. Depois, o músico que toda todo sábado, na Winterfeldplatz, na feira semanal.

Justin McConville

E o papo pro ar no vagar de noite em Berlim? E os bares? E os músicos que com o tempo se tornaram amigos desta dupla “Madame & Polaco”? Levou tempo até a gente saber os nomes verdadeiros, dar aquele abraço, principalmente no primeiro reencontro depois da Pandemia, esta relatada no nosso livro “A Berlim do Pandemônio”. Para efeito de complemento, segue o site, sempre com as primeiras 30 páginas grátis, lógico que no linguajar “portuga-brasílico-tupiniquim”

People. And the chatter in the air at night in Berlin? What about bars? And what about the musicians who over time became friends with this duo “Madame&Polaco”? It took time for us to know the real names, to give that hug, especially in the first reunion after the Pandemic, which is reported in our book “The Berlin of Pandemonium”.

A BERLIM DO PANDEMÔNIO, por EDUARDO MAMCASZ & CLEIDE DE OLIVEIRA – Clube de Autores

Ih. Cadê a pausa para a colocação do interrogativo? Vamos em frente. São muitas paradas, começando por um dos bares que ficam abertos 24 horas por dia, onde toda quinta-feira tem o encontro do pessoal do Blues & Rock, sempre até o último segundo da meia-noite. Estamos destacando, inclusive pelo direito à Reserviet, do nosso Bierhaus Urbaneck, na rua Urban com a Graefe:

There are many stops, starting with one of the bars that are open 24 hours a day, where every Thursday there is a meeting of the Blues & Rock people, always until the last second of midnight:

https://bierhausurban.de

Pois aí está na foto nossa primeira amizade musical criada aqui em Berlim, depois de muitos encontros por inúmeros locais cantados pela banda dele, a Happy Dog Brown. Estamos falando do #TimKutschfreund a quem seguimos onde quer que ele se apresente, seja na Kultur, em Lichetenfeld, ou nos seguintes bares noturno-musicais que valem a pena aqui logo serem citados.

https://sandmann-berlim.de

Outra parada muito especial é no velho Sandmann, perto do U Rathaus Neukolln, principalmente nas noitadas de blues de segunda-feira, uma novidade a cada vez, jamais premeditada pelo eterno Helmut, ele merece a foto ao cantar, todo mundo junto, a música Welcome, no encerramento obrigatório, por causa dos moradores vizinhos, sempre segundos antes do meio da noite.

Back to Wandering in the Berlin Night. We met another bar, this one on the side of Pankow, an audience still today of the working-class type of the late DDR – communist Germany. Com ele, passamos a conhecer muitos bons músicos que se apresentaram ao longo das últimas quatro décadas, sempre presente esta dupla “Madame&Polaco”. Estamos falando do “Speiches Rock & Blueskneipe”, na rua Raumer. Na foto, Carlos, from Moçambique-Berlim.

Carlos Delanane

Outro bar, este pelos lados de Steglitz, também aberto 24 horas por dia, com música ao vivo de vez em quando, é o Otto Schruppke, na rua Feurig, com gente bem diferente dos outros, mais locais. It’s the kind of the days of the Yankees who ruled this part of Berlin for more than 40 years. Our well-known musicians perform there from time to time.

Lógico que há muito mais bares com blues e rocks e jazz por esta Berlim sempre acordada. Tipo ainda por conhecer, como Yorchschloesschen, Terzo Mundo, Alt Stalker e tantos quantos. Os mais antigos, tipo Celtic Cottag, Acud, Soul Cat, Zosh e Zum Hecht. Outros meio escondidos, tipo o “Zum bohmischen Dor”, na rua Sander, onde é melhor chegar depois das dez da noite, principalmente nas noitadas musicais de quarta-feira. As fotos confirmam a presença do nosso amigo músico búlgaro, o Anto, ou Tonkata, ou sei lá o nome mesmo dele:

Anton Tonkata

Não podemos ainda esquecer do bar de música mais antigo, dos tempos dos americanos, na Bundesallee, desde os tempos dos norte-americanos, com música ao vivo todas as noites, sem cobrar ingresso, na maior. Quer dizer. Depois da Pandemia, acabou, fechou, finito. Ainda temos algumas fotos das antigas, agora que o Rickenbacker’s Music Inn virou um CD de lembranças:

Em compensação, temos descobertas novas, de outros tipos, mais locais, comportados, músicas de vez em quando, sem perder o espírito berlinense, tipo o “Rote Beete” (beterraba vermelha), na rua com uma decoração especial e cerveja checa de primeira no bem barato.

https://rotebeete.com

E os músicos que se tornaram amigos desta dupla “Madame & Polaco”? Before the first handshake – hug, in the Germanic style, takes even longer – Wir nannten sie beide, natürlich nur unter uns, mit Spitznamen wie Iuri, Ciganinho, Bráulio, Bonitona und so weiter. Na verdade, segue a lista, com a devida foto, dos mais próximos, hoje em dia, todos músicos amantes do blues, de forma amadora ou sonhadora do profissional do ramo, quem sabe uma noite dessas isto aconteça, tomada, vale o esforço deles e delas. São tantos e tantas. Entre eles e elas, Iuri, Angela, Carlos, Tom, Tim, Eva&Ed, Anto, Dimitri, Heinz, Andres, Lucas, Salah, Helmut, Leo, Kat, Julian, Kyria ..

Tob Chuey

Angela Cory

Ziska

Julian

Tom

Maria Eva & Ed Badelt

Kyra

Heinz Glass

Leo

Tim – Happy Dog Brown

Dimitry

Então, licença, tá. Continuemos, devagar, neste vagar pela noite de Berlim.

Tchau. Do widzenia. Bye. Auf Wiedersehen. Au revoir.

ATENÇÃO!

Todas as fotos são de minha autoria e podem ser usadas livremente.

All photos are for free use. If you want, put this:

Se for da sua vontade, pode citar assim:

Photo by Mamcasz


embaixada 5

Brasileiro no estrangeiro em tempos de coronavirus. Será que vai ter o mesmo tratamento daqueles levados de volta desde a China em avião presidencial da nossa Fabinha? Pois então, vamu lá.

Na primeira situação de risco, cá na Europa, este polaco e a madame, foi na explosão da usina nuclear então soviética de Chernobyl. A gente estava a uns 100 km do local. Agora, outra situação de risco, ainda que, voltando, no Brasil a situação não difere de cá.

Com visto de permanência até junho, residência garantida até lá, além da promessa de seguro viagem de que, excepcionalmente, atenderá neste caso pandemônico, a escolha nossa foi a de não regressar no momento, mesmo com a ameaça de fechamento. E daí?

Daí que em sendo brasileiros, temos a proteção de nossos funcionários itamaratecos, através do que aqui se chama BRASILIEN BOTSCHAFF. Será mesmo? Então, vejamos:

Comunicado da Embaixada do Brasil na Alemanha:

A Embaixada do Brasil em Berlim faz saber aos interessados, por meio da Comissão de Seleção designada pelo Embaixador (Nota do autor: na verdade é uma mulher, então, Embaixadora) do Brasil, que realizará processo seletivo para a contratação de 1 (um/a) Copeiro/a-Arrumador/a para Residência. Os interessados deverão remeter documentação, por via postal registrada, até o dia 20 de março de 2020.

embaixada 2

Ops. Desculpe é o cacete. Isto está sim na página coronática-pandemônica da Embaixada do Brasil aqui em Berlim. Na verdade, o anúncio valendo a partir desta quarta-feira, 18 de março de 2020, é o seguinte, preste atenção seu brasuka:

Em atenção às medidas de prevenção ao contágio pelo COVID19, o Setor Consular da Embaixada em Berlim, a partir do dia 18 de março corrente, quarta-feira, limitará o atendimento presencial apenas aos casos de comprovadas emergência e necessidade, que serão avaliados caso a caso e agendados com antecedência.”

Pois na parte resignada aos comentários tupínicos, cito o abaixo, embora não colocando o nome do patrício aflito aqui na Alemanha que não pode entrar na Embaixada do Brasil a não ser virtualmente. Diz ele:

Estamos tentando agendar online no Ausländerbehörde de Berlin para pedir o Visto de Estudante. Site diz que o agendamento está indisponível desde 28/02. E pessoalmente não aceitam, por causa do coronavírus. O que fazer? “

embaixada 1

Pelo sim, pelo não, a Embaixada do Brasil na vizinha Áustria que, nos tempos do Adolfo fazia parte da Germânia, colocou o seguinte alerta na página online:

Recomenda-se aos brasileiros de passagem pelo território austríaco que avaliem antecipar o retorno ao Brasil, a fim de evitarem ficar bloqueados em caso de novas restrições.”

Se acontecer alguma coisa com brasileiro aqui na Europa e precisar do ofício da Pátria Amada, as embaixadas ainda completam nos avisos quase fúnebres:

Tendo em vista a necessidade de adequação da Embaixada do Brasil em Viena para proteger a saúde dos consulentes e dos funcionários, informamos que a partir de segunda-feira, 16 de março, o Setor Consular funcionará exclusivamente em regime de plantão. O atendimento ao público será feito por telefone ou e-mail.”

E completo. Sem choro nem vela. Inté e Axé. E seja o que Alá-Jeová-God quiserem. Amém, uai.

embaixada

http://berlim.itamaraty.gov.br/pt-br/News.xml

https://mamcasz.com/2019/04/17/embaixada-do-brasil-em-berlim-e-atacada/


I root for Germany. The owner of the apartment where I always stay in Berlin, root for Brazil. In Firm where I obro, in the afternoon, in Brasilia, I put the flag of Germany, lonely, in the sea of ​​green-yellow flags. Enough to skewed glances, top, side and bottom of obtuse minds. Lack of education is that. What?

Copa do Mundo no Brasil – Falta geral de Educação.

Eu torço pela Alemanha. O dono do apartamento onde eu sempre fico em Berlin, torce pelo Brasil. Na Firma onde eu Obro, na parte da tarde, em Brasília, eu coloco a bandeira da Alemanha, solitária, no mar de bandeirolas verde-amarelas. O suficiente para olhares enviesados, de cima, do lado e de baixo das mentes obtusas. Falta de Educação é isso. Que mais?

Weltmeisterschaft in Brasilien – Allgemeines Mangel an Bildung.

Ich verwurzeln für Deutschland. Der Eigentümer der Wohnung, wo ich immer in Berlin, Wurzel bleiben für Brasilien. In Unternehmen, wo ich Obro, am Nachmittag, in Brasilia, habe ich die Flagge von Deutschland, einsam, im Meer der grün-gelben Fahnen. Genug, um schiefe Blicke, oben, seitlich und unten stumpfen Köpfen. Mangelnde Bildung ist, dass. Was?

Confiança mútua. Entro no apartamento, na Uhlandstrasse, em Berlim. Pago o acertado. Sem qualquer tipo de caução-depósito-garantia. É no antigo fio do bigode. Educação é isso.

Ao final de mais uma estadia, deixo o apartamento mais limpo do que encontrei, tarefa, aliás, difícil. Coloco as chaves em cima da mesa, escrevo um bilhete amigável, retribuo o mimo de boas-vindas, e me saio de volta para as terras tupiniquins. Educação é isto.

Capítulo I. Isto é Educação.

Alemanha goleia Portugal. Mando para o Friedrich o seguinte e-mail:

Hallo Nerjes.

Zunächst herzlichen Glückwunsch an das große Spiel Deutschland gegen Portugal. Wir sahen in der Botschaft hier in Deutschland brasilien hoffe, nicht nur Deutschland und Brasilien im Finale des World Cup. Danke für den Aufenthalt in der Uhlandstraße, es war alles sehr gut. Bis zum nächsten.

Olá Nerjes.

Em primeiro lugar, parabéns pelo ótimo jogo da Alemanha contra Portugal.Vimos na Embaixada da Alemanha, aqui em Brasília. Só esperamos não ter Alemanha e Brasil na final desta Copa do Mundo. Obrigado pela estadia na Uhlandstrasse, Berlin, foi tudo muito bom. Até a próxima. Eduardo Mamcasz

Capítulo II – Isto é Educação.

Brasil passa às quartas de final ao vencer, nos pênaltis, o  Chile. Recebo do Friedrich o seguinte e-mail:

Hallo Mamcasz.

Herzlichen Glückwunsch zum Einzug ins Viertelfinale. Das ja echt ein Krimi. Ich war über die Stärke der Bolovianer überrascht. Lassen wir das Sommermärchen weitergehen. Ihnen noch einen schönen Sonntag und Ihrer Mannschaft viel Erfolg. Mit freundlichem Gruss. Friedrich Nerjes.

Parabéns às quartas-de-final. Isso sim foi realmente um thriller. Fiquei até surpreso com a força bolivariana do Chile. Continuemos neste conto de fadas de Verão. Tenha um bom domingo e sua equipe brasileira todo o sucesso nesta Copa do Mundo Com os mais amigáveis cumprimentos

Capítulo Final. Isto sim  é falta de Educação.

Pois vamos aos fatos antes do Apito Final.

Copa do Mundo no Brasil. Falta geral de Educação nos barracos, escolas,  ruas,  estádios e nas cabeças torcedoras.

Marmanjas pessoas usando o  espaço de cadeirantes-cativos.

Toneladas de lixo jogado nas ruas,  praias, arquibancadas, bares e lares.

Prostituição de montão no chamado turismo sexual.

Exclusão social. Desvio de verbas oficiais para a a construção de estádios-arenas-fantasmas.

Uso político-eleitoral deslavado sem levar qualquer cartão amarelo-vermelho.

Chega, né?

 

Brazil versu Germany by Mamcasz

Se quiser, vamos para os pênaltis.


Hello.

After 28 years ago, from Comunist Era (Chernobill) to actual Capitalist Fera(!).

I am going to Praha, Prague, Praga.

Don’ t mass with me, cambada of pickpocket, bad taxi drivers, black market of money, false police, fucked waiters and so.

I want just walk, talk, think, look around of the city.

Don’t fuck meu saco.

And, of course, beginning this May,1 (the big communist party), I will present, just here, along 35 days, only in Prague, my point of reality.

Take care, roman people.

Prague.

From Nazism to Comunism to Capitalism.

All the same sheet.

Tudo a lesma lerda.

And so, leave me alone.

My name is FRANK KAFKA, porra,meu.

praga by mamcasz


Este post, conforme o prometido, vai para a amiga Gaby Einstoss 

***

      There are things that impressed by the simplicity that touches deep inside. The Deserted Room. Kopenplatz. Mitte.  Jewish Berlin. Bronze monument of Karl Biedermann. Recalls the night of 9 to 10 November 1938. The Nazi Youth hunting out the People Wandering Jew. People who had managed to run to survive. In haste without bags, furnishings in the room remain motionless. A table and two chairs – one fallen.

     Tem coisas que impressionam pela simplicidade que toca lá no fundo. O Cômodo Vazio.Der Verlassene Raum.  Kopenplatz.  Mitte. Berlim Judáica.  Monumento em bronze, de Karl Biedermann. Relembra a noite de 9 para 10 de novembro de 1938. A Juventude Nazista sai à caça do Povo Errante Judeu. Teve gente que conseguiu correr para não morrer. Na pressa sem malas, os móveis da sala restam imóveis. Uma mesa e duas cadeiras – uma delas caída.

      Mas tem o prólogo, na forma da moldura emoldurada na calçada fria da praça. É um poema que cerca a mesa e as duas cadeiras, impossibilitadas do salto além do muro do Eterno Pogrom-Gentrification-Extermínio. São palavras duras extraídos do poema de Nelly Sachs, Prêmio Nobel de 1947:

“O dedo da Morte aponta para os donos das Casas  outrora  Convidados. Ultrapassado o Limite entre a Vida e a Sorte. Restam as fileiras de Chaminés. Onde o Corpo de Israel vira Fumaça.”

Tradução livre a partir de:

     “…O die Wohnungen des Todes, (Oh the houses of death) / Einladend hergerichtet (invitingly appointed) / Für den Wirt des Hauses, der sonst Gast war – (for the landlord of the house who was once a guest) / O ihr Finger (Oh you fingers,) / Die Eingangsschwelle legend (Laying the threshold) / Wie ein Messer zwischen Leben und Tod – (like a knife between life and death) // O ihr Schornsteine, (Oh, you chimney stacks,) / O ihr Finger, (Oh you fingers,) / Und Israels Leib im Rauch durch die Luft! (And the body of Israel going up in smoke!)

     No meio desta ida, paro para  escutar uma senhora judia,  duas netas,  sete e   cinco anos, a quem falava, em francês, o significado daquela mesa e duas cadeiras, uma caída, dos tempos do Holocausto nos Campos de Extermínio. Foi quando ouço isto:

– Todos morreram?

– Não, eu não, responde a avó.

Trêmulo me apresento. Ela me diz que a Verdade  não tem Idade.  Ela não morre nunca.

Shalom, madame.


After four days of Carnival here in Berlin  (Karneval der Kultures),  nothing better than to rest on Tuesday, is not it? Nein, nein, says Madame.  And so we are  going  to a popular bar, close to our home, walking   by dark lanes, passing women alone, biking, no sign of police and … all security.

 Depois de quatro dias de Carnaval aqui em Berlin ( Karneval der Kultures), desde sexta-feira, nada melhor do que descansar na terça-feira, não é mesmo? Nein, nein, diz madame.

 E lá vamos nós para um bar conhecido, aqui perto de casa, a pé mesmo, por ruelas escuras, mulheres passando sozinhas, de bicicleta, nenhum sinal de polícia e …maior segurança.

É que toda terça-feira é noitada de Blues no Rickenbackers Music Inn, na Bundesallee 194, Berlin Wilmersdorf, na parte que foi ocupada pelos norte-americanos.

É a noite de Rock & Blues Session, com Heinz Glass na guitarra recebendo os bluzeiros que vão chegando, vão tocando, vão saindo, vão ficando, o que der na telha.

Entrada livre, of course, muita cerveja, boa e barata, das nove da noite até as duas da madrugada. Que mais? Mais nada, né Mané. Curta as fotos. O som um dia coloco no Youtube.

http://www.rickenbackers.de


Hier in Berlin, Sonntag, 10 bis 16 Stunden, hat einen heiligen Brauch: Brunch.
Wenn all you can eat. Im Allgemeinen rund 10 Euro.
Setzen Sie sich, nehmen, wiederholen, erhalten eine Zigarette, Kaffee,, bekommen, essen und trinken.
Ein wenig ausruhen und … fort, talk, süß, salzig, heiß, kalt.
Es verfügt über Türkisch, Deutsch, Griechisch, Vietnamesisch, Palästinensischen, Russisch und escambau.

Aqui em Berlim, domingo, das 10 às 16 horas, tem um sagrado costume: brunch.

Sempre all you can eat.  Geralmente, em torno dos 10 euros.

Senta, pega, repete, um cigarrinho, café, levanta, pega, come, bebe.

Descansa um pouco e … continua, conversa, doce, salgado, quente, frio.

Tem turco, alemão, grego, vietnamita, palestino, russo e o escambau.

Here in Berlin, Sunday, from 10 to 16 hours, has a sacred custom: brunch.
When all you can eat. Generally, around 10 euros.
Sit down, take, repeat, a cigarette, coffee, get, get, eat and drink.
Rest a little and … continues, talk, sweet, salty, hot, cold.
It has Turkish, German, Greek, Vietnamese, Palestinian, Russian and escambau.

Portanto, a cada domingo, conheço um. Nos bons, lóico que eu repito.

No alternativo, tenho meu preferido, que é o 100 Wasser, no quase acabando bairro riporonga Friedrichshain.

E agora um restaurante grego, bem familiar, de subúrbio desconhecido de 99,9 por cento dos turistas.  Restaurant & Cafe Bei Jorgo. Fica num bairro desconhecido, chamado Baunschulenweg, na verdade, Shöneweide, fora do ring que envolve Berlim.

Mas vamos logo ao brunch que a conversa se alonga.

Primeiro, a tradução do título do post deste domingao de sol aqui em Berlim.

Langes leben für mich, bruder. Prost!

LONGA VIDA A MIM MESMO. SAÚDE!!!!

Ajunto uns goles de ouzo, a pinguinha grega, e outros de Lübzer, a cerveja.

Ein klein beer von fass, bite. Aprendi…

E a dona repete, me imitando:

Ein klein beer von fass, bite. Já Más. Ou seja.Saúde, polaco!

Então, vamos por etapas. É brunch mas não é para bando de faminto.

Primeiro, o antes da refeição. Tipo serviço.

Mas Atchung.

Este blogo não está a serviço e nem é pago por ninguém.

Quer dizer…

Ninguém é uma ilha. Nem Brasília. Ainda existe?

Tem um BUS 166, de Shöneweide até Treptow que para na porta.

Tem qualquer S que vá para Schöneweide, fica uma estação antes.

Quem vem pelo Norte sair pela direita.

Se errar, vai pra outro lado, mais vazio.

Depois, uma leve caminhada, coisa à toa.

É caminho para Schönefeld, o aeroporto que ia ser novo agora no dia 3 de junho.

Mas ficou para o ano que vem, 2013. Ainda bem.Sou mais o Tegel.

 

E a refeição, o brunch, a comida, a bebida, a música grega ao fundo?

Calma, mané.

Brunch com brasuka é danado.

Tudo apressado, parecendo na lage.

Camelô com medo do rapa vem aí gente…

Tem ainda a questão da mesa.

Dentro do restaurante ou fora, no jardim?

Quase trinta graus, ventinho bom, jardim florido, na sombra, pode fumar.

Me decido pela mesa do garten, lado de fora, não só por questões metereológicas.

Sempre me acontece isto aqui em Berlim.

Olhe de novo para a foto acima.

No lado esquerdo, quem está me chamando:

– Mein lieben polaquinho!!!!

Acertou. Lili Marlene.

Já chego com este prato, só para impressionar.

Depois, no outro, é a luta, companheiro.

Ufa…

É que nem naquilo. Só um cigarrinho. Mais nada.

Ah. Quase ia esquecendo da Lili Marlene. 

Mein polaquinho…

Não sabia que ela é socialista. Que estava ali por acaso. A sede fica do outro lado da rua. Acredito … e o fogo alemão?

Daí … a minha frauleinzinha Lili querida, mesmo com o brunch de arrepiar umbigo de polaco, insiste… se é que está me entendendo.

Me leva para conhecer a biblioteca infantil, ao lado.

Também é uma bücher. Livraria infantil.

Uma graça, veja bem.

– Lili, mein lieben fraulein.

– Quié, mein polaquim?

– O que quer dizer NEUERÖFXNUNG?

– Nada. Nada. Nada.

– Então o que a mão dessa mulher está fazendo numa libraria infantil?

Prá que … Lili, minha amiga preferida de Berlim, me pega pela mão. Vamos lá para casa. Sempre andando. Quase 400 metros rasos. Até a estação do S. Isto depois de uns cinco ousos, pinguinhas gregas, mais entradas, meias, saídas, voltas, doces, salgados, frios, quentes, mais ou menos, menos ou mais.

– Vamos, vamos, polaquim.

– Pra donde, Lili?

–  Lá prá casa.

– Fazer o que? Café?

– Nein, nein, polaquim. Fazer mais beicim. Sobe?

– Não. Esta escada toda? Nem pensar.

– Polaquim, você é tão engraçado. Não vê que é escada rolante?

Moral do lero.

Fui, né.

Inté e Axé.

http://www.bei-jorgo.de

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“The day when an enemy bomb fell in Germany, my name will not be more Goering. You can call me Meier. “- Signed: Marshal Herman Goring. Heil Mané!!!

 

“O dia em que uma bomba inimiga cair na Alemanha, meu nome não vai ser mais Goering. Pode me chamar de Meier.”

***

“Der Tag, als ein Feind Bombe in Deutschland fiel, wird mein Name nicht mehr Göring sein. Sie können mich anrufen Meier “- Unterschrift:. Marshal Hermann Göring. Heil!

***

Parte do discurso feito pelo nazistão todo poderoso, chefão da temida Gestapo e da Luftwaffen, Força Aérea da Alemanha, Herman Göring, em setembro de 1939, na academia da Lufwffen, no aeroporto de Berlin-Gatow, hoje Museu ao Ar Livre.

Vamos à tradução. Na verdade, ele falou Ruhr, que é o rio Reno, espécie de fronteira eterna da Alemanha. E por que “Mein Name ist Meier” virou piada tão logo as primeiras bombas aliadas começaram a cair sobre Berlim?

 

Meyer, ou Meier, em alemão, é que nem da Silva, em brasileiro, nome mais do que comum, gente do povo, Zé Ninguém. Daí, com as bombas caindo, o pessoal corfria para os abrigos, tinha que dar o nome na entrada, e todo mundo falava, puto:

– Mein Name ist Meyer!!!

O final, todo mundo sabe, deu no que deu, e estas fotos estão no Luftwaffenmuseum, visitado ontem por mim, num subúrbio de Berlim, justo onde era o aeroporto militar nazista, e onde o marechalzão disse de boca cheia de salsicha:

Meu nome é Zé Ninguém!!!

(Ler Escuta, Zé Ninguém, do William Reich)

Então, tá, Mané.

Acontece que o Göring, ao contrário do Goebels e do Hitler, não deu veneno para a mulher e as filhas e depois um tiro na cabeça.

Ele se entregou, foi a julgamento em Nuremberg.


Falar de nazismo com um alemão, não é de bom tom.

Mas que ele existe, aqui em Berlim, ele existe. Por exemplo.

Está na revista TIP desta semana (24-05-2012).

De um lado, os nazistas, mandando os turistas se fuder.

Do outro, a resposta dos turistas, na lata:

Tem mais lugar onde o nazismo sobrevive, na história de Berlim.

Predião do Aeroporto de Tempelhof, hoje parque urbano.

Prédio do antigo Ministério da Força Aérea nazista, hoje das Finanças.

O Estádio das Olimpíadas de 1939.

E o aeroporto de Gatow, Academia da Força Aérea Nazista, hoje Museu.

Luftwaffennmuseum.

Estive lá hoje. Bus X-34 do Zoológico, no Centro, até o final da linha, Alt Kladow.

Depois, o Bus 135, até o ponto Kurpomenade.

Depois, um quilômetro e tanto a pé.

Vale a pena.

Era a maior academia de treinamento dos famosos pilotos nazistas.

No fim da guerra, ficou ocupado pelos britânicos até 1990.

Devolvido aos alemães, então com o muro de Berlim derrubado, virou museu.

Conta a história da cruz suástica desde 1904.

Interessante que na lojinha não pode vender qualquer lembrança nazista.

Mas nas pistas e no museu coberto, há suásticas por todos os lados.

Mais detalhe nas fotos:

1 – O que Chrles Chaplin, quem não se lembra parodiando Hitler, faz no avião nazista?

2 – Duas crianças na Berlim destruída.

3 – E o que achei mais super interessante.

Numa sala, a imagem silenciosa que diz tudo.

A foto da bomba atômica jogada pelos Estados Unidos, guerra acabada.

Na população civil da cidade de Hiroshima, no Japão.

Nem se pensou em Nuremberg.

Siga mais:


Aqui em Berlim tem o tal de trem (S),  tram (T),  busão (H), metrô (U), regional (R), quase bala (ICC).

Pode ser de pé, de boa,  de boca, de nada, de camelo, de bote.

É fácil, quer dizer, mais do menos.

Não é rápido, mas pressa a troco de que, mané?

Primeira dicona:

Tem que ser o mais direto possível.

Precisou baldear, o tempo passa, o tempo voa, e nada  dele chegar.

1 – Metrô Linha  U-1, a mais antiga, linha Kudam, a avenida mais capitalista, à Warschauer, a mais riporonga. Maior parte em cima de viaduto de ferro, como a da foto, na estação Nollendorsf, a mais gay, desde 1800.

2 –Linha de ônibus do metrô, por isso o M, que não é U, nem Bus, mas no ponto tem o mesmo H. Na foto, uma das melhores linhas, vai de Grunewald, a floresta chique capitalista, até Hermannplatz, o coração do bairro turco, pobre e migrante. Daí tem o ônibus normal, que não M, pode ter dois andares ou um só, mas dois ou três carros acoplados. Tem ainda o bus turístico, na base de ab (a partir) de 10 euros por dia, com o segundo andar aberto, mas pode ser fechado, se chover.

….

Agora, vamos às tarifas.

É fácil, quer dizer, mais do menos.

Completo.

Tudo muito bem explicadinho.

O diacho é que é detalhado até por demais.

Um exemplo.

Um cachorro é de graça. O segundo, paga.

Mas o cachorro tem que estar acompanhado, lógico.

Geralmente, cachorro de alemão é mais educado ainda do que a dona.

Bicicleta. Carrinho de bebê. Cadeira de rodas. De apoio.

Tudo em seu devido lugar.

Sempre com a carteirinha na mão.

Pode ser diário, semanal, anual ou vitalício.

3 – Bonde, que pode ser de um até quatro carros, é a herança comunista, só existe na parte leste da antiga Berlim da DDR, e foram na maioria reformados para serem mais silenciosos, mas nem tantos. No caso da foto 01, é da linha M-4 porque, a exemplo do ônibus M, este também é da DB linha metrô, ou U. Tem ainda os bondes múltiplos, para os bairros operários distantes.

4 – Vermelho, dois andares, é o sistema “regional”tipo trem mesmo, poucas paradas e vai mais longe do que a região Berlim ABC (saiba depois), alcançando todo o estado de Brandenburgo, onde Berlim está localizada. Na foto, o Regional expresso que vai até o novo aeroporto, que não está pronto de tudo.

5 –  Para uso de turista mais abonados, tem ainda limusine adaptada do antigo Traba, o carro proletário comunista, por isso a piada de que quem usa ele é da Máfia Russa e pode ser encontrado junto ao Portão de Brandenburgo, o lugar mais procurado pelos visitantes e protestantes.

6 –  Outra moda que está começando neste temporada berlinense de turistas (juno) é o aluguel de um carro elétrico, smart, o car 2 go, que pode ser pego e largado em diversos pontos, com cartão de crédito, existindo o mesmo para as bicicletas DB. Tem ainda as bicicletas alternativas.  Tem pistas só para elas, nas pistas, na frente dos ônibus, e no meio dos turistas distraídos que nunca sabem que aquela faixa da calçada com pedras na cor marrom é só para os ciclistas.

7 –  Tem ainda o barco, que pode ser de uso turístico, pelos inúmeros canais e rios, como o público, tem umas linhas no Wansee, o imenso lago junto da floresta, neste caso o cartão de transporte é o mesmo usado nos outros meios (saiba como usar). No caso da foto, é turístico, central, passando por debaixo de outro tipo de trem, o branco, que é ICC, intercity, bem mais rápido, longe e caro.

10 – Paradas. O tipo básico tem banco, mapa, relógio com o tempo para chegada do próximo, propaganda e sempre o H, no caso de bus, podendo ser ele normal, N ou M.  No   caso de metrô, tem U e tem S, duas companhias diferentes, mas do governo, e mesmo ticket.

Mais diconas.

Ah… não tem roleta, não tem cobrador.

Só devedor.

Se for pego pelo fiscal, ele pode  estar até de bermuda, ser bonito mas não se engane.

Ele não está te paquerando.

Do bolso dele sai, rapidinho, o crachá de identificação .

E a maquininha de débito. Tudo na hora.

Mais a vergonha na cara do pessoal fingindo que não está olhando.

Na verdade, multa de apenas 40 euros.

Não aumenta desde 2003.

Que mais?

Ah… tenho cartão  mensal. 53 euros. Mas…

Só vale a partir das dez da manhã.

A não ser em feriados, sábados e domingos.

Mas daí quase não tem transporte. Demora por demais.

Aproveite para bater um papo.

Pegue leve.

E torça para que não tenha uma pedra no meio do caminho.

O trem se imobiliza numa estação. Todo mundo sai. Todo mundo entra.

Menos você.

E o trem sai. Para trás. Volta. Tem uma obra. Tem que ir para o ônibus do DB.

Quem manda não falar alemão.

Tem o N- noturno, Bus na mesma direção da linha do metrô, só dia de semana.

Final de semana. Sexta para sábado e para domingo, tem o N-U.