Literatura



Brasília, calor da zorra, volto doidão da caminhada.

Dos 20 minutos em diante, é sempre assim, o grelo gralha na grelha.

Né que hoje a briga, outra vez, foi com uma fêmea deveras?

Ela anda, diz que avoa, a meio metro do chão, sem usar vassoura.

– Polaco. Meu macho só gosta de frutinhas adocicadas.

– O meu também, pensa ela que eu caio nessa, mesmo doidão. Pois a minha fêmea aposto que é que nem tu. Adora chupar um sangue.

– Uai, polaquito, como usted adivinhaste? Que gracioso!

– Sai prá lá, sua porra vagaba, vai chupar o cacete do demo.

– Polaquito, que te pasa, amorzito?

– Amorzito o caralho.

E saí correndo da fêmea.

Moral: tás rindo, né? Pois sabes o nome da fêmea? Aedes Egypti.


Campanha da Fraternida 2012

CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Mas pode ser de qualquer um, até o ateu.

Larga o mote do samba aí, gente:

” Parece que estamos numa longa fila onde, sempre, não há vagas”

Ouça:

http://www.radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2012-02-22/campanha-da-fraternidade-vai-tratar-da-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica


No bloco do eu caladinho, saio na manhã deste domingo para caminhar no Eixão.

Ó néscia pessoa das coisas cá da Ilha, Brasília. Eixão são as sete pistas de asfalto puro que cortam o Plano, de Sul a Norte, por 15 quilômetos. Mas voltando ao meu desértico carnaval a pé no eixão.

– E não me interrompa mais, viste?

Pois então. Aos vinte minutos de caminhada, o pensamento começa a voar que é coisa boa. Daí, passo por uma bonitona e eu rio da cadela. Dela, claro, a potranca, sorry feministas. A cadelinha se mijando de medo de um isopor com os copos de água a um real e o negão sentado ao lado, mudo de todo, eu diria puto da vida.

Daí, já no pensamento solto, libero  à viva voz:

– Você devia arrumar é um cachorrão que nem eu no lugar desta cadelinha tremeliquenta.

– Boa, polaco, gostei, mas por acaso você sabe latir bonitinho assim que nem ela?

– ???

– Vai, late ai para ver se a vale a pena a gente topar uma troca.

Moral 1:

E não é que o polaco aqui latiu? De verdade. Juro pela Graciosa.

Pior foi a reação:

– Isso lá é latido que se preze, polaco? Continue treinando que domingo que vem pode ser que pinte alguma troca. Melhor ainda, se você aprender a latir de verdade, eu dou sem pedir nada em troca.

Explicação: o eixão  fica aberto para os pedestres só nos domingos. Ou feriados … não tem nada a praticar somente uma vez por semana, não.

Moral 2:

Descartei o pedaço de mau caminho, lati feio para a cadela que respondeu muito da convencida, e saí do eixão para as calçadas da entrequadra, na volta para a parte sul que me cabe nesta  ilha.

– Au… Au… Ai…  continuo treinando meu novo latido. E passo pelo mendicante, saco preto dependurado, um lixo, mais o  pedaço de osso a la microfone:

– Então, você quer que eu responda? Pois digo o seguinte. Se uma pessoa é presa, mesmo sem ter feito nada, respondo que ela tem mais é que continuar presa.

– Au… Au… Au…

– Espera aí, dona Bia, deixa eu passar o microfone para um polaco maluco que está passando por mim latindo, quer dizer, tentando latir que nem um cachorro de madame bonita.

– Pergunta o nome dele e diz que está participando aqui do Bia Talk Show, na Rádio SBM, ao vivo.

– Deixa que eu mesmo respondo que ele acaba de levar um fora de uma bonitona ali no eixão. Acontece que este  polaco late mais feio do que a cadela.

– Como é que é? Deixa eu falar com ele.

– Nem pensar, dona Bia, o horário é meu, tá vindo o intervalo comercial, que eu sei, e não tem nada de polaco roubar meu espaço neste tão popular  Talk Show.

– Xô cachorro!  polaco vira-lata!  ladrão de microfone!

É o que eu continuo a ouvir, cada vez mais distante,  enquanto corro em direção ao pedaço de osso  que o mendicante jogou para bem longe. Dele e do Bia Talk Show. Me desculpe mas agora não possa falar mais nada.

Acabo de pegar o osso. Não largo mais. Sou o maior petelho da paróquia.

Saiba mais:

https://mamcasz.wordpress.com/2009/11/20/setenta-por-cento-dos-mendigos-sao-negros/


No meu engatinhar de Jornalismo dantanho, no Rio, no Globo, havia um neguinho gente fina. Tim Lopes. A gente começou junto, dividia a mesma casa e a mesma geladeira, numa casa em Santa Teresa, no final de uma escadaria enorme que dava, na descida, na ACM, Sala Cecília Meireles, Passeio Público e o Rio aos nossos pés.

 Tempos passados, entro num avião, em Paris, a caminho de Brasília, o jornal tupiniquim do do dia anterior na poltrona e nele a porrada no meio do meu estômago: Meu amigo repórter Tim Lopes tinha sido queimado vivo dentro de um pneu lá no morro.

Mais um tempo passado e imagina minha alegria insana quando eu recebi o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo.

Praticamente sexagenário, profissão repórter, fiz o trecho Manaus-Venezuela como ajudante de caminhão, à procura do ainda existente contrabando de meninas e meninos do Brasil para serem cidadãos prostitutos na Europa.

Desta vez, devolvi o murro do estômago do meu eterno amigo repórter Tim Lopes. Toma, Tim. Vou dar a linha à pipa porque o vento está a favor.

Nos meus tempos de estagiário , Rio de Janeiro, morava em Santa Teresa e dividia a casa, e tudo que nela entrasse, com um amigo na mesma condição de iniciante na vida adulta.

Á noite, descíamos juntos até à Gafieira Elite, na Praça da República. Sol claro, ele se fazia operário na construção do metrô, Estação Largo da Carioca. Sua pele escura ajudava.

Então, eu passava por ele, minha pele clara realçando o jornalista do Globo, nosso começo. Ele me olhava, segurando a marreta, no lugar da caneta, esta manobrava muito melhor. Fingíamos um não conhecer o outro.

Em casa, no dividir as frutas da feira , ele chiava : – Pô, polaco – era assim que me chamava . – Que foi? – Não precisava me esnobar parecendo de verdade…

Há um ano, o corpo deste meu querido amigo foi colocado dentro de um pneu. Foi detonado . Queimado. Dos ossos , nem o pó . Do sorriso , que encantava as amigas ( maior trabalho desviá-las, não à toa o conselho: – Polaco, antes de tudo, a gentileza… é disto que elas precisam.) pois é … do sorriso desse meu querido amigo, só lágrimas – quiçá gritos – de dentro de um madito pneu onde foi queimado – quem sabe – vivo.

Em sua memória, amigo Tim Lopes, vou dar linha à pipa e que o vento continue a soprar a nosso favor. Até faço uma greve nesta minha rude e polaca imagem. Um beijo no seu coração. Do mano MAMCASZ – saltando no Tempo.

– Larga o microfone, Polaco !

 – É todo seu, Tim Lopes !

http://www.timlopes.com.br/edatlhetim.htm

https://mamcasz.wordpress.com/mortos/


Gente. Eu sou polaco, estou velho,64, jornalista, devagar das idéias.
Pelo amor de Shiva, me ajudem.
Pergunto-vos, ó nobres camaradas companheiros.
1 – A cara do Boner, ao anunciar que a TV Globo teve licença para gravar os telefones dos PMs bahianos, foi pior de quando ele perdeu a virgem de Fátima.
2 – O general que salvou a vida do Lula, na segurança, agora na chefia da Bahia, afastado porque chorou, mas o Lula não vivia chorando, por que ninguém afastou ele?
3 – De repente, o filho malcriado pelo Sérgio Cabral, grande figura, me aparece, onde estava ele no bondinho da Teresa, na queda do morro da Ilha Grande, e, recentemente, no tchibúm do prédio ao lado do Municipal? Em Paris ou na Bahia? Daí, agora, apressadinho, me vem ele:
“ Ah… estes bombeiros estão enchendo meu saco.” Por aí…
4 – Agora, gente, se segure, senão eu caio. Acabo de ler nossa brava presidentA Dilma, ex-guerrilheira, do braço armado, dizendo, testículamente, e acredito, piamente, no G1 da Globis, o seguinte, estou estarrecido, companheiro, me ajude, cazzo, a entender, relembrando, sou polaco, jornalista velho, 64 anos de idade e 41 de profissão e, portanto, devagar no raciocínio.
Pois a companheira me diz, hoje, no sertão bahiano, o seguinte:
“ … ATOS ILÍCITOS NÃO PODEM SER ANISTIADOS. SE ANISTIAR, VIRA UM PAÍS SEM REGRA.”
Ao longe, bem longe, bota longe, boto meu companheiro Vlad Herzog, TV Cultura, antes de ser ser estrangulado na prisão dos gorilas, perguntando:
– ANISTIA, ENTÃO, NUNCA MAIS?
N.B. (aposto ó néscio, que tu não sabes o que quer dizer nota bene, mas tudo … mal):
Qual foi a pergunta inicial desta prosa?
– Sou, ou não sou, um polaco velho jornalista debilóide que não entende porra nenhuma?
Ipsis Letieri:

“Eu considero que não é possível esse tipo de prática. Vai chegar um momento que vão anistiar antes mesmo de o processo grevista começar. Se houver manifestação, não deve ser condenada. Mas atos ilícitos não podem ser anistiados. Se anistiar, vira um país sem regra. (…) Acho que você tem que respeitar democraticamente. Não concordo com processos de anistia que parecem sancionar o ferimento da legalidade.”

Posso destacar?
ATOS ILICITOS NÃO PODEM SER ANISTIADOS.
Socorro,companheiros


                      Domingo cá na ilha, Brasília, os bandidos confinados no clube no final do Lago Norte.

                       Na semana, começa tudo de novo, nós cá no Plano dito Piloto tendo que dividir o mesmo meio ambiente com os representantes escolhidos porcamente pelo Zé Ninguém (alô, seo Brecht)  de todos os recantos deste nosso varonil Braziu, abençoado por Deus, que bonito por natureza ( alô seo Jorge do Ben), ai, ai, ai, mas que povinho de merda…

                      Mudando de prosa, hoje é domingo, cá em Braxilha (alô, seo Nick Behrrrr), faz tempo que não entro neste blog do Word, que, aliás, participa da luta contra a PIPA na SOPA, ao contrário do Facebook, onde, aliás, (alô, seo Zuckerberg) sacaneia brabo o primeiro sócio, o brasuca xará, Eduardo, vulgo ingênuo Savarin (alô, seo Ben Mezrich, belo livro, Bilionários Acidentais), dá vontade de mandar o Facebook à merda.

                     – Mas cadê o fio da meada, shit, meo, traduz isto, Google menos.

                      Ah. Hoje é domingo, Tô cá na Ilha. Faço o café com leite, leve pão com manteiga de Minas, levo junto o Estadão, consorte já acordada, à cama, faço isto há 30 anos, mesmo em dias brigados (alô, dona Glória), no som ambiente, a rádio online de Berlin, próxima parada, final de abril, som de primeira, anote aí, mané:

 http://www.berliner-rundfunk.de/cgi-bin/WebObjects/brf.woa/cms/1053724/Live-Radio.html

– Porra, polaco, cadê a merda do fio da meada da prosa desta domingo?

– Péra aí, com acento porque se tu fosse frutinha iria eu escrevinhar pêra, certo? Desta, não, é deste, certo. Porque, se eu quisesse mangar com tua sexualidade, inquisitaria: Déste?

– Ih…

Pois volto ao fio da meada.

Acordo.

– Já sabemos, polaco.

– Mijo…

– Ih…

– Faço o café da consorte.

– Avante, polaco!

                  – Na hora que levo o café com leite, pão com manteiga, Estadão, rápido beijo, minha consorte ouve, casualmente, na Berlin Rundfunk, Elvis Presley sussurrando no ouvido dela, sacana, juro:

                – Love me tender, Love me…

                – Bem feito, polaco, continue teu domingo. E a caipirinha?

                Seguinte, minhas e meus, quer dizer, nossa!!!! Cuidada a consorte, armo na sala, sol lindo lá fora, sinto-o momentâneo, armo o que, a minha sexualidade, não, a tábua de passar roupa.

               – Ih. Polaco, não me diga que continuas na condicional.

               Não, não, gente, eu sou firme, decidido, diria até másculo. Mas é que aqui, na home, cada um cuida de si. Cada qual passa sua roupa. Cada qual cuida de uma parte da casa. Cada qual não precisa do outro para as coisas comezinhas. Só para as coisas gostosas…

            – Flor!!! Cala a boca!!! O que é que você está escrevendo aí?

           – Nada, nada, nada!!!

           Pois como estava falando, firmemente, num intervalo da passagem da roupa, gosto das calças sem vinco, difícil acertar o mesmo nas mangas das camisas, principalmente do lado esquerdo, pelo menos, neste domingo é o dia da minha consorte cuidar da comida, um bacalhau manero, e ela lá na cama, amaziada ao Estadão, larga a assinatura da Folha porque esta parece que …

             – Polaco, olha o fio da meada!

             Pois então, veja bem. Minha consorte lá na cama, abraçada ao Estadão, desligo o ar, tem destas frescuras, sim, cá na  Brasilha, abro o janelão, vejo do aeroporto baseado na aérea à Ponte dos Remédios, e resolvo dar uma trégua a mim mesmo.

            – Apoiado, polaco, aposto que foste ao primeiro boteco tomar uns chope e olhar as minas desfilando em direção aos clubes, pensando que só na Prado Junior tem disto, né, cá tem cada duas…

           – Que nada, meo. Coloco, cuidadosamente, as camisas bem passadas nos cabideiros, deixo-as arejar um cadinho e as confino no closet. Só então me liberto. Vou à cozinha.

          – Pô, polaco, hoje não é o dia da consorte?

           – Veja bem. Tem duas horas que ela tá lá na cama, abraçada ao Estadão, um cigarrinho antes e outro depois, renovo o cafezinho, fraco mas doce, mas, péra lá (tá lembrado do pêra e péra?), tadinha, tá na hora da primeira cerveja, na marca dela, gelada mas nem tanto, copo de cristal, vidro é coisa de votante pobre que toma pinga e outras coisas do Lula, coisa de pedinte…

          – Polaco!!!

          – Quié, “pora?” (gostou destas virgulinhas duplas?)

          – Cadê o fio da meada?

          – Ah, sim, vou à cozinha, pego o copo de cristal trazido de perto de Praga, coloco no freezer para dar aquele branquinho, enquanto isto, abro a compota trazida de Paris, nela escrito “Les Véritables Grillons du Périgoud”, adiciono fatias de baguete, manteiga legítima, na Berlin RadioFunk toca “You are so beautiful”, volto manero, cheio de manha, educado, sincero, gentil e amoroso, sorriso nestes meus lábios necessitados de um grande  beijo prolongado neste domingo que começa ensolarado e agora se encaminha para grossas nuvens cá na Ilha, vem cá minha filha, qué isso, sou tua mãe, cadê minha consorte, não é tudo a mesma coisa?

      – Continue, polaco, cadê o fio da meada????

      – Pora, não empate a prosa, meo.

      – Daí chego com a primeira taça de cristal da Boemia, Praga,   com a melhor cerveja da praça, geladinha, a fatia de baguete com manteiga e o véritable grillon de Périgoud, France, já de banho tomado, roupa passada, um perfuminho escamoteado por debaixo da orelha direita, justo a que daqui a um cadinho se encosta na boca ainda caliente da consorte, olha só o que eu te trouxe, flor, amor, candor, candura, ternura, e, no conjunto do ato, a travessa completa, dirijo a ela o desejo inconteste da minha boca na tua boca ( péra lá, pêra, na tua, não, na dela, quer dizer, na minha):

 –  Flor! Que é isso?

 – Que foi, polaco?

– Sai para lá, não se imiscua no minha intimidade.

– Que foi?

– Foi o que, polaco?

– Isto no teu lábio.

– O que?

– Com quem?

– Quando?

– Por que?

– Vá lá e olhe no espelho.

Vou e não volto.

Moral:

 Lá se vai a promessa de um domingão manero com minha consorte olhos de águia.

Tô com a maior brotoeja no meu lábio superior, justo no lado direito, o do perfuminho camuflado.

PURA QUE PARIU!!!!!!


Eu,  pecador, confesso que matei o negro que morreu no hospital de Brasília porque estava sem um talão de cheque e o plano de saúde dele,  o Geap,  dos funcionários públicos federais concursados, não estou falando dos apadrinhados, é uma bosta, mora?

Assinado: Doutor Polaco.

Senhor Juiz! Pare, agora. Jogo meus cabelos de outrora para o lado e acrescento, embora sejam provas que me condenam, mas não posso me calar. Cale, agora, senhor juiz, o cacete!

Semana passada, levei minha sogra, com emergência ortopédica, nos mesmos hospitais, em especial o Unimed de Brasília, onde, a velha gemendo, a atendende me resposta na cara, uma bosta:

– Hoje não tem ortopedista na emergência porque o médico acaba de ligar que não vai vir porra nenhuma porque acordou de ressaca, isto ela me conta depois de uns atracos porque a morena era boa para caralho que, infelizmente, não consegui lhe propiciar no banheiro, por ser tão fétido, e ela tão cheirosa, cara.

Estás rindo, pessoa leitora?

Pois então me arresponda, no ato, no fato, aqui no meu falo, sou o teu calo, fala!

– No caso da minha sogra, joguei a carteira de jornalista, chamo a Globo, o caceto, o caralho a quatro, veio a chefa do plantão, era feriado, nos levam até um médico gagá, atendeu, tudo bem, a sogrinha saiu sorrindo e cantanto “todo mundo tá feliz, ô, ô, ô”. O, o cacete, cambada, tô puto, e daí?

– Onde está a pergunta, polaco?

– Tá aqui, ó, perto do meu saco, nesta ponta obtusa e pronta para te obturar.

Volta a pergunta e termino a prosa:

– Eu matei o negro que morreu no hospital de Brasília, a Ilha, Capital da setxa economia do mundo, só porque não tinha um talão de cheques. Eu livrei minha sogra inventando que sou o Bozó da Globo.

– Pergunta logo, polaco da porra!

– Tá. Me arresponda, tu que está me ouvindo esta prosa. Vai me dizer que tu nunca apelou, numa emergência, para ser atendido? Só tem um negócio, tu, com certeza, não é preto. E completo:

– Fazendo isso, no hospital, na escola, no Detran, no caralho a quatro, tu  também não participou com os hospitais burgueses de Brasíia a assassinarem um preto (na corrida, ou na ética, não disse que era otoridade) só porque ele não tinha, na hora, um talão de cheque? E aí, posso ou não posso, aqui, falar um PUTA QUE OS PARIU?

Moral:

Com meus maiores respeitos e pêsames à família enlutada, clique abaixo:

http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/01/policia-abre-inquerito-para-apurar-suposta-negligencia-em-atendimento.html


Recém-nascido, tem 64 anos, 11/01/48,

 uma anja mulata trombeta no meu umbigo:

–   Vá, polaco, trampar nesta longa vida!

No ato,  mão no falo, de fato eu me calo:

  1 – Fico mudo, greve branca, até os quatro de idade;

2 – Gargalho só para o cachorro, até os  quinze de maldade;

3 – Amigos, amigos,   inimigos com ódio da minha felicidade.

Então, caio na vida, apeio, aprumo, entorto, vergo,

não quebro, porque me endireito à sombra reta

 da minha anja torta que, matreira, cantarola:

–  E aí, nenein, vida longa, né, mané?

–  Vida boa, anja,  me faz um cafuné?

 

https://mamcasz.wordpress.com/mamcasz/ 


Estou no meio do meu inferno astral.
Decreto-me uns dias de silêncio.
Rompo-o em legítima defesa.
Converso aqui ao lado:
Estive nos túmulos dos  maiores personagens do século XX.
Mahtma Gandhi, na Índia.
Nelson Mandela, na África do Sul.
( Enterrado por 37 anos na cadeia.Continua vivo).
Martin Luther King, em Atlanta, Georgia,
Pois é.
Todos são uns puta santos naquela de não revidar a violência.
Mas confesso.
Nestes dias de inferno astral, confesso que  não resisto.
Assinado.
Polaco Retesado.
Foto na Liberdade, em Birmighan, Alabama, USA.
Onde Luther King começa a caminhada dos negros.
A caminho da presidência. Né, Mr Obama?
Axé.

 


Alô Brasília!

Sou tanto Sul, quanto Norte.

Por ti, minhas asas começam a tremer …

É tão bom voar…

Tu és solta. Aberta.

Tens um lado deserto…

És Quimera. Utopia.

Reticência.

És a minha  Brasília –

Um imenso tão perto.

Abraço por ti todas as éles.

Beijo as dáblius.

E continuo a voar pelo plano

Que nem o Deus-Piloto

Ousaria um dia retocar.


Já estou em 2012, gente.

Que legal, né mesmo?

Então, leva esta na cabeça só para ficar logo bom da ressaca do reveillon.

Só hoje, até as dez da manhã, eu, vulgo Zé Povinho, já paguei de impostos:

R$2.491.990.337,92.

Dois bi e meio, meu.

Quer mais uma traulitada?

Em 2011, eu paguei UM TRILHÃO E MEIO DE REAIS DE IMPOSTOS.

Falta agora fazer um novo painel, gente.

 

G  A  S  T  Ô  M  E  T  R  O

http://www.tributarista.com.br/images/wallpapers/tributarista.jpg


                                                     

Eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que  eu naufrague nas ilhas da virada

continuemos  eu e você  neste meio que periclitante

Eu posso ser ou não ter

ano novo também  vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que eu sucumba na praça do embora

enfrentemos  eu e você  os anônimos inoperantes

Eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que eu desapareça nos becos do sem fim

nos veremos eu e você nas penumbras do esperante

Eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que eu vire poeira cósmica do infinito

ressuscitemos  eu e você  no saudoso estilo triunfante

Eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que eu ascenda  degraus amortecidos

abracemos  eu e você  o você do eu incandescente

Eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que eu pise no solo da marciana lua

juremos  eu e você  sorver igual gosto triunfante.

Eu posso ser ou não ter

ano novo também vida nova

mas se nos nove fora der quase nada

mesmo que eu tenha menos do que  preciso

dividamos eu e você mais do que o  sobretudo

multiplicado do impreciso e adicionado  improviso

Então, lá na frente

nós devemos

nos rever.

Inté e

Axé.

De:

Polaco Mamcasz

&

Madame Cleide

( Poema e fotos – Vancouver/San Francisco/Dallas – by Eduardo Mamcasz. To you.)

 

 

 

 


Buenas.

Llegamos a las 44 semanas,  20.562 visitas e  500 posts.

Tuvimos momentos de ternura, tiernos y tensos.

Paris, Curitiba, San Francisco, Salvador, Chicago, Porto Alegre e Berlin.

¿Yo?

El tren de la vida que ha ido, arriba y abajo,  yo en él.

¿ Ido?

Hay tantos fantasmas  en este corto período de tiempo:

Heleninha, Jardín, Tim Lopes, Nonato, Gaierski, Jonas, Osman, Arraes …

Tantos que ahora se me cayó la pregunta-pepino:

– Mañana, ¿quién habrá lágrimas?

– Amanhã, para quem serão as lágrimas?

Bãoces.

Chegamos ao final de 44 semanas, 20.562 visitas e 500 posts.

Tivemos momentos de ternura, ternos e tensos.

Estivemos em Paris, Curitiba, San Francisco, Salvador da Bahia, Chicago,
Porto Alegre, Berlim e até Garanhuns.

Do Eu?

O trem da vida de ida, subida e descida, sempre eu nele.

Do Ido?

São tantos os fantasmas neste  curto espaço de tempo:

Tia Heleninha, Joaquim Jardim, Tim Lopes, Antonio Arrais, Adriano Gaierski …

 

Momento mais tenso,  dia mais acessado.

4 de agosto de 2010.

Motivo esguio, sombrio, melífluo, subalterno, podre:

Dia do preparo da fogueira, da Inquisição, das Bruxas.

O Verbo quase levado ao Calabouço.

 Cala a Boca!

Nesta pausa dos 500,

aplico uma despedida especial.

Dedicada à colega Teresa Cruvinel.

Minha presidente neste período.

Aqui na produtora onde trabalho, na parte da tarde.

Impossibilitado de ditar o dito real lugar.

And so. Let`s Go.

One, Two and Três!

* * *

Illustrious Cruvinel.

Considering that we have met earlier,  professionally terms;

Considering that I never had to  ask you a personal favor;

Considering we’ve had our differences when I was in the Labour`s Commission;

Considering that I have accomplished the first strike in this public company;

Considering that the pressure I had  forced to removal  the Radio from the  unhealthy basement;

Considering that I was taken forced to  the Ethics Commission where we reached a mutual agreement;

Considering that you had  errors in sparse areas but successes in general;

And so, under the law, I order:

We’ll continue friends, respecting each other, and grateful.

Good Journey to you with your family, journalism, in life.

Sign and give faith.

MAMCASZ (Eduardo).

Brasilia, 11/11/01

Note:

Fresh from Paris, bien sur, au revoir, a bientôt, okay?

Preclara Cruvinel.

Considerando que nos conhecemos anteriormente e profissionalmente;
Considerando que nunca precisei, de fato, te pedir um favor pessoal;

Considerando que tivemos nossas diferenças quando estive na Comissão dos Funcionários;

 Considerando que conseguimos realizar a primeira greve na empresa;

Considerando que forçamos na pressão para a boa retirada do Rádio do Porão insalubre;

Considerando que fui levado atá à Comissão de Ética onde se chegou a um acordo mútuo;

Considerando que houve erros em setores esparsos e acertos no geral;

Determino que:

Continuaremos amigos, respeitando-nos mutuamente, e agradecidos.
E pelo que conheço, no passado, tenho certeza que houve amadurecimento da sua parte.

Boa Jornada, na família, no jornalismos, enfim, na vida.

Assino e dou fé.

MAMCASZ (Eduardo).

Brasília, 01-11-11

Observação: Recém-chegado de Paris, bien sûr, au revoir e a bientôt, tá?

Acontece que, inda bem, a vida continua.

Prumas, o ódio transmutado na vingança lenta.

Noutras, o amor contido no ímpeto da paixão.

Tal qual neste meu copo de vinho por uma poesia.

Bela simbiose num bar em Paris.

Palavras sorvidas aos goles soltos ao relento do vento.

Aqui traduzidas pela amiga Adriana Chaumier.

Professora de escola fundamental em Boujeval.

Mesdames et Messieurs

Pardonnez -moi pour mon français

Je suis un poète zen mais un brésilien

Pourtant, j`ai le pouvoir de penser:

Demain, il y a une nouvelle lutte

Mais aussi la même image

Une nouvelle lutte perdue

La même image de fête

Une nouvelle lutte perdue dans ma vie

La même image de fête dans ma mort

Une nouvelle lutte perdue
dans ma vie qui périclite

La même image de fête dans
ma mort persistante

Une nouvelle lutte perdue
dans ma vie qui périclite par l’office

La même image de fête dans
ma mort persistante par l`orifice

Une nouvelle lutte perdue
dans ma vie qui périclite par l`office oral

La même image de fête dans
ma mort persistante par l`orifice anal

Oui, Mesdames et Messieurs

Demain

Nouvelle lutte

Même image

Nouvelle lutte

Même image

Nouvelle lutte

Même image

Même merde, mon Dieu

De la vie et de la mort

De la vie perdue

De la mort de fête

De la vie perdue dans la fête

De la mort de fête dans la bête

De la vie perdue dans la
fête de la mort

De la mort de fête dans la
bête de la vie

Mort de merde mon Dieu!!!

Merde!   Merde!!   Merde!!!

 

 Mandado pelo amigo Joedson Alves via Orkut:

” Amigo Eduardo, você foi um dos grandes aprendizados que ganhei na minha estadia em Brasília. Se eu tivesse meios patrocinava seu site para que você pudesse repassar toda essa grandeza que tem dentro de você, como pessoa e o brilhante jornalista que você é.  Os nossos jovens ganhariam muito e nosso país também, é uma pena que as instituições privadas e públicas não enxergam que o jornalista mais velho é igual a vinho, quanto mais velho, melhor. No novo modelo de comunicação, se o governo estimulasse esse incentivo, a comunicação através da Internet e You Tube, haveria uma grande guinada em relação à tal ditadura da comunicação no Brasil, com esse olhar ela deixaria no mais breve tempo possível de ser uma ditadura no Brasil. Temos centenas e milhares de profissionais da imagem e do texto precisando de uma patrocínio para dar uma virada de mesa, aqui no Brasil, com um novo formato de comunicação. Para isso acontecer, talentos como você precisam ter o reconhecimento e essa valorizaçao passa por esse patrocínio. Essa é minha luta. BSB 07-11-2011.”

http://facebook.com/eduardo.mamcasz

mamcasz@gmail.com


10 – Champs Elysées

09- Musée de Louvre

08 – Place Vendôme

07 – Place de Voges

06 – Metrô Edgard Quinet

05 – Canal Saint Martin

04 -Hottel de Ville (Prefecture de Paris)

03 – Notre Dame Catedral

02 – Torre Eiffel


Liberté, Fraternité, Igualité, o quê, mané?

– Nós evitamos uma catástrofe.

 Nóis quem, caixeiro viajante?

 Sarkozy, na TV França, oficialesca.

 Depois da puta reunião dos 17 do Euro.

Enquanto isto, nas ruas, a voz do povo ecoa.

Tudo bem que aos pingos.

 Na forma de sussuros, cartazes, pinturas.

União Sindical. Qué isso?

 Fraternité.  Não tem de quê…

 Dívida. Austeridade!!!

Mas quem vai pagar a conta?

 O povinho se sempre, né?

 Greve Nacional?

Sem CUT, UNE, MST, CGT?

O povo nas ruas contra a gatunagem geral?

 Sem Bolsa Família, Gás, Luz, Geladeira e Trepadeira?

Jamais!!!

Leia-se JAMÉ!!!

Só tem um porém.

 Um dia, o povinho zé ninguém,

depois de pagar a conta, acaba assim, ó:

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